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EJA II
EDUARDO PAES 
PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
 
RENAN FERREIRINHA CARNEIRO 
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
 
TERESA COZETTI PONTUAL PEREIRA 
SUBSECRETARIA DE ENSINO 
 
MICHELLE VALADÃO VERMELHO ALMEIDA 
RENATA SURAIDE SILVA DA CUNHA BRANCO 
COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL 
 
LIDIA DO AMARAL DAS CHAGAS DE MORAES 
LUZANIRA SOARES SCALERCIO 
MARIO SERGIO MANGABEIRA JUNIOR 
MAURÍCIO OLIVEIRA CHAVES 
SILVANE T. F. VECHI 
SINESIO JEFFERSON ANDRADE SILVA 
UELTON DE MENDONÇA SOUZA 
ELABORAÇÃO/CURADORIA 
 
WELINGTON MARTINS MACHADO 
REVISÃO ORTOGRÁFICA 
 
DOUGLAS NEVES 
 DIAGRAMAÇÃO E DESIGN 
CONTATOS E/SUBE/CEF 
Telefones: 2976-2294 / 2976-2315 
cefsme@rioeduca.net 
EDIGRÁFICA 
EDITORAÇÃO E IMPRESSÃO 
 
MIGUEL PAIXÃO 
SUPERVISÃO GRÁFICA 
Querido aluno e querida aluna, 
 
 É com muita honra que apresento o Material Rioeduca – 1º trimestre da Educação de 
Jovens e Adultos – EJA. Ele vai acompanhar você de fevereiro até maio de 2021. 
Todos nós sabemos que o momento é desafiador, de transformação e de muito 
aprendizado para todos . 
 Nossos professores valorizam a qualidade do ensino e as ações inovadoras. Eles 
desenvolverão aulas em ambiente virtual, ao vivo ou gravadas, para você. Assim, serão 
garantidos os princípios da inclusão, da interação e, principalmente, das aprendizagens, 
fortalecendo o conceito da Educação ao Longo da Vida. 
 O Material Rioeduca está organizado para garantir o seu atendimento e você poderá 
acessá-lo pelo aplicativo ou em forma de livro, dentro da sua disponibilidade de horário. 
As atividades são importantes para a sua formação, mantendo a continuidade das aulas 
e dos momentos de interação com os professores. 
 Os professores elaboradores produziram um material especificamente para você, em 
busca de bons resultados para a volta das aulas presenciais, com os devidos cuidados, 
orientações e o máximo de profissionalismo e dedicação. 
 Desejamos que você construa um ano maravilhoso e que, acima de tudo, aprenda 
cada vez mais e possa sentir orgulho de ser estudante da Rede Municipal de Educação 
do Rio de Janeiro, do mesmo jeito que eu sinto por estar com você nesse desafio. 
 
