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DESENVOLVIMENTO DA DENTIÇÃO MISTA

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Sheila Prates - 93 
Ortodontia I 
DENTIÇÃO MISTA 
FASE DA DENTIÇÃO MISTA 
• Esse estágio do desenvolvimento da oclusão é bastante dinâmico. Inicia-se com a irrupção dos primeiros 
molares permanentes e termina quando o último dente decíduo é esfoliado. 
• A fase de dentição mista é caracterizada por mudanças significativas, resultantes da esfoliação dos 20 
dentes decíduos e da erupção dos dentes permanentes. 
Dentição mista 
• Período de transição entre a dentição decídua e a dentição permanente 
• Presença simultânea de dentes decíduos e permanentes nos arcos dentários 
• Modificações específicas através do desenvolvimento e crescimento 
 
1. Início: erupção do 1º dente permanente (1ºM permanente) 
2. Término: esfoliação do último dente decíduo (2ºM decíduo inferior) 
Nomenclatura 
o Dentes sucessores – incisivos centrais e laterais, caninos e 1º e 2º Pré-Molar 
o Dentes adicionais ou complementares – irrompem atrás do último dente decíduo: 1º,2º e 3º M permanentes 
IRRUPÇÃO DENTÁRIA 
É a perfuração do tecido gengiva e o aparecimento do dente na cavidade oral. Quando apresenta a ponta de cúspide 
ou a borda incisal. 
ERUPÇÃO DENTÁRIA 
“É o processo ativo de desenvolvimento que movimenta um dente desde a sua posição na cripta, através do 
processo alveolar, emergindo na cavidade bucal até ocluir com o seu antagonista.” MOVIMENTO DO DENTE EM 
DIREÇÃO OCLUSAL. MOYERS 1973 
ETAPAS DO PROCESSO DE ERUPÇÃO 
1. Formação da raiz do dente permanente 
2. Reabsorção da raiz do decíduo e do osso sobre a coroa do permanente 
3. Crescimento em altura do processo alveolar 
4. Movimento do dente permanente através do osso 
FATORES QUE AFETAM A ERUPÇÃO 
Qual mecanismo que gera a força de erupção? DESCONHECIDO!! 
• Alongamento da raiz 
• Forças exercidas pelos tecidos vasculares ao redor e abaixo da raiz 
• Crescimento do osso alveolar 
• Crescimento da dentina 
• Crescimento e tração do LP 
• Influências hormonais 
• Presença de um folículo dental viável 
• Pressão da ação muscular 
• Reabsorção da crista alveolar 
 DESENVOLVIMENTO DO DENTE PERMANENTE 
o Desenvolvimento do dente X calcificação 
CALCIFICAÇÃO DENTÁRIA 
CARMEM NOLLA (1960) 
• Radiografias anuais seriadas 
• 25 meninas (1746 Rx) 
• 25 meninos (1656 Rx) 
• 0 a 10 anos 
• Método prático: radiografias 
 
ESTÁGIO MAIS IMPORTANTES (relacionado a tabela) 
02 – ínicio da calcificação 
06 – coroa completa 
08 – 2/3 de raiz formada 
09 – raiz quase completa 
 
