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● TBG - proteína que circula ligada ao hormônio tireoidiano (fração total); ● hormônio tireoidiano pronto nos folículo tireoidianos que capta iodo (para fazer hormônio tireoidiano) ● TPO - tireoperoxidase; enzima que está no folículo tireoidiano e que ajuda a produzir os hormônios tireoidianos ● distúrbios primários: aumento do TSH e diminuição do T4 livre ● Auto regulação pelo iodo ○ posição excessiva ao iodeto bloqueia síntese hormonal ○ situações de carência de iodo (bócio endêmico): células ávidas por iodo ○ carência de iodo → tiróide aumenta (bisa olga) ○ efeito Wolff-Chaikoff ■ acontece em tireóides já alteradas ■ quando expõe a tireoide a um excesso de iodo, a pessoa desenvolve hipotireoidismo → para de funcionar a tireoide ○ Fenômeno de Jod-Basedow ■ acontece em tireóides já alteradas ■ quando expõe a tireoide a um excesso de iodo, porém desenvolve hipertireoidismo ● Fisiologia ○ T3 - 3 iodos ○ T4 - 4 iodos ○ iodo é a base dos hormônios tireoidianos ○ T4 entra na célula e no citoplasma vira T3, através da D2 (mais prevalente no cérebro, hipófise e SNC) ○ D3 - inativa o hormônio tireoidiano T3 reverso e transforma o T3 em T2 BÓCIO ● sintoma tanto do hipo, quanto do hipertireoidismo ● Inspeção, palpação, ausculta da tireoide (hipertireoidismo) ● sinais extra tireoidianos: acropatia tireoidiana, mixedema ● quando avaliar função tireoidiana HIPOTIREOIDISMO ● baixo funcionamento da tireoide ● síndrome clínica resultante da deficiente produção ou ação dos hormônios tireoidianos, consequente desaceleração generalizada dos processos meta bólicos ● primário ● central (secundário e terciário) ● prevalência ○ primário: 10-20% das mulheres, prevalência aumenta com a idade ○ central e resistência o hormônio tireoidiano: raro ● Condições que aumentam o risco para hipotireoidismo primário: ○ envelhecimento (idade > 60 anos) ○ sexo feminino ○ Doença nodular tireoidiana ○ História da radioterapia de cabeça e pescoço ○ Doença auto-imune tireoidiana ou extra tireoidiana ○ Drogas: amiodarona, lítio, tionamidas, interferon ○ baixa ingesta de iodo ○ História familiar de doença tireoidiana ○ Síndrome de Down, infecção pelo vírus hepatite C ● Etiologia ○ deficiência de iodo: bócio endêmico ○ tireoidite de Hashimoto - doença autoimune associada a altos níveis de Anti-TPO ○ Tratamento do hipotireoidismo ■ iodoterapia (segunda maior causa) ■ cirurgia ■ tionamidas ○ Medicações ■ medicamentos ricos em iodo (amiodarona, contraste radiológicos) ou o carbonato de lítio ■ Interferon-alfa e interleucina-2 ○ Radioterapia externa ○ Tireoidites subagudas: granulomatosa, linfocítica e pós-parto ○ Tireoidi de /riedel: Substituição do tecido tireoidiano por tecido fibroso ○ Doenças infiltrativas: hemocromatose, sarcoidose, esclerose sistêmica progressiva, amiloidose ○ Câncer de tireoide ○ Em crianças: raro antes dos 4 anos, Hashimoto causa mais comum, disgenesia congênita, defeitos enzimáticos, anticorpos maternos ○ Adquirido ■ Lesões hipotalâmica ou hipofisária: tumores, cirurgia, radioterapia, traumatismo craniano ■ Vascular (Síndrome de Sheehan, apoplexia hipofisária) ■ Infecções (abscesso, tuberculose, sífilias, toxoplasmose ■ Doenças infiltrativas (sarcoidose, histiocitose, hemocromatose) ■ Hipofisite linfocítica crônica ■ Geralmente acompanhada de outras deficiencias ○ Congênito ■ Defeitos de linha média, hipoplasia, hipofisária, displasia septo-óptica ○ Sinais e sintomas ■ ○ Laboratoriais ■ aumento de enzimas musculares ■ aumento de prolactina ■ anemia multifatorial ■ dislipidemia TIREOIDITE DE HASHIMOTO ● Tireoidite crônica autoimune, tireoidite linfocítica crônica ● comumente associado a outras doenças autoimunes ● maior prevalência em mulheres (5:1), aumenta com a idade ● positividade