As descriminantes estabelecidas no Código Penal são: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito. Tais descriminantes podem ser reais quando derivam de situação atual, iminente e real, conforme dispõe o artigo 23 do Código Penal, caracterizando quando cumpridas todos os requisitos, as excludentes da antijuridicidade.
E as descriminantes putativas são situações não reais, e sim aparentes, conforme elenca o artigo 20, inciso § 1 º do Código Penal, que diz:
“É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.”
As descriminantes putativas estão previstas no artigo 20 §1º do Código Penal:
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
As descriminantes são utilizadas para o réu ser isento de pena quando ele erra sobre alguma situação fática inevitável/escusável, pois quando a situação é evitável ele poderá ser punido por crime culposo se o tipo penal aceita essa modalidade.
Ex.: A e B moram em uma região onde há muitos crimes hediondos. Certo dia A querendo brincar com essa situação uma barra de ferro e começa a arrombar a porta da casa onde estava B. Esse pensado que se tratava de um ladrão pega sua arma que é legalizada e começa a atirar na porta acertando assim A. Nesse caso, observa-se que B agiu em legítima defesa putativa, sendo que, em virtude das circunstâncias fáticas ele não responderá por homicídio doloso nem culposo, pois, no caso em questão o erro era inevitável.
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