 Um grande abraço e bons estudos. 
Renan Ferreirinha 
Secretário Municipal de Educação do Rio 
Mire a câmera do celular no QR Code ao lado 
e receba as boas-vindas do Secretário 
Municipal de Educação. 
SUMÁRIO 
TRABALHO X EMPREGO 
O NEGRO NO BRASIL ONTEM E HOJE 
TRABALHO IMIGRANTE NO BRASIL 
TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 
A MATEMÁTICA NO TRABALHO 
PROFISSÕES RECENTES E ESSENCIAIS 
ARTESANATO E EMPREENDEDORISMO 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
GABARITO 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
OU ANTICONCEPCIONAIS 
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A História é a ciência que nos ajuda a olhar para o passado sem naturalizá-lo. Esse é 
o principal trabalho da História. Isso significa considerar que os eventos são frutos da ação 
humana, ou seja, do trabalho da humanidade. Ao invés de simples acaso, tudo está como 
está por causa dos feitos humanos, quer dizer do trabalho da espécie humana na História. 
Em sentido amplo, trabalho é aquilo que permite que as pessoas se relacionem 
umas com as outras e com a natureza. Tanto é assim que a palavra cultura, que 
associamos a invenções materiais (ferramentas, por exemplo) e a tradições imateriais 
(músicas, por exemplo), vem do latim “colo”. Em outras palavras, na origem, quando se 
falava em cultura, a ideia era considerar como trabalho todo o fazer humano sobre a 
natureza, especialmente sobre o solo ou sobre outras pessoas, um fazer individual ou 
coletivo, isto é, com outras pessoas e para outras pessoas, produzindo um bem comum a 
todos. Assim, cultivar e cultuar compõem o fazer humano no planeta há muito tempo. 
Em tempos mais recentes, sob a influência do capitalismo, associamos trabalho à 
noção de emprego. Por isso mesmo, tornou-se habitual interpretar a utilidade das pessoas 
com base em sua participação no mercado que, inclusive, acostumamos a chamar de 
mercado de trabalho. 
É importante considerar que há diferenças entre trabalho e emprego. Se o primeiro 
sempre acompanhou a humanidade nas interações que os grupos humanos mantiveram 
uns com os outros e com a natureza, o segundo é uma ocupação que as pessoas 
exercem com a finalidade de obter renda suficiente para a sobrevivência. 
É preciso distinguir trabalho de emprego 
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TRABALHO X EMPREGO 
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Observe o trecho em destaque do texto: 
“Em outras palavras, na origem, quando se falava em cultura, a ideia era considerar 
como trabalho todo o fazer humano sobre a natureza,...” 
Para ilustrar essa questão do trabalho, considerado como todo o fazer humano sobre a 
natureza, observe as diferentes formas de moradia nas imagens abaixo: 
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Figura 1 Figura 2 Figura 3 
Todas representam formas de moradia, no entanto cada uma delas conserva uma 
característica particular. 
• A figura 1 apresenta uma forma temporária de habitação dos Inuítes (“esquimós”) – 
temporária, pois esse tipo de habitação, construída a partir do gelo e da neve das 
regiões árticas, que já foi uma forma tradicional de habitação, hoje é feito de forma 
rápida, como abrigo temporário para situações de caça. 
 
• A figura 2 apresenta uma habitação também feita a partir do trabalho com elementos da 
natureza: uma casa de pau a pique e sapê, que é feita com um conjunto de paus, galhos 
de árvores que formam uma espécie de trama preenchida por barro manualmente 
prensado, sendo a cobertura feita com sapê. 
 
• A figura 3, por sua vez, apresenta o processo de construção de uma casa de alvenaria, 
muito utilizado entre nós, que combina tijolos furados de barro e cimento como 
elementos fundamentais da construção. 
Em todos os casos, podemos observar a relação do ser 
humano com a natureza. Através da técnica, ele se apropria de 
elementos dispostos pela natureza e os trabalha a seu favor. 
Aproveite essa deixa para, em uma roda de conversa, 
discutir sobre as diferentes sociedades e suas diferentes 
formas de relação com a natureza. 
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1) Leia os textos a seguir, relacione-os aos textos lidos anteriormente e responda: O tema de 
cada texto a seguir nos remete, respectivamente, à ideia de TRABALHO ou à de 
EMPREGO? 
 
TEXTO 1 
 
 
 
 
 
 
 TEXTO 2 
RELACIONANDO TEXTOS 
IDEIA DE _____________________ 
IDEIA DE _____________________ 
O cio da terra 
Chico Buarque e Milton Nascimento 
 
Debulhar o trigo 
Recolher cada bago do trigo 
Forjar no trigo o milagre do pão 
E se fartar de pão 
 
Decepar a cana 
Recolher a garapa da cana 
Roubar da cana a doçura do mel 
Se lambuzar de mel 
 
Afagar a terra 
Conhecer os desejos da terra 
Cio da terra propícia estação 
E fecundar o chão 
 
Fonte: Musixmatch 
Letra de O cio da terra 
© Nascimento Edicões Musicais Ltda 
 
Para ouvir a canção “Cio da terra”, 
acesse: https://www.letras.mus.br/chico-
buarque/86011/ 
Pedro pedreiro 
Chico Buarque 
 
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem 
Manhã parece, carece de esperar também 
Para o bem de quem tem bem 
De quem não tem vintém 
Pedro pedreiro fica assim pensando 
Assimpensando o tempo passa 
E a gente vai ficanto pra trás 
Esperando, esperando, esperando 
Esperando o sol 
Esperando o trem 
Esperando o aumento 
Desde o ano passado 
Para o mês que vem 
[...] 
Fonte: LyricFind 
Disponível em YouTube Music 
 
