A leitura objetiva do artigo 337-E do Código Penal (Lei n. 2.848/1940) poderia levar à interpretação de que o crime de contratação direta ilegal seria classificado como um crime de mera conduta, de acordo com as classificações de crimes no Direito Penal: crime formal, crime material e crime de mera conduta. No entanto, a jurisprudência dos tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), apresenta divergências em relação aos elementos necessários para a configuração desse crime. Diante disso, julgue a alternativa correta, considerando o entendimento atual dos tribunais.
a) O crime previsto no artigo 337-E do Código Penal (Lei n. 2.848/1940) é classificado como um crime formal de acordo com o entendimento dos tribunais superiores, pois, embora seja necessário comprovar o dolo, exige-se também a ocorrência de um dano efetivo ao erário para sua configuração, independentemente da intenção específica de causar o prejuízo.
b) O crime de contratação direta ilegal, conforme o artigo 337-E do Código Penal, configura-se como um crime de mera conduta, uma vez que o simples descumprimento das formalidades legais já é suficiente para que o crime se consuma, sendo dispensada a necessidade de dolo específico ou de qualquer consequência concreta.
c) De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a configuração do crime previsto no artigo 337-E do Código Penal, exige-se a comprovação de dolo específico — a intenção deliberada de causar dano ao erário — e a ocorrência efetiva desse dano, o que classifica o crime como material.
d) A jurisprudência dos tribunais superiores considera que, para a configuração do crime de contratação direta ilegal, basta a comprovação de culpa, ou seja, a simples negligência ou imprudência na condução do procedimento licitatório já é suficiente para a sua caracterização, independentemente da intenção do agente ou de prejuízo ao erário.
Ed
há 11 meses
Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o entendimento atual dos tribunais superiores sobre o artigo 337-E do Código Penal. a) O crime previsto no artigo 337-E é classificado como um crime formal, mas a afirmação de que é necessário comprovar um dano efetivo ao erário não está correta, pois o crime pode se consumar independentemente da ocorrência de dano. b) A alternativa afirma que o crime de contratação direta ilegal é um crime de mera conduta, o que está correto, pois o simples descumprimento das formalidades legais é suficiente para a configuração do crime, sem a necessidade de dolo específico ou consequência concreta. c) Esta alternativa diz que é necessário comprovar dolo específico e a ocorrência de dano, o que não é o entendimento predominante, pois o crime se consuma com a mera conduta. d) A jurisprudência não considera que a simples negligência ou imprudência seja suficiente para caracterizar o crime, pois é necessário o dolo. Diante dessa análise, a alternativa correta é: b) O crime de contratação direta ilegal, conforme o artigo 337-E do Código Penal, configura-se como um crime de mera conduta, uma vez que o simples descumprimento das formalidades legais já é suficiente para que o crime se consuma, sendo dispensada a necessidade de dolo específico ou de qualquer consequência concreta.
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INGRID PRETTI
há 11 meses
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