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Oftalmologia veterinária

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Oftalmologia 
veterinária 
 
Reflexos luminosos pupilares 
direto e consensual 
O reflexo luminoso pupilar 
direto (RLPd) é provocado 
incidindo-se uma luz brilhante 
através da pupila e 
observando-se uma imediata 
constrição daquele olho. 
O reflexo luminoso pupilar 
consensual (RLPc) é 
provocado observando-se a 
pupila contralateralmente 
enquanto se dirige um foco 
luminoso brilhante através da 
pupila ipsolateral. 
O RLPc ocorre por causa da 
decussação de algumas das 
fibras do nervo óptico no 
quiasma óptico e na região 
pré-tectal. 
Ambos os reflexos requerem 
apenas um número limitado 
de fotorreceptores e axônios 
do nervo óptico, em 
comparação com o grande 
número necessário para a 
visão. 
Ocorrem na cegueira por 
lesão central (cerebral), 
resultante de doença 
retiniana ou do nervo óptico. 
 
Reflexo ocular vestibular 
É um reflexo provocado 
movimentando-se a cabeça 
do animal de um lado para 
outro e em seguida de cima 
para baixo, observando-se os 
movimentos laterais e 
verticais do olho. 
Requer que os nervos 
oculomotor e abducente 
estejam funcionais, bem 
como o sistema vestibular e a 
maioria dos músculos 
extraoculares. 
A disfunção desses nervos, de 
seus respectivos músculos 
extraoculares ou do sistema 
vestibular altera os 
movimentos laterais ou 
verticais desse reflexo. 
 
Reflexo palpebral 
Tocando-se o canto medial e 
em seguida o canto lateral de 
ambos os olhos, a resposta 
normal é uma piscadela. 
A falha indica uma lesão na via 
nervosa ou no músculo 
encarregado desse reflexo. 
Os nervos aferentes para esse 
reflexo incluem o ramo 
oftálmico do nervo trigêmeo a 
partir do canto medial e o 
ramo maxilar do nervo 
trigêmeo a partir do canto 
lateral. O nervo eferente é o 
ramo auriculopalpebral do 
nervo zigomático. 
 
Uma das afecções oculares 
pode ser o melanoma de 
terceira pálpebra. 
 
A blefarite é a inflamação na 
pálpebra, essa se encontra 
hiperêmica e edemaciada, 
com corrimento de lágrimas, 
as lágrimas “queimam” os 
pelos descolorindo-os e até 
mesmo fazendo com que 
caiam. 
 
 
Manifestações clínicas de 
doenças oculares 
Blefarite (inflamação das 
pálpebras, que ficam 
tumefatas e hiperêmicas, em 
geral havendo corrimento 
ocular na pele). 
Enoftalmia (recessão do olho 
na órbita, pode desenvolver-
se secundariamente à perda 
da inervação simpática do 
olho, perda da gordura 
orbitária, desidratação, 
neoplasia orbitária anterior 
ou contração do músculo 
retrator do globo ocular em 
resposta a condições 
dolorosas ou ameaçadoras). 
Blefarospasmo (fechamento 
espasmódico da pálpebra, 
devido a contração do 
músculo orbicular do olho, 
secundário a irritação ocular e 
é um indicador importante de 
dor) 
Exoftalmia (protrusão de um 
olho para fora da órbita, é 
secundária a inflamação 
orbitária, a exoftalmia é um 
diagnóstico diferencial 
importante de buftalmia, na 
primeira o tamanho do olho é 
normal mas na segunda ele 
fica maior). 
Epífora (fluxo excessivo de 
lágrimas sobre as pálpebras e 
a pele da face, devido ao 
aumento do fluxo de lágrimas 
ou redução na sua drenagem). 
Fotofobia (condições em que 
o animal evita a luz brilhante, 
há blefarospasmo, retração 
do globo ocular e prolapso da 
terceira pálpebra, 
representando desconforto 
associado a doença ocular 
orbitária ou dos anexos 
oculares). 
Hiperemia conjuntival 
ingurgitamento dos vasos 
sanguíneos conjuntivais (olho 
congestionado e vermelho), 
uma manifestação clínica 
inespecífica de inflamação do 
olho e da órbita. 
Ptose (pálpebra caída, ocorre 
com disfunção dos músculos 
levantadores das pálpebras 
ou de seus nervos motores, 
ou devido a ausência de 
inervação simpática para a 
órbita (Síndrome de Horner). 
Quemose (edema da 
conjuntiva, aparece como 
tumefação e palidez da 
conjuntiva, sendo uma 
manifestação de condições 
infecciosas, inflamatórias ou 
neoplásicas das conjuntivas e 
pálpebras). 
 
Pode ocorrer carcinoma 
epidermoide do tipo 
papilomatoso ou carcinoma 
epidermoide do tipo córneo-
limbo-conjuntival. 
 
Exame clínico (anatomia e 
indicativos) 
Secreção: pode ser aquosa, 
serosa, purulenta. Uni ou 
bilateral (inflamação local ou 
sistêmica). 
Pálpebras: movimento 
anormal, posição e espessura, 
terceira protrusa (dor, tétano, 
encefalite). 
Conjuntiva: as alterações são 
iguais as do sistema vascular 
periférico. 
Córnea: opacidade com 
vascularização, ulceração e 
cicatrização. Convexidade 
elevada indica alta pressão do 
globo ocular (glaucoma ou 
hipópio). 
Tamanho do globo ocular: 
protrusão ou retração. 
Exame das estruturas 
profundas (oftalmoscópio): 
pus na câmara anterior 
(hipópio). Sangue na câmara 
anterior (hifema). 
Movimentos anormais: 
nistagmo (horizontal, vertical 
ou rotatório) localiza lesões 
no SNC. 
Paralisia dos nervos motores: 
(leva a restrição do 
movimento com posição 
anormal do globo ocular em 
repouso). 
Dilatação de pupilas 
(midríase): anestesia 
profunda, óbito, lesões no 
núcleo oculomotor, 
encefalopatias, botulismo e 
anóxia. 
Contração das pupilas 
(miose): é incomum 
superdosagem de inseticidas 
organofosforados, fármacos 
parassimpaticomiméticos. 
Outros acometimentos 
podem ser carcinoma de 
células escamosas e 
carcinoma epidermóide 
(estágio pré-canceroso).

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