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Potenciais de ação cardíaco Potencial de ação cardíaco O potencial de repouso da membrana é determinado pela condutância do K+ e aproxima-se do potencial de equilíbrio do K+. A corrente de influxo traz cargas elétricas positivas para o interior da célula e despolariza o potencial de membrana. A corrente de efluxo leva cargas elétricas positivas para fora da célula e hiperpolariza o potencial de membrana. O papel da Na+/K+ - adenosina trifosfatase (ATPase) é manter gradientes iônicos através das membranas celulares. O potencial de ação se propaga por todo o miocárdio nesta sequência… 1. Nó SA Normalmente o potencial de ação do coração começa no tecido especializado do nó SA, que atua como marca-passo. 2. Tratos internodais atriais e átrios O potencial de ação se propaga a partir do nó SA para os átrios direito e esquerdo por meio dos tratos internodais atriais. Ao mesmo tempo, o potencial de ação é conduzido até o nó AV. 3. Nó AV A velocidade de condução no nó AV é bem mais lenta do que em outros tecidos cardíacos. A condução lenta no nó AV assegura que os ventrículos tenham tempo suficiente para se encherem de sangue antes de sua ativação e contração. O aumento na velocidade de condução do nó AV pode diminui o enchimento ventricular, o volume sistólico e o débito cardíaco. 4. Fascículo atrioventricular, ramos subendocárdicos e ventrículos A partir do nó AV, o potencial de ação entra no sistema especializado de condução dos ventrículos. O potencial de ação é primeiramente conduzido pelo fascículo atrioventricular (feixe de His) através do feixe comum → invade os ramos esquerdo e direito do fascículo pequenos ramos subendocárdicos (sistema de Purkinje). A condução pelo sistema constituído pelo fascículo atrioventricular e ramos subendocárdicos é extremamente veloz e rapidamente distribui o potencial de ação pelos ventrículos. O potencial de ação também se propaga de uma célula muscular ventricular para a próxima por meio de vias de baixa resistência entre as células. Obs.: O potencial de membrana das células cardíacas é diferente das demais células cardíacas. Potencial de ação cardíaco: Ventrículos, átrios e o sistema de Purkinje Apresentam potenciais de repouso da membrana estáveis, de cerca de – 90 mV. Esse valor se aproxima do potencial de equilíbrio do K+ Os potenciais de ação são de longa duração, particularmente nas fibras de Purkinje, onde duram cerca de 300 milissegundos (ms). Fase 0 – é a fase ascendente do potencial de ação. É causada por um aumento transitório da condutância do Na+. Esse aumento resulta em uma corrente de influxo de Na+ que despolariza a membrana. No pico de potencial de ação, o potencial de membrana aproxima-se do potencial de equilíbrio do Na+ (+61 mV). Fase 1 – trata-se de um breve período de repolarização inicial. A repolarização inicial é causada por uma corrente de efluxo, em parte pelo movimento dos íons K+ (favorecido pelos gradientes tanto químico, quanto elétrico), para fora da célula e, em parte pela diminuição na condutância do Na+. Fase 2 – é o platô do potencial de ação. Consiste em um longo período de relativa estabilidade do potencial de membrana em valor despolarizado. É causada por uma elevação transitória da condutância do Ca2+, que resulta em uma corrente de influxo de Ca2+, e por um aumento da condutância do K+. Durante a fase 2, as correntes de efluxo e de influxo são aproximadamente iguais, de modo que o potencial de membrana se encontra estável no platô. Fase 3 – é a repolarização final. Durante a fase 3, a condutância do Ca2+ diminui, enquanto a condutância do K+ aumenta e, portanto, predomina a elevada condutância do K+, que resulta em uma grande corrente de efluxo de K+ (Ik), que hiperpolariza a membrana