m 1983, um novo negócio surgiu quando a artista Cláudia Freak foi chamada por uma galeria de fotografia sem fins lucrativos para fazer caixas para servirem de portfólio para os artistas. Ela e sua melhor amiga e colega artista, Andréa Velloso, fizeram a mão cada caixa sentadas no meio da sala de estar. Por mais três anos, as duas amigas trabalharam juntas fazendo e vendendo caixas, cartazes e pequenos livros antes de resolverem contratar um pequeno número de empregados e se tornarem uma empresa de varejo. Entretanto contratar empregados foi grande passo, como Andréa observou: "Nunca pensamos que seria como é hoje. Acho que na verdade pensávamos que seria sempre o clube da Cláudia e da Andréa." Como artistas, as duas sócias experimentaram desafios, frustrações e recompensas na criação de arte e depois em negociar com galerias para exposição e venda. Em meados dos anos 80, Cláudia e Andréa decidiram que se centrassem sua energia em um negócio, poderiam ter a vida que desejavam. Elas seriam a força de criação atrás dos produtos de arte feitos por sua companhia, e teriam rendimentos crescentes. Começando com uma injeção de US$ 400,00, no início de 1990 a empresa já estava chegando a meio milhão de dólares. Os primeiros anos significaram trabalhar duro em vendas para outras regiões e marcar exposições onde o trabalho da empresa pudesse ser visto. Quando um gerente trabalhando em meio expediente foi contratado, juntamente com mais mulheres, para a produção, Cláudia e Andréa aumentaram o tempo que elas gastavam para projetar novos produtos. Todavia, as operações do dia a dia exigiam a sua atenção. Por causa da natureza pequena de empresa familiar da Boxing Girls, as políticas relacionadas aos empregados tendiam a estar de acordo com as necessidades deles. As mulheres na linha de produção sempre trabalharam em casa e fixavam o seu horário. Isto, em parte, se adaptava bem à natureza do trabalho artesanal. Por outro lado, como a demanda por um volume maior e pela entrega rápida aumentou, esse tipo de flexibilidade ficou