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Transporte de Lipídeos

Como acontece o transporte de lipídeos na circulação linfática e sanguína?

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Raquel Nascimento

"A circulação linfática ganha o sistema sangüífero via Ducto Torácico, vaso linfático que, normalmente, desemboca na altura da anastomose entre as veias Julgular Interna Esquerda e Axilar Esquerda, levando a linfa recém-chegada ao átrio direto do coração, juntamente com o sangue. Os Quilomícrons absorvidos na parede entérica entram, agora, em contato com o HDL sangüíneo, que os transfere duas apoproteínas essenciais para a liberação de seus triglicerídeos nos adipócitos, as Apo-C2 e Apo-E.
A Apo-C2 é o elemento discriminante dos Quilomícrons pelos adipócitos, porque aciona a enzima Lípase-lipoproteica ou Lipoproteína Lípase (LPL), a qual hidrolisa os tri-acil-gliceróis (triglicerídeos) em glicerol e ácidos graxos livres, subjacentemente ao tecido adiposo. Ele os capturam e os restaura em triglicerídeos para armazenagem. O mesmo ocorre com o VLDL (explicado mais adiante), também possuidor de Apo-C2.
Aos Quilomícrons resultantes da dinâmica de entrega de ácidos graxos para os adipócitos, isto é, Quilomícrons com baixo conteúdo de triglicerídeos, é dado o nome de Quilomícrons Remanescentes. Findada a sua utilidade, os Quilomícrons Remanescentes são absorvidos pelos hepatócitos, que metabolizam os conteúdos restantes de lipídios. Sua identificação pelo fígado ocorre pelo reconhecimento da Apo-B48 pelas células hepáticas, que o capturam assim que a identificação se estabelece. A Apo-E também tem esse papel.
O principal lipídio metabolizado pelos hepatócitos nessa fase é o colesterol proveniente da dieta, que tem como principais destinos: a excreção como ácido biliar ou como colesterol livre na bile, ajudando na emulsificação de lipídios ingeridos, durante o processo de digestão.
Prova-se, assim, que o colesterol proveniente da dieta pouquíssimo altera os padrões de colesterolemia sangüínea, dado que praticamente todo aquele absorvido permanece na composição dos Quilomícrons Remanescentes, sendo, após metabolização hepática, secretados na bile. Por isso, diz-se que os padrões de hipercolesterolemia não advêm do consumo direto de colesterol da dieta, mas sim do processamento endógeno de outros lipídios consumidos e, no fígado, transformados em colesterol e secretados para a corrente sangüínea."

Fonte: http://painel-colesterol.blogspot.com.br/2008/11/o-mecanismo-de-transporte-do-colesterol.html

 

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