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Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
1 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
2 | P á g i n a 
 
Locomotor 
• Anamnese é imprescindível (em qualquer aparelho), pois a queixa articular do 
paciente pode corresponder tanto a doenças articulares quanto a doenças 
sistêmicas. 
Na identificação, a idade e o sexo são importantes para determinar se aquela doença 
osteoarticular cabe para a idade, pata o sexo e para o tempo de evolução. 
• História da moléstia atual (HMA): 
o Duração da queixa articular (quadro agudo ou crônico) 
o Início (abrupto ou insidioso) 
o Sinais e sintomas inflamatórios 
▪ Se o quadro for crônico, o paciente vai queixar mais de sintomas 
degenerativos do que inflamatórios. Se for crônico agudizado, vai 
queixar de sintomas inflamatórios associado a degenerativos. 
o Dor (aguda, surda, localizada, irradiada) 
▪ Osteossarcoma (neoplasia óssea): quando ainda não atingiu o 
periósteo, é muito comum ser uma dor surda não localizada. 
▪ Artrite gotosa aguda: é comum acometer a articulação 
metatarsofalangeana do hálux (chamada podagra) e a dor é aguda. 
Muito comum ser na segunda-feira pós churrasco e cerveja do final 
de semana. 
▪ Lombociatalgias, hérnia de disco lombar: dor irradiada por conta 
da compressão do nervo ciático (irradia para a face posterior do 
membro inferior ipsilateral à lesão). 
▪ Cervicobraquialgia: dor irradiada; é quando tem osteoartrite de 
coluna cervical com compressão radicular do plexo braquial. 
▪ Doença de Raynaud: formigamento, sensação de dedos mortos. 
▪ Artrite temporal: dor latejante. 
▪ Gota, espondilite anquilosante: a dor ocorre preferencialmente à 
noite. 
▪ Artrite reumatoide: dor e rigidez preferencialmente matinais (pós 
repouso). Ao passar o dia, a rigidez vai cessando e a mobilidade 
vai melhorando. 
▪ Síndrome de Reiter, artrite gonocócica: dor associada a distúrbios 
urinários. 
OBSERVAÇÃO: Na síndrome de Reiter, o paciente tem a tríade (uveíte, artrite, uretrite). 
▪ A gonorreia causa artrite, lesões osteolíticas → artrite gonocócica. 
▪ Fibromialgia: dor associada a pontos dolorosos bem definidos 
(tender points). É uma dor crônica originária no tecido muscular e 
fibroso, mais comum em mulheres; etiologia ainda não definida. 
▪ Manifestações sistêmicas: febre, anorexia, emagrecimento, astenia 
Exemplo: Paciente pode ter uma tuberculose de corpo vertebral, chamada Mal de Pott, 
tendo quadro clínico de tuberculose (febre, anemia, anorexia, emagrecimento, astenia). 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
3 | P á g i n a 
 
▪ Limitação dos movimentos → comum na artrite por conta do 
processo inflamatório. 
o Evolução: Da fase aguda curou ou cronificou? Se cronificou, vão aparecer 
as alterações degenerativas na articulação. 
o Manifestações extra articulares 
o Antecedentes pessoais e familiares: perguntar se já teve outro quadro 
semelhante ou se na família tem alguma doença semelhante a que ele está 
apresentando. 
• Semiotécnica: para avaliarmos as articulações é importante uma boa iluminação, 
exposição da área a ser examinada, examinar o paciente de pé, sentado e deitado. 
o Sempre comparar articulações homólogas! Principalmente articulações 
pequenas para que não passe algo desapercebido. 
• Devemos fazer inspeção, palpação e movimentação ativa ou passiva das 
articulações, ou seja, fazer todas as movimentações possíveis que aquela 
articulação é capaz de fazer e avaliar se há limitação de movimento e qual o seu 
grau. 
 
➢ INSPEÇÃO 
Avaliar se a doença articular tem correlação com alguma doença sistêmica. 
• Estado nutricional: se for tuberculose óssea, o estado nutricional estará alterado. 
• Fácies: paciente que tem lúpus com artrite → fácies lúpico; esclerodermia → 
fácies esclerodérmica. 
• Pele: úlceras isquêmicas (lesão articular pode ser secundário à isquemia) 
• Pulsos e perfusão periférica 
• Postura: vai determinar todas as doenças que causam deformidade na coluna 
• Simetria e troficidade das articulações e membros 
• Mobilidade da coluna vertebral 
• Marcha do paciente 
 
1. Pele e anexos: 
• Esclerodermia (lesões esclerodérmicas): nos membros inferiores e superiores. 
 
• Vasculite lúpica: Lúpus é uma doença sistêmica que pode inclusive evoluir para 
lesões vasculares. 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
4 | P á g i n a 
 
 
→ Pé já evoluindo com necrose. 
• Dermatomiosite: é uma doença inflamatória crônica que afeta os músculos e a 
pele, referindo dores musculares intensas e lesões de pele (colagenoses → tem 
colagenoses que o próprio nome já sugere a doeça). Paciente pode apresentar 
aumento de CPK e aldolase nas provas de função reumática. 
 
