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Enfermagem em Centro Cirúrgico

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Prévia do material em texto

POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
O centro cirúrgico é um lugar especial 
dentro do hospital, definido como área 
complexa e de acesso restrito. Assim, o 
planejamento desta unidade deve ser 
responsabilidade de uma equipe 
multiprofissional e elaborada com base nas 
normas do Ministério da Saúde, para que as 
atividades desenvolvidas ocorram de modo 
harmonioso, sincronizado e eficiente, 
visando à segurança dos pacientes e da 
equipe multiprofissional atuante neste 
setor. 
Segundo Ministério da Saúde, a Unidade de 
Centro Cirúrgico é definida como um 
conjunto de elementos destinados às 
atividades cirúrgicas, bem como a 
recuperação pós-anestésica. As Resoluções 
que descrevem sobre o regulamento 
técnico e arquitetônico da Unidade de 
Centro Cirúrgico são a RDC 50 e a RDC 307 
mais atualizadas. 
O CC é composto por vestiários, recepção, 
sala de equipamentos, expurgo, sala de 
enfermagem, sala de operação, banco de 
sangue, laboratório, manutenção, dentre 
outros. 
Além da composição de elementos, este 
setor é constituído por uma série de 
dependências interligadas, a fim de 
proporcionar ótimas condições para 
realização da cirurgia, tais como: 
 Deve ser de fácil acesso para outras 
unidades. 
 Próximo a Central de Material e 
Esterilização (CME). 
 
 Longe de unidades de grande 
circulação de pessoas. 
Para que o CC seja organizado, é necessário 
que nele atuem pessoas cujos esforços 
canalizem-se para se alcançar objetivos 
comuns, por meio de um trabalho em 
equipe harmonioso. 
Não podemos esquecer que o objetivo 
principal é prestar a melhor assistência a 
todos paciente que precisam ser 
submetidos a um ato anestésico cirúrgico. 
A quantidade e os tipos de profissionais 
atuantes serão compatíveis com a 
complexidade das cirurgias. 
Portanto, as equipes que mais frequentam 
o CC são basicamente três: 
 Equipes de Médicos Cirurgiões. 
 Equipe de Médicos Anestesiologistas. 
 Equipe de Enfermagem. 
 
As atividades desenvolvidas pelos 
integrantes das equipes estão de acordo 
com as competências de seus respectivos 
códigos de lei do exercício profissional. 
Algumas atividades de cada um destes 
profissionais: 
 
EQUIPE DE MÉDICOS CIRURGIÕES: 
É composta por um médico cirurgião titular 
que é o responsável direto do paciente a 
ser operado e é o profissional que conduz 
a intervenção cirúrgica. 
Faz parte ainda desta equipe, o médico 
cirurgião auxiliar ou assistente, cujas 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
atividades estão em auxiliar o cirurgião 
titular no desenvolvimento do ato cirúrgico, 
exercendo atividades delegadas. 
Temos ainda, o instrumentador cirúrgico, 
que é o profissional que basicamente 
prepara a mesa de instrumental para 
cirurgia e auxilia os cirurgiões durante o 
procedimento. 
Em todos os procedimentos cirúrgicos 
anestésicos deverá haver SEMPRE um 
cirurgião titular e, no mínimo, um cirurgião 
assistente, conforme descrição do 
Conselho Federal de Medicina. 
Dependendo da complexidade pode haver 
um, dois, três, cirurgiões assistentes, porém 
somente um cirurgião titular. 
 
 
 
EQUIPE DE MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS: 
A principal atribuição deste profissional 
está em realizar a anestesia mais segura 
possível para o paciente. 
Entendemos que para isso, é preciso que 
este profissional conheça com a devida 
 
 
antecedência, as condições clínicas do 
paciente. 
É este profissional que mantem uma 
vigilância permanente nos parâmetros 
hemodinâmicos do paciente durante o ato 
operatório, garantindo segurança e 
sucesso da cirurgia. 
 
