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1 Natália Wink Fisiologia Renal Osmolaridade - Concentração de solutos por volume do líquido extracelular - Osmolaridade da urina é determinada pelo ADH no túbulo contorcido distal e túbulo coletor • Urina isosmótica: osmolaridade igual ao do sangue • Urina hiperosmótica: osmolaridade maior que a do sangue (alta taxa de ADH) • Urina hiposmótica: osmolaridade da urina menor que a do sangue (baixa taxa de ADH) -No túbulo contorcido proximal, a osmolaridade do filtrado é próxima do plasma -No ramo descendente da alça de henle, há um aumento da osmolaridade do filtrado -No ramo ascendente da alça, há uma diluição dos elementos e reabsorção deles -> diminui a osmolaridade -No túbulo distal inicial, não há reabsorção de água → segmento diluidor → diminuição da osmolaridade -No túbulo distal final, a osmolaridade vai ser determinada pelo ADH → muito ADH, osmolaridade alta / pouco ADH, osmolaridade menor -Mecanismo de feedback negativo no aumento da osmolaridade plasmática: • Perda de água por sudorese, vômitos incoercíveis, perda sanguínea → redução do volume circulante • Aumento da osmolaridade plasmática • Percepção da osmolaridade alta pelos osmorreceptores no hipotálamo anterior • Estímulo para a sede → ingestão da água • Estímulo para a secreção de ADH • Aumento da permeabilidade, nas principais células do túbulo distal final e ducto coletor, à água pela expressão de aquaporinas pela membrana luminal • Aumento da osmolaridade da urina e redução da osmolaridade plasmática pela reabsorção de água • Redução da osmolaridade plasmática → redução do volume urinário • Quanto mais agua for secretada, menos agua no filtrado -Mecanismo de feedback negativo na redução da osmolaridade plasmática: • Redução da osmolaridade plasmática (administração vigorosa de líquidos) • Inibição dos osmorreceptores no hipotálamo anterior • Redução da sede → menor ingestão de água → aumento da osmolaridade plasmática (de volta à normalidade) • Redução do ADH → redução da permeabilidade nas células principais do túbulo distal final e ducto coletor cortical à água • Redução da osmolaridade da urina e aumento do volume urinário • Aumento da osmolaridade plasmática ❖ Por que o ADH é importante? - Regula a osmolaridade plasmática e consequentemente a concentração de sódio - Aumento da osmolaridade → aumento da secreção de ADH → Aumento da reabsorção de água nos segmentos finais dos néfrons -Redução da osmolaridade dos líquidos → redução da secreção de ADH → redução da reabsorção de água nos segmentos finais do néfron → túbulos distais e ductos coletores - ADH é responsável por determinar a excreção de urina mais concentrada ou mais diluída 2 Natália Wink -A osmolaridade final da urina é dependente do ADH, que atua no túbulo contorcido distal e túbulos coletores -Ausência de ADH: diabetes insipidus → a urina é eliminada muito diluída (hiposmótica) -Altos níveis de ADH: urina concentrada → o líquido intersticial medular renal auxilia a reabsorção de água por ter a osmolaridade muito alta Gradiente Osmótico Corticopapilar → Diferença de concentração entre a medula e o córtex renal (córtex é menos concentrado que a medula) -Reabsorção de íons é importante para esse processo (íons são reabsorvidos principalmente no ramo ascendente da alça de henle, e serão transportados para a medula renal → forma o gradiente) • Multiplicação por contracorrente É uma reabsorção repetitiva de cloreto de sódio pelo ramo ascendente espesso da alça de Henle e o influxo contínuo cloreto de sódio do túbulo proximal para a alça de henle → A água é reabsorvida no ramo descendente na mesma medida que o soluto é reabsorvido no ramo ascendente → Função: deixar a medula renal hiperosmótica → Fatores que contribuem: ▪ Transporte ativo de íons sódio e cotransporte íons potássio, cloreto e outros do ramo ascendente espesso da alça de Henle para o interstício medular ▪ Transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício medular ▪ Difusão facilitada de grande quantidade de ureia dos ductos coletores medulares internos para o interstício medular ▪ Difusão de apenas pequena quantidade de água dos túbulos medulares para o interstício medular em comparação à reabsorção de solutos para o interstício medular 3 Natália Wink 1) Ramo ascendente da Alça de Henle: vai perdendo soluto e o interstício vai ganhando (redução da osmolaridade do filtrado e aumento da osmolaridade da medula) 2) Ramo descendente da Alça de Henle: a água vai sendo reabsorvida para o interstício, e o filtrado vai ficando mais concentrado → inicialmente, há uma redução da osmolaridade da medula, mas a saída de soluto do ramo ascendente para a medula contrabalanceia 3) Fluxo adicional de líquido do túbulo proximal para a alça de