Heliotropo → inchaço e mancha arroxeada/vermelha em volta das pálpebras. 
• Síndrome de Raynaud: caracteriza-se por episódios reversíveis de vasoespasmos 
de extremidades, associados a palidez, seguido por cianose e rubor de mãos e pés, 
que ocorrem após estresse ou exposição ao frio. Pode acompanhar as colagenoses 
que cursam com vasculite, como lúpus. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
5 | P á g i n a 
 
• Tofos: são os nódulos; sugestivos de gota crônica. 
 
→ Mão gotosa 
• Unha psoriásica: presente no paciente com psoríase. Pode estar associada com 
artrite psoriásica 
 
• Poliarterite nodosa (PAN): é uma doença rara. Trata-se de uma vasculite sistêmica 
caracterizada pela presença de um processo inflamatório agudo e necrose 
fibrinoide das artérias de pequeno e médio calibre. O curso pode ser agudo ou 
crônico, com grande variabilidade de sinais e sintomas devido aos diversos órgãos 
que podem ser afetados, preferencialmente o SNP, rins e pele. 
 
→ No locomotor há úlceras isquêmicas e isquemia da periferia dos MMSS e MMII. 
• Livedo reticularis (também chamado de cutis marmorata): aparece em estado de 
choque. Em doenças autoimunes, pode sugerir vasculite. 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
6 | P á g i n a 
 
 
 
• Púrpura: manchas vermelhas na pele causadas pelo acúmulo de sangue. 
o Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI): é a mais comum. É uma 
doença autoimune que o sistema de defesa do organismo destrói as 
plaquetas erroneamente. Por isso o paciente possui sangramentos e 
hematomas na pele e no hemograma há plaquetopenia. 
 
o Púrpura de Henoch-Scholein (PHS): é uma doença que provoca 
inflamação dos vasos sanguíneos de pequeno calibre (vasculite), levando 
ao aparecimento das púrpuras. O número de plaquetas é normal, então 
temos que fazer biópsia da lesão para fechar diagnóstico. Trata com 
imunossupressor. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
7 | P á g i n a 
 
• TVP x Insuficiência Venosa Crônica (importante fazer diagnóstico diferencial): 
o TVP: edema no MMII de aparecimento nos últimos dias (subagudo ou 
agudo) que melhora parcialmente quando eleva o membro; sinais de 
empastamento de panturrilha (bandeira negativo; Ollow, Homans e 
Bancroft positivos). 
o IVC: dermatite ocre (pelo acúmulo de hemossiderina), fibrose 
principalmente na região do tornozelo que fica atrofiado (dermatofibrose), 
prurido crônico (eczema de estase), úlcera de estase. O quadro é crônico. 
 
• Obstrução arterial aguda: dor insuportável (lancinante), ausência de pulsos distais 
à obstrução, hipotermia acentuada, perfusão muito lentificada ou ausente 
(depende se já abriu circulação colateral ou não), palidez. 
o Quadro super agudo → paciente nem consegue deambular porque a dor é 
lancinante. 
 
• Insuficiência arterial crônica: claudicação intermitente (dor causada após esforço 
físico pela má circulação do sangue que sai do coração e vai em direção às pernas 
e braços → paciente tem alteração da marcha), diminuição da amplitude dos 
pulsos; diminuição da perfusão capilar; queda de pelos; pode haver certa 
hipotrofia; dor crônica que melhora em repouso com MMII para baixo. 
 
2. Inspeçãodas articulações: 
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• Avaliar se tem aumento de volume, rubor (hiperemia), atrofia, desalinhamento 
articular, deformidades, fístulas, tumores. 
 
Ver se tem alterações degenerativas como na mão reumatoide, que tem nódulos 
metacarpofalangeanos, dedo em pescoço de cisne, desvio da mão para o lado ulnar. 
Na outra vemos uma mão gotosa, cheia de tofos. 
Então nessas duas mãos conseguimos ver que é uma doença crônica degenerativa. Se 
fosse uma artrite aguda, o que iria predominar seriam os sinais flogísticos. 
• ATM (articulação temporomandibular) – paciente sentado: distúrbio de ATM 
pode ser causado por bruxismo (ranger ou apertar os dentes durante o sono, 
causando desgaste nos dentes do serrilhado), por apertamento (comum em 
pacientes ansiosos que dormem travando a mandíbula - não achamos sinal de 
bruxismo) e por mordida cruzada. É comum o paciente apresentar cefaleia 
bilateral e dificuldade de usar tiara na cabeça. Corrigido com tratamento 
ortodôntico ou reabilitação oral e, nos casos de apertamento e bruxismo, usam-se 
placas para dormir. 
 
 
o Também fazemos palpação da ATM com o dedo indicador e médio e 
pedimos ao paciente abrir e fechar a boca → ele sentirá dor e ouviremos 
algum cliquezinho/estalozinho. Outra opção de palpar é irmos com a mão 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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enluvada por dentro da boca do paciente até o fundo e palpar a ATM → 
vai referir dor. Ele também pode apresentar dor à palpação das têmporas 
ou ao puxarmos o cabelo da têmpora. 
 