de autoanticorpos ○ antitireoperoxidase (anti TPO): 95-100% ○ Antitireoglobulina ○ Antirreceptor de TSH (15-20%) ● tem com mais frequência efeito Wolff-Chaikoff ● associada a síndrome poliglandular tipo 2 ● pacientes tem mais chance de ter linfoma de tireóide ● Diagnóstico ○ clínica compatível ○ laboratório: TSH elevado, T4 livre baixo, anti TPO elevado ● Tratamento: ○ reposição de levotiroxina ad eternum: 1,8 / dia, aumentar 25/semana ○ ajustes do TSH HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO ● paciente assintomático ou oligossintomático ● TSH elevado e T4 livre e T3 normais ● Quem tratar: tto (tratamento) ● alto risco cardiovascular → considerar tratamento HIPERTIREOIDISMO ● tireotoxicose engloba hipertireoidismo ● nem toda tireotoxicose tem hipertireoidismo, mas todo hipertireoidismo tem tireotoxicose ● Prevalência 1%, sexo feminino ● Hipertireoidismo primário ○ Doença de Graves ○ BMNT ○ Adenoma tóxico ○ Metástases funcionantes de CA de tireoide ○ Mutação ativadora do receptor de TSH ○ Síndrome de McCune-Albright (ativadora do GSalfa) ● Hipertireoidismo secundária ○ adenoma hipofisário secretor de TSH ● Sintomas ○ retração de pálpebras, pele quente, sudorese excessiva, cabelo fino, eritema palmar, queda de cabelos, unha de Plummer-onicólise ○ palpitações, PA divergente, taquicardia sinusal, arritmias (em especial FA), ICC de alto débito, exacerbação de angina ○ dispnéia, hiperventilação ○ Fadiga, miopatia, fraqueza proximal, desmineralização óssea, artralgia, paralisia periódica ○ aumento do apetite, hiperdefecação, dispepsia, náusea ○ nervosismo, laborador emocional, insônia, tremor fino das mãos, hiperreflexia ○ aumento da taxa metabólica basal, intolerância ao calor, piora do diabetes (degradação da insulina), emagrecimento, perda muscular ○ oligomenorreia, amenorreia, perda de libido, disfunção erétil ○ elevação de TGP, FA, ferritina, redução do colesterol, microcitose DOENÇA DE GRAVES ● causa hipertireoidismo ● 60-80% dos casos, mulheres jovens (20-50 anos), mais comum em mulheres ● etiopatologia: fatores genéticos e ambientais ● anticorpos ○ TRAb: indicador de Doença de Graves; maioria é positivo (90%) ○ antitireoperoxidase (Anti-TPO): 80% ○ Antitireoglobulina (Anti-Tg) ● Oftalmopatia ○ 40% dos casos, nem sempre associado ao hipertireoidismo ○ pode preceder ou suceder o diagnóstico de Doença de Graves em meses ○ tabagismo é importante fator de risco ○ olhar fixo, oftalmoplegia, proptose oculopatia congestiva ○ TRAb reconhece como antígeno algumas estruturas retro orbiculares (gordura, músculo, etc) e inflama → joga o olho pra fora (proptose) pelo edema + inflamação; pode ter oftalmoplegia: não consegue mexer o olho, dor ocular lado direito: oftalmoplegia; lado esquerdo: norma ○ complicação: compressão do nervo óptico e pode ter perda visual ○ diagnóstico diferencial: neoplasia orbital, fístulas carótido cavernosas, trombose do seio cavernoso, pseudotumor de órbita ○ tratamento: sintomático, corticoide (prednisona 60-80mg/dia), pulsoterapia, cirurgia para descompressão ○ específica de doença de Graves ● Dermopatia ○ < 5% dos casos ○ mais incomum ○ mixedema pré-tibial (delimitação limitada que imita casca de laranja; assintomática - não dói e não coça;) ○ metade das lesões aparece durante o estado ativo de tireotoxicose e a outra metade após o tratamento ○ lesão bem delimitada, elevada, espessa, com aspecto de casca de laranja ○ tratamento: corticoide tópico ● Diagnóstico ○ caracterizar a tireotoxicose ○ presença de bócio difuso, oftalmopatia ou dermopatia ○ RAIU - não é necessário (captação de iodo radioativo em 24h) ○ USG de tireoide ○ TRAb, Anti-TPO, anti tireoglobulina ● Tratamento ○ controle dos sintomas ■ betabloqueadores: palpitações, taquicardia, tremor, ansiedade - propranolol 