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Genética do desenvolvimento e defeitos congênitos MALFORMAÇÕES, DEFORMAÇÕES E DISRUPÇÕES • São as três principais categorias de defeitos congênitos • As malformações resultam de anormalidades intrínsecas em um ou mais programas genéticos que atuam no desenvolvimento • as malformações são originadas de defeitos intrínsecos em genes que especificam uma série de etapas ou programas do desenvolvimento, e uma vez que estesprogramas geralmente são usados mais de uma vez em diferentes partes do embrião ou do feto em diferentes estágios do desenvolvimento, uma malformação em uma parte do corpo geralmente, mas nem sempre, está associada a malformações também em outras partes. • deformações são causadas por fatores extrínsecos que afetam o feto fisicamente durante o desenvolvimento; são especialmente comuns durante o segundo trimestre do desenvolvimento, quando o feto está confinado no interior do saco amniótico e do útero • As disrupções resultam da destruição de tecido fetal normal insubstituível; o tratamento é mais difícil porque elas envolvem uma perda real de tecido normal, esse defeito pode ser o resultado de insuficiência vascular, trauma ou teratógenos. CAUSAS GENÉTICAS, GENÔMICAS E AMBIENTAIS DAS MALFORMAÇÕES • O desequilíbrio cromossômico é responsável por cerca de 25% dos casos, dos quais as trissomias dos cromossomos 21, 18 e 13 as mais comuns • deleções e duplicações submicroscópicas, também conhecidas como variantes do número de cópias estão em até 10% dos casos • Outros 20% são causados por mutações em genes únicos. • Outras síndromes de malformação são herdadas com um padrão autossômico recessivo ou ligado ao X, como a síndrome de Smith‑Lemli‑Opitz ou a síndrome de Lowe • 40% dos principais defeitos congênitos não apresentam causa identificável, mas são consideradas como doenças multifatoriais, que incluem defeitos congênitos como lábio leporino com ou sem palato fendido e defeitos cardíacos congênitos PLEIOTROPIA • É quando um defeito congênito com um único agente causador pode influenciar em vários sistemas orgânicos do embrião • É referida como síndrome quando o agente causal provoca múltiplas anormalidades em paralelo e como sequencia quando o gene afeta apenas um órgão mas que essa perturbação, causa defeitos secundários SÍNDROMES PLEIOTRÓPICAS • síndrome de displasia brânquio‑otorrenal é um bom exemplo; pois é uma anomalia que afeta o desenvolvimento de partes da orelha e pescoço mas também há comprometimento do sistema renal • A síndrome é causada por mutações em um destes genes, EYA1, que codifica uma proteína fosfatase que atua no desenvolvimento das orelhas e dos rins. SEQUÊNCIAS • A sequência de Robin é caracterizada pelo palato fendido em forma de U e em uma pequena mandíbula • Essa sequência ocorre porque uma restrição do crescimento mandibular antes da nona semana de gestação faz com que a língua ocupe uma posição mais posterior que o normal, interferindo no fechamento do palato; GENES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO • SHH participa da organização de células e tecidos no encéfalo e na medula espinal em desenvolvimento; uma alteração nesse gene pode levar a falha de desenvolvimento da face média e do prosencéfalo, provocando fendas labiais e palatinas, hipotelorismoe ausência de estruturas do prosencéfalo • HOX atua na determinação das diferentes estruturas que se desenvolverão ao longo do eixo anteroposterior • FOXP1 está associado a apoptose, que no desenvolvimento fetal atua na remodelagem dos tecidos que formam porções do septo ventricular e do trato de fluxo cardíaco; garantindo mal das origens dos vasos aórtico e pulmonar • LIS1 atua na migração celular neuronal • mutações no gene do fator de transcrição GLI3 causam síndromes pleiotrópicas de anomalias do desenvolvimento, a síndrome SCPG e a síndrome de Pallister- Hall • PTCH1, presente nos cílios das células, sua mutação pode causar síndrome de Gorlin • Mutações do CBP causam a síndrome de Rubinstein-Taybi SÍNDROME DE MILLER-DLEKER • Lisenfalia, com deficiência intelectual profunda • causada por uma síndrome de deleção de genes que envolve uma cópia do gene LIS1 no cromossomo 17 • com a perda de função do LIS1 a migração dos neurônios corticais não ocorre corretamente, gerando um encéfalo de aparência lisa com giros pouco definidos • acontece quando há defeito na migração celular neuronal SÍNDROME DE WAARDENBURG • problemas na pigmentação do cabelo e íris dos olhos, além da inervação do colo • a alteração ocorre em fatores de transcrição que alteram o desenvolvimento da crista neural • Mutações de PAX3,que codifica um fator de transcrição envolvido no desenvolvimento da crista neural, causam a síndrome de Waardenburg tipo I. SÍNDROME DE CEFALOPOLISSINDACTILIA DE GREIG (SCPG) E A SÍNDROME DE PALLISTER-HALL • combinações de anomalias dos membros, sistema nervoso central, craniofaciais, de vias aéreas e geniturinárias que são causadas por uma perturbação do equilíbrio na produção de duas formas variantes de GLI3 SÍNDROME DE GORLIN • síndrome do nevo basocelular • consiste em anomalias craniofaciais e polidactilia ocasional semelhantes às observadas na SCPG, porém com presença de cistos dentários e suscetibilidade ao carcinoma de células basais. SÍNDROME DE RUBINSTEIN-TAYBI • uma síndrome altamente variável e pleiotrópica de atraso do desenvolvimento, aspecto facial característico, polegar largo, dedos dos pés grandes, e defeitos cardíacos congênitos.
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