O termo descriminante em Direito Penal designa a exclusão da antijuricidade ou ilicitude. Este é o segundo elemento analítico do crime, seja na concepção da Teoria Bipartida ou Tripartida de cunho Finalista preconizada Hans Welzel. As causas justificantes ou permissivas estão previstas no artigo 23 do CP, tratando-se do estado de necessidade, da legítima defesa, do estrito cumprimento de dever legal e do exercício regular de direito. Por sua vez, putativo origina-se do termo latino putare, que significa errar, ou putativum (algo que se supõe verdadeiro ou aquilo que aparenta ser autêntico). As descriminantes putativas, são portanto, as excludentes de ilicitude que aparentam estar presentes em uma determinada situação, quando na realidade, não estão.
As Descriminantes putativas estão previstas no artigo 20 §1º do Código Penal que dispõe:
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo
Ela é conceituada como uma causa que agente imagina que está acontecendo que excluiria a ilicitude de sua conduta.
Ex.: A, grande traficante da região e muito procurado pela polícia em virtude de vários homicídios por ele cometidos, ameaça B dizendo que vai matá-lo na próxima vez que encontrá-lo. Em uma noite A aparece em um beco tirando a mão do bolso no momento que B passava pelo local, sendo que, esse pensou que aquele estava tirando uma arma para matá-lo. B não pensa duas vezes e atira, pois, ele comprou uma arma em virtude da ameaça recebida. A foi atingido e morreu. A perícia foi acionada e constatou que A estava tirando um cigarro do bolso para fumar apenas e não tinha nenhuma arma. No caso em questão, diante das circunstâncias fáticas B deve ser absolvido em virtude da legítima defesa putativa.
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