10-40 mg VO 6/6h-8/8h ○ Antitireoidianos ■ tionamidas: metimazol 5-10mg/dia; propiltiouracil 50-100mg 2x/dia ■ efeitos colaterais: urticária, rash, febre, artralgia, hepatite agranulocitose ○ Seguimento ■ T4 livre: novos exames em 4-6 semanas ■ Duração do tratamento: 12-18 meses ■ 50% dos pacientes recidivam: TRAb elevado, sexo masculino, menor idade, tabagistas, hipertireoidismo grave, bócio volumoso ○ Iodeto (efeito Wolff- Chaikoff) ■ efeitos mais rápido que da tionamidas, pós readioablação,preparo para tiroidectomia, crise tireotóxica ■ Lugol (6mg/gota) 3-5 gotas 8/8h; SSKI 38mg/gota 1-2 gotas 8/8h ○ Corticóide ■ dexametasona 8 mg/dia ○ Radioablação (Iodo 131) ■ Hipotireoidismo, tireoidite pós ablação, piora da oftalmopatia ■ CI: gravidez, aleitamento, grande bócios ■ isolamento, uso de tionamidas até 12 semanas após ○ Cirurgia: CI ao RI, CI à tionamidas, suspeita de câncer BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO (BMNT) ● múltiplos nódulos autônomos ● mulheres, 50 anos ● sintomas mais leves que na Doença de Graves ● A tireoide é aumentada causando sintomas compressivos, comum extensão retroesternal da tireoide (Sinal de Pemberton) ● Diagnóstico: cintilografia tireoidiana → vê se os nódulos produzem hormônio tireoidiano ● Tratamento: cirúrgico ADENOMA TÓXICO (DOENÇA DE PLUMMER) ● Nódulo único, autônomo, diâmetro > 3 cm ● Diagnóstico: cintilografia tireoidiana ● Não é necessário PAAF ● Tratamento: radioiodo, cirurgia, ablação por radiofrequência, injeção de etanol HIPERTIREOIDISMO APÁTICO ● Idosos ● Manifestações adrenérgicas ausentes ● Manifestações cardiovasculares, astenia, fraqueza muscular, perda ponderal, depressão ● Tratamento: ○ doses baixas: 0,3 a 0,5 mcg/Kg/dia ○ titulação progressiva a cada 6-8 semanas ○ TSH entre 2 e 4 mU/L EXAMES COMPLEMENTARES ● exames complementares ○ TSH, T4 livre, T4 total, T3 total ○ RAIU (captação do iodo radioativo) ■ tireotoxicose vs. hipertireoidismo ■ pré iodo radioativo ablativo ● USG de tireoide (com Doppler) ○ não invasivo e disponível ○ custo baixo ○ não avalia função ○ escolha para avaliação de nódulos ● Cintilografia de tireoide ○ avaliação de nódulos ○ procura de tecido ectópico TIREOIDITE DE QUERVAIN ● inflamação na tireóide que dói ● tireoidite granulomatosa (células gigantes): surge algumas semanas após infecção viral ● aumento doloroso da glândula tireoidiana ● sinais e sintomas sistêmicos ● tireotoxicose ● aumento de T3, T4, redução do TSH, elevação do VHS, diminuição da RAIU COMA MIXEDEMATOSO ● extremo do hipotireoidismo ● acomete em geral mulheres idosas nos meses de inverno ● história prévia de hipotireoidismo com má aderência ● fatores precipitantes: infecções, administração de sedativos, IAM, ICC, AVE ● início insidioso, incidência baixa ● alta mortalidade ● Tratamento ○ levotiroxina em altas doses: LT4 EV em bolus (200-400 mcg), eventualmente T3 ○ Hidrocortisona Venosa ○ Suporte ventilatório ○ correção da hipoglicemia ○ correção da hiponatremia ○ aquecimento CRISE TIREOTÓXICA ● extremo do hipertireoidismo ● grave, mortalidade aproximadamente 30% ● fatores precipitantes: infecções, cirurgia, RI, trauma tireoidiano, amiodarona, tionamidas, factícia ● níveis hormonais totais não são mais altos quando comparados a tireotoxicose não complicada ○ aumento das catecolaminas e seus receptores ○ aumento súbito de T4 livre ● Sintomas: ○ disfunção orgânica, sintomas neurológicos (confusão, delirium, agitação e psicose franca, obnubilação e coma ○ febre alta, ICC, FA, hipertensão, icterícia, sudorese ● Tratamento ○ internação em UTI, reconhecer fatores precipitantes ○ PTU em doses altas: 1000mg ataque VO ○ Iodo: lugol 10 gotas VO, 1h após o PTU ○ Propranolol: 2mg EV 4/4h ○ Dexametasona: 2mg EV 6/6h
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