Tratando-se das formas especiais de casamento.
EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE:
Art. 1.539 CC.
Conceito: pressupõe que estejam satisfeitas as preliminares do casamento e o oficial do registro civil tenha expedido o certificado de habilitação ao casamento, mas a gravidade do estado de saúde de um dos nubentes, o impede de locomover-se e de adiar a cerimônia.
Há todos os requisitos do casamento (noivos, juiz de paz, certificado de habilitação, etc.), porém o casamento é adiantado por motivos de emergência.
Se o nubente enfermo não souber ler ou escrever exige-se quatro testemunhas.
Pode ser realizada, diante da urgência, em locais e horários não previamente determinados.
Exemplo: casamento realizado no hospital.
NUNCUPATIVO
Art. 1.540 a 1.542 CC.
Conceito: é uma forma especial de celebração do casamento, quando um dos contraentes se encontra em iminente perigo de vida, não havendo assim tempo para a celebração do casamento com todo o formalismo previsto na lei civil.
Também denominado de in extremis vitae momentis ou in articulo mortis ou viva voz.
Não há quase nada de formalidades.
Dispensa para a celebração a existência de processo de habilitação e até a presença do celebrante.
Ante a urgência do caso e por falta de tempo não se cumprem todas as formalidades estabelecidas nos artigo 1533 e seguintes do CC.
Bastará neste caso, que os contraentes manifestem o propósito de casar e, de viva voz, recebam um ao outro por marido e mulher, na presença de seis testemunhas.
Procedimento: artigo 1541, CC.
Eficácia: Nesta esteira, é importante ressaltar que o Código Civil estabeleceu algumas formalidades posteriores a serem observadas, no prazo decadencial de dez dias, para que o casamento nuncupativo produza seus efeitos (art. 1.541). Desta forma, não sendo estas formalidades posteriores atendidas, o casamento não terá eficácia.
Exemplos: quando um dos nubentes é ferido por disparo de arma de fogo; sofreu acidente; vítima de mal súbito. Casamento realizado na estrada. Acidente. Presença de 6 testemunhas.
Casamento em caso de moléstia grave: Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
Casamento nuncupativo: Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
A diferença é, basicamente, a gravidade da situação e a causa do risco.
Na moléstia grave, doença incurável ou altamente grave acomete um dos nubentes que, sabendo não possuir muito tempo de vida, deseja casar, mas pode aguardar a chegada de autoridade que presida a celebração.
Já no casamento nuncupativo, o risco de vida pode ser causado por moléstia ou não (um acidente, por exemplo), não havendo tempo sequer para aguardar a autoridade ou quando ela não for encontrada a tempo. Assim, poderá casar na presença de 6 testemunhas, nos moldes legais.
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