➢ Estágio 06 de Nolla – Coroa Completa 
O dente inicia o movimento de erupção dentária (limite para saber se o decíduo foi perdido precocemente ou não) 
Movimento oclusal: só com a coroa formada 
➢ Estágio 08 de Nolla – 2/3 da raiz formada 
O dente passa pela crista do processo alveolar – resistência óssea. Perfuração da crista alveolar 
➢ Estágio 09 de Nolla – raiz quase completa 
O dente perfura a margem gengival – irrompe na cavidade oral e ainda vai atingir o nível oclusal 
o Estágio 06 estágio 08 de Nolla 
Geralmente são necessários de 2 a 5 anos para os dentes posteriores alcançarem a crista alveolar (estágio 08) depois 
de completares suas coroas (estagio 06). [2 anos para dentes monoradiculares e 5 anos para molares] 
o Estágio 08 estágio 09 de Nolla 
Geralmente são necessários de 12 a 20 meses para romperem a gengiva os dentes posteriores alcançarem a crista 
(est.08) depois de completarem suas coroas (est.6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CALCIFICAÇÃO DOS DENTES PERMANENTES 
• Em todos os estágios, ocorre antes nas meninas do que nos meninos 
• A diferença entre os sexos é menor em relação ao desenvolvimento ósseo 
• A variabilidade do desenvolvimento dentário é semelhante à da erupção, da maturidade sexual e de outros 
indicadores de crescimento similares 
ESTÁGIOS DA ERUPÇÃO 
1. Pré-eruptivo: dente ainda dentro da cripta, na fase de formação da coroa. 
Fatores de alteração: posição do germe dentário: mecanismos genéticos 
2. Intra-alveolar: início da formação da raiz, com o início dos movimentos eruptivos até o dente perfurar o 
rebordo alveolar. 
Fatores de alteração - Posição dentária: 
✓ Presença ou ausência dos dentes adjacentes 
✓ Velocidade de reabsorção dos dentes decíduos 
✓ Perda precoce dos dentes decíduos 
✓ Processos patológicos que alteram o crescimento/conformação do processo alveolar 
3. Intrabucal: momento em que o dente irrompe no alvéolo para aparecer na cavidade bucal até que ele entre 
em oclusão. Visível a ponta de cúspide 
Fatores de alteração: posição dentária: influenciada por músculos ou por objetos estranhos/externo 
4. Oclusal: dente em oclusão 
Fatores de alteração: posição dentária: complexo sistemas de forças (músculos e agentes etiológicos 
externos, componentes anteriores de força, crescimento) 
 
FATORES QUE AFETAM A ERUPÇÃO: 
▪ Fatores locais e fatores gerais 
Fatores locais 
✓ Processos patológicos locais 
✓ Lesões periapicais, pulpites e pulpotomia 
✓ Perda precoce 
✓ Retenção prolongada de dente decíduo 
✓ Reizes residuais 
✓ Trauma no dente decíduo 
✓ Cisto de erupção 
✓ Densidade óssea 
✓ Queratinização da mucosa 
✓ Anomalias do desenvolvimentos dental 
 
Perda precoce de dentes decíduos 
Dente perdido, por cárie ou trauma e o germe do permanente do local está antes do estágio 06 de Nolla. Ex: se 
extrai canino decíduo, o canino permanente que está no est.7 (começou a 
formar raiz q começou movimentos eruptivos) vai ACELERAR A ERUPÇÃO. 
Agora, se perde dente decíduo e o permanente estiver antes do est.5 que 
não começou os movimentos eruptivos, vai fomar osso na oclusal pra 
proteger o germe dentário, dessa forma, vai RETARDAR A ERUPÇÃO. 
ANTES do estágio 6 de Nolla: RETARDO/ATRASO NA ERUPÇÃO 
DEPOIS do estágio 6 de Nolla: ACELERA A RUPÇÃO 
 
EXCEÇÃO: quando o dente decíduo é extraído por motivo de cárie extensa e danifica o osso protetor, o dente 
permanente, mesmo antes do est.6, 7, antes de formar a coroa e mesmo sem raiz, pode irromper. É perigoso. Só 
acelera a erupção de um dente sem raiz se a perda precoce do dente decíduo foi causado por uma alteração 
periapical, dente destruído por cárie extensa que atingiu o ápice e destruiu o osso na superfície oclusal. Vai 
acelerar a erupção. 
 
CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO 
 
1 DENTE A 
ERUPCIONAR: 1 M 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência de Erupção 
Maxila: 1ºM, IC, IL, 1ºPM, 2ºPM, C, 2ºM 
Mandíbula: 1ºM e IC, IL, C, 1ºPM e 2ºPM, 
2ºM 
Diferença: erupção dos caninos 
 
 
 
 
 
Sequência desfavorável de Erupção 
O último dente da sequência de 
erupção fica sem espaço. Sabendo 
da sequência, pode-se detectar o 
problema a atuar de forma a 
evitar uma maloclusão. 
 PERÍODO DA DENTIÇÃO MISTA – dividido em 3 
PRIMEIRO PERÍODO TRANSICIONAL 
Geralmente ocorre entre 6 a 8 anos, com os dentes inferiores precedendo os superiores 
Ocorre com a erupção dos primeiros molares e incisivos permanentes. 
PERÍODO INTER- TRANSICIONAL 
Constitui um intervalo 2 a 3 anos, não havendo irrupção de nenhum dente permanente, ocorrendo, porém, 
formação radicular dos dentes permanente (canino, pré-molares e molares permanentes) intensa reabsorção 
radicular dos caninos e molares decíduos 
(rizólise) e rizogênese dos seus sucessores. 
Período dos 9 aos 10 anos de idade do 
paciente e não acontece nada clinicamente. 
Estabilidade. 
SEGUNDO PERÍODO TRANSICIONAL – 
FINAL DA DENTIÇÃO MISTA 
Ocorre geralmente dos 10 aos 12 anos. 
Substituição dos caninos e molares 
decíduos pelos seus sucessores. 
Ocorre novamente a erupção dentária 
 
 
A idade não é tao relevante quanto a 
sequência de erupção 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO DE RUPÇÃO DENTÁRIA DOS DENTES PERMANENTES 
PRIMEIRO PERÍODO TRANSITÓRIO 
1ºs molares permanente e Incisivos permanente 
 PRIMEIROS MOLARES PERMANENTES 
Caracteriza: 
• 5 a 6 anos 
• Superfície distal do 2ºs molares decíduos 
• 1ºs dentes permanentes a irromperem* 
•Inferiores precedem superiores 
• O 2º levante da dimensão vertical (O primeiro foi quando irrompeu o 1ºM decíduo) 
• Início da formação da curva de Spee e da curva de Wilson e das alterações da ATM – proteção dos dentes 
para os movimentos de lateralidade e anteroposterior 
• Guiados pela superfície distal dos 2ºs molares decíduos – olhando sentido anteroposterior: coroa M 
inferior se forma com inclinação para oclusal e muda pra distal e superior, oclusal e mesial. Para erupcionar 
corretamente os molares mudam a trajetória de erupção. Porque ele se forma em uma posição inadequada. 
No sentido transverso: a trajetória de erupção é diferente. O molar inferior vai pra oclusal e vestibular, 
enquanto o superior vai pra oclusal e palatina 
• Relação oclusal determinada pelo plano terminal dos 2ºs molares decíduos 
Espaço para irromper Remodelação óssea: 
Maxila: crescimento ósseo aposicional da tuberosidade 
Mandíbula: absorção na borda anterior do ramo; crescimento aposicional na borda posterior 
Resumindo: 
• Espaço pra erupção 
• 2º levante da oclusão 
• Sequencia da erupção 
• Trajetória da erupção 
• Inicio da formação da curva de Spee – curva anteroposterior do bordo incisal ao molares. Se forma com a 
erupção dos 1ºM e incisivos 
• Inicio da formação da curva de Wilson – inclinações paralingual (inferior) paravestibular (S). formação latero-
lateral 
• Alterações na ATM 
• Relação molar 
CURVA DE WILSON 
• Ocorre porque há uma inclinação axial dos dentes superiores para vestibular e inferior para lingual (curva 
látero-lateral) 
CURVA DE SPEE 
• Curvatura anterioposterior das superfícies oclusais, iniciando na borda cortante dos incisivos inferiores, 
passando pelas pontas das cúspides vestibukraes dos pré-molares termina nna cúpide distovestibular do 
último molar inferior 
Curva de wilson e spee 
• Ausentes: na dentição decídua pela verticalização dos dentes na bases ósseas. 
• Ínicio: com a erupção dos 1ºs molares permanentes, pela maior inclinação axial para mesial e lingual 
• Total: definição só na dentição permanente 
 