de volta ao potencial de equilíbrio do K+ (-90mV). Fase 4 – é o potencial de repouso da membrana. É um período durante o qual as correntes de influxo e de efluxo (IKL) são iguais e o potencial de membrana aproxima-se do potencial de equilíbrio do K+. Ultrapassagem do P.A (Overshoot) Amplitude do PA tem variação linear com o Log [Na+] no LEC Fechamento dos canais rápidos de sódio Pico de deflexão = + 20 mV Corrente lenta de cálcio (LEC) Canais de Ca++ tipo L (longa duração) Balanço entre influxo de cálcio e efluxo de K+ (retificadores retardados) Aumento da condutância ao potássio Forças químicas favorecem o efluxo de K+ e predominam sobre as forças eletrostáticas que favorecem o influxo do K+ (retificadores retardados) Retorno do potencial de membrana ao valor negativo Correntes de influxo e efluxo se igualam Restauração das concentrações iônicas Bomba de Na+ (3) – K+ (2) / ATPase Ca++trocador Na+(3) / Ca++ (1) Bomba de Ca++ Potencial de ação dos nós sinoatrial (SA) e atrioventricular (AV) O nó SA é normalmente o marca-passo do coração. Apresenta potencial de repouso instável. Exibe despolarização da fase 4, ou automatismo. O nó AV e o sistema de His-Purkinje são marca-passo latentes, que podem exibir automatismo e sobrepujar o nó SA, se este for suprimido. A frequência intrínseca de despolarização da fase 4 (frequência cardíaca) é maior no nó SA e menor no sistema His-Purkinje. Nó SA > nó AV > His-Purkinje. Fase 0 – é a fase ascendente do potencial de ação. É causada por um aumento da condutância do Ca2+. Esse aumento resulta em uma corrente de influxo de Ca2+ que impulsiona o potencial de membrana em direção ao potencial de equilíbrio do Ca2+ .A base iônica da fase 0 no nó SA é diferente daquela encontrada nos ventrículos, átrios e fibras de Purkinje (onde resulta de uma corrente de influxo de Na+). Fase 3 – é a repolarização. É causada por um aumento de condutância do K+. Esse aumento resulta em uma corrente de efluxo do K+ que causa repolarização do potencial de membrana. Fase 4 – é a despolarização lenta. É responsável pela atividade de marca-passo do nó SA (automatismo – ritmo cardíaco). É causada por um aumento na condutância do Na+, que resulta em uma corrente de influxo de Na+ denominada (If). A If é ativada pela repolarização do potencial de membrana durante o potencial de ação precedente. Fase 1 e 2 – não estão presentes no potencial de ação do nó SA e AV. Nó AV A fase de ascensão do potencial de ação do nó AV é o resultado de uma corrente de influxo de Ca+ (como no nó SA). Potencial de ação no músculo cardíaco Potencial de repouso no nó SA, -55 mV a -60mV Potencial de repouso na fibra muscular cardíaca, -85 a -90mV Auto excitação no nó SA Íons de sódio entram devido ao gradiente de concentração Quando o potencial alcança -40mV, canais de Ca+ - Na+ se abrem Canais de Ca+ - Na+ ficam inativo em ~150ms Grande número de canais de K+ se abrem (efluxo) Canais de K+ demoram a fechar o potencial fica hiperpolarizado. Velocidade de condução Reflete o tempo necessário para a propagação da excitação por todo o tecido cardíaco. Depende da intensidade da corrente de influxo durante a fase ascendente do potencial de ação. Quanto maior a corrente de influxo, maior a velocidade de condução. É mais rápida no sistema de Purkinje. É mais lenta no nó AV (observada como intervalo PR no ECG), dando tempo suficiente para o enchimento ventricular antes da contração ventricular. Se a velocidade de condução através do nó AV for aumentada, pode haver comprometimento do enchimento ventricular. Excitabilidade e refratariedade É a capacidade das células cardíacas de iniciar potenciais de ação em resposta a uma corrente de influxo despolarizante. Reflete a repercussão dos canais que transportamas correntes de influxo para a fase ascendente do potencial de ação. Modifica-se ao longo do potencial de ação. Essas alterações de excitabilidade são descritas como períodos refratários. 