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AULA DO DR LUCIANO AZEVEDO – LARISSA MENEZES SEPSE E CHOQUE SÉPTICO DEFINIÇÃO – SEPSE 3 • Disfunção orgânica ameaçadora a vida causada por resposta desregulada do organismo a infecção • Tem inflamação e anti- inflamação/imunossupressão • É uma síndrome causada por uma infecção. É um conjunto de sinais e sintomas, o que dificulta estratégias de tto muito claras • Covid com disfunção orgânica é sepse • Qualquer disfunção orgânica + Etiologia de base ESCORE SOFA (SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT) • Está velho e remendado • Sofa ≥ 2 na vigência de infecção = Sepse • Não incorpora o lactato • Desconhecido fora da UTI DISFUNÇÃO ORGÂNCIA AGUDA COMO MARCADOR DE SEPSE • Doença com uma das disfunções abaixo é sepse, independente de quantos pontos façam no SOFA ▪ Disfunção orgânica + Clínica + Laboratório ▪ Alteração da consciência (GCS < 15), confusão, delirium ▪ Taquicardia, hipotensão, PAS <100mmHg, PAM <65 mmHg ▪ Taquipneia; PaO2/FiO2 < 300 ▪ Bil > 2 mg/dL, aumento de enzimas hepáticas ▪ Oliguria, aumento de Cr (>2 mg/dL) ▪ Plaquetas < 100 mil/mm³; aumento do TP e INR (1,5x normal) ▪ Lactato > 18 mg/dK DEFINIÇÃO DE CHOQUE SÉPTICO • Sepse, na ausência de hipovolemia (já tomou fluido), com uso de vasopressores para manter PAM ≥ 65 mmHg e nível de lactato sérico ≥ 18 mg/dL IDENTIFICANDO OS PACIENTES DE ALTO RISCO: qSOFA • Pacientes com maior risco de óbito ou permanecer na UTI por 3 ou mais dias • Pelos menos 2 de 3 alterados ▪ Alteração neurológica: GCS < 15 ▪ Taquipneia: FR > 22 irpm ▪ Hipotensão: PAS < 100 mmHg • Se for positivo no qSOFA tem preferência na vaga de UTI, em relação a um paciente com qSOFA negativo • Paciente com alto risco, precisa de monitorização e internação em UTI • Não serve para o diagnóstico de sepse e sim para triar o paciente mais grave ou menos grave com sepse AULA DO DR LUCIANO AZEVEDO – LARISSA MENEZES • É indicativo de gravidade, pode ser positivo em infarto, trauma e etc MORBIDADE PÓS-SEPSE • Morbimortalidade associada a sepse é extremamente significativa VISAL GERAL DA PATOGÊNESE • Balanço e desbalanço entre mediadores pró e anti-inflamatórios • Infecção relacionada a primeira infecção, mas algum tempo depois. Foi causada pela cicatriz imunológica da primeira infecção, levando ao óbito na maioria dos casos SCREENING E TRATAMENTO INICIAL • Nós recomendamos o uso de programas de melhoria de desempenho para sepse, incluindo screening para sepse em pacientes graves (triar desde o pronto socorro) • Nós recomendados contra qSOFA comparado com MEWS, NEWS e SIRS como screening para sepse – ambos são screening de gravidade • Para adultos com suspeita de sepse, sugerimos medir nível sérico de lactato • Sepse é uma síndrome com uma causa infecciosa, mas com vários possíveis agentes e focos infecciosos. Tem quadros clínicos típicos, mas frequentemente é inespecífico, com biomarcadores inespecíficos • Apenas 30 a 40% dos casos tem cultura positiva RESSUSCITAÇÃO INICIAL DA SEPSE E CHOQUE SÉPTICO o Recomendação para a 1ª hora: ▪ Inicia ressuscitação volêmica ▪ Coletar lactato ▪ Coletar culturas até 45 min antes de infundir ATB ▪ Fazer ATB direcionados para o possível foco de infecção ▪ Se hipotensão ou hipoperfusão: cristaloides, preferência com RL 30ml/kg ▪ Se hipotensão durante ou após infusão de fluidos: ligar Nora AULA DO DR LUCIANO AZEVEDO – LARISSA MENEZES o Sepse e choque séptico são emergências médicas e nós recomendamos que seu tto seja iniciado prontamente o Nós sugerimos