 
 
EQUIPE DE ENFERMAGEM: 
A equipe de enfermagem tem sua 
participação na organização e 
planejamento das cirurgias, e ainda exerce 
uma atividade direta durante os 
procedimentos cirúrgicos anestésicos. 
Portanto a equipe de enfermagem é 
composta por enfermeiros coordenadores, 
enfermeiros assistenciais, técnicos e 
auxiliares de enfermagem. 
Descrevemos em seguida, algumas 
atribuições de cada um: 
 
Enfermeiro Coordenador: 
 Planejar e organizar a programação 
cirúrgica; 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
 Elaborar instrumentos administrativos, 
como normas e rotinas; 
 Realizar relatórios; 
 Realizar a previsão de recursos 
humanos e materiais, para que os 
procedimentos anestésicos cirúrgicos 
as cirurgias aconteçam com 
segurança, tanto para os pacientes 
como para todos os profissionais 
envolvidos 
Enfermeiro Assistencial: 
 Supervisionar as ações em sala 
operatória; 
 Elaborar o plano de cuidados trans 
operatório; 
 Orientar os auxiliares e técnicos de 
enfermagem durante as cirurgias; 
 Acompanhar o paciente até a sala 
operatória; 
 Priorizar sua presença em sala 
operatória em momentos críticos da 
cirurgia; 
 Se fazer presente no procedimento 
cirúrgico na sua integra, quando 
achar necessário; 
 Auxiliar o anestesista 
principalmente no início da 
anestesia; 
 
Auxiliares e Técnicos de Enfermagem: 
Os auxiliares e técnicos de enfermagem 
são denominados em Centro Cirúrgico 
como circulantes de sala. Atualmente, as 
Instituições Hospitalares estão priorizando 
somente técnicos de enfermagem para 
esta atuação, porém auxiliares de 
 
enfermagem podem estar presentes e 
desenvolver a mesma função. 
O circulante realiza todas as funções em 
sala operatória com a parceria do 
enfermeiro assistencial, mas, em 
procedimentos de alta complexidade, é 
comum encontrarmos somente 
enfermeiros assistenciais exercendo a 
função do circulante, para tornar as 
atividades ainda mais seguras e 
embasadas em um conhecimento 
cientifico. 
 
Algumas funções do circulante: 
 Preparo da sala operatória, com 
especificidade da cirurgia; 
 Realizar as limpezas de sala 
operatória; 
 Prestar assistência a equipe cirúrgica e 
anestésica durante a cirurgia; 
 Realizar anotações pertinentes ao ato 
operatório em impresso especifico; 
 Desenvolver técnicas assépticas com 
segurança; 
 Dentre outras; 
É muito comum encontrarmos enfermeiros 
que desenvolvem todas as atividades de 
coordenadoria e assistência, além de ser o 
responsável pelo desempenho seguro das 
atividades exercidas pelos circulantes de 
sala. 
Auxiliares administrativos e profissionais da 
limpeza que trabalham em Centro 
Cirúrgico, são geralmente subordinados 
aos enfermeiros e desenvolvem atividades 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
de sua categoria sobre a supervisão e 
delegação do enfermeiro. 
 
 
 
 
Não há como negar que o Centro Cirúrgico 
apresenta alta concentração de 
procedimentos invasivos, assim como 
pacientes críticos, razões mais do que 
suficientes para uma preocupação e 
mobilização intensas com os riscos e o 
controle das infecções neste local, tanto do 
lado dos profissionais, como dos pacientes. 
A infecção da incisão cirúrgica (sítio 
cirúrgico) constitui uma das complicações 
mais relevantes nos pacientes cirúrgicos 
de todo o mundo. 
Estatisticamente, pacientes que 
desenvolvem infecção de sítio cirúrgico 
(ISC) quando comparados aos sem 
infecção, tem 1,6 vezes mais chances de ser 
admitidos em Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI); 5,5 mais riscos de serem readmitidos 
no hospital, além de ter o risco de morrer 
duas vezes mais. 
 
Mas, porque os pacientes desenvolvem ISC? 
São diversos os motivos, porém está 
relacionado intimamente com as 
condições clínicas do paciente. 
Por exemplo, um paciente que se encontra 
em estado avançado de uma patologia 
oncológica, terá mais susceptibilidade de 
adquirir uma ISC, pois suas condições 
imunológicas estão prejudicadas. 
De acordo com a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), as principais 
fontes de infecção dos pacientes cirúrgicos 
são: 
 O próprio paciente; considerando o 
fator idade; 
 O tipo da cirurgia e a potencialidade de 
contaminação; 
 Tempo de duração da cirurgia; 
 O comportamento das equipes do 
Centro Cirúrgico; O ambiente da sala operatória; 
 A limpeza do Centro Cirúrgico, 
especialmente nas salas operatórias; 
 Os materiais e equipamentos utilizados 
durante a cirurgia; 
 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
O Centers for Disease Control and Prevetion 
(CDC), desenvolveu critérios uniformizados 
para definir a vigilância destas infecções, 
conforme a figura e a descrição a seguir: 
 