Link para ouvir a canção “Pedro pedreiro”, 
acesse: https://www.youtube.com/watch?v=--
aaORWD8EY 
IDEIA DE _____________________ 
http://www.letras.mus.br/chico-buarque/86011/
http://www.letras.mus.br/chico-buarque/86011/
http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY
http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY
http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY
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2) Na sua opinião, a imagem ao lado traduz 
melhor a ideia de trabalho ou a de emprego? 
Escreva sua opinião e o que, na imagem, a 
justifica, nas linhas abaixo. 
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/tempo-
de-latte-trabalhando-at%C3%A9-tarde-3253837/ 
IDEIA DE 
ARNALDO ANTUNES 
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(ARNALDO ANTUNES, release do livro André Midani Unpluged, 2008. Disponível em: 
https://arnaldoantunes.com.br/new/sec_textos_list.php?page=1&id=205). 
“Sempre acreditei que qualquer pessoa pode ser um artista em seu ofício, 
talvez porque a natureza da arte venha menos do ‘o que’ se faz e mais do 
‘como’ se faz algo. A lavadeira ensaboando as roupas no tanque, o guarda 
de trânsito acenando para os carros, a secretária batucando no teclado do 
computador — todos podem exercer suas atividades com a mesma 
intensidade que caracteriza o que chamamos de arte, apenas pela 
maneira de se entregarem a elas.” 
TEXTO 3 
https://arnaldoantunes.com.br/new/sec_textos_list.php?page=1&id=205
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Vamos ler o texto... 
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Professor, quanto já 
aprendi com essas 
leituras! Estou ansiosa 
pelas próximas páginas. 
Maravilha, Dona Aparecida! 
Agora aprenderemos sobre o 
fordismo e o pós-fordismo. 
A partir da Primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra entre final do 
século XVIII e início do século XIX, o uso de novas tecnologias na produção de 
mercadorias passa a ser cada vez maior. Essa atitude garante aos industriais (donos 
de indústrias, donos dos meios de produção) maiores lucros, já que conseguem 
baratear o preço final de cada produto e, ao vendê-los em grande quantidade, a soma 
total de cada pequeno ganho gera um montante considerável de rendimentos no final 
do processo. Os grandes símbolos desse período são o carvão, o ferro e as 
máquinas a vapor. 
Essa revolução trouxe um novo personagem para a história: o operário fabril. 
Despossuído dos recursos que lhe garantam condições de produzir a própria 
subsistência, esse sujeito tem apenas a própria força de trabalho. Sendo assim, ele a 
oferece no mercado em troca de um salário. 
A fase seguinte de inovações na produção industrial ocorreu no final do século 
XIX. Costuma-se denominar esse momento como o da Segunda Revolução 
Industrial. A grande característica do período foi aproveitar novas fontes energéticas 
como eletricidade e petróleo. Tanto foi assim que o motor a combustão, pouco 
tempo depois usado nos automóveis, e o motor induzido foram as marcas dessa 
fase. 
 
 
 
