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Clínica Infantil Dentição decídua completa O desenvolvimento da oclusão no período pós-natal - A origem dos dentes decíduos ocorre entre 7ª a 10ª semana de vida intrauterina - A partir da lâmina dentinária, em um processo conhecido como odontogênese - A forma básica dos arcos dentários é determinada, pelo menos até o 4º mês de vida intrauterina - A partir daí começa uma série de alterações dentárias (formação, calcificação e erupção) - Que estão intimamente relacionados com o processo de crescimento e desenvolvimento craniofacial O desenvolvimento da oclusão no período pós-natal - Quando a criança ao nascer tem a mandíbula mais para trás - Do nascimento até cerca de 6 a 8 meses de idade, os músculos crescem consideravelmente - Os incisivos centrais inferiores irrompem em torno do 6º mês de vida. Poucos meses depois irrompem os superiores - Inicia-se o processo de articularização dentária - Aparecem os 1º indícios do processo de mastigação - Há um ganho de dimensão vertical na face O desenvolvimento da oclusão Incia-se aos 6,5 meses (relativo e pode variar) Completa-se aos 2,5 anos - Sai do processo de deglutição infantil para deglutição madura (quando os dentes surgem) -Remodelação da ATM Sequência da erupção Incisivos inferiores: em torno de 6,5 meses Incisivos superiores: logo depois da erupção dos inferiores 1º molares decíduos: em torno dos 16º meses Caninos: em torno do 20º 2º molares decíduos: entre 24 e 30 meses de idade, completando a dentição decídua com 20 unidades dentárias Características normais da dentição decídua - Plano oclusal dos dentes decíduos é reto - Dentes dispostos verticalmente - Cabeça da mandíbula (côndilo) quase na altura do plano oclusal (o côndilo ainda não está bem definido) Aspectos da ATM em diferentes períodos da vida - Ao nascimento: cavidade articular quase plena, e cabeça da mandíbula com aspecto tosco - Aos 3 anos: Dentição decídua completa, cavidade articular com pequena profundidade - No adulto: com sua forma definida Características normais da dentição decídua De acordo com Barrow e White: (o arco não muda sua forma ao longo do tempo) Cônica Oval Trapezoidal Dentição decídua completa - As coroas dos incisivos permanentes estão posicionadas para lingual em relação aos ápices dos decíduos (é normal que o dente comece a erupcionar pela lingual do decíduo) - As coroas dos caninos permanentes estão localizadas imediatamente acima (arco superior) ou abaixo (arco inferior) das raízes de seus antecessores, com as pontas de suas cúspides para lingual em relação aos ápices dos caninos decíduos - As coroas dos pré-molares estão localizadas entre as raízes dos molares decíduos Segundo Baume: Arco do tipo 1 de Baume – os incisivos decíduos apresentam espaços entre suas coroas, tanto na arcada superior quanto na inferior. Prevalência de 65,8% Arco do tipo II de Baume – ausência de espaços entre as coroas dos incisivos, em ambas as arcadas. Prevalência de 17,1% Arco misto: arco tipo I na arcada superior (com diastema) e do tipo II na inferior (sem diastema) Espaços primatas - Diastemas caracterizados entre incisivos laterais e caninos superiores - Entre caninos e molares decíduos no arco inferior (Essas características favorecem a erupção dos dentes permanentes) Relação Terminal dos 2º molares decíduos Plano terminal reto: faces distais dos 2º molares superiores e inferiores estão no mesmo plano vertical Plano terminal com degrau mesial para mandíbula: face distal dos 2º molar decíduo inferior, se encontra em relação anterior ou mesial com a face distal do 2º molar decíduo superior Plano terminal com degrau distal para mandíbula: face distal dos 2º molar decíduo superior, oclui mesialmente com a face distal do 2º molar decíduo inferior ** A erupção dos 1º molares permanentes é guiada pela superfície distal dos 2º molares decíduos (se o paciente tem um degrau distal, pode perder o 2º molar decíduo, devido a posição do 1º molar permanente abaixo) Maloclusões relacionadas a dentição decídua - Mordida aberta anterior - Mordida cruzada posterior unilateral ou bilateral - Mordida cruzada anterior (mesmo sendo funcional pode ser anterior, quando para mastigar joga a mandíbula para frente) - Perdas precoces (são aconselhadas a serem corrigidas o mais rápido possível) Dentadura mista Tem duração de aproximadamente 7 anos - 1ª período transitório - Período intertransitório - 2º período transitório 1º período transitório Irrupção dos 1º molares