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Farmacologia da junção neuromuscular

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Farmacologia da junção neuromuscular 
Sistema nervoso periférico → nervos 
eferentes (somáticos) → JNM (placa 
motora). 
 
PARASSIMPÁTICO: ACh → receptor 
nicotínico → musculo liso; tecido 
cardíaco; glândulas de secreção 
SIMPÁTICO: ACh → receptor muscarínico 
→ NE 
SOMÁTICO: vários neurônios motores 
saem de pontos diferentes da medula 
espinal → vai terminar próximo ao 
musculo esquelético → 
neurotransmissores liberados próximo ao 
tecido (ex: musculoesquelético) 
 
 
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR 
 
→ Três componentes: 
1. Terminal axonal pré-sináptico 
(vesículas de neurotransmissores e 
mitocôndrias) – conversão de 
corrente elétrica em sinal químico 
(liberação de ACh) 
2. Fenda sináptica – ACh se prende 
aos receptores nicotínicos 
musculares (NM) → abertura dos 
canais de sódio → sódio entra na 
célula 
3. Membrana pós sináptica da fibra 
muscular (placa motora terminal) –
→ despolarização. 
*Relaciona-se com funções realizadas 
conscientemente, tais como a 
locomoção e postura. 
 
RECEPTORES COLINÉRGICOS NICOTÍNICOS 
Receptores nicotínicos = ionotrópicos. 
→ Interação ACh e rec 
eptor nicotínico (NN) 
 
K+ - seguindo o gradiente, a tendencia é 
que ele saia, havendo mais sódio na 
célula. 
 
 
FÁRMACOS QUE AFETAM A JNM 
→ Bloqueadores neuromusculares: 
» Curare: venenos de fechas de 
índios sul americanos para matar 
animais 
» Morte por paralisia 
» Mas a carne sofria algum 
problema? NÃO! Não existe boa 
absorção do veneno pela 
lipossolubilidade. 
» AÇÃO: inibe sinais entre nervos e 
músculos esqueléticos – causa 
paralisia 
» Usos: tétano e espasmos, anestesia 
geral... 
→ Relaxantes musculares 
1. Ação pós-juncional – nos 
receptores nicotínicos musculares – 
mais usados 
✓ Bloqueadores não despolarizantes 
(antagonistas competitivos) 
✓ Bloqueadores despolarizantes 
(agonistas) 
2. Ação pré-juncional 
✓ Hemicolínco – recapta a ACh 
✓ Vesamicol – impede transporte de 
ACh 
✓ Toxina botulínica – impede a 
exocitose da ACh 
 
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
- Bloqueiam a transmissão colinérgica 
entre o terminal nervoso motor e o 
receptor nicotínico no músculo 
esquelético 
1. Agentes não despolarizantes 
 
• Antagonistas competitivos do 
receptor nicotínicos (bloqueio de 
70 a 80%) 
• Ex: D-Tubocurarina (curare), 
pancurônio, rocurônio, vecurônio, 
atracurio, cisatracúrio 
• ACh colina não se prende – 
impedindo sua ação – não há 
DESPOLARIZAÇÃO – SÓDIO NÃO 
CONSEGUE ENTRAR. 
 
- Injeção intravenosa ou muscular. 
→ Bloqueio e recuperação 
- Os bloqueadores neuromusculares 
causam paralisia flácida e progressiva. 
 
 
→ Usos clínicos 
» Adjuvantes da anestesia durante a 
cirurgia para produzir relaxamento 
muscular e facilitar a intubação 
endotraqueal 
» Procedimentos ortopédicos como 
correção de luxação ou 
alinhamento de fraturas 
» Previvem fraturas ósseas em 
terapias eletro-convulsivas 
» Permitem controle de espasmos 
musculares (tétano) 
→ Efeitos adversos: 
» Queda de PA (bloqueio de 
receptores nicotínicos nos gânglios 
simpáticos – tubocoranina) 
» Liberação de histamina 
(broncoespasmo/ reação alérgica) 
» Aumento da FC – pancurônio * 
vagolítico (inibe nervo vago) – uso 
em cirurgias 
→ Interações medicamentosas 
» Inibidores de colinesterase 
(fisostigmina, piridostigmina e 
edrofônoo) – revertem o efeito 
» Anestésicos halogenados 
(halotano): potencializam o 
bloqueio 
» Antibióticos aminoglicosídeos 
(eritromicina e gentamicina) – 
inibem a liberação de ACh; 
aumentam o bloqueio 
» Bloqueadores de canais de Ca 2+ 
(nifedipino): aumentam o bloqueo 
→ Reversão do efeito - 
Anticolinesterásicos 
- Sugamadex - para brometo de 
rocurônio ou vecurônio. 
» Gama-ciclodextrina que forma 
ligação não covalente com os 
BNM livres no plasma, reduzindo a 
concentração plasmática. 
 
