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Fenomenologia, existencialismo e psicologia humanista?

Me falem um pouco sobre cada um, as idéias e a diferença entre eles.

💡 3 Respostas

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Diego Lima Gomes de Oliveira

Humanismo: É a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância, ou seja, é o movimento que coloca o humano no centro das reflexões e discussões. O foco é na pessoa. Embora a palavra possa ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por romper com a tradição teocêntrica, com o sobrenatural ou uma autoridade superior.

O humanismo na Psicologia vai surgir como um contra ponto às teorias do Behaviorismo e Psicanálise, pois essas duas abordagens seriam limitadas no sentido de abranger a totalidade humana. Para a Psicologia humanista o ser humano tem que ser percebido como totalidade em movimento. A proposta do humanismo dentro da Psicologia é justamente olhar o homem como um todo. Essa foi a contribuição mais importante do humanismo na Psicologia. Vale ressaltar que não é tirada a importância dessas duas abordagens, mas uma mudança de proposta seria fundamental para entender o humano na sua totalidade e dinamismo. A Psicologia humanista busca um sentido para o comportamento humano, não é suficiente apenas saber o “porquê” de determinado fenômeno, mas saber qual o seu sentido e o que pode ser feito a partir dele. É um olhar no presente do indivíduo não mais o prendendo ao passado. Lógico que sem negar o passado do sujeito que constituiu o seu presente.

 

 

Fenomenologia: A Fenomenologia se originou na Alemanha no final do século XIX e início do XX, se desenvolvendo tanto na Alemanha como na França. É uma escola filosófica que tem como fundador e principal mestre Edmund Husserl. Pode ser considerada uma abordagem filosófica e epistemológica (estudo do conhecimento). Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que se mostra - e logos - explicação, estudo) afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação". Tomemos, então, fenomenologia como reflexão sobre um fenômeno ou sobre aquilo que se mostra. Não somente aquilo que aparece ou parece.

Existencialismo: O existencialismo é uma das doutrinas mais características de nosso século. Todo o seu empenho está em pensar o indivíduo concreto, a partir de sua existência cotidiana, desprovida de qualquer relevo especial. O único filósofo que aceita a palavra existencialismo para designar a sua própria doutrina é Sartre. Existencialismo vai se caracterizar como um movimento que tem o objetivo de trazer uma reflexão sobre a condição humana concreta. Como movimento filosófico se opõe a qualquer suposição sobre o homem abstrato. Apresenta-se como um movimento que trás uma concepção de homem em sua concretude e a fenomenologia seria um método pra compreender o humano. Para o existencialismo o tempo é algo vivido no presente, pois o passado não é mais e o futuro ainda será.

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Juventina Dias

Existencialismo e fenomenologia são coisas que aparecem juntas na história da filosofia, mas que podem muito bem ser separadas. Existencialismo é uma filosofia, digamos, completa. Já a fenomenologia é mais uma postura metodológica em filosofia, e que até pode então ser extendida para fora da filosofia, mas é, sempre, um método.
Fenomenologia tem a ver com a idéia de deixar os fenômenos - o que aparece - se desenvolverem, sem pressupostos para abordá-los. Existencialismo tem a ver com a idéia, genérica, de tomar a existência como base para a análise do homem, escapando dos essencialismos da concepção humanista tradicional, seja esta religiosa ou laica.
No caso do existencialismo de Sartre, a idéia de responsabilidade individual, que se tem de assumir a todo momento quando se está jogada na história, é um tema central. O próprio Sartre não deixou que muitos outros fizem obras literárias existencialistas - ele mesmo as fez: romances e peças de teatro. Tudo que pegar de Sartre nesse sentido, vale a pena.
Para Sartre, a arte deveria buscar a liberdade e promovê-la. Na arte, o homem se mostraria em sua existência, não mais essencialmente. Propositalmente, portando, uma das sentenças de Sartre, que muitos gostariam de ver com o verbo "ser", aparece com o verbe "ter": "A idéia básica, então, era a de que "o homem não é o resumo do que ele tem, mas a totalidade do que ele não tem ainda, do que ele poderá ter." Mas isso pode ser lido sobre o crivo de sua outra frase: "o homem não é nada mais do que o que ele faz de si mesmo". Liberdade indica, na primeira frase, potencialidade e futuro - realizações. Liberdade indica, na segunda frase, responsabilidade - realizações. A arte existencialista prima por tal evocação.
Sartre adorava Gustave Flaubert, e de fato se dedicou ao The Family Idiot. É possível dizer, até, que tal escrito era visto por Sartre como um texto afinado com seu próprio pensamento. Creio que este seria um bom livro ler. Em artes plásticas, você pode ver Bernard Buffet . Mas cuidado! Ele é exatamente aquele artista que não vai autorizar ninguém a interpretar e analisar a arte, mas senti-lá

http://professorvirtual.blogspot.com.br/2004/09/fenomenologia-e-existencialismo.html

 

 

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