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EJA II EDUARDO PAES PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO RENAN FERREIRINHA CARNEIRO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO TERESA COZETTI PONTUAL PEREIRA SUBSECRETARIA DE ENSINO MICHELLE VALADÃO VERMELHO ALMEIDA RENATA SURAIDE SILVA DA CUNHA BRANCO COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL LIDIA DO AMARAL DAS CHAGAS DE MORAES LUZANIRA SOARES SCALERCIO MARIO SERGIO MANGABEIRA JUNIOR MAURÍCIO OLIVEIRA CHAVES SILVANE T. F. VECHI SINESIO JEFFERSON ANDRADE SILVA UELTON DE MENDONÇA SOUZA ELABORAÇÃO/CURADORIA WELINGTON MARTINS MACHADO REVISÃO ORTOGRÁFICA DOUGLAS NEVES DIAGRAMAÇÃO E DESIGN CONTATOS E/SUBE/CEF Telefones: 2976-2294 / 2976-2315 cefsme@rioeduca.net EDIGRÁFICA EDITORAÇÃO E IMPRESSÃO MIGUEL PAIXÃO SUPERVISÃO GRÁFICA Querido aluno e querida aluna, É com muita honra que apresento o Material Rioeduca – 1º trimestre da Educação de Jovens e Adultos – EJA. Ele vai acompanhar você de fevereiro até maio de 2021. Todos nós sabemos que o momento é desafiador, de transformação e de muito aprendizado para todos . Nossos professores valorizam a qualidade do ensino e as ações inovadoras. Eles desenvolverão aulas em ambiente virtual, ao vivo ou gravadas, para você. Assim, serão garantidos os princípios da inclusão, da interação e, principalmente, das aprendizagens, fortalecendo o conceito da Educação ao Longo da Vida. O Material Rioeduca está organizado para garantir o seu atendimento e você poderá acessá-lo pelo aplicativo ou em forma de livro, dentro da sua disponibilidade de horário. As atividades são importantes para a sua formação, mantendo a continuidade das aulas e dos momentos de interação com os professores. Os professores elaboradores produziram um material especificamente para você, em busca de bons resultados para a volta das aulas presenciais, com os devidos cuidados, orientações e o máximo de profissionalismo e dedicação. Desejamos que você construa um ano maravilhoso e que, acima de tudo, aprenda cada vez mais e possa sentir orgulho de ser estudante da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro, do mesmo jeito que eu sinto por estar com você nesse desafio. Um grande abraço e bons estudos. Renan Ferreirinha Secretário Municipal de Educação do Rio Mire a câmera do celular no QR Code ao lado e receba as boas-vindas do Secretário Municipal de Educação. SUMÁRIO TRABALHO X EMPREGO O NEGRO NO BRASIL ONTEM E HOJE TRABALHO IMIGRANTE NO BRASIL TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO A MATEMÁTICA NO TRABALHO PROFISSÕES RECENTES E ESSENCIAIS ARTESANATO E EMPREENDEDORISMO GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA GABARITO MÉTODOS CONTRACEPTIVOS OU ANTICONCEPCIONAIS EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 5 A História é a ciência que nos ajuda a olhar para o passado sem naturalizá-lo. Esse é o principal trabalho da História. Isso significa considerar que os eventos são frutos da ação humana, ou seja, do trabalho da humanidade. Ao invés de simples acaso, tudo está como está por causa dos feitos humanos, quer dizer do trabalho da espécie humana na História. Em sentido amplo, trabalho é aquilo que permite que as pessoas se relacionem umas com as outras e com a natureza. Tanto é assim que a palavra cultura, que associamos a invenções materiais (ferramentas, por exemplo) e a tradições imateriais (músicas, por exemplo), vem do latim “colo”. Em outras palavras, na origem, quando se falava em cultura, a ideia era considerar como trabalho todo o fazer humano sobre a natureza, especialmente sobre o solo ou sobre outras pessoas, um fazer individual ou coletivo, isto é, com outras pessoas e para outras pessoas, produzindo um bem comum a todos. Assim, cultivar e cultuar compõem o fazer humano no planeta há muito tempo. Em tempos mais recentes, sob a influência do capitalismo, associamos trabalho à noção de emprego. Por isso mesmo, tornou-se habitual interpretar a utilidade das pessoas com base em sua participação no mercado que, inclusive, acostumamos a chamar de mercado de trabalho. É importante considerar que há diferenças entre trabalho e emprego. Se o primeiro sempre acompanhou a humanidade nas interações que os grupos humanos mantiveram uns com os outros e com a natureza, o segundo é uma ocupação que as pessoas exercem com a finalidade de obter renda suficiente para a sobrevivência. É