→ Diminui a degradação da ACh – 
aumenta a disponibilidade da ACh – 
reversão do efeito. 
* Atropina antagonista muscarínico, em 
associação para evitar ações da Ach. 
rocurônio = Antagonista nicotínico, que 
bloqueia a ligação da ACh 
Neostigmina = Anticolinesterásico, que 
impede ação da Acetilcolinesterase e a 
degradação da ACh, causando 
acúmulo de ACh na JNM. 
Atropina = Antagonista muscarínico, que 
impede que a ACh que está na fenda se 
ligue nos receptores muscarínicos em vez 
dos nicotínicos 
Sugamadex = Encapsula o Rocurônio e 
impede que ele bloqueie os receptores 
nicotínicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Agentes despolarizantes 
- Os fármacos bloqueadores 
despolarizantes atuam por 
despolarização da membrana 
plasmática da fibra muscular, 
similarmente à ação da ACh. 
- Agonistas dos receptores nicotínicos: 
ocupam e ativam esses receptores por 
um tempo prolongado, eles 
dessensibilizam (taquifilaxia). Os canais 
de Na+ se fecham, gera um período 
refratário no qual não é possível estimular 
a membrana celular (bloqueio por 
despolarização) 
Ex. Succinilcolina (suxametônio), 
decametônio. 
→ Mecanismo de ação: 
• Liga-se ao receptor nicotínico e 
atua como a ACh, despolarizando 
a junção neuromuscular. 
• Não sofre ação da 
acetilcolinesterase, causa 
estimulação constante do 
receptor. 
Fase I: despolarização da membrana 
– abertura do canal de sódio 
associado ao receptor nicotínico, 
resultando na despolarização do 
receptor. 
Fase II: o canal de Na+ se inativa, não 
respondendo mais a ocupação do 
receptor, mesmo após a 
repolarização. 
- A despolarização contínua dá 
origem a uma repolarização gradual 
quando o canal de sódio se fecha ou 
é bloqueado. Isso causa resistência à 
despolarização. 
Succinilcolina (suxametônio); 
Decametônio (ação muito longa). 
→ Características farmacocinéticas e 
ações: 
 
• Contrações espasmódicas 
transitórias (fasciculações) antes 
do bloqueio (tórax e abdome) 
• Paralisia rápida (< que 2 min; dura 
por ~ 8 min) 
• Metabolismo: hidrólise por 
colinesterases plasmáticas 
(butirilcolinesterase) 
• Pouco ou nenhum efeito sobre os 
gânglios autônomos 
• Indivíduos geneticamente 
deficientes (1:1000) não 
metabolizam esses compostos: 
paralisia prolongada 
• Recuperação: DOLOROSA 
• Bloqueio não é revertido por 
anticolinesterásicos (sinergismo) 
CASO CLÍNICO 
Paciente do sexo feminino, 
submetida à laparotomia 
exploradora de emergência após 
intubação em sequência rápida 
com uso de rocurônio 1,2 mg/kg. 
Ao final da cirurgia a paciente foi 
descurarizada com neostigmina, 
coadministrando-se atropina. No 
entanto a monitoração da junção 
neuromuscular não apresentou a 
recuperação esperada, revelando 
curarização residual. Foi utilizado 
Sugamadex 2 mg/kg e a paciente 
apresentou reversão completa do 
bloqueio neuromuscular em 
apenas 2 minutos. 
→ Usos: 
• Intubação endotraqueal 
• Choque eletroconvulsivo 
→ Efeitos adversos e contra-indicação 
• Dor muscular 
• Bradicardia: ação muscarínica 
direta 
• Aumento da pressão intraocular 
(cuidado com glaucoma) 
• Hipercalemia - liberação de K+ 
intracelular 
• Paralisia prolongada – RN e 
pacientes com comprometimento 
hepático tem redução das 
colinesterases plasmáticas 
• Hipertermia maligna (Succinilcolina 
e halotano): mutação no canal de 
Ca2+ presente no retículo 
sarcoplasmático aumentando a 
liberação do Ca2+ no sarcoplasma 
– espasmos musculares e elevação 
da temperatura. Potencialmente 
fatal (65 %). Tratamento: 
Dantrolene – inibe a liberação de 
Ca2+ 
 
 
TOXINA BUTOLÍNICA 
Botox: Toxina Botulínica A 
Clostridium botulinum: bactéria 
- Aplicação local causa paralisia do 
músculo, por impedir a liberação de ACh 
do neurônio motor 
 
- Essa toxina interage com a SNAP-25, 
uma proteína que auxilia na fusão das 
vesículas 
 
→ Usos clínicos: 
 
- Blefaroespasmo (espasmo do músculo 
orbicularis oculi e músculos superior da 
face), distúrbios oculares, distonia 
oromandibular, hiperidrose,tratamento 
estéticos. 
- Em casos extremos pode ser usada para 
tratar bruxismo infantil

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