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(MEMORIAIS FINAIS Defensivos) –

(MEMORIAIS FINAIS Defensivos) – Blábláblá : 3 – DO PEDIDO O juízo houve por bem, à fl. 22 dos autos, determinar ao então acusado a “proibição de se aproximar da vítima Júlia e de sua mãe Marli, por distância inferior a quinhentos metros, o que implica em suspensão do direito de visitas, proibição de se comunicar com a vítima e mãe, por qualquer meio que for, proibição de frequentar lugares que possam indicar aproximação da vítima, escola ou creche” (fls. 22). Esta medida veio em bom tempo, e, à contento, possibilitou o transcurso da instrução processual sem maiores sobressaltos, garantindo à vítima, na visão do Estado, a proteção contra a suposta ameaça representada por seu pai, o então acusado. Pelo exposto, Excelência, é que se requer, preliminarmente: (1) a decretação da nulidade absoluta do processo por manifesta inépcia da denúncia, pela atipicidade do crime de estupro de vulnerável — artigo 217-A, caput, do CP, imputado ao acusado, pela ausência da descrição da conduta com todas as circunstâncias exigidas pelo tipo, exclusivamente porque lhe falta lastro probatório para tal afirmação, em franca afronta ao artigo 41, do CPP, o que impossibilitou o exercício da mais ampla defesa do acusado, do contraditório (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal) e violou o devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal), o que se consubstancia na não observância de formalidade essencial ao ato, com fundamento no artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal; ou (2) a decretação da nulidade absoluta do processo, por manifesta inépcia da denúncia, pela atipicidade do crime de estupro de vulnerável — artigo 217-A, caput, do CP, imputado ao acusado, pela ausência da demonstração do dolo típico exigido, exclusivamente porque lhe falta lastro probatório para tal afirmação, em franca afronta ao artigo 41, do CPP, o que impossibilitou o exercício da mais ampla defesa do acusado, do contraditório (art. 5º, inc. LV, da Constituição Federal) e violou o devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal), o que se consubstancia na não observância de formalidade essencial ao ato, com fundamento no artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal; ou (3) a decretação da nulidade absoluta do processo por manifesto cerceamento de defesa, em face da ausência de fundamentação adequada em decisão interlocutória de recebimento da denúncia em franca afronta ao artigo 93, inciso IX, da CF, o que impossibilitou o exercício da mais ampla defesa do acusado, do contraditório (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal) e violou o devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal), o que se consubstancia na não observância de formalidade essencial ao ato, com fundamento no artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal; ou (4) a decretação da nulidade absoluta do processo por manifesto cerceamento de defesa, pela não existência de manifestação por este digno juízo (e consequentemente ausência de fundamentação adequada) acerca de prova defensiva requerida, com ofensa ao artigo 93, inciso IX, da CF, o que impossibilitou o exercício da mais ampla defesa do acusado, do contraditório (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal) e violou o devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal), o que se consubstancia na não observância de formalidade essencial ao ato, com fundamento no artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal. No Mérito, caso não entenda Vossa Excelência, por qualquer das nulidades acima apresentadas, o que se admite apenas como exercício dialético, requer o acusado Harry Portter, a improcedência da exordial acusatória, para declaração de sua: (1) absolvição pelo crime de estupro de vulnerável, ante a manifesta ausência de tipicidade, em função da não existência do fato descrito na inicial acusatória, à base de todo a prova colhida nos autos, com fundamento no artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal; ou (2) absolvição pelo crime de estupro de vulnerável, ante a manifesta ausência de tipicidade, em função não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal, com fundamento no artigo 386, inciso V, do Código de Processo Penal; ou (3) absolvição pelo crime de estupro de vulnerável, ante a manifesta e total ausência de demonstração nas provas dos autos da participação do acusado, e, em atendimento ao princípio do in dubio pro reo, na medida em que há dúvida minimamente razoável sobre a autoria e ocorrência do fato, em razão da insuficiência de provas a sustentar a condenação, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal. Por fim, requer, ainda, o ora memorando, a juntada dos documentos anexos, como parte integrante destes memoriais, o deferimento de todos os pleitos, bem como a cassação da medida de proteção imposta (à fl. 22), para que, absolvido, possa o ora memorando ter acesso a sua filha, com quem não tem qualquer contato há mais de três anos. Nestes termos, espera deferimento. Porto Alegre, 18 de abril de 2019. pp. Remo John Lupin OAB/RS nº 103.050

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Samuel Araújo

cabe agravo de instrumento.

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