 INCISIVOS 
INCISIVOS CENTRAIS E LATERAIS 
• Incisivos centrais: 6,5 anos 
• Incisivos laterais: 7 anos 
• O tamanho dos dentes decíduos - Determinarão o alinhamento 
• Quantidade de espaços interdentários e o 
• Tamanho do perímetro anterior do arco leve apinhamento é normal nessa fase 
Se formam por lingual, mas não pode permanecer nessa posição 
Germe dentário do permanente se desenvolve posição eruptiva lingual AUTOCORREÇÃO: esfoliação dos 
decíduos e erupção dos permanentes 
INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES 
• 7,5 anos 
• Guiados pelos incisivos inferiores 
• Inclinação axial mais vestibular e distal – ang. interincisal 130° e essa 
inclinação é importante para alinhamento dos dentes 
• Diastemas: coroas dos incisivos são divergentes, para distal, por causa da 
formação do canino permanente, que se forma em posição alta, base do 
nariz 
INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES 
• 8 anos 
• Erupcionam com inclinação vestibular e distal mais acentuada que os IC 
• Contato intraósseo com as coroas dos caninos superiores permanente (estão posicionados mais ditais e 
labiais as raízes dos incisivos laterais). Se forma em posição alta, próximo da base do nariz e à medida que 
ele for descendo, pressiona a raiz do incisivo lateral, a raiz do lateral pressiona a raiz do central e inclina a 
raiz no sentido da linha média e a coroa vai pra distal 
• Erupcionam em forma de leque (Salzmann) 
• Com a erupção dos caninos os incisivos se alinham 
FASE DO PATINHO FEIO: se caracteriza pela erupção distal das coroas dos incisivos e a raiz inclinada pra posição de 
linha média. À medida que o canino for irrompendo, vai corrigindo a inclinação das coroas, fecha o diastema e 
corrige a inclinação distal 
❖ ESPAÇO PARA ALINHAMENTO DOS INCISIVOS 
O tamanho mesio-distal dos permanente é maior do que o tamanho mesio-distal dos 
decíduos. 
Inferiores 6mm 
Superiores 7,6 mm 
• Espaço entre incisivos decíduos (arco tipo I de BAUME) (diastema ajuda) 
• Aumento da distância intercanino (irrompem vestibular- aumenta perímetro do 
arco) 
• Espaço primata – o superior. O inferior não ajuda 
• Erupção mais vestibular dos incisivos (+/- 1mm) 
• Crescimento transversal dos maxilares – superior e inferior 
 
1. Aumento da largura do arco 
✓ Depende do cresc. alveolar vertical 
✓ Superior: cresce divergente 
PERÍODO INTER-TRANSITÓRIO 
• Não há trocas dentárias 
• Inicia-se quando os incisivos laterais superiores alcançam o plano oclusal e termina quando um dos caninos 
ou molares decíduos esfoliam-se naturalmente 
• Duração: 1,5 anos 
• Fase de estabilidade 
• Fase do “patinho feio” 
• Leeway space 
• Espaço E (Gianelly) 
FASE DO “PATINHO FEIO” 
Caracterização: 
• Período fisiológico - NORMAL 
• Inicio: 8 anos 
• Término: por volta dos 12 anos 
Descritação por Broadbent: 
1. Inclinação labial exagerada dos incisivos superiores 
2. Inclinação axial distal dos incisivos superiores – devido a posição 
alta do canino. Raiz dos incisivos sentido linha média e coroas 
sentido distal, formando diastema 
3. Diastemas entre os incisivos superiores (leque) 
4. Sobremordida exagerada – por que teve o 1º aumento da 
dimensão vertical na dentição decídua e 2º aumento da dimensão vertical com o 1ºM permanente mas não 
foi suficiente. Ainda falta outro levante de oclusão o crescimento vertical do ramo da madíbula para diminuir 
a sobremordida 
Tudo isso acontece por dois fatores: POSIÇÃO DOS CANINOS (ALTA) e 
LARGURA DA FACE PEQUENA 
CORREÇÃO: erupção dos caninos e pré-molares e crescimento transverso da 
face. Os caninos se irrompem totalmente entre 11 e 12 anos de idade. 
• Durante o processo eruptivo, os caninos permanente apresentam contato com as raízes dos IL superiores 
• A pressão dos caninos provoca a convergência das raízes dos IL sup. 
• Clinicamente, isso se manifesta como uma divergência das coroas dos incisivos superiores e abertura de 
diastemas entre esses dentes 
• Na sequência dos processos eruptivos, depois do deslizamento dos caninos permanentes sobre as raízes dos 
IL superiores, o diastema entre os incisivos se fecha espontaneamente 
AUTOCORREÇÃO 
Erupção dos caninos permanente 
• Correção da inclinação axial distal dos IS e dos diastemas interrincisais 
Função muscular normal 
• Correção da vestibuloversão exagerada dos IS 
Erupção dos dentes posteriores e crescimento vertical da face 
• Correção da sobremordida exagerada 
 
