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Pré-Eruptivo A origem embrionária dos dentes decíduos ocorre entre a 7a e a 10a semana de vida intrauterina a partir da lâmina dentária, em um processo conhecido como odontogênese. A forma básica dos arcos dentários é determinada, pelo menos até́ o 4o mês de vida intrauterina, pelos germes dentários em desenvolvimento e pelo osso basal em crescimento, enquanto a língua se adapta ao espaço reservado para ela. Ocasionalmente a criança nasce com um ou dois incisivos já́ presentes na boca, o que normalmente causa desconforto na mãe na hora da amamentação. Esses incisivos não devem ser extraídos, a menos que sejam supranumerários. 5º mês intrauterino: início da mineralização dos dentes decíduos. Ao nascimento: Todos os dentes decíduos no interior dos maxilares. Erupção dos Dentes O primeiro dente a irromper é o incisivo central inferior decíduo, aos 5 meses. Aos 2,5 anos, aproximadamente, a dentição temporária está completa e em pleno funcionamento com a irrupção do segundo molar decíduo. Aos 3 anos, as raízes de todos os dentes temporários estão completas. Em número de 20, os dentes decíduos nos meninos são maiores quando comparados aos das meninas, principalmente os caninos. Cronologia/ sequência de erupção variável: incisivos, primeiros molares, caninos e segundos molares. Dentição Decídua Madura Os arcos dentários apresentam forma semicircular, e os espaços disponíveis são mais do que suficientes para o alinhamento harmonioso dos dentes decíduos em ambos os arcos. Entre os 3 e os 6 anos aproximadamente, a cavidade bucal da criança se mantém na fase de dentadura decídua completa. Pequena migração anterior dos 2ºs molares inferiores. Hábitos deletérios devem ser abandonados até os 4 anos de idade. Na dentição decídua, somos mais tolerantes e consideramos como características normais da região anterior uma mordida de topo, uma suave protrusão, uma suave mordida aberta anterior e até́ mesmo sobremordidas exageradas. Dois tipos de arcos decíduos podem estar presentes e foram descritos por Baume: o arco tipo I, que se caracteriza pela presença de espaços generalizados entre os dentes na região anterior; e o arco tipo II, sem espaços ou com suaves apinhamento, que seriam mais estreitos transversalmente. Nesse mesmo estudo, Baume constatou a presença de diastemas características entre incisivos laterais e caninos decíduos no arco superior e entre caninos e primeiros molares decíduos no arco inferior. Esses diastemas foram denominados espaços primatas. Outra característica da dentição decídua é a ausência de curva de Spee, que acontece devido à implantação vertical dos dentes decíduos em suas bases ósseas (paralelismo do longo eixo dos dentes decíduos). Em relação à inclinação dos incisivos superiores e inferiores, observa- se que, com a irrupção do grupo dos incisivos, estabelece-se o primeiro ganho de dimensão vertical, e as funções musculares se modificam fortemente. Cúspide do canino superior deve ocluir na ameia entre canino e 1º molar inferior. Trespasse horizontal até 3mm. Trespasse Vertical de 1/3 a 2/3. Dentre as anomalias dentárias, as que mais aparecem são fusão e geminação (1,5%). Definida como uma fase de transição entre as dentaduras decídua e permanente que tem duração de aproximadamente 7 anos. A fase da dentadura mista pode ser dividida em três períodos distintos. Dois deles são caracterizados pela irrupção ativa, chamados de primeiro e segundo períodos transitórios da dentadura mista. Esses períodos são intercalados por um período de calmaria clínica, mas com intensa atividade irruptiva intraóssea, denominado período intertransitório Primeiro Período Transitório O primeiro período transitório é caracterizado, na maior parte dos casos, pela irrupção dos primeiros molares permanentes inferiores e superiores associada à esfoliação e à irrupção dos incisivos superiores. Inferiores precedem Superiores. Erupção começa com ¼ de raiz formada. Dente rompe barreira gengival com ¾ de raiz formada. 