Membros superiores: 
• Braço hemiplégico: presente no paciente com sequela de TCE com hemiplegia à 
esquerda, possuindo marcha ceifante/hemiplégica e atitude de Wernick Man. 
 
• Ombros (em locomotor, dor no ombro é extremamente frequente): a articulação 
do ombro é bastante complexa que realiza flexão, extensão, abdução, adução, 
rotação externa e interna, então ele é capaz de fazer vários movimentos. 
o A maioria das lesões do ombro é extra-articular. 
o Se o paciente não teve trauma e está com dor crônica, não pedimos raio-
X, pois a maioria das causas são periarticulares/extra-articulares, como 
bursite subacromial, capsulite adesiva, inflamação de manguito rotador. 
Nesse caso, pedimos RM ou US (raio X, que só visualiza a parte óssea, 
não consegue definir a causa da dor do ombro). 
o Começar pelo US (baixo custo) e, se ele não definir, pedir RM. 
o Bursite subacromial: limitação da abdução do membro superior além de 
60 graus → arco doloroso de Simmonds. 
 
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o Lesões do manguito rotador: paciente tem limitação de todos os 
movimentos. 
 
o Capsulite adesiva: limita todos os movimentos, principalmente a rotação 
externa. Na fase aguda, paciente fica com aspecto de ombro congelado 
(tem dor e limitação em todos movimentos que pedimos para ele fazer). 
 
o Tendinite biciptal: tendinite do tendão proximal do bíceps. Paciente tem 
dor no terço proximal do úmero e no ombro. 
▪ Existem 2 manobras para fazer o diagnóstico: Teste de Yergason 
(paciente faz supinação do antebraço contra resistência e sentirá 
dor) e Teste de Speed (paciente faz flexão do braço contra 
resistência e sentirá dor no tendão proximal do bíceps). 
 
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o Luxação do ombro: desalinhamento. A cabeça do úmero sai da fossa 
glenóide. Devemos colocá-lo de volta no lugar. Na inspeção do paciente, 
quando ele chega no PS, conseguimos perceber assimetria dos ombros. 
 
o Fratura de úmero: no idoso, o mecanismo de lesão é queda. 
 
▪ Pode estar relacionada à osteoporose no terço proximal do úmero. 
Em paciente jovem, a fratura é mais comum na diáfise do úmero e 
é mais relacionada a outros tipos de trauma. 
o Osteossarcoma de úmero: tumor maligno de osso (bastante agressivo). 
 
• Cotovelos: 
o Cotovelo de tenista: é uma epicondilite lateral no cotovelo. No Brasil não 
há muitos casos por não ser um esporte tão difundido. 
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o Cotovelo de golfista: epicondilite medial; pouco comum no Brasil (menos 
comum ainda que o de tenista). 
 
o Nódulos no cotovelo: pode ser causado por AR, doença reumática aguda 
(nódulos de Meynet – sinal maior de Jones para doença reumática) e até 
alterações do tecido celular subcutâneo, como lipoma, cisto sebáceo. 
 
▪ Nódulos de Meynet → é um sinal maior de Jones para doença 
reumática na fase aguda. 
 
o Luxação de cotovelo: devemos colocar de volta. 
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o Fratura de cotovelo: é muito complexo. Têm risco de o paciente ficar com 
sequela, ter perda da mobilidade parcial do cotovelo. 
 
• Punhos: 
o Fratura de Colles: é a fratura da extremidade distal do rádio que se desvia 
para cima. Comum em mulheres na pós menopausa. O mecanismo é queda 
com a mão espalmada. Chamamos de deformidade em garfo. 
 
o Fratura exposta: 
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→ Fratura exposta no antebraço distal. 
o Fratura em galho verde: mais comum em crianças; é uma fratura 
incompleta do osso, em que um lado dele permanece íntegro. 
 
o Síndrome do Túnel do Carpo: patologia extremamente frequente; o 
espessamento da bainha do túnel do carpo leva à compressão do nervo 
mediano → paciente fica com parestesia (formigamento) e dor no trajeto 
do nervo mediano. 
 
▪ Existem 3 manobras para diagnosticar: 
• Teste de Phalen (paciente junta os punhos e força os 
cotovelos para baixo e, com isso, ocorre compressão do 
túnel do carpo, sentindo dor e parestesia). 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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• Teste de Phalen invertido (juntar os punhos com os dedos 
virados para cima e forçar os cotovelos para cima; também 
vai haver compressão da bainha do túnel do carpo). 
 
• Teste de Tinel (fazer percussão do túnel do carpo com sua 
mão ou usar martelinho de percussão de reflexo do exame 
neurológico). 
 
• Em todos os 3 testes, o paciente sente dor e parestesia na 
região marcada de azul: 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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o Tenossinovites: inflamação de um tendão e do tecido que recobre um 
grupo de tendões, chamado bainha tendinosa. 
 
o Síndrome de De Quervain: inflamação da bainha do abdutor longo e 
extensor curto do polegar. 
 