 
 
Tudo isso caracteriza uma maloclusão 
mas durante essa fase é normal. 
Toda a fase do patinho feio se corrige 
fisiologicamente sem aparelho 
ortodôntico. Se usar aparelho, pode 
jogar a raiz do incisivo lateral contra a 
coroa do canino, que vai reabsorver a 
raiz do IL 
ESTABELECIMENTO DA CHAVE DE OCLUSÃO 
 
LEEWAY SPACE 
É a diferença do somatório dos diâmetros mésio-distais individuais dos 
caninos e molares decíduos em relação ao somatório dos caninos 
permanentes e pré-molares sucessores. As medidas são individuais de 
cada dente. O tamanho dos 3 dentes decíduos é maior que os 3 
permanentes. 
 
Espaço Livre de Nance 
• Também conhecido como “Leeway Space” 
• A somatória dos diâmetros médio-distais dos dentes permanentes que 
irrompem durante o 2º período transitório da fase de dentição mista, 
é menor que os dentes decíduos que eles substituem. O espaço 
originado por essa diferença é chamado de espaço livre de Nance 
• Em média, o espaço livre de Nance no arco superior é de 0,9 mm por 
hemi-arco. No arco inferior é de 1,7 mm em cada hemi-arco 
• A medida do arco inferior é maior por causa do tamanho mésio-dital 
do 2ºM decíduo, que é maior do que o 2ºM decíduo superior 
 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA – LEEWAY SPACE 
Utilização no perímetro do arco (alinhar os dentes) 
Alterações oclusais na dentição mista (obter chavemolar – IMPORTANTE!!) 
 