1º MI 1ºMS ICI ILI ICS ILS Existe uma diferença no tamanho dos dentes decíduos em relação aos dentes permanentes de 7,6 mm no arco superior e de 5 mm no arco inferior. Essas diferenças são eliminadas em uma “oclusão normal” pelos seguintes fatores: Inclinação mais para vestibular dos incisivos permanentes superiores e inferiores; Crescimento existente durante o período de trocas desses dentes; Espaços primatas e diastemas fisiológicos anteriores, na dentição decídua, nos arcos tipo I de Baume; Aumento da distância transversa intercaninos. Ao irromperem, os incisivos apresentam outra característica bem marcante: uma pequena inclinação no sentido distal, a qual gera pequenos diastemas na região anterior. Essa desarmonia transitória é denominada por Broadbent de fase do “patinho feio”. Período Intertransitório O período intertransitório é caracterizado pela presença de dentes decíduos e permanentes: incisivos permanentes, caninos e molares decíduos e molares permanentes. Embora seja caracterizada por aparente calmaria, essa fase é de grandes mudanças intraósseas, com reabsorções radiculares dos caninos e molares decíduos que em breve darão lugar aos seus sucessores permanentes. Possui duração de 1,5 anos. Ocorre na idade de 9 e 10 anos. Segundo Período Transitório Nesse período, nova atividade irruptiva começa a ocorrer, ocasionando a substituição dos dentes decíduos restantes pelos seus sucessores permanentes, além da irrupção do segundo molar permanente, caninos e pré-molares. Ocorre dos 10 a 12 anos. CI 1º PS 1ºPI 2ºPS 2ºPI CS 2ºM O mecanismo de irrupção dos caninos permanentes e dos pré-molares depende essencialmente do espaço livre de Nance, espaço disponível. O espaço disponível é um dos recursos naturais para facilitar a relação normal dos primeiros molares permanentes. Ao contrário dos incisivos permanentes, que são maiores do que os incisivos decíduos, o diâmetro distomesial somado do grupo de caninos e molares decíduos é maior do que os dentes que lhes irão substituir (caninos e pré-molares). 1,8 mm na maxila. 3,4 mm na mandíbula. Acontece dos 12 a 13 anos. 32 dentes na arcada. Intercuspidação 28 dentes permanentes. Pressão lábios/língua/bochechas tem grande influência na posição final dos dentes. Aumento da Distância Intercaninos. Aumento da Distância Intermolares Aumento do comprimento da arcada superior (+3 mm). Diminuição do comprimento da arcada Inferior (- 3mm). Andrews, em 1972, desenvolveu as seis chaves da oclusão normal, descrevendo as características fundamentais de uma oclusão dentária sob o ponto de vista morfológico, servindo também como guia para a finalização adequada dos tratamentos. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente superior oclui dentro do sulco existente entre a cúspide mesiovestibular e a mediana do primeiro molar inferior. A cúspide mesiopalatina do primeiro molar permanente superior adapta-se à fossa central do primeiro molar permanente inferior. A superfície distal da crista marginal do primeiro molar permanente superior contacta e oclui com a superfície mesial da crista marginal mesial do segundo molar permanente inferior. O canino superior oclui na ameia entre o canino inferior e o 1º pré-molar inferior. A cúspide palatina dos molares superiores e pré-molares superiores ocluem na fossa central dos molares inferiores e pré-molares inferiores. Leve angulação da coroa para mesial. Ausência de rotações dentárias. Deve haver contatos interproximais justos. Deve apresentar-se plana ou suave, não ultrapassando 2,5mm. Diminuição da distância intercanina. Vetor de força Mesial da Oclusão. Redução do perímetro do arco dentário inferior. Crescimento tardio da mandíbula em relação à maxila. Aumento do apinhamento de Incisivos Inferiores. Oclusão mutuamente protegida. Guia de desoclusão anterior. Guia de desoclusão lateral feita pelos caninos. Ausência de contatos prematuros e interferênciasoclusais
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