Segue um trecho do livro Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha, importante escritora de livros infantis “Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas: — Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo? — Ora, Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos. — E por que é que não escolheram martelo? — Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta... — Por que é que não escolheram marmelo? — Porque marmelo é nome de fruta, menino! — E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo? (...) — Marcelo, todas as coisas têm um nome. E todo mundo tem que chamar pelo mesmo nome porque, senão, ninguém se entende... — Não acho, papai. Por que é que eu não posso inventar o nome das coisas?” (Marcelo, marmelo, martelo. Ruth Rocha. Rio de Janeiro: Salamandra: 1996, p. 07) Os questionamentos de Marcelo, típicos de uma criança reflexiva, e as respostas de sua mãe e seu pai mostram que: Questão 34Resposta a. As crianças têm dificuldade de aprender a língua materna, porque são, por definição, contestadoras. b. Os adultos são conservadores e têm seu universo simbólico reduzido pelas experiências construídas ao longo da vida. c. O significado das palavras depende do grupo social que as usam e de como as pronuncia. d. A língua verbal é simbólica e os seus usos sociais dependem das convenções comunicativas. e. A língua verbal é determinada pela imagem que as coisas, pessoas e os contextos geram na mente das pessoas.