Infecção de sítio cirúrgico 
superficial: quando envolve apenas a pele e 
o tecido subcutâneo do local da incisão. 
Infecção do sítio cirúrgico profundo : 
quando há envolvimento de tecido moles 
profundos, tais 
como fáscia e camadas musculares, 
estando ou não as camadas superficiais 
comprometidas. 
Infecção do sítio cirúrgico em um órgão ou 
espaço: quando há 
envolvimento de órgãos ou espaços 
fundos manipulados durante a cirurgia, 
mas, não necessariamente a incisão. 
 
A Seguir algumas recomendações para 
prevenção de infecção em Centro 
Cirúrgico: 
 
 
 Tratar infecções possíveis do paciente, 
antes dele ser operado; 
 Reduzir o tempo de internação pré-
operatório; 
 Evitar tricotomia; 
 Realizar banho pré-operatório com 
soluções adequadas e padronizadas; 
 A equipe cirúrgica deverá realizar a 
correta escovação das mãos; 
(degermação de mãos e antebraços); 
 Utilizar paramentação adequada 
durante o ato cirúrgico (pós -
degermação das mãos e antebraços, 
vestir o avental esterilizado e calçar 
luvas esterilizadas com técnica 
correta. 
Importante ressaltar a importância da 
utilização das precauções padrões 
universais pelos profissionais de saúde em 
todas as atividades desenvolvidas na área 
hospitalar para o controle de infecções e 
segurança assistencial para nossos 
pacientes! 
A enfermagem de Centro Cirúrgico deve 
estar sempre envolvida com novas 
tecnologias, na educação permanente da 
equipe e pesquisas relacionadas ao 
controle de infecção em centro cirúrgico 
para que a qualidade do atendimento seja 
implementada. 
 
O enfermeiro deve estar atento ao 
crescimento tecnológico atual na área de 
equipamentos e artigos médicos 
hospitalares destinados ao Centro 
Cirúrgico. 
Porque o enfermeiro? 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
Porque dentre as diversas atividades do 
enfermeiro de CC, está à participação da 
aquisição de equipamentos! 
Sendo assim, a aquisição de equipamentos 
deve ser baseada em conhecimento 
cientifico, analise do mercado e ainda a 
realidade de cada Instituição. O enfermeiro 
deve fazer parte de comissões hospitalares 
especificas para este fim, bem como a 
participação de eventos científicos que 
divulguem os avanços tecnológicos na área 
cirúrgica. 
A Sociedade Brasileira de Enfermeiros de 
Centro Cirúrgico (SOBECC) descreve 
recomendações tanto para aquisição de 
equipamentos, como para sua utilização. 
Segue algumas destas recomendações para 
o Enfermeiro de Centro Cirúrgico: 
 Avaliar a real necessidade do 
equipamento para sua aquisição; 
 Avaliar a adequação do equipamento 
em relação aos quesitos legais 
preconizados por Órgãos de Saúde 
Federal; 
 Conhecer as recomendações de 
limpeza e utilização com o fabricante 
do equipamento; 
 Elaborar programas de educação 
permanente para o uso de 
equipamento adequado a toda equipe 
cirúrgica; 
 Checar com o fabricante medidas de 
segurança do equipamento, para 
garantir a utilização segura tanto para 
a equipe de saúde , como para os 
pacientes; 
 Verificar se, as empresas 
fornecedoras de equipamentos, 
devem disponibilizam “manual de 
 
instruções” na língua portuguesa para 
consulta de todos usuários. 
 
 
ALGUNS EQUIPAMENTOS! 
Vamos conhecer agora alguns 
equipamentos utilizados nos 
procedimentos anestésicos cirúrgicos. 
BISTURI ELÉTRICO 
 
 
Este equipamento é um aparelho elétrico 
que tem como função corte e coagulação 
durante a cirurgia. 
Possui acessórios como placa dispersiva e 
caneta especifica que são manipuladas 
pelo circulante de sala, profissional este 
que deve ter todo conhecimento cientifico 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
de utilização para evitar danos nos 
pacientes. 
BISTURI ELÉTRICO BIPOLAR 
 
 
 
Este bisturi é também uma unidade 
elétrica, porém com a função somente de 
coagulação com irrigação; possui 
acessórios próprios. 
 
