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45
Lição 9 - MRP e MPS
Nesta lição, você conhecerá o MRP (material resource planning), ou pla-
nejamento de necessidades de materiais, um sistema lógico de cálculo que 
converte a previsão de demanda em programação de necessidade. Além 
disso, será visto como o MPS (programa mestre de produção) coordena a 
demanda do mercado com os recursos internos da empresa e, desta for-
ma, busca fazer a programação das taxas mais adequadas para a produção 
dos produtos finais. Você aprenderá também como fazer um planejamento 
mestre de produção, mas sempre lembrando que apenas ter um programa 
mestre de produção não garante o sucesso organizacional, pois o MPS pre-
cisa ser bem gerenciado para ter sucesso.
Ao final dessa lição, você será capaz de:
• explicar o conceito do MRP e MPS;
• identificar o esquema de funcionamento do MRP;
• demonstrar por que é importante fazer o MPS.
1. O que é MRP?
O MRP, quer dizer Materials Requirements Planning (planejamento das necessi-
dades de materiais), tem sua origem nos anos 1960 e permite que as empresas 
calculem quanto material de um determinado produto será necessário para 
a produção de outro produto. Slack, Chambers e Johnston trazem uma forma 
bem simples de entender.
Imagine que você vai dar uma festa daqui a 15 dias e terá em torno de 40 con-
vidados. Para beber, você irá oferecer cerveja, vinho, refrigerante e água; para 
comer, sanduíches e alguns aperitivos. Porém, antes de ir às compras, você 
deverá fazer alguns cálculos para estimar o quanto cada convidado irá beber 
ou comer. Também deverá verificar se você tem em casa algum item que será 
usado na festa. Pensando que se você for utilizar no preparo dos pratos algu-
mas receitas específicas, deve lembrar-se de multiplicá-las para atender ao 
número de convidados.
Ao planejar sua festa, você está tomando uma série de decisões inter-relacio-
nadas sobre volume (quantidade) e o momento em que você estará utilizando 
cada tipo de material. 
46
Isso é o MRP, um sistema que ajuda aos líderes das organizações a tomar deci-
sões estratégicas com base em cálculos de quantidade e tempo similares, em 
uma escala de complexidade muito apurada.
2. Cálculo de Necessidades de Materiais
O MRP é a metodologia de trabalho que auxilia as organizações no planeja-
mento e controle de suas necessidades de recursos com o apoio de sistemas 
de informação computadorizados. Você precisa ter claro que o MRP pode 
tanto significar o planejamento das necessidades de materiais como plane-
jamento de recursos de manufatura. (SLACK, CHAMBERS; JOHNSTON, 2007).
Saiba Mais
O MRP é um sistema computadorizado de controle de estoque e produção, que objetiva 
otimizar a gestão de forma a minimizar os custos, mas mantendo os níveis de materiais 
adequados e necessários para os processos produtivos da empresa.
Como a maioria das organizações fabricam mais de um produto, e alguns 
utilizam muitas peças ou componentes comuns, fica claro que é um gran-
de problema controlar todas as peças e componentes. Levando em conta os 
estoques disponíveis, as entregas previstas, as compras em andamento, com 
seus prazos de entrega, possibilidade de atraso etc.
Conheça o papel do MRP na conciliação do fornecimento e da demanda de 
recursos. Observe a figura a seguir:
Definição de MRP
Fornecimento de
produtos e serviços
Recursos
da operação
Demanda
por produtos
e serviços
Consumidores
da operação
produtiva
Decisão sobre
quantidade
e momento
do fluxo de
materiais
em condições
de demanda
dependente
MRP
3. O que é Necessário para Rodar o MRP?
Para fazer cálculos precisos de quantidades e tempo, o MRP precisa que as 
organizações mantenham certos dados nos arquivos dos computadores. Para 
que compreender a complexidade do MRP, é necessário entender esses regis-
tros. Observe a figura a seguir, que mostra as informações necessárias para 
processar o MRP:
47
Esquema de Planejamento de Necessidades de Materiais (MRP)
Fonte: Slack, Chambers e Jonhston (2007, p. 451)
Planejamento
das necessidades
de materiais
Ordem de
compra
Plano de
materiais
Ordem de
trabalho
Programa-mestre
de produção
Registro
de estoque
Lista de
materiais
Carteira de
pedidos
Previsão de
vendas
Para entender o gráfico, é preciso ter claro que o MRP começa quando os pe-
didos dos clientes chegam à organização, gerando, assim, a demanda de pro-
dução. Com isso, há a primeira base, que é a carteira de pedidos, isto é, são os 
pedidos fixos de todos os clientes mais os pedidos extras. A partir da carteira 
de pedidos, é feita a previsão de vendas, que podem ser vendas flutuantes, ou 
seja, que podem ou não ocorrer.