▪ Para diagnóstico, utilizamos 2 técnicas: 
• Teste de Finkelstein (abduzir o polegar e segurar com os 
dedos e fazer movimento para fora sem fletir ou estender a 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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mão → isso vai hiperestender o tendão inflamado, sentindo 
dor). 
 
• Teste de Finkelstein modificado (fazemos a mesma coisa 
→ abduz o polegar, porém não segura ele com os outros 
dedos). 
 
o Tendinite: as tendinites dos demais tendões da mão por esforço repetitivo 
eram chamados de LER e hoje são chamadas de DORT (Distúrbio 
Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). 
▪ Para evitar, deve-se usar teclado adequado e luvas que minimizam 
esse processo inflamatório. 
 
• Mãos: 
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o Nódulos de Heberden e Bouchard: podem acontecer na osteoartrite (ou 
osteoartrose), artrose ou doença articular degenerativa. Ocorrem nas 
articulações interfalangeanas das mãos, joelho, coxa femoral, bacia, 
coluna. Na mão é caracterizada por nódulos interfalangeanos distais e 
proximais, sendo que os distais são chamados de nódulo de Herberden e 
os proximais são chamados de nódulo de Bouchard. 
 
o Mão reumatoide: também chamada de mão em vendaval. Presente no 
paciente com artrite reumatoide. Os nódulos típicos da doença são 
metacarpofalangenas (predominam da junção do metacarpo com falange 
proximal). 
 
▪ Ocorre desvio da mão para o lado ulnar e atrofia da musculaturainteróssea. 
▪ Observa-se também deformidade nos dedos (dedo em pescoço de 
cisne). 
▪ Todas essas alterações em conjunto são chamadas de mão em 
vendaval. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
19 | P á g i n a 
 
o Mão gotosa: é da gota crônica. 
▪ A mão gotosa possui nódulos extra-articulares (tofos) e 
conseguimos até mobilizá-los, já a mão reumatoide possui nódulos 
ósseos (existe uma expansão do osso próximo das articulações). 
 
o Sinal de Trousseau: também chamada de contratura carpopedal; é 
relacionada à hipocalcemia. Além da contratura carpopedal, o paciente 
pode apresentar o sinal de Chvostek, que é um espasmo das musculaturas 
do masseter e do pterigóideo quando faz percussão da ATM → fazemos 
percussão próxima da ATM e paciente faz espasmo da musculatura do 
mesmo lado. 
 
▪ Um diagnóstico diferencial para o Sinal de Trousseau é a 
hiperventilação na crise histérica. 
▪ Quando ele hiperventila, ele tem uma hipocapnia, ocorrendo 
contratura carpopodal tipo Trousseau (muito semelhante). 
o Contratura isquêmica de Volkman: é isquêmica por síndrome 
compartimental → paciente tem uma lesão muscular que comprime 
extrinsecamente a artéria, ou um trauma com fratura e por ocasião do 
edema coloca um gesso e o edema continua progredindo e esse edema 
dentro do aparelho gessado comprime extrinsecamente a artéria (quando 
tira o gesso, ele fica com a contratura irreversível isquêmica). 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
20 | P á g i n a 
 
 
o Contratura de Dupuytren: é um espessamento da fáscia palmar; é 
congênito. Paciente tem dificuldade de estender o dedo anular. 
 
o Polidactilia: é congênita. 
 
o Focomelia: é uma anomalia congênita que impede a formação normal de 
braços e pernas. Caracteriza-se pelo encurtamento dos membros da 
criança, tornando-os semelhantes aos de uma foca → por isso o nome. 
Muito relacionada ao uso da talidomida pela gestante para tratamento do 
eritema nodoso. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
21 | P á g i n a 
 
o Amputação: pode ser traumática e pela gangrena. 
 
▪ As causas de gangrena mais comum são as vasculopatias 
periféricas associadas aos fatores de risco (diabetes, HA, 
dislipidemia, etc). 
o Mão acromegálica: crescimento exagerado da mão. Acromegalia é uma 
doença provocada pela produção excessiva do hormônio do crescimento 
(GH) na vida adulta. Se essa produção for diagnosticada na infância, a 
doença é chamada de gigantismo. Porém, na fase adulta, as cartilagens do 
crescimento já estão fechadas, por isso o crescimento ocorre apenas nas 
extremidades (nariz, osso malar (dentes ficam afastados), crescimento dos 
pés e orelha). 
 