1. Período refratário absoluto (PRA) – começa com a fase ascendente do potencial de ação e termina depois do platô. Reflete o período durante o qual nenhum potencial de ação pode ser iniciado, independentemente da quantidade de corrente de influxo fornecida. 2. Período refratário efetivo (PRE) – é ligeiramente mais longo do que o PRA. Trata-se do período durante o qual não se consegue produzir um potencial de ação conduzido. 3. Período refratário relativo (PRR) – é o período imediatamente depois do PRA quando a repolarização está quase completa. Trata-se do período durante o qual é possível produzir um potencial de ação, embora seja necessária uma corrente de influxo maior do que a habitual ou seja, é o período em que se faz necessário um estímulo maior que o normal (supralimiar) para a excitação. Potenciais de ação em diferentes regiões cardíacas: resposta rápida e resposta lenta (Segundo o nível de potencial de repouso e a velocidade de despolarização) Características das respostas lentas: Não apresentam a fase 1: fase inicial de repolarização Fase 4 (retorno ao repouso): mais negativa A principal corrente despolarizante é provocada pelo cálcio e não pelo sódio (fase 0 mais lenta). Resumindo: Potencial de ação cardíaco O potencial de membrana de uma célula cardíaca é de -90mV. Em seguida, abrem-se canais de sódio no momento 0 e há despolarização da membrana com aumento transitório do potencial de membrana para +20mV. Antes do limiar (+20mV) os canais de sódio se fecham. Então, tem-se uma queda abrupta no potencial de membrana que caracteriza a fase 1 (repolarização inicial) devido ao fechamento dos canais de sódio, em seguida ocorre o efluxo de potássio pelos seus canais que são sensíveis a voltagem. Fase 2 platô. Fase 3 repolarização lenta. Fase 4 potencial de repouso. Não existe apenas um tipo de canal de potássio, há vários → Na fase 0 ou ascendente ocorre a despolarização da membrana das células com influxo de sódio → Na fase 1 ocorre a repolarização (repolarização inicial) com o fechamento dos canais de sódio e o efluxo do K+ → Na fase 2 ocorre o efluxo de potássio devido a abertura dos canais de potássio. Mas alguns canais específicos se fecham, todavia ocorre uma abertura para cálcio, para o influxo de cálcio na célula. Esta fase é conhecida como platô. Os canais de potássio demoram a se fechar e enquanto isso o cálcio segue entrando na célula. Os canais de cálcio se fecham quando fechar a uma determinada voltagem, esse fechamento dos canais de cálcio marcam o início da fase 3. → Na fase 3, os canais de cálcio são especiais por que é o canal de cálcio do tipo L ou lento pois, ele demora para se fechar assim o cálcio permanece entrando na célula cardíaca. Em seguida, tem-se o fechamento dos canais de cálcio e a permanência do efluxo de K+. ** Quando chega ao final da fase 3 para a fase 4 nós temos o potencial de repouso. Neste momento, bombas de Na+/K+ ATPase entram em ação para jogar sódio para fora e potássio de volta, para dentro. → Na fase 4 ou fase final, potencial de repouso, tem-se o fechamento dos canais de K+ devido serem canais dependentes de voltagem Obs.: Canal funny, canal de sódio atuante na fase 4 (marca passo/despolarização espontânea) Potenciais de ação dos nós SA e AV Não tem período de repouso propriamente dito, é um repouso dinâmico. Fase 4 é a fase do marca passo O potencial de ação, a onda do nó sinoatrial é lento quando comparado com o potencial de ação desenvolvido pelas células musculares do ventrículo Canal de cálcio aberto a 40 mV são canais de cálcio lentos (tipo L)
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