 
CHAVE MOLAR – 1ºs M permanentes. Durante o primeiro período transitório, os 1ºs M 
permanentes irrompem seguindo o plano reto e ficar topo a topo, o que não é oclusão normal. 
Durante o período inter-transitório, não ocorre movimento algum. Para entrar em chave de 
oclusão é preciso que o Molar permanente inferior mesialise mais que o molar superior. Então, 
no 2º período transicional quando houver troca de canino e molares decíduos, o molar inferior 
vai migrar mais porque tem o Space inferior maior. 
Então, se tiver plano terminal reto com 5 anos de idade, dentição decídua, no primeiro período 
transicional quando os molares inrromper, vai ser topo a topo. No período inter-transicional, 
vai continuar topo a topo. Mas no 2º período transicional quando os dentes decíduos esfoliares, 
o molar inferior permanente vai migrar mais, entrando em classe I, em chave de oclusão. 
ESPAÇO E (GIANELLY) 
É o espaço residual resultante da diferença de tamanho entre o segundo molar 
decíduo (mesio-distal, inferior) e o segundo premolar (mesio-distal), que 
normalmente, é 2 a 3 mm menor que decíduo. 
Os primeiros molares permanentes podem se mover rapidamente para mesial 
devido ao ajuste fisiológico para fechar o espaço E. é uma derivação do Leeway Space 
PADRÃO DE ERUPÇÃO DOS CANINOS E PRE- MOLARES 
SEGUNDO PERÍODO TRANSITÓRIO 
• Caninos permanentes 
• Pré-molares 
• 2ºs molares permanentes 
Desenvolvimento favorável da oclusão nesta região: 
1. Sequencia favorável de erupção (se tiver alteração, colocar aparelho interceptatível para controle) 
2. Relação tamanho dentário/espaço disponível satisfatório 
3. Obtenção da relação molar normal, com diminuição mínima do espaço disponível para PMs. Essa relação 
ocorre devido a mesialização MI, que tem que ser mínima possível para que o Espaço E ou Leeway Space sejam 
utilizados para alinhados de caninos e pré-molares 
Cronologia da Erupção 
• Canino inferior, 1ºs pré-m superior e inferior (10 anos a 10 ½ anos) 
• 2ºs pré-m superiores e inferiores (11 anos a 11 ¼ anos) 
• Caninos superiores (11 ½ anos) 
• 2ºs molares superiores e inferiores (a partir de 12 anos) 
CANINOS E PRÉ-MOLARES INFERIORES 
• Caninos: 9 anos – é importante irromper antes dos pré-m 
✓ Mantém o perímetro do arco 
✓ Previnem a inclinação dos incisivos para a lingual - é importante irromper antes dos pré-m, porque se 
não acontecer, os incisivos inclinam para a lingual e aumanta o Overjet e aumentar a sobremordida 
• 1ºs pré-molares: 9-10 anos 
• 2ºs pré-molares: 12 anos 
✓ É desejável que erupcionem antes do 2º molar permanente 
 
CANINOS E PRÉ-MOLARES SUPERIORES 
• 1ºs pré-molares:10 anos 
✓ Aproximadamente mesmo tamanho MD do seu predecessor 
• 2ºs pré-molares: 11 anos 
✓ 2º molar decíduo tem maior tamanho MD que seu sucessor 
✓ É favorável que exista excesso de espaço no arco quando o 2ºPM irromper 
• Caninos: 12 anos – fase do “patinho feio” 
✓ É desejável que erupcione antes do segundo molar permanente 
✓ Trajeto de erupção difícil e tortuoso 
✓ Às vezes erupciona por vestibular 
✓ Sua erupção fecha as diastemas entre os incisivos 
PADRÃO DE ERUPÇÃO DOS 2ºs MOLARES PERMANENTES 
• 12 ANOS 
• Inferiores antes dos superiores 
• É desejável que erupcionem após todos os dentes decísuos 
• 3º levante da DIMENSÃO VERTICAL 
 
 
Estabelecimento da chave de 
oclusão 
Melhora da sobremordida 
Melhora da inclinação axial-
mesial dos incisivos 
ARCO SUPERIOR: canino erupcionar depois 
dos PM: tempo maior da fase do patinho feio 
ARCO INFERIOR: canino antes dos PM: evita 
que os incisivos inclinem pra lingual 
 
 
 