• Membros inferiores: 
o Na palpação dos MMII, deve-se buscar presença de pontos dolorosos, 
tumorações, alterações da temperatura, derrame e crepitações 
(degeneração da cartilagem; muito comum nas osteoartrites). 
o Articulações coxofemorais: Fazemos todos os movimentos da articulação 
coxofemoral: rotação interna e externa, flexão em decúbito dorsal, 
extensão, abdução e adução para ver se o paciente tem limitação dos 
movimentos. Paciente com osteoartrite avançada tem limitação de todos 
esses movimentos. 
o Artrite de quadril: para o diagnóstico, utilizamos o Teste de Patrick: forçar 
a cabeça do fêmur na fossa acetabular e faz uma flexão da perna, ancora o 
pé acima do outro joelho e força o joelho para baixo → sentirá dor. Como 
vai doer, o paciente tende a levantar o outro lado do quadril, por isso temos 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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que estabilizar esse outro lado para ele não girar a pelve (se não ele não 
sente dor) → igual na foto. 
 
o Bursite trocantérica: não tem nenhuma manobra específica para 
diagnóstico. É um dos diagnósticos diferenciais que iremos fazer através 
da RM. 
 
o Osteoartrite (osteoartrose, artrose, doença articular degenerativa): pode 
ocorrer na pelve, articulação coxofemoral (mais comum em homens), 
joelho (mais comum em mulheres). Há uma degeneração, erosão da 
cartilagem e com isso não conseguimos visualizar o espaço entre a cabeça 
do fêmur e a fossa acetabular. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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▪ Paciente tem limitação de todos movimentos que podem ser 
realizados pela articulação coxofemoral: flexão, extensão, 
abdução, adução, rotação interna e externa. 
▪ Tratamento é com prótese total de quadril (material ortopédico 
geralmente de titânio – igual implantes de dente → caro, porém 
resultados são bons e paciente recupera bastante a mobilidade da 
articulação coxofemoral; arriscado em pacientes obesos, pois 
obesidade agrava a osteoartrite e pós-operatório é mais complicado 
→ então é muito importante que o paciente perca peso). 
o Contratura do trato ileotibial: é avaliada pelo Teste de Ober: colocar o 
paciente em decúbito lateral com o lado a ser testado (doente) voltado para 
cima, abduzir o quadril (afastar os joelhos), flexionar o joelho da perna a 
ser testada e aduzir o membro a ser testado (puxar para trás). 
 
▪ A resposta normal do paciente seria aduzir a perna de volta em 
direção à mesa de exame (para frente), juntando os dois joelhos, 
voltando na posição inicial. Portanto, se ele não conseguir fazer 
isso o teste é considerado positivo. 
o Prova de estiramento do nervo femoral: paciente em decúbito ventral, 
fazemos estiramento do nervo femoral. Se ele tiver inflamação do nervo 
femoral, vai ter dor na face anterior da coxa (ao contrário do ciático que é 
na face posterior). 
 
o Provas de estiramento do ciático: Kernig e Lasegue → são manobras de 
evocação: podem provocar dor ou acentuar dor previamente existente. 
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▪ São utilizados para avaliar sinais de irritação meníngea 
(meningite) e ciatalgia. 
▪ O sinal de Kernig consiste em fazer uma flexão da coxa sobre o 
tronco e depois estender bruscamente a perna. 
▪ O sinal de Lasegue consiste em levantar a perna estendida. Em 
ambos sinais: o paciente com meningite sentirá dor na região 
cervical, fletirá o pescoço e contrairá os glúteos; e o paciente com 
ciatalgia sentirá dor no ciático. 
 
o Luxação congênita de quadril: avaliada pelas Manobras de Ortolani e de 
Barlow e Teste de Galeazzi. 
 
▪ Na criança menor (bebê) fazemos Ortolani e Barlow e na criança 
maior fazemos a medida do encurtamento da coxa. 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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▪ Na manobra de Ortolani, flete a coxa e gira para fora. 
 
▪ Na manobra de Barlow, flete a coxa e gira para dentro. Em ambas 
manobras, o lado que a cabeça do fêmur está fora da fossa 
acetabular, ouviremos um “cliquezinho”. 
 
▪ Já no Teste de Galeazzi, juntamos os dois joelhos e observamos 
que um está mais baixo que o outro. 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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Criança em pé possui báscula da bacia. O lado que o membro inferior é mais curto, a 
bacia abaixa e o lado que o membro inferior é normal a bacia fica mais alta. Essa báscula 
de bacia dá uma impressão, quando em posição estática, de escoliose (devido assimetria 
da cintura, ombros de alturas diferentes), mas quando a criança anda conseguimos ver 
que é encurtamento de MMII. 
o Anquilose de quadril: é uma osteoartrite já avançada em que houve fusão 
total da cabeça do fêmur com a fossa acetabular. 
 
Não vemos nenhuma fenda que mostre que há um distanciamento mínimo entre a cabeça 
do fêmur com fossa acetabular. 
▪ Anquilose = fusão (um osso fundiu no outro). 
 Carollayne Mendonça Rocha | TXXXIX 
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▪ Exame de uma criança cujo diagnóstico de luxação congênita do 
quadril não foi feito. Do lado direito, a cabeça do fêmur está 
distante da fossa acetabular, ocorrendo encurtamento do membro 
inferior. 
o Fratura de fêmur: 
 
→ Na foto é uma fratura do colo do fêmur, mas o traço de fratura pode serdo trocanter 
menor ou do trocanter maior (transtrocanteriana). 
o Artrite gonocócica do quadril: 
 
→ Vemos lesões osteolíticas na pelve, no colo do fêmur, no trocanter maior. 
 
