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Assim, medidas circunferenciais associadas à medida da massa corporal podem ser úteis na avaliação de indivíduos com obesidade. Uma equação foi apr...

Assim, medidas circunferenciais associadas à medida da massa corporal podem ser úteis na avaliação de indivíduos com obesidade. Uma equação foi apresentada por Weltman et al. (1987) para predizer a massa livre de gordura em homens com idades entre 24 e 68 anos, utilizando circunferências abdominais e a massa corporal. Posteriormente, Weltman et al. (1988) desenvolveram uma equação para predição da gordura percentual em mulheres obesas de 20 a 60 anos. Em geral, em indivíduos obesos, a massa corporal é suficiente para o acompanhamento do emagrecimento. MÉTODOS ANTROPOMÉTRICOS As medidas antropométricas, como massa corporal, estatura, diâmetros ósseos, circunferências e dobras cutâneas, além de avaliar o corpo humano por meio da forma, proporção e distribuição, permite avaliar a composição corporal por meio de índices antropométricos. Apesar de esses índices não discriminarem as estruturas como a gordura corporal, eles são utilizados para identificar indivíduos em risco de doenças. É sabido que o excesso de gordura corporal, principalmente na região central, está associado a várias doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, dislipidemia etc. Índices antropométricos são baratos e podem auxiliar no mapeamento do risco de desenvolvimento dessas doenças. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) Durante muitos anos, a relação peso/estatura foi utilizada com o propósito de estabelecer uma associação desta e a obesidade. Contudo, apesar de utilizado em estudos epidemiológicos, o conceito de peso relativo apresentava alguns aspectos negativos. As diferentes constituições físicas e a grande variabilidade de sua composição dificultavam a utilização de padrões populacionais que pudessem ser utilizados em larga escala. Na busca por indicadores antropométricos para expressar a influência do comportamento do peso e da estatura na relação com a obesidade, identificou-se que o peso de adultos normais era proporcional à altura ao quadrado: Assim, nasce o Índice de Quételet ou, como mais comumente é chamado, Índice de Massa Corpórea (IMC). A ideia era criar um índice que pudesse avaliar o estado nutricional, com baixo custo e pudesse ser aplicado em grandes populações. Esse índice tem sido utilizado com fins clínicos e epidemiológicos como um indicador de obesidade em adultos, crianças e idosos. Quando o IMC se encontra acima de 20kg/m2 há uma elevação no risco de morbidade por diabetes tipo 2, hipertensão, doença cardíaca coronariana, acidente vascular cerebral, apneia de sono; em alguns tipos de câncer, como próstata, cólon, endométrio e mama, o risco aumenta quando o IMC se apresenta acima de 25kg/m2. É importante ressaltar que o IMC apresenta limitações que devem ser consideradas, como a inabilidade em medir a distribuição da gordura ou distinguir entre compartimentos corporais a massa magra e a gordura. Isso explica o fato de verificar altos valores de IMC em indivíduos que apresentam reduzido percentual de gordura e elevados valores de massa magra, fato que impede a sua aplicação em pessoas com grande quantidade de massa muscular. Vamos agora conhecer as vantagens e desvantagens da utilização do Índice de Massa Corpórea: VANTAGENS DESVANTAGENS VANTAGENS Baixo custo. Rapidez e facilidade para realização. Aplicabilidade em grandes massas populacionais. Associação com a gordura corpórea em pessoas com elevada quantidade de tecido adiposo. Existência de um grande banco de dados a partir dos quais os resultados populacionais podem ser comparados. A altura expressa em metros minimiza os erros de medida, colocando-os na segunda casa decimal. DESVANTAGENS Divergência na determinação dos limites de corte. Baixa associação com os valores de gordura corporal em indivíduos não obesos. Precário para utilização em populações atléticas. Indicador que apresenta dificuldade para acompanhar as modificações que ocorrem nas estruturas isoladas da composição corporal. INTERPRETAÇÃO DOS VALORES DE IMC A Organização Mundial da Saúde sugere o limite de 25kg/m2 como valor máximo para normalidade e acima de 30kg/m2 para obesidade. Classificação de adultos pelo Índice de Massa Corpórea (IMC) Classificação IMC (kg/m2) Risco associado à saúde Abaixo do peso < 18,5 Baixo (risco aumentado para outros problemas clínicos) Faixa de normalidade 18,5 – 24,9 Médio Sobrepeso 25,0 – 29,9 Aumentado Obesidade grau I 30,0 – 34,9 Moderadamente aumentado Obesidade grau II

Essa pergunta também está no material:

Teoria e Prática da Avaliação Morfofuncional
309 pág.

Avaliação Morfofuncional Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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