 
Características da dentição mista 
Relação entre os incisivos 
• Os incisivos decíduos tendem a permanecer quase vericais. À medida que os incisivos permanentes os 
substituem, posicionam-se levemente para frente e se dispõem com um ângulo mais fechado entre si 
• Essa nova disposição dos incisivos aumenta o perímetro do arco (mais permanentes) 
• Sobressaliência (overjet): trespasse dos incisivos superiores em relação aos inferiores no plano horizintal. É 
medido em milímetros a partir da face vestibular do incisivos inferiores até a borda incisal dos IS. Aumenta 
com a irrupção dos incisivos permanentes 
✓ Mínima na dentição decídua 
✓ Reflete as relações AP das bases ósseas dos arcos superio e inferior 
• Sobremordida (overbite): trespasse dos IS em relação aos inferiores, no plano vertical. Aumenta com a 
irrupção dos incisivos permanentes “patinho feio” 
✓ Diminuída na dentição decídua – topo a topo 
✓ Aumenta durante a dentição mista – porque os dentes estão irrompendo e não teve crescimento de 
dentes posteriores e nem crescimento de ramo 
✓ Diminui no final da dentição mista – crescimento vertical no ramo da mandíbula, erupção de 1º e 
2ºPM e 2ºM 
• Formação na curva de Spee – curva anteroposterior va se formar com a erupção dos molares permanentes e 
incisivos. inclinação mesial dos dentes permanentes 
✓ Por ter sua irrupção com inclinação mesial, o 1ºM permanente determina o desenvolvimento inicial 
da curva de spee, a qual se completa com a irrupção dos 2ºs molares permanentes. 
✓ Com a erupção dos 1ºs molares permanentes, ocorre também o que se chama de 2º levantamento 
da oclusão, isto é, há novo aumento da dimensão vertical da face 
• Curva de Wilson: orienta-se pela inclinação dos longos eixos dos 1ºs molares permanentes inferiors para 
lingual e, dos superiores para vestibular, em uma vista coronal. Latero-lateral 
• Alterações da ATM 
✓ Remodelamento da ATM 
✓ Maior no início da dentição mista 
✓ A profundidad da fossa aumentada 
✓ Modificação da anatomia do côndilo, fosse e eminência 
articular 
• Estabelecimento da chave de oclusão – Angle, 1899: 
“a ponta da cúspide MV do 1º 
molar permanente superior oclui 
no sulco MV do 1º molar permanente inferior 
 
 
 
 
Plano terminal: influência dos 2ºs molares decíduos na 
relação molar dos 1ºs molares permanentes. 
 
 
 
 
 
 
Degrau distal: reflete o mal relacionamento 
enterior dos maxilares. Problema esquelético, 
a maxila está protruida ou falta crescimento 
mandibular. Classe II em todos os períodos 
transicionais. Corrigir na fase estária certa (5 
anos) 
 
Degrau mesial 
Vai ser classe I no 1º período transicional e no inter-transicional. O problema é o 2º período transicional, onde 
caninos e molares decíduos serão esfoliados, sobrendo espaço na mesial do molar permanente (maior no arco 
inferior). Se o molar mesializar muito, entra em classe III. Vai depender do Leeway Space, espaço primata inferior e 
crescimento mandibular anterior 
Plano terminal reto 
• Deslocamento mesial tardio (ajuste dentário0 
• Crescimento anterior da mandíbula maior que a maxila (ajuste esquelético) 
• Combinação de ambos. 
No 1º período transicional e no inter- tansicional, o 1ºM permanente vai irromper 
e permanecer reto/ topo a topo (transitório). A partir do 2º período transicional – 
troca de caninos e 1º e 2ºM decíduos pelos caninos e pré-molar permanentes, 
pode virar classe I se migrar um pouco, Classe III se migrar muito e classe II. 
✓ Classe I: casos em que não tem espaço primata no arco inferior e o molar 
inferior migrar apenas as custas do Leeway Space 
✓ Classe III: quanto tiver uma grande mesialização do molar inferior devido 
ao espaço Leeway Space e espaço primata inferior 
✓ Classe II: quando tiver algum problema de crescimento anteroposterior 
dos maxilares. Ou uma falta de crescimento da mandíbula ou excesso de 
crescimento da maxila. Hábito externo de sucção de dedo ou chupeta 
Mesialização do 1º molar permanente inferior às custas: espaço primata (1º 
período transitório) e espaço livre de Nance (2º período transitório - toda criança 
tem Leeway space) 
 
 
Conclusões 
É importante compreender as características normais da fase da dentição mista para que se possa discernir entre as 
alterações fisiológicas características dessafase e a presença de desvios da normalidade. A relevância da época é 
ainda maior, pois é nesse período que se propicia a maior parte das intervenções ortodônticas. 
Ideal: relação chave de oclusão molar antes da perda 
dos segundos molares decíduos

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