preciso distinguir trabalho de emprego h tt p s :/ /p x h e re .c o m /p t/ p h o to /7 0 8 8 2 4 h tt p s :/ /c o m m o n s .w ik im e d ia .o rg /w ik i/ F ile : S e n a d o _ F e d e ra l_ d o _ B ra s il _ F o to s _ p ro d u z id a s _ p e lo _ S e n a d o _ (1 5 7 1 4 7 3 3 1 5 7 ). jp g h tt p s :/ /c o m m o n s .w ik im e d ia .o rg /w ik i/ F il e :B o g o ta _ c a rr e ra _ 7 _ c a lle _ 2 2 _ V e n ta _ a m b u la n te _ d e _ b a la c a s .J P G TRABALHO X EMPREGO EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 6 Observe o trecho em destaque do texto: “Em outras palavras, na origem, quando se falava em cultura, a ideia era considerar como trabalho todo o fazer humano sobre a natureza,...” Para ilustrar essa questão do trabalho, considerado como todo o fazer humano sobre a natureza, observe as diferentes formas de moradia nas imagens abaixo: h tt p s :/ /b it .l y /3 ib B O Z q h tt p s :/ /b it .l y /3 q le n 2 D h tt p s :/ /b it .l y /3 s o V 0 r1 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Todas representam formas de moradia, no entanto cada uma delas conserva uma característica particular. • A figura 1 apresenta uma forma temporária de habitação dos Inuítes (“esquimós”) – temporária, pois esse tipo de habitação, construída a partir do gelo e da neve das regiões árticas, que já foi uma forma tradicional de habitação, hoje é feito de forma rápida, como abrigo temporário para situações de caça. • A figura 2 apresenta uma habitação também feita a partir do trabalho com elementos da natureza: uma casa de pau a pique e sapê, que é feita com um conjunto de paus, galhos de árvores que formam uma espécie de trama preenchida por barro manualmente prensado, sendo a cobertura feita com sapê. • A figura 3, por sua vez, apresenta o processo de construção de uma casa de alvenaria, muito utilizado entre nós, que combina tijolos furados de barro e cimento como elementos fundamentais da construção. Em todos os casos, podemos observar a relação do ser humano com a natureza. Através da técnica, ele se apropria de elementos dispostos pela natureza e os trabalha a seu favor. Aproveite essa deixa para, em uma roda de conversa, discutir sobre as diferentes sociedades e suas diferentes formas de relação com a natureza. EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 7 1) Leia os textos a seguir, relacione-os aos textos lidos anteriormente e responda: O tema de cada texto a seguir nos remete, respectivamente, à ideia de TRABALHO ou à de EMPREGO? TEXTO 1 TEXTO 2 RELACIONANDO TEXTOS IDEIA DE _____________________ IDEIA DE _____________________ O cio da terra Chico Buarque e Milton Nascimento Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra propícia estação E fecundar o chão Fonte: Musixmatch Letra de O cio da terra © Nascimento Edicões Musicais Ltda Para ouvir a canção “Cio da terra”, acesse: https://www.letras.mus.br/chico- buarque/86011/ Pedro pedreiro Chico Buarque Pedro pedreiro penseiro esperando o trem Manhã parece, carece de esperar também Para o bem de quem tem bem De quem não tem vintém Pedro pedreiro fica assim pensando Assimpensando o tempo passa E a gente vai ficanto pra trás Esperando, esperando, esperando Esperando o sol Esperando o trem Esperando o aumento Desde o ano passado Para o mês que vem [...] Fonte: LyricFind Disponível em YouTube Music Link para ouvir a canção “Pedro pedreiro”, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=-- aaORWD8EY IDEIA DE _____________________ http://www.letras.mus.br/chico-buarque/86011/ http://www.letras.mus.br/chico-buarque/86011/ http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY http://www.youtube.com/watch?v=--aaORWD8EY EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 8 2) Na sua opinião, a imagem ao lado traduz melhor a ideia de trabalho ou a de emprego? Escreva sua opinião e o que, na imagem, a justifica, nas linhas abaixo. Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/tempo- de-latte-trabalhando-at%C3%A9-tarde-3253837/ IDEIA DE ARNALDO ANTUNES s ite s .g o o g le .c o m (ARNALDO ANTUNES, release do livro André Midani Unpluged, 2008. Disponível em: https://arnaldoantunes.com.br/new/sec_textos_list.php?page=1&id=205). “Sempre acreditei que qualquer pessoa pode ser um artista em seu ofício, talvez porque a natureza da arte venha menos do ‘o que’ se faz e mais do ‘como’ se faz algo. A lavadeira ensaboando as roupas no tanque, o guarda de trânsito acenando para os carros, a secretária batucando no teclado do computador — todos podem exercer suas atividades com a mesma intensidade que caracteriza o que chamamos de arte, apenas pela maneira de se entregarem a elas.” TEXTO 3 https://arnaldoantunes.com.br/new/sec_textos_list.php?page=1&id=205 EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 9 br.freepik.com Vamos ler o texto... fa v p n g .c o m Professor, quanto já aprendi com essas leituras! Estou ansiosa pelas próximas páginas. Maravilha, Dona Aparecida! Agora aprenderemos sobre o fordismo e o pós-fordismo. A partir da Primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra entre final do século XVIII e início do século XIX, o uso de novas tecnologias na produção de mercadorias passa a ser cada vez maior. Essa atitude garante aos industriais (donos de indústrias, donos dos meios de produção) maiores lucros, já que conseguem baratear o preço final de cada produto e, ao vendê-los em grande quantidade, a soma total de cada pequeno ganho gera um montante considerável de rendimentos no final do processo. Os grandes símbolos desse período são o carvão, o ferro e as máquinas a vapor. Essa revolução trouxe um novo personagem para a história: o operário fabril. Despossuído dos recursos que lhe garantam condições de produzir a própria subsistência, esse sujeito tem apenas a própria força de trabalho. Sendo assim, ele a oferece no mercado em troca de um salário. A fase seguinte de inovações na produção industrial ocorreu no final do século XIX. Costuma-se denominar esse momento como o da Segunda Revolução Industrial. A grande característica do período foi aproveitar novas fontes energéticas como eletricidade e petróleo. Tanto foi assim que o motor a combustão, pouco tempo depois usado nos automóveis, e o motor induzido foram as marcas dessa fase. 3) O texto fala sobre duas fases de inovações na produção industrial. Escreva um breve parágrafo dizendo que fases são essas e quais são suas principais características. EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 10 Do fordismo ao pós-fordismo No início do século XX, Henry Ford, um estadunidense produtor de automóveis, modificou vários itens no processo produtivo em suas fábricas e acabou influenciando a produção industrial em geral. O uso da linha de produção foi popularizado, ajudando na especialização dos trabalhadores, isto é, cada um fazia apenas uma parte do processo produtivo. Nesse modelo, apesar de o operário ser visto como um consumidor em potencial, é possível ver o contínuo uso de máquinas, muitas substituindo o trabalho humano. De todo jeito, o fordismo foi praticamente absoluto até a década de 1970 tendo o Estado o papel de garantir bem-estar. Dos anos 1970 para cá, novas mudanças no setor industrial indicam a chegada da Terceira Revolução Industrial. Há quem classifique essa fase como toyotismo ou, genericamente, de pós-fordismo. Importa saber que esse novo modelo altera princípios do fordismo. Aqui, a produção só começa a partir da demanda do cliente, o que evita os estoques. Além disso, os trabalhadores são estimulados a conhecer todos os procedimentos e etapas da produção. A automação conta com o uso de computadores e as empresas dedicam-se apenas às atividades principais, terceirizando todas as outras. Assim, uma montadora de automóveis concentra-se na montagem do carro, deixando a fabricação de pneus para outra empresa. No século XXI, já há indícios de que experimentamos a Quarta Revolução Industrial. Ela caracteriza-se principalmente pelo uso de algoritmos, de redes sociais e de inteligência artificial para capturar e para moldar a oferta e a demanda por produtos e por serviços. As leis trabalhistas são flexibilizadas enfraquecendo trabalhadores e o Estado vai pouco a pouco alterando normas da seguridade social afetando o alcance e a qualidade da cobertura do sistema previdenciário. ENTENDENDO A GRAMÁTICA DO TEXTO 4) Observe, no 1.º parágrafo, o trecho “Nesse modelo, apesar de o operário ser visto como um consumidor em potencial, é possível ver o contínuo uso de máquinas, muitas substituindo o trabalho humano.” O termo concessivo em destaque, “apesar de”, indica uma relação de oposição, de contradição. Explique essa relação, no trecho. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 11 5) Depois de ler os textos das páginas anteriores, analise a lista abaixo e, em seguida, escreva cada uma das características na tabela dividida em duas colunas: Fordismo e Pós-fordismo. Cada característica deve ficar na coluna exata. Observe o exemplo das características "a" e "b". a. O trabalhador é polivalente, faz várias tarefas b. O trabalhador realiza apenas uma tarefa repetidas vezes c. Produção em massa d. Produção flexível e. O Estado garante cobertura social f. O Estado flexibiliza regras trabalhista e também da seguridade social Fordismo Pós-fordismo O trabalhador realiza apenas uma tarefa repetidas vezes. O trabalhador é polivalente, faz várias tarefas. EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 12 c in e s e t.c o m .b r As mudanças no mundo do trabalho e o modo como afetaram as pessoas, em especial os trabalhadores, foram bem enfocadas pelo cinema. Sugestão de filme: “Tempos modernos”, de Charles Chaplin,1936. Link para assistir ao filme: https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4 SINOPSE O texto que você leu acima é uma sinopse do filme “Tempos modernos”. Você sabe o que é uma SINOPSE? Sinopse é uma espécie de resumo, uma síntese de uma obra literária, de um filme, de uma série, de uma peça de teatro, de uma novela etc. O objetivo da sinopse é, em linguagem objetiva, informar sobre uma peça de teatro, um filme em cartaz, um livro lançado... e fazer com que os leitores da sinopse se interessem pela obra; é uma espécie de chamariz. Uma das principais diferenças entre sinopse e resumo é que a sinopse normalmente é escrita pelo próprio autor do texto ou obra em questão, o que não se verifica na maior parte das vezes no caso do resumo. (Adaptado de https://www.significados.com.br/sinopse/) SINOPSE – O 'Vagabundo' (personagem de Charles Chaplin) sofre gato e sapato dentro de uma fábrica repletade geringonças como um 'Comedor para Funcionários', que promete diminuir para apenas 15 minutos o horário de almoço. Demitido da fábrica, ele acaba encontrando uma moradora de rua (Paulette Goddard) e com ela decide procurar felicidade e dinheiro. Mas o que ele acaba encontrando mesmo são desventuras como vigia noturno sobre patins, como um hilário garçom-cantante de músicas sem sentido, como presidiário e muito mais. www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos http://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4 https://www.significados.com.br/sinopse/ http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/os-tempos-modernos EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 13 6) A imagem ao lado é um cartaz produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) do Estado Novo, quando o presidente do Brasil era Getúlio Vargas. Esse período da história do país ficou marcado pela aprovação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1º de maio de 1943. De acordo com o que você estudou, a legislação trabalhista consagrada no governo Vargas se associa à: ( ) Segunda Revolução Industrial/ Fordismo. ( ) Terceira e Quarta Revoluções Industriais/ Pós- fordismo. ht tp :/ /m e m o ri a ld a d e m o c ra c ia .c o m .b r/ c a rd /t ra b a lh a d o re s -e -e s ta d o https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/06/politica/1565115205_330204.html “Saio de casa no Capão Redondo [na zona sul de São Paulo] umas 9h, e só volto lá pela meia noite”, conta Gabriel Fagundes Guimarães, 23, enquanto tenta ajustar o freio dianteiro quebrado de sua bicicleta. As 15 horas trabalhadas diariamente parecem pouco quando chega o final de semana. “De sábado pra domingo já cansei de emendar direto [fazer mais de 24 horas seguidas de entregas]. Aí nem durmo. Tem uns que dormem na praça, mas prefiro ficar ligado”. É hora do almoço, um dos horários de rush para os entregadores de aplicativo como Guimarães —o outro é o do jantar—, e o app toca interrompendo a conversa com a reportagem. Ele se despede e sai pedalando rumo a um restaurante no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Sem o freio dianteiro, perdido quando ele bateu na traseira de um carro. http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado http://memorialdademocracia.com.br/card/trabalhadores-e-estado https://brasil.elpais.com/tag/bicicletas https://brasil.elpais.com/tag/aplicaciones_moviles https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo https://brasil.elpais.com/tag/sao_paulo EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 14 Na leitura dos textos da página anterior, você percebeu que o mercado de trabalho está passando por muitas alterações e que essas mudanças afetam a vida de milhares de pessoas. Elas são, na verdade, transformações que estão ocorrendo, desde o final do século XX, no funcionamento do capitalismo. Chamamos de neoliberalismo esse novo jeito de o capitalismo funcionar. Isso porque os chamados neoliberais acreditam que a liberdade de ação nas trocas, ou seja, no mercado, é suficiente para garantir acesso ao bem-estar. Por isso mesmo, defendem que a intervenção do Estado na economia deve ser mínima. Observe a charge abaixo. 