henle, empurrando o líquido hiperosmótico para o ramo ascendente, bombeando novos íons para fora da alça 4) A água não sai do túbulo e a osmolaridade do interstício aumenta 5) À medida que o líquido tubular hiperosmótico do ramo descendente da alça de henle flui para o ramo ascendente, ainda mais soluto é bombeado dos túbulos para o interstício • Reciclagem da ureia → A ureia é reabsorvida em partes do túbulo proximal pelos canais de ureia (UT1 e UT3) e no ducto coletor → ADH estimula a abertura desses canais → Ureia é secretada do interstício para o túbulo pelo transportador UT2 no segmento descendente da alça de Henle *canais secreção de ureia: UT1, UT2, UT3 (não precisa decorar) • ADH atua: transportador triplo, nos segmentos finais do néfron (aquaporinas) e ducto coletor medular interno ativando os canais de reabsorção de uréia. • O ADH promove: 4 Natália Wink -Aumento da permeabilidade à água -Aumento da atividade do transportador triplo -Aumento da reabsorção de ureia • Estímulo para a secreção de ADH: -Aumento da osmolaridade plasmática -Redução do volume sanguíneo -Redução da pressão arterial -Vômitos incoersíveis -Fármacos (Ex: morfina, nicotina) • Fatores que reduzem a secreção de ADH: -Redução da osmolaridade plasmática -Aumento do volume sanguíneo -Aumento da pressão sanguínea -Fármacos e drogas • Diabetes Insipidus -Ausência de ADH → lesões ou infecções podem fazer com a hipófise não libere ADH → túbulos distais não reabsorvem água -> grande quantidade de urina diluída -Mecanismos da sede: tentam reverter o processo -> estimulam a sede intensa para suprir a perda de água pela excreção Regulação Renal dos Eletrólitos 1. Potássio → Maior fonte corporal: Líquido Extracelular → O grande gradiente de potássio é mantido pela bomba de sódio e potássio → Desafio: manter baixa a concentração extracelular de potássio - Hiper ou hipocalemia: arritmias -Balanço interno de potássio: regulação da concentração através da membrana pela bomba -Balanço externo de potássio: trabalho do rim → diminui ou aumenta a excreção de potássio • Fatores que aumentam a concentração extracelular de potássio no extracelular (líquido extracelular – LEC): Causam hipercalemia -Diabetes mellitus: tipo I e tipo II (deficiência de insulina) -Doença de Addison (deficiência na produção de aldosterona) -Bloqueio Beta Adrenérgico (betabloquadores) -Acidose (células intercaladas do tipo A → secreção de H+) -Lise celular (extravasamento de K+) -Exercício extenuante -Aumento da osmolaridade do líquido extracelular → célula drenada → K+ perde a força • Fatores que diminuem a concentração extracelular de potássio no LEC: (causam hipocalemia) → liberação de potássio -Insulina (Ativa a bomba de sódio e potássio) -Aldosterona (aumenta a captação de potássio pela célula) -Estímulo beta adrenérgico (adrenalina, noradrenalina → ativa bomba de sódio e potássio) -Alcalose (células intercaladas do tipo B → excressão de potássio)BALANÇO INTERNO DE POTÁSSIO 5 Natália Wink ANORMALIDADES ÁCIDO-BASICAS: ALTERAÇÃO SÓDIO > NÃO É BOM P SISTEMA NERVOSO ALTERAÇÃO DO POTÁSSIO > NÃO É BOM P CORAÇÃO → A excreção do potássio é determinada por 3 fatores: - filtração do potássio - reabsorção do potássio - secreção tubular de potássio Lembrar das células do tipo A (atuam em condiçoes de acidose ou hipocalemia: fazem absorção de potássio) e do tipo B -Reabsorção de potássio: • Maior parte é realizada no túbulo contorcido proximal • Ramo ascendente da alça de Henle: reabsorve 20% do potássio do filtrado pelo transportador triplo • Túbulo distal e ductos coletores: secretam e reabsorvem K+ • A excreção de potássio é igual à ingestão 2. Fosfato → É constituinte dos ossos e do tampão urinário para o H+ (se liga reversivelmente ao H+) → Maior parte é reabsorvido no túbulo contorcido proximal → Paratormônio: inibe o cotransportador Fosfato/Sódio no túbulo contorcido proximal → promove a fosfatúria (eliminação de fosfato na urina) → levando a maior escreção → é importante ter fosfato na urina 3. Cálcio → Maior parte do cálcio é encontrada nos ossos → 60% do cálcio é ultrafiltrável → Ca++ não ligado a proteínas → A reabsorção de cálcio segue a reabsorção de sódio no túbulo contorcido proximal → Ramo ascendente espesso da alça de henle: reabsorção de 25% do cálcio do filtrado → via paracelular → Túbulo contorcido distal reabsorve cerca de 8% do cálcio → único segmento que a reabsorção de cálcio não está ligada à reabsorção de sódio → Paratormônio aumenta a reabsorção → Vitamina D muito importante na reabsorção do cálcio (calcitriol) 4. Magnésio 6 Natália Wink → Maior parte é reabsorvida no ramo ascendente espesso da alça de henle → Diuréticos de alça: inibem a reabsorção de magnésio → hipomagnesemia
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