permanentes superiores e inferiores Esfoliação e irrupção dos incisivos superiores e inferiores Como os molares permanentes obtêm espaços para irrompem na cavidade oral? - A mandíbula cresce por reabsorção na face anterior do ramo e aposição na face posterior do ramo, a medida que isso vai acontecendo, a quantidade de aposição é maior que a reabsorção, existindo um ganho ósseo para que os dentes permanentes erupcionem - Os molares irrompem por distal dos últimos molares decíduos. Ao entrar em oclusão guiada por suas cúspides, estabelecem o início da cruva de Spee Como os incisivos permanentes obtêm espaços para irromper? - Inclinação mais para vestibular dos incisivos permanentes superiores e inferiores - Crescimento existente durante o período de troca dos incisivos 1º período transitório - Irrupção dos primeiros molares permanentes Neste período os molares podem apresentar-se numa relação definitiva de classe I ou podem mostrar-se numa relação de topo a topo. A chave de oclusão decisiva para a determinação da real relação sagital engtre os arcos dentários continua sendo a relação canino - Esfoliação dos incisivos decíduos - Irrupção dos incisivos permanentes Apinhamento primário temporário – irregularmente momentâneo dos incisivos permanentes que será corrigida espontaneamente com o aumento da distância intercanina Período intertransitório Caracteriza-se por uma pequena inclinação distal dos incisivos, que gera pequenos diastemas na região anterior (fase do patinho feio) O que é? - Caracteriza-se pela inclinação de incisivos centrais e laterais para distal, enquanto o canino AINDA não irrompeu - Presença de sobremordida (overbite) exagerada, diastemas - Comprometimento estético - Não significa ocorrência de má oclusão, nem necessidade de tratamento ortodôntico Origem - Durante a irrupção dos incisivos permanentes, o ápice de suas raízes tendem a convergir para a linha média - Ocorre enquanto o canino ainda não irrompeu Resolução - Fase termina com o irrompimento do canino permanente reposicionando os incisivos: diastemas se fecham e há correção da inclinação exagerada. Ausência de reabsorção radicular > O canino não empurra os incisivos - Vetores de crescimento maxilares atuantes na mesma época de formação que os caninos superiores movimentam-se e reposicionam os incisivos laterais e centrais Conclusão A fase do “patinho feio de broadbent” representa uma fase de crescimento maxilar e posicionamento dentário. Sua correção não depende de movimentos dentários, entre canino e incisivo lateral superior, mais sim de vetores de crescimento, de cuja geração participam também os caninos Período intertransitório Este período retrata um estágio pacífico da dentadura mista, embora esteja acontecendo grandes mudanças intraósseas, com reabsorções radiculares dos caninos e molares decíduos, que em breve darão lugar aos seus sucessores permanentes, que se encontram em pleno desenvolvimento radicular (radiografia panorâmica é indicada) Segundo período transitório - Substituição dos dentes decíduos restantes pelos seus sucessores permanentes - Irrupção dos 2º molares permanentes Como os caninos e pré-molares permanentes obtém espaço para irromper? Espaço livre de nance- Diferença entre o diâmetro mesiodistal dos molares e caninos decíduos, e pré-molares e caninos permanentes - Facilita a ocliusão normal dos primeiros molares permanentes, possibilitando a olcusão dos molares em Classe I de Angle Dimensões no espaço livre de nance Superior: 1,8mm (0,9mm de cada lado) Inferior: 3,6mm (1,8 de cada lado) Desenvolvimento do 2º período transicional - As raízes dos pré-molatres estão localizadas entre as raízes dos seus antecessores, que reabsorvem- se em concomitância com a erupção dos pré-molares. O segundo molar inferior tem uma dimensão coronária mesiodistal apenas suavemente maior do que o seu antagonista - Logo após a esfoliação do canino inferior decíduo, seu sucessor irrompe. No seu movimento eruptivo, o canino passa pelo pré-molar e há espaço suficiente disponível no arco dentário para o canino inferior permanente em erupção alcançar uma boa posição - O espaço extra necessário para sua coroa relativamente larga é proporcionado, em parte, pelo diastema que se encontra na distal do canino decíduo - Se houver uma mesialização dos molares, por exemplo, ou dos dentes que erupcionaram primeiro, acabam “roubando” o espaço do canino, e por isso acontece de o canino ficar intruso 1:07
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