7) No trecho lido da reportagem, o que mais chamou a sua atenção com relação às condições de trabalho do entregador entrevistado? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 8) As transformações no mundo do trabalho, sobre as quais estamos refletindo, têm afetado você nas suas relações de trabalho? De que forma? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 9) Diante da realidade atualmente vivida por você, o que você pensa sobre a intervenção do Estado na economia e sobre a ideia de que a liberdade de ação do mercado se dizer suficiente para garantir o acesso ao bem-estar? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 15 As mutações recentes do capitalismo lembram um episódio marcante da história brasileira: a abolição dos escravos, consagrada em 13 de maio de 1888. Quando os negros passaram a ser livres, não foram pensadas maneiras de inseri-los na sociedade sem escravidão. O mundo do trabalho naquela época mudou, mas a condição dos negros na sociedade brasileira permaneceu crítica. A abolição aboliu o quê? As datas históricas têm o sentido que cada geração, ou cada grupo social lhes dá. O centenário da abolição da escravidão tem dado margem a um grande debate em torno do sentido do 13 de Maio. Há, hoje, vários 13 de Maio competindo por corações e mentes. Há o 13 de Maio tradicional, o da princesa Isabel, o da magnanimidade da coroa, da doação da liberdade. Trata-se de espécie em extinção. Sobrevive em cartilhas escolares, na fala de homens de governo e, queiram ou não os militantes negros, em setores populares da população negra. No polo oposto, há o 13 de Maio maldito, o 13 de Maio engodo, empulhação, golpe branco contra o avanço da população negra. É espécie em ascensão. Foi gerado e expande-se especialmente dentro dos movimentos negros. Para substituí-la na mitologia social constrói-se outra data histórica, o 20 de novembro, morte de Zumbi. Enfim, há o 13 de Maio crítico, espécie também em ascensão. O valor positivo da data é mantido mas sob luz diferente. A ênfase deixa de cair sobre a ação da princesa, ou do governo em geral, e se transfere para o movimento popular, aí incluída a reação dos próprios escravos. Em vez de doação real, a data é vista como conquista popular [...]. CARVALHO, José Murilo de. A abolição aboliu o que? Folha de São Paulo, 13 de maio de 1988. 10) O tema do texto representa algumas das diferentes formas de pensar o 13 de Maio, escrito assim, com maiúscula, para reforçar a importância histórica da data, o Dia da Abolição da Escravatura. Dentre as diferentes formas de pensar a data, apresentadas no texto, qual é a que mais se aproxima da sua forma de pensar? Por quê? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ O NEGRO NO BRASIL ONTEM E HOJE EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 16 A notícia abaixo, retirada da página de notícias esportivas de O Globo Esporte, reflete um pouco dessa realidade ainda crítica dos negros na sociedade americana. O caso em destaque realça o movimento “Black Lives Matter” – Vidas Negras Importam – que tomou conta dos Estados Unidos nos últimos meses de 2020. A gota d’água que deu origem aos protestos foi o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, por um policial branco que aplicou por 8 minutos uma técnica de estrangulamento sobre a vítima, ainda que com a mesma suplicando pela vida e dizendo não conseguir respirar. Mesmo com o avanço da pandemia de Covid-19, os protestos seguiram pelo país, tomando as ruas e demonstrando o quão sensível e importante se mostra a questão. Conhecendo a realidadedo Brasil e a cultura da nossa sociedade, poderíamos, num primeiro momento, achar que todo esse cenário revela uma realidade alheia à nossa, que não faz parte da nossa cultura e da nossa sociedade esse tipo de violência, mas será mesmo que isso é verdade? 