• Joelhos: 
o Osgood-Schlatter: é uma das causas mais comuns de dor no joelho do 
adolescente. É uma tendinite do tendão da rótula, formando-se um nódulo, 
provocando dor, limitação do movimento e edema na inserção tibial do 
tendão rotuliano. É causada pela tensão constante e repetida do tendão 
rotuliano sobre a sua inserção óssea na tibial. Geralmente, é benigna e 
reversível com fisioterapia e anti-inflamatórios. 
 
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→ No raio-X conseguimos ver um aumento de partes moles e na inspeção um aumento 
do volume, edema na região do tendão da rótula. 
o Mobilização lateral da patela: seguramos a patela e tentamos mobilizá-la 
para os lados. 
 
o Sinal de Clarke: o examinador deve realizar uma leve pressão sobre o polo 
superior da patela contra a tróclea e solicitar ao paciente que contraia o 
quadríceps. 
▪ O teste é positivo quando o paciente apresenta dor e incapacidade 
de manter a contração dos quadríceps, sugestivo de transtorno 
fêmoro-patelar. 
 
• A palpação deve buscar pela presença de pontos dolorosos, tumorações, alterações 
da temperatura, derrame e drepitações. 
o Osteoartrite (osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa) de 
joelho: 
 
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→ No joelho normal existe uma fenda (distância) entre o fêmur distal e a tíbia proximal. 
Na osteoartrite existe uma diminuição desse espaço e presença de osteófitos (bico de 
papagaio - comum em todos processos de osteoartrite crônica). 
A última foto mostra uma fusão total do joelho. 
▪ Tratamento é prótese total de joelho 
o Elefantíase: na África, a causa mais comum é filariose e, no Brasil, a causa 
mais comum é a erisipela de repetição. 
 
o Artrite com derrame articular: quando é no joelho, a patela fica flutuante. 
 
▪ Sinal da Tecla (ao apertarmos a patela, vemos que ela está 
flutuando no líquido sinovial, aumentado de volume). 
▪ Quando há derrame articular, ficamos em dúvida se é pus, sangue 
ou líquido sinovial aumentado. Sendo assim, é importante, quando 
é uma monoartrite aguda com derrame, puncionar. Portanto, toda 
monoartrite aguda com derrame devemos puncionar! 
• Pioartrose: pus 
• Hemoartrose: sangue 
• Hidroartrose: líquido sinovial 
• Artrite gotosa: por cristal (outra possibilidade) 
o Ligamento colateral lateral e medial: nos ligamentos do joelho temos que 
avaliar o cruzado anterior e posterior e o colateral medial e lateral. 
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▪ Essa manobra avalia os colaterais. 
▪ Para avaliarmos o colateral medial, paciente fica em decúbito 
lateral, seguramos a coxa e puxamos a perna para cima, com isso 
distende o lado de dentro, avaliando o colateral medial. 
▪ Quando seguramos a coxa e empurramos a perna para baixo, 
forçamos o colateral lateral. Portanto, com essas manobras 
observamos se existe um desalinhamento/fenda entre o fêmur e a 
tíbia, mostrando que o ligamento está rompido. 
o Menisco: avaliado por vários testes Teste de McMurray: permite avaliar a 
lesão dos cornos posteriores dos meniscos. 
 
▪ A manobra consiste na realização passiva dos movimentos 
alternados de rotação medial e lateral da perna com o quadril 
fletido a 90 graus e o joelho em flexão máxima. Durante a manobra 
devem ser palpadas as interlinhas medial e lateral. 
▪ Em outras palavras, o teste consiste em fletir a coxa e segurar com 
a mão esquerda (colocando o dedo indicador ou médio e o polegar 
na fenda onde fica o menisco) e empurrar o pé para que a tíbia 
comprima o menisco lesado e dá uma girada no pé → paciente vai 
ter dor e um cliquezinho no local onde menisco está lesado. 
 
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o Teste de compressão de Apley (essa é mais fácil pois a de Mc Murray 
exige muita força): avalia lesão do menisco com paciente em decúbito 
ventral. 
▪ A manobra consiste na aplicação de carga axial associados aos 
movimentos alterados de rotação medial e lateral da perna com o 
joelho fletido a 90 graus. Em outras palavras, puxamos a perna 
para baixo e giramos o pé. 
▪ O paciente sentirá dor no menisco que está lesado. 
 
o Teste de distração de Apley: dobramos a perna do paciente e puxamos o 
pé para cima. 
 
▪ Para diagnosticar a lesão de menisco, o padrão ouro é RM de 
joelho (no ombro, o US também tem boa acurácia). 
o Ligamento cruzado anterior e posterior: avaliado através do Sinal da 
Gaveta (sentar no pé e tracionar a perna forçando o cruzado anterior e 
depois empurrar a perna forçando o cruzado posterior. 
▪ Se houver distensão ou ruptura, vai formar uma fenda entre fêmur 
e tíbia → Sinal da Gaveta. 
 
o Hidroartrose: acúmulo de líquido na articulação. 
▪ Possui Sinal da Tecla positivo: ao comprimir a patela, ela flutua no 
líquido que está contido na articulação do joelho. Patela flutuante 
= sinal da Tecla. 
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OBSERVAÇÃO: Hidroartrose, hemoartrose ou pioartrite → suspeitamos quando tem 
um derrame monoarticular e tem que puncionar. 
o Luxação do joelho (lembra o sinal da gaveta): 
 
o Genu valgum e genu varum 
 
▪ Genu valgum ou joelho valgo: joelhos estão próximos, coxas 
próximas e as pernas afastadas. Pode ser bilateral ou unilateral. 
 
