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Quais são as estruturas das normas jurídicas ?

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Brenda Caroline

Estrutura da Norma Jurídica

Para Kelsen -> a norma se organiza apenas com base no juízo hipotético. Ex.: Se é “A”, deve ser “B”. Sendo “A” = fato condicional, e “B” consequência e dever jurídico.

Críticas: além das normas de juízo hipotético (normas de conduta) existem as normas de juízo categórico (normas de organização). Ex.: “A” deve ser “B”. Determina algo de modo obrigatório.

Conceito de norma jurídica

É uma proposição enunciativa de uma forma de organização ou de conduta que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória -> Miguel Reale.

 Tipos de normas de organização

Não estabelecem uma conduta apenas de ordem afirmativa.
a. Norma de reconhecimento. Ex.: LINB – atribuem o valor a outras normas, lei que fala de outras leis, organiza o sistema jurídico;

b. Normas de modificação – estabelecem a criação, modificação e revogação das leis, atribuem procedimentos;

c. Normas de julgamento. Ex.: CPP, CPC. – conduzem a forma de aplicação da lei no caso concreto para se organizar o julgamento, instrução.

d. Normas de interpretação – não criam condição fática, apenas explicam o que a norma criou.

Normas de conduta

É o direito posto, que encontra validade no tempo e espaço, tudo aquilo que gera uma obrigação/dever no mundo jurídico, pode ser o contrato, etc.

Normas categóricas não criam uma situação fática, apenas dizem uma competência, como a lei que estabelece um prazo processual, ou sobre Brasília ser a capital.

As normas de juízo hipotético são normas de conduta.

 Características: 

a. Conjugação de duas proposições hipotéticas.

* Se for (fato) “A”, deve (conduta exigida) ser “B”.
* Carlos Cossio -> endonorma.
* Herbert Hart -> norma primária.
* Se não (conduta violada) for “B”, deve ser (sanção) “PB”.
* Carlos Lossid -> perinorma.
* Herbert Hart -> norma secundária.

b. Articulação lógica de dois elementos
* Fato – tipo – previsão legal, fato previsto na lei;
* Fato concreto – é a realidade;
* Nexo causal (adequação) – possibilidade de ser responsabilizado.

Para Kelsen
* Se for “A”, deve ser “B” -> norma secundária;
* Se não for “B”, deve ser “PB” -> norma primária.
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DLRV Advogados

No que diz respeito a estrutura das normas jurídicas, Hans Kelsen discorre:

“Em determinadas circunstâncias, um determinado sujeito deve observar tal ou qual conduta; se não observa, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar a sanção”.

Kelsen, portanto, esquematizava a norma em duas partes, sendo elas: “norma secundária” e “norma primária”. Paulo Nader explica:

Norma Primária: Dado um fato, deve ser feita a prestação. Exemplo: o pai que possui filho menor, deve prestar-lhe assistência moral e material.

Norma Secundária: Dada a não prestação, deve ser aplicada a sanção. Exemplo: o pai que não prestou assistência moral ou material ao filho menor deve ser submetido a uma penalidade.

A norma jurídica também pode ser classificada de acordo com a concepção de Immanuel Kant, que a classifica como imperativo hipotético.

O imperativo hipotético é relativo às normas jurídicas, técnicas ou políticas, agindo de forma prevista na lei. Diz respeito a um meio "para alcançar alguma outra coisa que se pretende”.

Difere-se do imperativo categórico, que é "intrínseco à ordem moral. Mesmo de caráter subjetivo, obriga de maneira incondicional, pois, o cumprimento dessa é sempre necessário". 

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