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Casos clínicos ciclo menstrual

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Caso 1 
Rafaela tem 12 anos e chega ao ginecologista acompanhada de sua mãe, Dora, devido a 
irregularidade menstrual. Ela informa que a menarca de Rafaela acorreu aos 11 anos, 
permanecendo, em seguida, quatro meses sem menstruar. Atualmente seus ciclos variam entre 21 
e 45 dias, com duração entre 3 e 10 dias. Dora informa ainda que sua filha continua realizando 
suas atividades habituais sem nenhuma perturbação. O seu exame físico é compatível com a 
idade, não há instabilidade hemodinâmica, os exames hematimétricos e o coagulograma 
encontram- se normais. Sobre o caso clínico acima responda: 
1. Qual o provável diagnóstico de Rafaela? 
a. Irregularidade menstrual devido a imaturidade do mecanismo hipotálamo-hipófise-
ovário 
2. O que explica o quadro apresentado pela menina? 
a. Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, representada pela ausência de 
feedback positivo do estradiol sobre a secreção de hormônio luteinizante (LH), 
impedindo assim a formação do pico do LH necessário à ovulação. Ciclos 
anovulatórios nesta faixa etária são muito comuns, e traduzem somente a fase de 
amadurecimento do eixo hipotálamo-hipofisário, que deve estar concluída entre 2 e 
4 anos após a menarca, com o advento de ciclos menstruais normais 
3. Cite dois possíveis diagnósticos diferenciais para o quadro de Rafaela 
a. Síndrome dos ovários policísticos ➔ A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a 
causa mais comum de anovulação persistente na adolescência. Como essa 
síndrome geralmente inicia-se no período perimenarca, é fundamental que as 
adolescentes com irregularidade menstrual, principalmente oligomenorréia ou 
amenorréia secundária, sejam investigadas, sobretudo aquelas com irregularidade 
persistente após os primeiros dois anos 
4. Supondo com os ciclos menstruais de Rafaela se normalizem, responda: quais os 
parâmetros que definem o padrão normal de sangramento? 
a. Volume sanguíneo em cada menstruação: 20 a 80mL 
b. Fluxo menstrual com duração de 3 a 8 dias 
c. Ciclos regulares, cada 28 dias (variação de +/- 7 dias – 21 ou 35 dias) 
5. Neste caso, a paciente apresentará ciclos ovulatórios. Cite e explique qual o principal 
hormônio responsável pela ovulação 
a. LH, pois o seu pico permite a finalização da 1ª divisão meiótica do oócito, fazendo 
que com ele seja liberado do ovário 
6. Qual a conduta terapêutica recomendada para a adolescente? 
a. conduta expectante nestes casos e tranquilizar a paciente, não havendo 
necessidade de exames complementares em um primeiro momento 
 
 
 
Caso 2 
 
1. Explique a fase folicular e proliferativa 
a. Fase folicular: é a primeira fase do ciclo menstrual e ocorre no primeiro dia da 
menstruação até a ovulação. O sinal para o recrutamento folicular é o aumento do 
FSH, devido a diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A do ciclo 
anterior. O aumento do FSH leva ao desenvolvimento folicular, e o estímulo nas 
células da granulosa pelo FSH leva à produção de estrogênios. 
b. Fase proliferativa: O endométrio proliferativo corresponde à fase folicular no ovário. 
Após três a quatro dias de menstruação, o endométrio inicia sua regeneração, e 
cresce rapidamente em resposta ao estímulo estrogênico. Ocorre a proliferação 
endometrial, com aumento da espessura endometrial e aumento das glândulas, 
tonando-se alongadas e tortuosas. 
2. Explique a fase ovulatória 
a. O estrogênio aumenta por estímulo do FSH (aromatização nas células da granulosa), 
e a partir de 200pg/mL, promove um feedback positivo, levando ao pico de LH. O 
pico de LH faz com que o oócito termine a primeira divisão meiótica, e ele então é 
liberado na superfície do ovário 36h após o pico do LH. Essa é a ovulação 
3. Explique a fase lútea e secretora 
a. Fase lútea: tem duração fixa, de cerca de 13 dias. O folículo dominante que liberou 
o oócito se torna o corpo lúteo. O corpo lúteo produz estrogênio, e principalmente 
progesterona, além da inibina A. caso o oócito não seja fecundado, há diminuição 
do LH, do estrogênio, da progesterona e da inibina A, e com isso, ocorre o colapso 
do corpo lúteo. A diminuição da inibina A leva ao aumento do FSH, que é o estímulo 
para o novo ciclo. 
b. Fase secretora: O endométrio secretor corresponde à fase lútea no ovário. 
Caracteriza-se pela atuação da progesterona produzida pelo corpo lúteo em 
contraposição à ação estrogênica. As glândulas endometriais se encontram em 
processo progressivo de dilatação, tornando-se cada vez mais tortuosas. O estroma 
é edemaciado. O estroma permanece inalterado até o sétimo dia após a ovulação, 
quando se inicia edema progressivo do tecido. Nesse mesmo período, a atividade 
secretora das glândulas costuma ser máxima e o endométrio já se encontra 
preparado para a implantação do blastocisto. Se o oócito não foi fecundado, há 
descamação da camada funcional do endométrio (menstruação)

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