 
3) O texto fala sobre duas fases de inovações na produção industrial. Escreva um breve 
parágrafo dizendo que fases são essas e quais são suas principais características. 
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Do fordismo ao pós-fordismo 
No início do século XX, Henry Ford, um estadunidense produtor de automóveis, 
modificou vários itens no processo produtivo em suas fábricas e acabou influenciando a 
produção industrial em geral. O uso da linha de produção foi popularizado, ajudando na 
especialização dos trabalhadores, isto é, cada um fazia apenas uma parte do processo 
produtivo. Nesse modelo, apesar de o operário ser visto como um consumidor em 
potencial, é possível ver o contínuo uso de máquinas, muitas substituindo o trabalho 
humano. De todo jeito, o fordismo foi praticamente absoluto até a década de 1970 tendo 
o Estado o papel de garantir bem-estar. 
Dos anos 1970 para cá, novas mudanças no setor industrial indicam a chegada da 
Terceira Revolução Industrial. Há quem classifique essa fase como toyotismo ou, 
genericamente, de pós-fordismo. Importa saber que esse novo modelo altera princípios 
do fordismo. Aqui, a produção só começa a partir da demanda do cliente, o que evita os 
estoques. Além disso, os trabalhadores são estimulados a conhecer todos os 
procedimentos e etapas da produção. A automação conta com o uso de computadores e 
as empresas dedicam-se apenas às atividades principais, terceirizando todas as outras. 
Assim, uma montadora de automóveis concentra-se na montagem do carro, deixando a 
fabricação de pneus para outra empresa. 
No século XXI, já há indícios de que experimentamos a Quarta Revolução 
Industrial. Ela caracteriza-se principalmente pelo uso de algoritmos, de redes sociais e 
de inteligência artificial para capturar e para moldar a oferta e a demanda por produtos e 
por serviços. As leis trabalhistas são flexibilizadas enfraquecendo trabalhadores e o 
Estado vai pouco a pouco alterando normas da seguridade social afetando o alcance e a 
qualidade da cobertura do sistema previdenciário. 
ENTENDENDO A GRAMÁTICA DO TEXTO 
4) Observe, no 1.º parágrafo, o trecho “Nesse modelo, apesar de o operário ser visto 
como um consumidor em potencial, é possível ver o contínuo uso de máquinas, muitas 
substituindo o trabalho humano.” O termo concessivo em destaque, “apesar de”, indica 
uma relação de oposição, de contradição. Explique essa relação, no trecho. 
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5) Depois de ler os textos das páginas anteriores, analise 
a lista abaixo e, em seguida, escreva cada uma das 
características na tabela dividida em duas colunas: 
Fordismo e Pós-fordismo. Cada característica deve 
ficar na coluna exata. Observe o exemplo das 
características "a" e "b". 
a. O trabalhador é polivalente, faz várias tarefas 
b. O trabalhador realiza apenas uma tarefa repetidas vezes 
c. Produção em massa 
d. Produção flexível 
e. O Estado garante cobertura social 
f. O Estado flexibiliza regras trabalhista e também da seguridade social 
Fordismo Pós-fordismo 
O trabalhador realiza apenas uma tarefa 
repetidas vezes. 
O trabalhador é polivalente, faz várias tarefas. 
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As mudanças no mundo do trabalho e o modo como afetaram as pessoas, em 
especial os trabalhadores, foram bem enfocadas pelo cinema. 
Sugestão de filme: “Tempos modernos”, de Charles Chaplin,1936. 
Link para assistir ao filme: 
https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4 
SINOPSE 
O texto que você leu acima é uma sinopse do filme “Tempos modernos”. Você sabe o 
que é uma SINOPSE? 
Sinopse é uma espécie de resumo, uma síntese de uma obra literária, de um filme, de 
uma série, de uma peça de teatro, de uma novela etc. 
O objetivo da sinopse é, em linguagem objetiva, informar sobre uma peça de teatro, um 
filme em cartaz, um livro lançado... e fazer com que os leitores da sinopse se interessem pela 
obra; é uma espécie de chamariz. 
Uma das principais diferenças entre sinopse e resumo é que a sinopse normalmente é 
escrita pelo próprio autor do texto ou obra em questão, o que não se verifica na maior parte 
das vezes no caso do resumo. 
 (Adaptado de https://www.significados.com.br/sinopse/) 
SINOPSE – O 'Vagabundo' (personagem de Charles Chaplin) sofre gato e sapato dentro de uma 
fábrica repletade geringonças como um 'Comedor para Funcionários', que promete diminuir para 
apenas 15 minutos o horário de almoço. Demitido da fábrica, ele acaba encontrando uma 
moradora de rua (Paulette Goddard) e com ela decide procurar felicidade e dinheiro. Mas o que 
ele acaba encontrando mesmo são desventuras como vigia noturno sobre patins, como um hilário 
garçom-cantante de músicas sem sentido, como presidiário e muito mais. 
www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos 
http://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4
https://www.significados.com.br/sinopse/
http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos
http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos
http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos
http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos
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6) A imagem ao lado é um cartaz produzido pelo 
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) do 
Estado Novo, quando o presidente do Brasil era Getúlio 
Vargas. Esse período da história do país ficou marcado 
pela aprovação da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), em 1º de maio de 1943. De acordo com o que 
você estudou, a legislação trabalhista consagrada no 
governo Vargas se associa à: 
( ) Segunda Revolução Industrial/ Fordismo. 
( ) Terceira e Quarta Revoluções Industriais/ Pós- 
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https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/06/politica/1565115205_330204.html 
“Saio de casa no Capão Redondo [na zona sul de São Paulo] umas 9h, e só volto lá pela meia 
noite”, conta Gabriel Fagundes Guimarães, 23, enquanto tenta ajustar o freio dianteiro quebrado 
de sua bicicleta. As 15 horas trabalhadas diariamente parecem pouco quando chega o final de 
semana. “De sábado pra domingo já cansei de emendar direto [fazer mais de 24 horas seguidas 
de entregas]. Aí nem durmo. Tem uns que dormem na praça, mas prefiro ficar ligado”. É hora do 
almoço, um dos horários de rush para os entregadores de aplicativo como Guimarães —o outro 
é o do jantar—, e o app toca interrompendo a conversa com a reportagem. Ele se despede e sai 
pedalando rumo a um restaurante no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Sem o freio 
dianteiro, perdido quando ele bateu na traseira de um carro. 
http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado
http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado
http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado
http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado
http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado
https://brasil.elpais.com/tag/bicicletas
https://brasil.elpais.com/tag/aplicaciones_moviles
https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo
https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo
https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo
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Na leitura dos textos da página anterior, você percebeu que o mercado de trabalho 
está passando por muitas alterações e que essas mudanças afetam a vida de milhares de 
pessoas. Elas são, na verdade, transformações que estão ocorrendo, desde o final do 
século XX, no funcionamento do capitalismo. 
Chamamos de neoliberalismo esse novo jeito de o capitalismo funcionar. Isso porque 
os chamados neoliberais acreditam que a liberdade de ação nas trocas, ou seja, no 
mercado, é suficiente para garantir acesso ao bem-estar. Por isso mesmo, defendem que a 
intervenção do Estado na economia deve ser mínima. Observe a charge abaixo. 
7) No trecho lido da reportagem, o que mais chamou a sua atenção com relação às 
condições de trabalho do entregador entrevistado? 
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8) As transformações no mundo do trabalho, sobre as quais estamos refletindo, têm 
afetado você nas suas relações de trabalho? De que forma? 
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9) Diante da realidade atualmente vivida por você, o que você pensa sobre a intervenção 
do Estado na economia e sobre a ideia de que a liberdade de ação do mercado se dizer 
suficiente para garantir o acesso ao bem-estar? 
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As mutações recentes do capitalismo lembram um episódio marcante da história 
brasileira: a abolição dos escravos, consagrada em 13 de maio de 1888. 
Quando os negros passaram a ser livres, não foram pensadas maneiras de inseri-los 
na sociedade sem escravidão. O mundo do trabalho naquela época mudou, mas a 
condição dos negros na sociedade brasileira permaneceu crítica. 
A abolição aboliu o quê? 
As datas históricas têm o sentido que cada geração, ou cada grupo social lhes dá. O 
centenário da abolição da escravidão tem dado margem a um grande debate em torno do 
sentido do 13 de Maio. Há, hoje, vários 13 de Maio competindo por corações e mentes. 
Há o 13 de Maio tradicional, o da princesa Isabel, o da magnanimidade da coroa, da 
doação da liberdade. Trata-se de espécie em extinção. Sobrevive em cartilhas escolares, 
na fala de homens de governo e, queiram ou não os militantes negros, em setores 
populares da população negra. No polo oposto, há o 13 de Maio maldito, o 13 de Maio 
engodo, empulhação, golpe branco contra o avanço da população negra. É espécie em 
ascensão. Foi gerado e expande-se especialmente dentro dos movimentos negros. Para 
substituí-la na mitologia social constrói-se outra data histórica, o 20 de novembro, morte de 
Zumbi. Enfim, há o 13 de Maio crítico, espécie também em ascensão. O valor positivo da 
data é mantido mas sob luz diferente. A ênfase deixa de cair sobre a ação da princesa, ou 
do governo em geral, e se transfere para o movimento popular, aí incluída a reação dos 
próprios escravos. Em vez de doação real, a data é vista como conquista popular [...]. 
CARVALHO, José Murilo de. A abolição aboliu o que? Folha de São Paulo, 13 de maio de 1988. 
 