11) Debata com a sua turma e registre em seu caderno a percepção que temos sobre a nossa sociedade. Somos ou não somos racistas? Essa é a pergunta fundamental do debate. Anote abaixo as suas conclusões sobre isso. https://glo.bo/3qhacof Fonte: Redação – GE – Orlando, EUA – 26/08/2020 h tt p s :/ /b it .l y /2 L H jB 9 L EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 17 Os territórios em marrom, representam as áreas dominadas pela França. Em verde, estão os territórios dependentes da França. Em amarelo, estão os territórios inimigos. Período Napoleônico na Europa e a Vinda da Família Real. Na passagem do século XVIII para o século XIX, expandia-se pela Europa o império francês e seus princípios políticos, econômicos e culturais, sob o comando de Napoleão Bonaparte. Como todo bom império, sustentava-se num exército forte e capaz de garantir os seus interesses. Observe no mapa a expansão do império francês no período: ´ No ano de 1807, Napoleão lança uma ofensiva contra a península ibérica, região de Portugal e Espanha, na tentativa de anexar o principal aliado econômico da Inglaterra no continente Europeu, o território de Portugal. Ameaçada pela invasão francesa, a família Real de Portugal se abriga no Brasil, mais especificamente na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, mudando por completo a trajetória da Colônia, elevada então à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Com a chegada da família real, um sopro de modernidade toma conta da cidade do Rio de Janeiro, surgindo com isso alguns aparatos infraestruturais até então impensáveis para a Colônia. h tt p s :/ /c o n h e c im e n to c ie n ti fi c o .r 7 .c o m /g u e rr a s -n a p o le o n ic a s / h tt p s :/ /b it .l y /3 8 H U 4 p O Biblioteca Nacional h tt p s :/ /b it .l y /3 b B Ir 5 Z Jardim Botânico, com frontispício da Academia Imperial de Belas Artes EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 18 ´ A montagem de uma academia imperial de belas artes, trouxe a reboque a missão artística francesa, um corpo de artistas franceses que vieram para o Brasil no período e deixaram, com isso, um importante legado histórico e documental da sociedade da época. Dentre esses artistas, destaca-se Jean Baptiste Debret, autor de diversas aquarelas e gravuras da realidade da sociedade carioca da época. Veja a imagem abaixo: 12) Observe a condição de trabalho dos personagens ilustrados na gravura de Jean Baptiste Debret e responda: a) Como aparece representado o branco dentro da sociedade desse período? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ b) Como aparece representado o negro? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ c) De que maneira a sociedade contemporânea reproduz relações parecidas com essa, pintadas por Debret? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Para saber mais sobre a missão artística francesa, acesse o QRCODE com o material elaborado pela MULTIRIO. Retorno de um proprietário, 1816, por Jean Baptiste Debret F o n te : h tt p s :/ /w w w .n e tm u n d i. o rg /h o m e /w p - c o n te n t/ u p lo a d s /2 0 1 9 /0 2 /R e g re s s o -d e -u m - p ro p ri e ta ri o -d e -J e a n -B a p ti s te -D e b re t- 1 .j p g EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 19 Ao longo do processo de abolição dos escravos, o Brasil estimulou a presença de imigrantes dispostos a trabalhar aqui. Italianos, japoneses, libaneses são apenas alguns exemplos de estrangeiros que vieram para cá em busca de emprego e de melhores condições de vida. Hoje, diferente do final do século XIX e início do século XX, a mão-de-obra imigrante não tem um impacto tão grande na força de trabalho do país. Entretanto, pelo mundo (no exterior), a presença de imigrantes no mercado de trabalho de lugares como França, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra é significativa. Essa é uma das consequências da globalização. ´ A imigração japonesa para o Brasil foi muito volumosa. Na cidade de São Paulo, o bairro da Liberdade expressa a presença nipônica por aqui. Você pode descobrir mais sobre o trabalho dos imigrantes japoneses no Brasil assistindo aos dois filmes indicados ao lado. h tt p s :/ /f ilm o w .c o m /c o ra c o e s -s u jo s -t 3 0 1 2 3 / 13) No gráfico ao lado, sobre o trabalho imigrante no Brasil, é possível ver o crescimento da imigração entre 1890 e 1899. Esse aumento da imigração ocorreu por quê? ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ h tt p s :/ /f ilm o w .c o m /g a iji n -c a m in h o s -d a -l ib e rd a d e -t 5 0 6 5 / TRABALHO IMIGRANTE NO BRASIL EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 20 ´ QUEM É O MIGRANTE? 14) Uma questão interessante de se pensar é quem são esses migrantes que escolhem vir para o Brasil. O que motiva um migrante a abandonar o seu local de origem e ir para um novo local de destino? Existem casos na sua família de pessoas que migraram, que saíram de um local – uma cidade, um município, um estado, um país – e foram tentar a vida em outro lugar? Reflita sobre essas questões e debata com o seu professor, anotando abaixo as suas ideias sobre as perguntas provocadas anteriormente. _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ A migração de italianos, alemães, portugueses, espanhóis, japoneses, libaneses, e tantos outros que migraram para o Brasil ao longo do tempo, é motivada por uma questão fundamental: trabalho. O migrante sempre busca uma melhoria na sua condição de vida. Desse modo, podemos concluir que uma das principais motivações para a migração pode ser a existência de fatores repulsivos no local de origem. MIGRANTE X REFUGIADO Esse assunto nos abre a deixa para estabelecermos uma importante diferenciação entre migrantes e refugiados. O migrante, como pudemos observar, é o sujeito que abandona o seu local de origem na esperança de construir uma vida melhor em um novo local; nordestinos que vieram para o Rio de Janeiro, por exemplo. O refugiado é a mesma coisa: alguém que espera reconstruir sua vida em um novo local. Há, porém, que se destacar, no caso do refugiado, uma importante e determinante diferença! O refugiado realiza esse movimento de migração movido por uma condição de extrema vulnerabilidade, que não lhe deixa escolha: é ficar no local de origem e morrer ou tentar sobreviver fora do seu local de origem. Muitos refugiados buscam abrigo em outros países, fugindo de condições de guerra, perseguições políticas e religiosas, quadros de fome ou, ainda, motivados por uma forte crise ambiental. EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 21 15 ) Faça uma pesquisa sobre migrações e sobre a questão dos refugiados e cole aqui suas descobertas. Podem ser fotos, textos, charges... A FALÁCIA DE UM MUNDO GLOBALIZADO Não é novidade a ideia de que vivemos num mundo globalizado, cada vez mais conectado, não só pela internet, mas pelosmodernos sistemas de transporte. A mobilidade de pessoas, no entanto, ainda encontra fortes barreiras em diversos lugares do mundo. Tudo isso revela mais uma dimensão desigual do mundo, assimetrias de um mundo globalizado que seleciona severamente quem é bem-vindo e quem não é no processo de globalização. Uma forma excelente de se notar isso é através do futebol... EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 22 Com raízes fincadas em 17 países diferentes, a seleção de futebol da França (foto ao lado), entrou em campo e venceu a Copa do Mundo de 2018, com 14 dos seus 23 integrantes sendo de origem africana. https://www.bbc.com/portuguese/geral-44826386 16) Ligue o nome dos jogadores com a bandeira dos seus respectivos países de origem. Kanté – Mali Mendy, Dembelé e Sidibé – Senegal Pogba – Guiné Umtiti e Mbappé – Camarões Ramis – Marrocos Fekir – Argélia Kimpembé – Congo Tolisso – Togo N’Zonzi, Mandanda e Matuidi – República Democrática do Congo Muitos desses jogadores acima citados são filhos de migrantes e possuem os países indicados como a origem de seus genitores. Nascidos na França ou vindos para França muito jovens, esses jogadores e suas famílias demonstram o valor da migração em enriquecer culturalmente um território. Motivo de orgulho entre os franceses, essa escalação revela também uma face oculta e perversa da relação com o que veio de fora. O tratamento dado pela Europa aos imigrantes e refugiados que não jogam futebol e não geram milhões de euros é completamente diferente. Esse tratamento diferente, ou de exclusão mesmo, dá origem ao termo XENOFOBIA, uma aversão ao estrangeiro pelas suas características culturais distintas, pelo seu desconhecimento da cultura local, agravada via de regra pelos cenários econômicos do país de destino. h ttp s ://p t.w ik ip e d ia .o rg /w ik i/B a n d e ira EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TEG R A D O 23 Os mortos pela xenofobia