Tendo como base os cálculos destas duas informações, as demais etapas lis-
tadas no gráfico são resultantes desta base. É preciso lembrar que o plane-
jamento das necessidades de materiais vai depender sempre da carteira de 
clientes e das previsões das vendas, pois é por meio delas que se pode fazer 
as demais provisões das funções do planejamento das necessidades de ma-
teriais.
Para Pesquisar
Para entender mais a respeito do MRP, pesquise sobre a sua aplicação em indústrias.
4. O que é Programa Mestre de Produção (MPS)?
Segundo Correa, Gianesi e Caon (2006), o programa mestre de produção é 
um plano operacional, que faz parte de um plano maior, mais abrangente. 
Sendo assim, temos que saber que o programa mestre de produção precisa 
estar alinhado aos outros planos da organização que também fazem parte de 
seu planejamento estratégico.
48
1. Tático
Preparado para desenvolver técnicas operacionais.
2. Manufatura
É um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos de forma padronizada e em 
série.
O programa mestre tem como base as expectativas de produção (visão de de-
manda, presente e futuro), a partir disso, é feito o detalhamento das quantida-
des planejadas para atender à capacidade da produção.
5. Por que fazer o MPS?
No planejamento estratégico de produção, as organizações tendem a traçar 
planos macros e sem detalhamento específico para cada área, abordando 
uma linguagem financeira e de mercado. Porém, para que ele se torne rea-
lidade, é necessário que o planejamento seja quebrado em pequenos planos 
operacionais táticos1, que definem o que deve ser feito.
Correa, Gianesi e Caon (2006) apontam os planos operacionais mais frequen-
tes das organizações em níveis operacionais:
Plano de vendas: trata-se do número de unidades que os representantes de 
vendas deverão esforçar-se para vender;
Plano de marketing: mercados a atacar, produtos, preços, promoções e es-
quemas de distribuição que serão usados;
Plano de engenharia: programas e projetos a serem desenvolvidos na pran-
cheta;
Plano de finanças: receitas, orçamentos de despesas e margens de lucro pro-
jetados;
Plano de manufatura: o que, quanto, quando e com que recursos a fábrica vai 
produzir.
Estes são planos operacionais, que devem sempre estar alinhados ao plane-
jamento estratégico da organização. Lembrando que a manufatura2 não pode 
fazer a definição de quando ou quanto produzir sem o alinhamento com os 
objetivos da organização.
Para Pesquisar
Pesquise sobre um MPS em algum segmento industrial. Isto pode lhe dar uma visão mais 
prática a respeito do mercado de trabalho.
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3. Lead Time
É o tempo entre o momento de entrada do material até à sua saída do inventário.
O grande desafio da programação é tentar fazer um programa que fique o 
mais estável possível, mantendo o nível mínimo de estoque. Existem algu-
mas formas que a organização pode utilizar para suavizar estes desafios, abai-
xo listamos algumas possíveis alternativas segundo Correa, Gianesi e Caon 
(2006).
• Uso de estoque de produtos acabados;
• Gerenciamento do suprimento pelo uso de horas extras, subcontratação, 
turnos extras etc.;
• Gerenciamento da demanda, sugerindo promoções, oferecendo vantagens 
para clientes que recebem mercadorias adiantadas e descontos para 
clientes que aceitarem postergar determinado recebimento etc.;
• Variação dos tempos de promessa de entrega quandoa oferta ou variação 
dos tempos internos ultrapassa, devido à alteração de prioridades;
• Combinação das alternativas anteriores: gerenciando os suprimentos, 
demanda e lead time3;
• Recusa de pedidos que não possam ser entregues como o solicitado, para 
evitar gerar caos nas fábricas.
Atenção!
Através desta lista é possível observar que o MPS, dentro do planejamento, deve ser 
considerado como multifuncional, não podendo ser programado para um único setor da 
organização.
Dica de Leitura
Saiba mais sobre MRP no livro “Planejamento, Programação e Controle da Produção”, de 
Henrique Luiz Corrêa, Irineu Gustavo Nogueira Gianesi e Mauro Caon (6ª edição, 2018).

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