10) O tema do texto representa algumas das diferentes formas de pensar o 13 de Maio, 
escrito assim, com maiúscula, para reforçar a importância histórica da data, o Dia da 
Abolição da Escravatura. Dentre as diferentes formas de pensar a data, apresentadas no 
texto, qual é a que mais se aproxima da sua forma de pensar? Por quê? 
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A notícia abaixo, retirada da página de notícias esportivas de O Globo Esporte, 
reflete um pouco dessa realidade ainda crítica dos negros na sociedade americana. O 
caso em destaque realça o movimento “Black Lives Matter” – Vidas Negras Importam – 
que tomou conta dos Estados Unidos nos últimos meses de 2020. A gota d’água que deu 
origem aos protestos foi o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, por um policial 
branco que aplicou por 8 minutos uma técnica de estrangulamento sobre a vítima, ainda 
que com a mesma suplicando pela vida e dizendo não conseguir respirar. 
Mesmo com o avanço da pandemia de Covid-19, os protestos seguiram pelo país, 
tomando as ruas e demonstrando o quão sensível e importante se mostra a questão. 
Conhecendo a realidadedo Brasil e a cultura da nossa sociedade, poderíamos, 
num primeiro momento, achar que todo esse cenário revela uma realidade alheia à 
nossa, que não faz parte da nossa cultura e da nossa sociedade esse tipo de violência, 
mas será mesmo que isso é verdade? 
11) Debata com a sua turma e registre em seu caderno a percepção que temos sobre a 
nossa sociedade. Somos ou não somos racistas? Essa é a pergunta fundamental do 
debate. Anote abaixo as suas conclusões sobre isso. 
https://glo.bo/3qhacof 
Fonte: Redação – GE – Orlando, EUA – 26/08/2020 
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Os territórios em 
marrom, representam 
as áreas dominadas 
pela França. 
Em verde, estão os 
territórios dependentes 
da França. 
Em amarelo, estão os 
territórios inimigos. 
Período Napoleônico na Europa e a Vinda da Família Real. 
Na passagem do século XVIII para o século XIX, expandia-se pela Europa o império 
francês e seus princípios políticos, econômicos e culturais, sob o comando de Napoleão 
Bonaparte. Como todo bom império, sustentava-se num exército forte e capaz de garantir 
os seus interesses. Observe no mapa a expansão do império francês no período: 
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No ano de 1807, Napoleão lança uma ofensiva contra a península ibérica, região de 
Portugal e Espanha, na tentativa de anexar o principal aliado econômico da Inglaterra no 
continente Europeu, o território de Portugal. 
Ameaçada pela invasão francesa, a família Real de Portugal se abriga no Brasil, mais 
especificamente na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, mudando por completo a 
trajetória da Colônia, elevada então à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. 
Com a chegada da família real, um sopro de modernidade toma conta da cidade do Rio de 
Janeiro, surgindo com isso alguns aparatos infraestruturais até então impensáveis para a 
Colônia. 
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Biblioteca Nacional 
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Jardim Botânico, com frontispício da 
Academia Imperial de Belas Artes 
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A montagem de uma academia imperial de belas artes, trouxe a reboque a missão 
artística francesa, um corpo de artistas franceses que vieram para o Brasil no período e 
deixaram, com isso, um importante legado histórico e documental da sociedade da época. 
Dentre esses artistas, destaca-se Jean Baptiste Debret, autor de diversas aquarelas e 
gravuras da realidade da sociedade carioca da época. Veja a imagem abaixo: 
12) Observe a condição de trabalho dos personagens ilustrados na gravura de Jean 
Baptiste Debret e responda: 
a) Como aparece representado o branco dentro da sociedade desse período? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
b) Como aparece representado o negro? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
c) De que maneira a sociedade contemporânea reproduz relações parecidas com 
essa, pintadas por Debret? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
Para saber mais 
sobre a missão 
artística francesa, 
acesse o QRCODE 
com o material 
elaborado pela 
MULTIRIO. 
Retorno de um proprietário, 1816, por Jean Baptiste Debret 
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Ao longo do processo de abolição dos escravos, o Brasil estimulou a presença de 
imigrantes dispostos a trabalhar aqui. Italianos, japoneses, libaneses são apenas alguns 
exemplos de estrangeiros que vieram para cá em busca de emprego e de melhores 
condições de vida. 
Hoje, diferente do final do século XIX e início do século XX, a mão-de-obra 
imigrante não tem um impacto tão grande na força de trabalho do país. Entretanto, pelo 
mundo (no exterior), a presença de imigrantes no mercado de trabalho de lugares como 
França, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra é significativa. Essa é uma das 
consequências da globalização. 
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A imigração japonesa para o Brasil 
foi muito volumosa. Na cidade de 
São Paulo, o bairro da Liberdade 
expressa a presença nipônica por 
aqui. Você pode descobrir mais 
sobre o trabalho dos imigrantes 
japoneses no Brasil assistindo aos 
dois filmes indicados ao lado. 
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13) No gráfico ao lado, sobre o trabalho 
imigrante no Brasil, é possível ver o 
crescimento da imigração entre 1890 e 
1899. Esse aumento da imigração ocorreu 
por quê? 
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TRABALHO IMIGRANTE NO BRASIL 
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QUEM É O MIGRANTE? 
14) Uma questão interessante de se pensar é quem são 
esses migrantes que escolhem vir para o Brasil. 
O que motiva um migrante a abandonar o seu local de 
origem e ir para um novo local de destino? 
Existem casos na sua família de pessoas que migraram, 
que saíram de um local – uma cidade, um município, um 
estado, um país – e foram tentar a vida em outro lugar? 
Reflita sobre essas questões e debata com o seu professor, anotando abaixo as suas 
ideias sobre as perguntas provocadas anteriormente. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
A migração de italianos, alemães, portugueses, espanhóis, japoneses, libaneses, e 
tantos outros que migraram para o Brasil ao longo do tempo, é motivada por uma 
questão fundamental: trabalho. O migrante sempre busca uma melhoria na sua condição 
de vida. Desse modo, podemos concluir que uma das principais motivações para a 
migração pode ser a existência de fatores repulsivos no local de origem. 
 