que pacientes com choque séptico ou hipoperfusão recebam pelo menos 30 mL/kg de cristaloide em até 3 horas o Após ressuscitação inicial, nós sugerimos usar variáveis dinâmicas em relação a estáticas para guiar ressuscitação o Nós sugerimos guiar a ressuscitação para reduzir os níveis séricos de lactato em pacientes com hiperlactatemia o Nós sugerimos usar o tempo de enchimento capilar para guiar a ressuscitação, juntamente com outros marcadores de perfusão → TEC é um marcador interessante de tempo de perfusão na sepse DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO • Coleta de cultura (incluindo hemocultura) de acordo com suspeição clínica antes de administração de ATB SE NÃO for atrasar o início em 45 min • Para adultos com suspeita de sepse ou choque séptico, mas sem infecção confirmada, nós recomendamos avaliação contínua para diagnóstico alternativos e descontinuação de ATBS se uma causa alternativa de doença for suspeitada ou confirmada ANTIBIOTICOTERAPIA • Para pacientes com choque séptico ou alta possibilidade de sepse, nós recomendamos administrar imediatamente, idealmente dentro de uma hora de reconhecimento • Para adultos com suspeita de sepse e choque séptico, sugerimos CONTRA a utilização de procalcitonina + avaliação para decidir quando começar ATB → Infecção confirmada: usar procalcitonina 5 dias antes de tirar o ATB • Para adultos com sepse e choque séptico, sugerimos o uso de beta-lactâmicos em infusão prolongada para manutenção (após bolus inicial) • Para sepse com controle de foco adequado, sugerimos duração curta de ATBterapia • Para sepse com controle de foco adequado e duração incerta de ATBs, sugerimos o uso de procalcitonina e avaliação clínica para guiar duração de ATBterapia • Só beta-lactâmicos tem essa evidência • Não precisa deixar 10 a 14 dias, a menos que osteomielite, infecção por Estafilo na corrente sanguínea • O ATB depende do foco e se é de comunidade ou nosocomial AULA DO DR LUCIANO AZEVEDO – LARISSA MENEZES MANEJO HEMODINÂMICO • Para sepse e choque séptico, recomendamos cristaloide como primeira linha para ressuscitação volêmica tem evidência moderada • Para sepse e choque séptico, sugerimos cristaloide balanceado ao invés de solução salina para ressuscitação volêmica • Para sepse e choque séptico, sugerimos uso de Albumina para pacientes que necessitam de altos volumes de ressuscitação • Para choque séptico, recomendamos noradrenalina como primeiro agente em relação a outras DVA • Para choque séptico em uso de noradrenalina e PAM inadequada, sugerimos adicionar vasopressina em vez de aumentar dose de nora • Para choque séptico em uso de nora e vasopressina e PAM inadequada, sugerimos adicionar adrenalina ao invés de aumentar os demais • Para choque séptico e disfunção cardíaca que mantém hipoperfusão a despeito de PA e volemia adequadas, sugerimos adicionar dobutamina à noradrenalina ou usar adrenalina isoladamente • Para choque séptico, sugerimos iniciar vasopressor rapidamente em acesso venoso periférico para normalizar PAM ao invés de aguardar até passagem de CVC • Adrenalina aumenta a concentração de lactato TERAPIAS ADICIONAIS • Para choque séptico e necessidade crescente de vasopressores, sugerimos o uso de corticosteroides EV (Hidrocortisona – não é em dose imunossupressora) – evidência moderada • Para adultos com sepse ou choque séptico sugerimos contra o uso de Vitamina C EV • Para adultos com choque séptico e acidose metabólica grave (pH<7,20) e IRA (AKIN 2 ou 3), sugerimos o uso de bicarbonato de sódio