Capacidade de gozo ou de direito expressam a aptidão que o sujeito tem de titularizar direitos e deveres na ordem jurídica. Assim, toda pessoa que possui personalidade civil, ou seja, é pessoa, também é capaz de gozo e de direito (art. 1º, do Código Civil).
Lembrando que a personalidade civil se inicia, para a pessoa natural, do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo o direito do nascituro, desde a concepção (art. 2º, do Código Civil), o que faz surgir o debate sobre a Lei Civil ter adotado a teoria natalista ou concepcionista. Vejamos:
Já a capacidade de exercício ou capacidade de fato se referem à aptidão para exercer os atos da vida civil por si só, sem necessidade de assistência (relativamente incapaz) ou representação (absolutamente incapaz).
Apesar de ser a regra, esta capacidade não é possuída por todas as pessoas, desde a aquisição da personalidade civil, como é o caso do elenco dos arts. 3º e 4º do Código Civil, recentemente alterados pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/16).
De acordo com os dispositivos, são absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil os menores de 16 anos (menores impúberes) (art. 3º, do Código Civil), cujos atos seriam nulos se praticados sem representação.
Já os relativamente incapazes seriam os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (menores púberes), os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, bem como aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade e os pródigos (art. 4º, do Código Civil).
Por fim, cumpre falar da capacidade plena, que é aquela possuída por todos que possuem capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício.
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