MIGRANTE X REFUGIADO 
Esse assunto nos abre a deixa para estabelecermos uma importante diferenciação 
entre migrantes e refugiados. O migrante, como pudemos observar, é o sujeito que 
abandona o seu local de origem na esperança de construir uma vida melhor em um novo 
local; nordestinos que vieram para o Rio de Janeiro, por exemplo. 
O refugiado é a mesma coisa: alguém que espera reconstruir sua vida em um novo 
local. Há, porém, que se destacar, no caso do refugiado, uma importante e determinante 
diferença! O refugiado realiza esse movimento de migração movido por uma condição de 
extrema vulnerabilidade, que não lhe deixa escolha: é ficar no local de origem e morrer 
ou tentar sobreviver fora do seu local de origem. Muitos refugiados buscam abrigo em 
outros países, fugindo de condições de guerra, perseguições políticas e religiosas, 
quadros de fome ou, ainda, motivados por uma forte crise ambiental. 
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15 ) Faça uma pesquisa sobre migrações e sobre a questão dos refugiados e cole aqui 
suas descobertas. Podem ser fotos, textos, charges... 
A FALÁCIA DE UM MUNDO GLOBALIZADO 
 
Não é novidade a ideia de que vivemos num mundo globalizado, cada vez mais 
conectado, não só pela internet, mas pelosmodernos sistemas de transporte. 
A mobilidade de pessoas, no entanto, ainda encontra fortes barreiras em diversos 
lugares do mundo. Tudo isso revela mais uma dimensão desigual do mundo, assimetrias 
de um mundo globalizado que seleciona severamente quem é bem-vindo e quem não é 
no processo de globalização. 
Uma forma excelente de se notar isso é através do futebol... 
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Com raízes fincadas em 17 países diferentes, a 
seleção de futebol da França (foto ao lado), entrou 
em campo e venceu a Copa do Mundo de 2018, 
com 14 dos seus 23 integrantes sendo de origem 
africana. 
https://www.bbc.com/portuguese/geral-44826386 
16) Ligue o nome dos jogadores com a bandeira 
dos seus respectivos países de origem. 
 