▪ Genu varum ou joelho varo: pés próximos e joelhos afastados. 
Pode ser unilateral ou bilateral. 
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OBSERVAÇÃO: Tanto o joelho varum quanto valgo predispõem à osteoartrite de 
joelho. Existe também muita correlação da osteoartrite com obesidade 
o Cisto de Baker (muito comum o paciente procurar o médico se queixando 
de um nódulo na fossa poplítea): acúmulo de líquido sinovial, formando 
um nódulo na fossa poplítea. 
 
o Artroscopia: cirurgia para avaliar as estruturas do joelho ou para 
diagnóstico. 
 
• Tornozelos e pés: 
o Tendinite: 
 
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o Ruptura de tendão de Aquiles: avaliada pelo Teste de Thompson (paciente 
fica em decúbito ventral com o pé para fora da maca e apertamos o 
gastrocnêmico → se o tendão de Aquiles estiver íntegro, o paciente vai dar 
um chute; se estiver rompido, o pé vai ficar parado, positivando o teste). 
 
o Entorse: muitas pessoas possuem frouxidão dos ligamentos, possuindo 
entorse de repetição. 
▪ Comum o paciente chegar com edema acentuado e equimose 
extensa do tornozelo e ficarmos na dúvida se é entorse ou fratura. 
Por isso, é prudente fazer radiografia para descartar fratura. 
 
o Fratura: 
 
→ Essa fratura é bem complicada, principalmente em pacientes obesos com outros fatores 
de risco 
o Podagra: é a gota aguda; afeta principalmente a articulação 
metatarsofalangeana do hálux. 
▪ É comum atendermos esse paciente na segunda-feira pós churrasco 
e cerveja do final de semana → chega mancando falando que não 
consegue andar. 
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o Pé torto congênito: deve ser diagnosticado na primeira avaliação do RN 
para que se possa iniciar o tratamento precocemente com a ortopedia → 
pois caso isso não aconteça, a sequela para a criança vai ser terrível. 
 
→ Criança já em processo de correção com gesso. 
 
o Joanete (hálux valgo): 
 
o Pé gangrena/pé diabético: 
 
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➢ Deformidades do pé 
 
o Pé equino: é uma condição na qual o movimento de flexão para cima da 
articulação do tornozelo é limitado, ou seja, o paciente não possui a 
flexibilidade necessária para trazer a parte superior do pé para a parte da 
frente da perna. 
 
o Pé cavo: arco plantaré profundo. 
 
o Pé plano ou chato: não tem arco plantar. 
 
o Pé valgo: 
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o Pé varo: 
 
o Pé calcâneo: é o contrário do pé equino. O paciente pisa com o calcanhar 
e depois com a ponta do pé. 
o A forma inadequada de pisar no chão pode gerar, no aparelho locomotor, 
dores no joelho, tornozelo, coxofemoral, coluna lombar. Então quando o 
paciente chega com essas dores articulares inespecíficas, que não 
conseguimos achar nada no exame, é importante avaliarmos a forma que 
ele pisa no chão, o seu calçado e indicar para fisioterapia avaliar. 
 
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→ Exame de baropodometria computadorizada que avalia os pontos de maior pressão. O 
fisioterapeuta vai avaliar e indicar uma palmilha que corrija e alivie essa pressão, 
melhorando as dores relatadas pelo paciente. 
• Coluna: 
 
o Fazemos inspeção lateral e posterior para avaliar se há alguma acentuação 
das curvas naturais da coluna. Lateralmente, a coluna cervical possui 
fisiologicamente uma certa lordose, a torácica possui uma cifose e a 
lombar uma lordose. Posteriormente, a coluna é reta. 
o A principal causa de dor na coluna é má postura. 
 
o Relação entre inclinação do pescoço e peso sobre a coluna: 
 
o Exames da coluna: fazemos flexão, extensão e lateralização. 
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→ Exame da coluna cervical 
 
→ Exame da coluna lombar 
 
→ Exame da coluna torácica 
• Patologias: 
o Desvios da coluna vertebral: 
 
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o Síndrome de Klippel-Feil: ausência de corpos vertebrais cervicais e fusão. 
 
o Hérnias de disco: mais comum na região lombar. 
▪ A coluna possui discos intervertebrais que servem como 
amortecedores de impacto e evitam contato direto e doloroso entre 
as vértebras. 
▪ A hérnia é o resultado do deslocamento de um desses discos. 
Quando um deles saem do eixo, comprime nervos da região, 
provocando dores, perda da sensibilidade, parestesia e até déficit 
motor. 
 
