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1 8. EQUAÇÃO DE PRIMEIRA ORDEM HOMOGÊNEA. Uma equação diferencial de primeira ordem da forma ' ( , )y f x y é denominada homogênea se: ( , ) ( , )f tx ty f x y , t Exemplo 8.1. Verificar se as equações abaixo são homogêneas. a) ' y x y x b) 2 3 ' y x y x Para resolver este tipo de equação, fazemos a substituição y xv , onde v é uma função de x , para transformar a equação a uma de variáveis separáveis. A solução da equação homogênea se dá mediante volta à variável original. Exemplo 8.2. Resolver as equações diferenciais abaixo. a) A equação do Exemplo 8.1(a). b) 4 4 3 2 ' y x y xy . 9. EQUAÇÃO DIFERENCIAL EXATA. Uma equação diferencial da forma: ( , ) ( , ) 0M x y dx N x y dy (**) é exata se existe uma função ( , )g x y tal que: ( , ) ( , )dg M x y dx N x y dy Teorema. Se ( , )M x y e ( , )N x y são funções contínuas com derivadas parciais primeiras em 2 , então a equação (**) é exata se, e somente se, ( , ) ( , )M x y N x y y x Exemplo 9.1. A equação 22 (1 ) 0xydx x dy é exata. Para resolver uma equação exata, temos que resolver inicialmente as equações: ( , ) ( , ) g x y M x y x ( , ) ( , ) g x y N x y y em relação à ( , )g x y . A solução de (**) será implicitamente dada por ( , )g x y c . Exemplo 9.2. Resolver as equações diferenciais abaixo. a) A equação do Exemplo 9.1. b) ( sen ) ( cos 2 ) 0x y dx x y y dy 10. FATOR INTEGRANTE. Em geral, a equação diferencial: ( , ) ( , ) 0M x y dx N x y dy (*) não é exata, porém multiplicando-a por um fator adequado, ela pode se tornar exata. A função ( , )I x y é denominada um fator integrante de (*) quando a equação: ( , )[ ( , ) ( , ) ] 0I x y M x y dx N x y dy for exata. Exemplo 10.1. Mostre que as funções 1 2 1 ( , )I x y x e 2 1 ( , )I x y xy são fatores integrantes da equação: 0ydx xdy Depois que (*) se torna exata, pode ser resolvida pelo processo estudado na seção precedente. Veremos agora como determinar um fator integrante ( , )I x y . • Se 1 ( ) M N g x N y x , ou seja, é uma função que depende apenas de x , então: ( ) ( ) g x dx I x e Exemplo 10.2. Resolver as equações diferenciais abaixo. a) ' 2y xy x . b) 2 2( ) 0x y x dx xydy . • Se 1 ( ) M N h y M y x , ou seja, é uma função que depende apenas de y , então: ( ) ( ) h y dy I y e Exemplo 10.3. Resolver as equações diferenciais abaixo. a) 2 0y dx xydy . b) 4 3 2 4 2 2 (2 2 ) ( 3 ) 0 y y xy e xy y dx x y e x y x dy • Se 0xM yN , então: 1 ( , )I x y xM yN é um fator de integração de uma equação homogênea. Exemplo 10.4. Resolver a equação diferencial abaixo. 4 4 3( ) 0x y dx xy dy . 2 11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE PRIMEIRA ORDEM. Uma equação diferencial linear de 1ª ordem é da forma: ' ( ) ( )y p x y q x Um fator integrante para esta equação é: ( ) ( , ) p x dx I x y e Observe que este fator não depende de y . Após multiplicar a equação pelo fator integrante, podemos resolver a equação dada como uma equação exata ou por meio da fórmula: ( )( ) ( ) p x dxp x dx y e q x e c Exemplo 11.1. Resolver a equação 4 4 'y y x x . Exemplo 11.2. Resolver o problema de valor inicial ' seny y x e (π) 1y . Consideremos um corpo de massa m em queda vertical influenciada pela gravidade g e pela resistência do ar proporcional à velocidade do corpo. Admitamos que a gravidade e a massa permaneçam constantes e, por conveniência, escolhamos o sentido para baixo como sendo positivo. De acordo com a 2ª lei de Newton do movimento, temos: dv F m dt onde F é a força resultante que atua sobre o corpo e v é a velocidade no instante t . Notemos que há duas foças atuando sobre o corpo: a gravidade, dada pelo peso do corpo ( )P mg e a resistência do ar igual a , 0kv k . O sinal negativo indica que esta força atua “para cima”, que é o sentido contrário do movimento do corpo. Portanto, temos que: dv k v g dt m é a equação do movimento do corpo. Exemplo 11.3. Um bote está sendo rebocado a uma velocidade de 6 m/s. No instante em que o cabo do reboque é largado, um homem no bote começa a remar no sentido do movimento, exercendo uma força de 10 N. Sabendo que o peso do homem e do bote é de 200 N e que a resistência ao deslocamento, em N, é de 2,6 v , sendo v a velocidade em m/s, achar a velocidade do bote no fim de meio minuto. Sendo g 10 m/s2. Exemplo 11.4. Uma certa massa está sendo levada em um trenó, sendo o peso total de 400N. Desprezando a resistência oferecida pelo gelo e sabendo que a resistência do ar, em newtons é de 7,5 vezes a velocidade v , em m/s, do trenó, achar: a) A força constante que atuando no trenó dará velocidade máxima limite de 10 km/h b) A velocidade e a distância percorrida no fim 48 segundos. (Considere 10g m/s²) 12. EQUAÇÃO DE BERNOULLI. Denomina-se equação de Bernoulli aquela que é da forma: ' ( ) ( )ny p x y y q x onde 0n e constante. Observe que esta equação não é linear. A fim de transformar a equação de Bernoulli em uma linear, deve-se: • Dividir a equação por ny . • Fazer a substituição 1 ny v e, pela Regra da Cadeia, 1 ' ' 1 ny y v n . Exemplo 12.1. Resolver as equações diferenciais abaixo. a) 3 4x dy y e y dx . b) 2(cos sen ) dy y y x x dx 13. OUTRAS SUBSTITUIÇÕES. Com substituições convenientes podemos transformar equações mais difíceis em outras cuja solução recai nas equações que já estudamos. Às vezes a substituição não é tão evidente. Exemplo 13.1. Resolver as seguintes equações diferenciais. a) (1 2 ) (1 2 ) 0y xy dx x xy dy . b) 22 2 3 6 dy xy y x dx . c) 2" 2 ( ')y x y . Lista de Exercícios: Guidorizzi, Volume 4 • Equação Homogênea: Todas as questões, Seção 10.6. • Equação Exata: Questões 1, 2 e 4, Seção 10.8. • Fator Integrante: Questões 1, 3, 4, 5, 6, 7, 12 (opcional) e 13, Seção 10.9. • Equação de 1ª Ordem: Questões de 1 a 8, (5 e 6 são opcionais) e 13, Seção 10.4. • Equação de Bernoulli: Todas as questões, Seção 10.5.
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