Kanté – Mali 
Mendy, Dembelé e Sidibé – Senegal 
Pogba – Guiné 
Umtiti e Mbappé – Camarões 
Ramis – Marrocos 
Fekir – Argélia 
Kimpembé – Congo 
Tolisso – Togo 
N’Zonzi, Mandanda e Matuidi – República 
Democrática do Congo 
Muitos desses jogadores acima citados são filhos de migrantes e possuem os 
países indicados como a origem de seus genitores. Nascidos na França ou vindos 
para França muito jovens, esses jogadores e suas famílias demonstram o valor da 
migração em enriquecer culturalmente um território. 
Motivo de orgulho entre os franceses, essa escalação revela também uma face 
oculta e perversa da relação com o que veio de fora. O tratamento dado pela Europa 
aos imigrantes e refugiados que não jogam futebol e não geram milhões de euros é 
completamente diferente. 
Esse tratamento diferente, ou de exclusão mesmo, dá origem ao termo 
XENOFOBIA, uma aversão ao estrangeiro pelas suas características culturais 
distintas, pelo seu desconhecimento da cultura local, agravada via de regra pelos 
cenários econômicos do país de destino. 
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Os mortos pela xenofobia europeia 
Entre janeiro e o começo de julho de 2018, mais de 1,4 mil imigrantes 
perderam a vida nas águas do Mediterrâneo. Não têm nome nem rosto – os meios 
hegemônicos os transformam em números –, e ficaram para sempre sepultados no 
anonimato do fundo do mar. 
Seus sonhos se transformam em pesadelos, a esperança na tragédia. 
Segundo o diário italiano Corriere della Sera, cerca de 9% dos migrantes-refugiados 
do norte de África que tentaram cruzar o Mediterrâneo no primeiro quadrimestre de 
2018 se afogaram nas águas do mar dos refugiados. Evidentemente, seria um 
exagero chamá-los de mártires da migração. 
Com relação ao aumento do número de refugiados, o fenômeno se deve, entre 
outros fatores, à assimetria aguda entre os países das regiões centrais e os países 
periféricos. O progresso técnico e o crescimento econômico não levam ao 
desenvolvimento integral e à paz, que só são possíveis quando o crescimento é 
acompanhado de uma distribuição real e profunda da renda e da riqueza. 
Fonte: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-
europeus-so-para-o-futebol/52/40992 
17) Sobre esse assunto, proponha um debate e anote abaixo as suas percepções e 
observações. 
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992
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Mudanças no mundo do trabalho 
Vive-se um tempo marcado por contradições e progressos científicos e 
tecnológicos. Quando se trata do fim do emprego, fala-se do no trabalho com carteira 
assinada, salário , férias, décimo terceiro, enfim, garantias e benefícios legais que 
ainda existem e que os sindicatos e categorias profissionais lutam para manter diante 
de um cenário de incertezas e exigências maiores. 
Juntamente com a globalização econômica, tais avanços têm levado a sensíveis 
transformações no sistema produtivo: cada vez mais o trabalho vem se organizando 
de forma diferente, não mais baseado nos princípios tayloristas e fordistas (produção 
em série), mas pela integração de tarefas executadas por uma mão de obra flexível, 
terceirizada, tecnicamente qualificada e diversificada. 
Diferente dessa concepção, que reduzia as operações produtivas aos aspectos 
físicos, desvalorizando o conhecimento e a capacidade reflexiva do trabalhador, na 
nova organização flexível do trabalho, na era das novas tecnologias de comunicação 
e informação, o conteúdo qualitativo passa a ser privilegiado e isso contribui para a 
construção da autonomia. 
Nesse novo cenário, as exigências que se colocam para os profissionais são 
muitas. As novas práticas gerenciais e empregatícias pedemnovos saberes e 
competências definidas com base nas relações existentes entre sistema de formação 
profissional e formas de organização do trabalho de acordo com cada país. Em 
resumo, cobra-se do trabalhador o desenvolvimento de competência intelectual e de 
gestão comunicativa, social e comportamental. 
Este modelo, no entanto, está longe de ser atendido pela maioria dos 
trabalhadores, que se torna desempregada ou se insere em novas formas precárias 
de trabalho. O número de trabalhadores nessas condições , segundo a Organização 
Internacional do Trabalho, passa a 700 milhões de pessoas, o que representa uma 
das questões mais complexas da pós-modernidade. 
Depreende-se, assim, que o processo de reestruturação produtiva, que marca os 
diversos setores da economia, aponta para um horizonte de profundas mudanças na 
maneira de se pensar o trabalho. A curiosidade frente às amplas possibilidades de 
conhecimento que se apresentam traz em si a sensação de fragilidade e incerteza 
diante do futuro. Não há respostas fechadas, mas é presente a necessidade do 
questionamento do papel das políticas públicas na área do trabalho e da consciência 
de que o centro de todas as transformações em curso não pode ser outro senão a 
valorização do homem . 
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TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 
A globalização crescente e as transformações político-sociais 
afetam também o mundo do trabalho. Que mudanças estão 
ocorrendo? Quais são as consequências dessas mudanças? 
Vamos ler um ARTIGO DE OPINIÃO que trata do tema.

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