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O trabalho de menores no Brasil é regulamentado pela Constituição Federal e pela CLT, que estabelecem limites de idade, formas de contratação e condições específicas para a proteção do adolescente. Nesse contexto, a análise jurídica considera elementos como subordinação, remuneração e a natureza da atividade realizada. Analise a seguinte situação: Um pequeno empresário é proprietário de uma loja, e sua filha de 15 anos ajuda no local. Ela presta serviços aos sábados, arrumando prateleiras e atendendo clientes, seguindo as instruções do pai, mas não recebe qualquer remuneração, pois o pai considera a atividade uma forma de contribuição familiar. Ao fiscalizar a empresa, um auditor do Ministério do Trabalho questiona a situação da adolescente. Com base nas normas trabalhistas, a relação entre a filha e o pai pode ser juridicamente analisada como: A. uma relação de emprego válida, pois a CLT permite o trabalho de menores a partir dos 14 anos na condição de aprendizes, e o trabalho está de acordo com a lei. B. um contrato de trabalho válido, já que a filha do proprietário, sendo familiar, está naturalmente subordinada à hierarquia da empresa, mesmo sem remuneração formal. C. uma relação de emprego inválida, pois, apesar da presença de subordinação, a ausência do elemento da onerosidade (salário) descaracteriza o vínculo empregatício. D. um contrato de trabalho inválido, pois, para ser empregado, o menor deve ser maior de 16 anos, e o trabalho aos sábados configura uma jornada excessiva para a idade. E. uma atividade voluntária, pois a falta de remuneração e a natureza familiar do vínculo anulam qualquer possibilidade de ser considerada uma relação de emprego.
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sg

há 4 semanas

Respostas

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há 4 semanas

Vamos analisar as alternativas apresentadas com base na legislação trabalhista brasileira, que protege o trabalho de menores. A relação entre a filha e o pai deve ser analisada considerando os seguintes pontos: 1. Idade: A Constituição e a CLT permitem o trabalho de menores a partir dos 14 anos na condição de aprendizes, mas a atividade deve ser regulamentada e remunerada. 2. Subordinação: A subordinação está presente, pois a filha segue as instruções do pai. 3. Remuneração: A ausência de remuneração é um fator crucial, pois a onerosidade (receber salário) é um dos elementos que caracterizam a relação de emprego. Agora, vamos analisar as alternativas: A. uma relação de emprego válida - Incorreta, pois, apesar de permitir o trabalho de menores, a relação de emprego exige remuneração. B. um contrato de trabalho válido - Incorreta, pois a falta de remuneração descaracteriza o vínculo empregatício. C. uma relação de emprego inválida - Correta, pois a ausência do elemento da onerosidade (salário) realmente descaracteriza o vínculo empregatício, mesmo havendo subordinação. D. um contrato de trabalho inválido - Incorreta, pois a idade de 15 anos permite o trabalho, desde que respeitadas as condições, e a jornada aos sábados não é necessariamente excessiva. E. uma atividade voluntária - Embora a falta de remuneração sugira que não é uma relação de emprego, a natureza familiar não anula a possibilidade de ser considerada uma relação de emprego, já que a subordinação está presente. Portanto, a alternativa correta é: C. uma relação de emprego inválida, pois, apesar da presença de subordinação, a ausência do elemento da onerosidade (salário) descaracteriza o vínculo empregatício.

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