BISTURI DE ARGÔNIO 
 
 
 
 
Funciona através de um feixe de gás de 
argônio para coagulação de grandes 
áreas, utilizado, preferencialmente, em 
grandes cirurgias abdominais. 
 
LASER 
O laser concentra em uma pequena área, 
uma grande quantidade de energia, que 
vaporiza os tecidos, provocando 
cauterização instantânea de vasos 
sanguíneos e linfáticos. Existem diferentes 
tipos para cada tipo de procedimento 
cirúrgico. 
 
ASPIRADOR CIRÚRGICO ULTRASSONICO 
Este equipamento permite uma aspiração 
cirúrgica com precisão e controle para o 
cirurgião, e ainda possui três funções: 
fragmentação, irrigação e aspiração de um 
tecido ou tumor demarcado pelo cirurgião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
EQUIPAMENTO DE VIDEOCIRURGIA 
A videocirurgia é um tipo de procedimento 
minimamente invasivo, que atualmente é 
bastante utilizado, diminuindo o tempo 
cirúrgico e as complicações pós-
operatórias. 
São utilizados um conjunto de 
equipamentos que normalmente são 
adaptados em um “armário” para facilitar 
o manuseio, dentre eles, um monitor de 
vídeo, um insuflador e uma microcâmara 
são os mais utilizados. 
 
GARROTE PNEUMÁTICO 
Este equipamento é utilizado em cirurgias 
ortopédicos e tem a função de um 
torniquete mecânico, com o objetivo de 
diminuir sangramentos. 
 
 
ROBÓTICA 
Robôs mecânicos de alta precisão, é uma 
realidade virtual que auxilia os cirurgiões de 
todo o mundo. 
Existem diversos modelos, bastante 
complexos. 
 
 
 
EQUIPAMENTOS X ENFERMEIROS 
Por fim, entendemos que a política do 
manuseio seguro dos equipamentos deve 
estar relacionada com o treinamento e 
desenvolvimento dos conhecimentos de 
toda equipe atuante em Centro Cirúrgico. A 
má utilização de equipamentos traz riscos 
para o operador e para o paciente, 
gerando danos irreparáveis. 
Consideramos, portanto, que a educação 
continuada em relação aos equipamentos 
deva ser planejada pelo enfermeiro 
responsável pelo centro cirúrgico. 
 
É neste espaço que acontece os 
procedimentos cirúrgicos. 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
Pois bem, o centro cirúrgico é uma unidade 
independente com diversos elementos 
físicos que o compõe, mas as salas 
operatórias podem ser consideradas o seu 
elemento mais essencial. 
O número de salas operatórias contidas em 
um centro cirúrgico será proporcional aos 
leitos cirúrgicos existentes na Instituição, 
conforme RDC 307/2002 da ANVISA. 
Esta resolução não só determina o número 
de salas, mas como elas devem ser em 
relação ao tamanho, tipo de piso, estilo de 
portas e janelas, teto, iluminação, 
ventilação. 
Consideramos que os requisitos básicos 
exigidos nesta Resolução são para garantir 
a segurança e a eficiência das técnicas 
aplicadas. 
 
Cirurgia se define como uma técnica que 
abrange abertura do corpo para a 
remoção, reparo ou substituição de uma 
parte e implantes de próteses ou mesmo 
de órgãos. 
As cirurgias possuem uma terminologia 
própria, que chamamos de terminologia 
cirúrgica, que nada mais é que uma 
nomenclatura que expressa o segmento 
corpóreo a ser operado seguido de afixos, 
prefixos ou sufixos. 
Por exemplo, não falamos “retirada de 
útero” e sim, histerectomia, parte da 
palavra representa o útero e a outra 
 
 
representa um “fixo” que corresponde ao 
significado de “retirada”. 
Outro exemplo seria cirurgia de 
laparoscopia, que significa visualização do 
abdômen, onde “laparo” representa o 
abdômen e scopia, visualização. 
É importante para equipe de enfermagem 
conhecer a terminologia cirúrgica para que 
a assistência seja adequadae direcionada 
antes, durante e após o paciente ter sido 
submetido a um procedimento cirúrgico. 
As cirurgias também possuem uma 
classificação que as diferenciam em 
relação ao momento operatório, finalidade, 
riscos, duração e potencial de 
contaminação. 
 
