É possível afirmar que estes métodos (gramatical, histórico, sistemático, teleológico, etc.) nos garante, no geral, uma interpretação objetiva e segura, ou por outro lado, é possível entender que estes não passam de argumentos retóricos que permitem ao julgador formular a sua decisão conforme seus interesses, as suas necessidades ou sentimentos de justiça?
O magistrado, no exercício da sua função, deve se utilizar dos métodos hermenêuticos de maneira equilibrada. É necessário que se encontre um equilíbrio entre a prescrição normativa, os valores a serem concretizados e os efeitos da decisão sobre a realidade.
Decisões extremas devem ser evitadas. Como argumenta Anna Paula Cavalcante, os juízes e tribunais não podem se valer de uma argumentação visando apenas às consequências práticas de suas decisões. Eles devem guardar obediência aos valores e princípios que lhes cabe concretizar. Por outro lado, o juiz não pode ser um jurista frio e indiferente à repercussão de sua atuação sobre o mundo real, sobre as instituições, o Estado e as pessoas.
Portanto, é possível afirmar que a interpretação dependerá do magistrado que se utilizar dos métodos hermeneuticos. Pode ser que esta se dê de maneira a garantir uma interpretação objetiva e segura, ou se dê para garantir seus interesses, necessidades e sentimentos.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Introdução ao Estudo do Direito e Hermenêutica Jurídica
Compartilhar