No que diz respeito às hipóteses de reponsabilidade civil por atos de terceiros previstas no artigo 932 do Código Civil, pergunta-se: i) É pertinente a discussão sobre culpa da pessoa responsabilizada pelo cuidado ou vigilância em relação à pessoa causadora do dano? Por quê? ii) Aponte as hipóteses em que há direito de regresso do responsabilizado em face do causador do dano. Justifique; iii) Há solidariedade entre responsabilizado e causador do dano em todas as hipóteses? Por quê?
1.5.2 Responsabilidade por fato de terceiro
A responsabilidade por fato de terceiro se dá em certos casos em que um indivíduo será responsabilizado por danos provocados pela conduta de outra pessoa.
O artigo 932 do Código Civil regula a responsabilidade civil por fato de terceiro. Dispõe o seguinte:
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se alugue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado no produto do crime, até a concorrente quantia.”
Desta forma, as pessoas a que se refere o supracitado artigo irão responder pelo dano causado por aqueles sobre a quem possuem o dever de vigiar ou escolher.
Em todos esses casos, as pessoas indicadas nos incisos, responderão pelos danos, quer tenham agido com culpa in vigilando ou in eligendo, quer não, conforme determina o art. 993 ao dispor:
“As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.”
O fundamento da responsabilidade civil por terceiro que mais se aproxima da realidade é a idéia de risco. Se pai põe filhos no mundo, se o patrão se utiliza do empregado, ambos correm o risco de que da atividade daqueles surja dano para terceiro. (RODRIGUES, 1998, p. 61)
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