Organização e preparo das cirurgias: 
Podemos então, definir a programação 
cirúrgica como um planejamento diário dos 
procedimentos anestésicos cirúrgicos 
distribuídos nas salas operatórias. 
Esta atividade não é especificamente um 
modelo, mas um planejamento bastante 
realizado na maioria dos hospitais 
brasileiros, normalmente realizado pelo 
enfermeiro responsável do setor para que 
as cirurgias ocorram de forma organizada 
e segura! 
É muito comum os CC terem “um quadro” 
informativo para todos os profissionais 
demonstrando a programação cirúrgica 
diária para facilitar a organização das 
atividades e das equipes. 
 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
 
Se já temos então uma programação, 
precisamos agora ter um planejamento de 
preparo das salas operatórias para 
efetivamente acontecer às cirurgias! Esta 
atividade é realizada pelo circulante de 
sala, sob a supervisão do enfermeiro. 
A SOBECC recomenda que toda montagem 
de sala siga protocolos feitos e 
supervisionados polo enfermeiro, com 
listagem de mobília, artigos, equipamentos, 
particularidades da cirurgia, do cirurgião e do 
paciente. 
 
 
 
A Sistematização da Assistência de 
Enfermagem Perioperatória (SAEP) é um 
processo de assistência planejado que 
abrange o paciente antes de ser operado, 
durante sua cirurgia e após o 
procedimento cirúrgico. 
Esta atividade é privativa do enfermeiro 
que planeja e sistematiza toda a 
assistência do período Perioperatório; o 
qual engloba três períodos principais 
definidos como: o período pré-operatório, 
trans - operatório e o período pós-
operatório. 
Os principais objetivos desta assistência 
estão em analisar as necessidades 
individuais do paciente e sua família e, 
diminuir os riscos inerentes ao 
procedimento. 
Para melhor entendimento, vamos 
descrever suscintamente a assistência em 
cada um destes períodos ou também 
chamados de fases. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
Neste momento vamos conhecer o 
paciente que será operado através de uma 
visita do enfermeiro e ainda conhecer 
dados através do agendamento do 
procedimento. 
Qual será a cirurgia? 
Qual será a anestesia aplicada? 
Que materiais e equipamentos preciso 
para atender com segurança? 
Como montaremos a sala? 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
Quais os riscos para este paciente? 
Neste período que o enfermeiro vai elencar 
as necessidades, os diagnósticos de 
enfermagem, a prescrição de 
enfermagem pré-operatória, e os detalhes 
da montagem de sala. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO 
TRANSOPERATÓRIO 
Paciente em sala operatória, neste 
momento há dois momentos distintos: o 
primeiro é o recebimento do paciente em 
CC, havendo conferencia de dados de 
identificação, prontuário. 
O segundo momento consiste no início do 
procedimento anestésico cirúrgico, a partir 
da anestesia e posicionamento do paciente 
específico para cirurgia. 
Dentro do processo de enfermagem, neste 
período se aplica a Prescrição de 
Enfermagem transoperatória , 
determinando todas as atividades do 
circulante, como punção venosa, abertura 
de materiais estéreis e posicionamento 
cirúrgico. Esta fase se estende até o final 
da cirurgia, e ao término o paciente é 
transferido para sala de recuperação 
anestésica, iniciando- se assim o próximo e 
último período. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO 
PÓS OPERATÓRIO 
 
Neste período, o paciente será assistido 
com base na prescrição de enfermagem e 
 
médica, com cuidados intensivos voltados 
para a recuperação e estabilização da 
consciência, sinais vitais, motilidade e 
homeostase do paciente. 
 
 
Cirurgia segura existe? 
Para esse fim, grupos de trabalho de 
especialistas internacionais desenvolveram 
um manual de Cirurgia Seguras 
que salvam vidas. 
Este Manual fornece evidencias a respeito 
dos componentes essenciais de uma 
assistência cirúrgica segura, as quais 
formam a base de uma Lista de 
Verificação Cirúrgica, que nada mais é que 
um instrumento de verificação simples, 
porém de alta aplicabilidade e 
mensuração. Este instrumento utilizado no 
momento cirúrgico. Possui três fases 
principais de conferencia: antes da indução 
anestésica, antes da incisão cirúrgica e 
antes do paciente sair da sala de 
operações.

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