 
→ Ressonância magnética é padrão ouro. 
o Osteoartrite (artrose) de coluna: é o desgaste da cartilagem das 
articulações da coluna, provocando dor e dificuldade de movimentar. 
▪ Paciente pode apresentar osteófito (também chamado de bico de 
papagaio) que é formação óssea em forma de gancho. 
▪ Pode apresentar também espondilolistese que é o escorregamento 
para frente de um corpo vertebral 
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o Osteoporose: é uma condição metabólica que se caracteriza pela 
diminuição progressiva da densidade óssea, ficando mais frágeis e 
aumentando o risco de fraturas. 
▪ As fraturas por osteoporose ocorrem onde tem grande percentual 
de osso trabecular, como no corpo vertebral, no colo do fêmur, no 
antebraço distal. 
 
→ Mulheres na pós menopausa começam a ter microfraturas de corpos vertebrais que vão 
causar deformidades (acunhamento) do corpo vertebral. Esse acunhamento causa 
acentuação da cifose torácica e, com isso, essas pacientes apresentam diminuição 
progressiva da estatura. 
o Osteofitose (bico de papagaio): consequência das alterações degenerativas 
da osteoartrite de coluna. 
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o Escoliose: paciente tem um ombro mais alto do que o outro e assimetria 
da cintura (um lado mais curvo que o outro). Para diagnosticar, utilizamos 
 
 
▪ Teste de Adams (inclinar o tronco para frente, pés juntos e joelhos 
esticados → a diferença de altura do tórax ou quaisquer outras 
assimetrias podem significar escoliose). 
 
▪ Teste de Adams: paciente da esquerda normal e paciente da direita 
com escoliose. 
OBSERVAÇÃO: Paciente com escoliose é semelhante ao paciente com luxação 
congênita do quadril e ao paciente com deformidade de Sprengel (escápula elevada). 
Então pode confundir. Para fazermos o diagnóstico diferencial fazemos os testes: 
▪ Teste de Galeazzi e marcha para luxação congênita de quadril; 
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▪ Palpação de toda extensão das escápulas para deformidade de 
Sprengel; 
▪ Teste de Adams para escoliose. 
o Cifose: a principal causa é o acunhamento das vertebras torácicas por 
microfraturas osteoporóticas que vão levar o idoso a perder até 10cm de 
estatura. 
 
o Espondilite anquilosante: doença inflamatória crônica. 
▪ A distância entre as vértebras vai diminuindo até que acontece uma 
fusão dos corpos vertebrais, com isso, o paciente tem perda 
acentuada e progressiva da mobilidade da coluna. Paciente passa a 
ter atitude de esquiador quando fica em pé. 
 
o Mal de Pott: tuberculose de corpo vertebral, ou seja, é uma infecção por 
micobacterium tuberculosis do corpo vertebral que leva a sua destruição. 
▪ Paciente tem toda clínica de tuberculose: emagrecimento, febre, 
sudorese noturna, anemia. 
▪ Pode ter sintomas neurológicos por conta do desabamento do 
corpo vertebral: parestesia, diminuição de força nos MMII. 
 
▪ Diagnósticos diferenciais: metástase óssea (CA de mama, CA de 
próstata), osteossarcoma (tumor primário), fratura osteoporótica. 
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o Lombalgia (MUITO comum no consultório): dor lombar. 
▪ A conduta da dor lombar no Brasil não é adequada, pois existe uma 
tendência enorme de prescrever corticosteroides e anti-
inflamatórios não esteroidais, inclusive para idosos, diabéticos, 
cardiopatas, hipertensos para tratar a dor lombar, sendo que 
existem analgésicos eficazes que não causam danos nos órgãos e 
nem descompensação da doença existente. 
 
▪ Portanto, o protocolo ideal é: 
• Dor + exame neurológico normal → Analgésicos + RPG 
(reeducação postural global). 
• Dor + exame neurológico alterado → Ressonância 
magnética → Especialista. 
o Cervicobraquialgia: é quando o paciente tem compressão radicular a nível 
cervical que irradia para membro superior. 
▪ Pode apresentar, a nível do plexo braquial, sintomas de parestesia, 
diminuição da força muscular. 
 
o Deformidade de Sprengel: é congênito; paciente tem uma escápula mais 
elevada do que a outra e, consequentemente, um ombro também é mais 
alto que o outro e a cintura é assimétrica → Semelhante à escoliose e à 
luxação congênita do quadril (ficar atento aos testes para se fazer o 
diagnóstico diferencial entre os três). 
 
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o Torcicolo congênito: acontece por lesão do esternocleidomastoide no 
canal de parto (trocotraumatismo). 
 
o Fibromialgia: doença cuja etiologia não é bem definida. 
▪ Paciente tem dor muscular generalizada. 
▪ Responde bem com exercício físico, hidroterapia, antidepressivos 
e outros. 
▪ Responde menos a analgésicos e anti-inflamatórios. 
▪ As provas de função reumática são negativas. 
▪ Pontos tender points: são pontos que, quando palpamos, são 
dolorosos, na maioria das vezes.

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