europeia Entre janeiro e o começo de julho de 2018, mais de 1,4 mil imigrantes perderam a vida nas águas do Mediterrâneo. Não têm nome nem rosto – os meios hegemônicos os transformam em números –, e ficaram para sempre sepultados no anonimato do fundo do mar. Seus sonhos se transformam em pesadelos, a esperança na tragédia. Segundo o diário italiano Corriere della Sera, cerca de 9% dos migrantes-refugiados do norte de África que tentaram cruzar o Mediterrâneo no primeiro quadrimestre de 2018 se afogaram nas águas do mar dos refugiados. Evidentemente, seria um exagero chamá-los de mártires da migração. Com relação ao aumento do número de refugiados, o fenômeno se deve, entre outros fatores, à assimetria aguda entre os países das regiões centrais e os países periféricos. O progresso técnico e o crescimento econômico não levam ao desenvolvimento integral e à paz, que só são possíveis quando o crescimento é acompanhado de uma distribuição real e profunda da renda e da riqueza. Fonte: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao- europeus-so-para-o-futebol/52/40992 17) Sobre esse assunto, proponha um debate e anote abaixo as suas percepções e observações. https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Sociedade-e-Cultura/Xenofobia-e-migracao-os-africanos-sao-europeus-so-para-o-futebol/52/40992 EJA II BLOCO II VOLUME 01/2021 IN TE G R A D O 24 Mudanças no mundo do trabalho Vive-se um tempo marcado por contradições e progressos científicos e tecnológicos. Quando se trata do fim do emprego, fala-se do no trabalho com carteira assinada, salário , férias, décimo terceiro, enfim, garantias e benefícios legais que ainda existem e que os sindicatos e categorias profissionais lutam para manter diante de um cenário de incertezas e exigências maiores. Juntamente com a globalização econômica, tais avanços têm levado a sensíveis transformações no sistema produtivo: cada vez mais o trabalho vem se organizando de forma diferente, não mais baseado nos princípios tayloristas e fordistas (produção em série), mas pela integração de tarefas executadas por uma mão de obra flexível, terceirizada, tecnicamente qualificada e diversificada. Diferente dessa concepção, que reduzia as operações produtivas aos aspectos físicos, desvalorizando o conhecimento e a capacidade reflexiva do trabalhador, na nova organização flexível do trabalho, na era das novas tecnologias de comunicação e informação, o conteúdo qualitativo passa a ser privilegiado e isso contribui para a construção da autonomia. Nesse novo cenário, as exigências que se colocam para os profissionais são muitas. As novas práticas gerenciais e empregatícias pedemnovos saberes e competências definidas com base nas relações existentes entre sistema de formação profissional e formas de organização do trabalho de acordo com cada país. Em resumo, cobra-se do trabalhador o desenvolvimento de competência intelectual e de gestão comunicativa, social e comportamental. Este modelo, no entanto, está longe de ser atendido pela maioria dos trabalhadores, que se torna desempregada ou se insere em novas formas precárias de trabalho. O número de trabalhadores nessas condições , segundo a Organização Internacional do Trabalho, passa a 700 milhões de pessoas, o que representa uma das questões mais complexas da pós-modernidade. Depreende-se, assim, que o processo de reestruturação produtiva, que marca os diversos setores da economia, aponta para um horizonte de profundas mudanças na maneira de se pensar o trabalho. A curiosidade frente às amplas possibilidades de conhecimento que se apresentam traz em si a sensação de fragilidade e incerteza diante do futuro. Não há respostas fechadas, mas é presente a necessidade do questionamento do papel das políticas públicas na área do trabalho e da consciência de que o centro de todas as transformações em curso não pode ser outro senão a valorização do homem . (L O P E S , D e n is e A p a re c id a . M u d a n ç a s n o m u n d o d o tra b a lh o . F ilo s o fia , C iê n c ia e V id a , S ã o P a u lo , p . 5 2 -5 3 , 2 0 0 7 .) TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO A globalização crescente e as transformações político-sociais afetam também o mundo do trabalho. Que mudanças estão ocorrendo? Quais são as consequências dessas mudanças? Vamos ler um ARTIGO DE OPINIÃO que trata do tema.
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