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3 ECG (passos)


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Letícia Huguenin 
Saúde do Adulto 
Análise do Eletrocardiograma:
Para facilitar a análise do ECG, utiliza-se uma sistematização de 
10 passos, que devem ser seguidos em ordem 
Passos: 
1. Identificação 
✓ Chegar a identificação do paciente 
 
2. Padronização 
✓ Chegar se a velocidade é de 25mm/s e a 
amplitude em N (amplitude e duração) 
 
3. Definição do ritmo 
✓ 1º: morfologia onda P: positiva em DI, DII e 
aVF e negativa em aVR 
✓ 2º: ondas P com a mesma morfologia na 
mesma derivação 
✓ 3º: cada onda P seguida de um complexo 
QRS 
 
4. Definição da FC 
✓ Dividir 1500/no de quadradinhos de um 
batimento 
✓ Irregular: multiplicar a quantidade de 
batimentos na derivação mais longa por 6 
 
5. Estudo da onda P 
✓ Avaliar se a amplitude e a duração da onda 
P estão adequadas 
 
6. Análise do intervalo PR 
✓ Avaliar se o intervalo está entre 0,12 e 0,20s, 
ou seja, de 3 a 5 quadradinhos 
 
7. Análise do segmento PR 
✓ Avaliar se o segmento PR está horizontal 
(retilíneo) 
 
8. Avaliar o complexo QRS 
✓ Determinar o eixo 
✓ Encontrar onda Q septal 
✓ Avaliar o QRS como um todo 
✓ Avaliar se o intervalo QRS está entre 
2,5mm 
 
 
9. Análise do ponto J e segmento ST 
✓ Determinar se há supradesnivelamento do 
ponto J 
✓ Verificar se está combinado à supra feliz de 
ST (não indicativo de IAM) ou à supra triste 
de ST (indicativo de IAM) 
 
10. Análise da onda T e intervalo QT 
✓ Onda T é positiva nas mesmas derivações 
de R alto 
✓ Intervalo QT proporcional à FC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. IDENTIFICAÇÃO 
É preciso analisar se o ECG está identificado com: 
▪ Nome 
▪ Idade 
▪ Gênero 
▪ Quadro clinico 
 
 
2. PADRONIZAÇÃO 
É preciso saber se o ECG está padronizado, ou seja, se o 
papel do eletro é quadriculado e se a forma do quadriculado 
é a mesma do padrão. 
Todo papel do ECG segue o mesmo padrão: 
✓ São pequenos quadradinhos que se agrupam de 5 
em 5 colunas, formando um quadrado maior com 25 
quadradinhos dentro. Cada quadradinho menor tem 1 
mm e o quadrado maior corresponde à 5 mm. 
Existem alguns passos dentro da padronização que devem ser 
respeitados. 
1º: Velocidade: 
A primeira coisa que se deve olhar é a velocidade com que o 
eletro foi realizado, assim, ele tem que estar obrigatoriamente 
a 25 mm/s. 
✓ Velocidade: 25mm/s 
Se tem um eletro que não foi realizado nessa velocidade de 
25mm/s, isso irá interferir na análise. 
 
2º: Duração 
Em segundo lugar, se ele corre à 25mm/s, quer dizer que ele 
corre 25 quadradinhos em 1 segundo. 
Logo, por regra de 3 básica, conta-se quantos segundos corre 
em cada quadradinho pequeno, sendo de 0,04 segundos ou 
40ms. 
✓ Cada quadradinho = 40ms 
 
3º: Amplitude 
Pode ser contada em mm ou mV, normalmente, utiliza-se mV 
✓ Cada quadradinho = 1mm ou 0,1mV 
 
 
 
 
Como analisar: padronização 
✓ Padronização em N: Sempre ao início ou final do 
eletro tem uma curva em retângulo que quando 
presente no ECG quer dizer que ele está 
padronizado a 40ms e a 0,1 mV por quadradinho. Se 
ele não estiver padronizado da forma correta, deve 
fazer outro eletro. 
Ex: Se pega um papel a 50mm/s, ele irá estar correndo muito 
rápido irá encontrar QRS mais espaçados e assim pode se 
enganar achando que o paciente está muito bradicárdico e na 
verdade é o eletro que foi rodado em velocidade maior. 
Para não errar, tem que decorar essa padronização, a 
velocidade, o tempo, voltagem e N 
 
3. DEFINIR O RITMO 
Determinar se o ritmo é sinusal ou não 
✓ Se for sinusal: ritmo normal 
✓ Se não for sinusal: arritmia 
 
RITMO SINUSAL 
Ritmo sinusal: quando o estímulo elétrico tem origem no nó 
sinusal 
Para afirmar que é sinusal, deve-se confirmar que os estímulos 
originados são pelo nó sinusal e que são conduzidos pelos 
átrios até os ventrículos 
São três obrigações necessárias: 
1. Onda P deve estar no eixo adequado 
2. Ondas P devem apresentar morfologia igual na 
mesma derivação 
3. Os estímulos gerados pelo nó sinusal devem ser 
transmitidos para os ventrículos 
 
 
1ª OBRIGAÇÃO 
Primeiro, é necessário avaliar o eixo da onda P 
Se ele nasceu no nó sinusal, o eixo deverá ser: 
▪ Positivo em D1 
▪ Positivo em aVF 
▪ Negativo em aVR 
 
ATENÇÃO! A simples presença de onda P não é suficiente 
para afirmar que o ritmo é sinusal 
✓ Ter onda P não quer dizer que o ritmo é sinusal, pois 
pode ter onda P porque o estímulo nasceu no átrio 
em outro ponto sem ser no nó sinusal, ou seja, a 
despolarização do átrio gerou uma onda P, mas não 
quer dizer que ela seja sinusal. 
✓ Imagina que o nó sinusal está doente e o estímulo 
não saiu dele, mas na parte de baixo do átrio, e se é 
na parte de baixo do átrio, mudará o vetor da 
despolarização atrial para cima, assim em aVF estará 
negativa, então o paciente tem uma onda P que não 
é sinusal, é um ritmo atrial qualquer, mas não é sinusal 
Portanto, para ser sinusal precisa haver a presença de onda P 
no eixo correto 
 
 
2ª OBRIGAÇÃO 
As ondas P têm que apresentarem a mesma morfologia na 
mesma derivação 
✓ Quando olhar a onda P em uma derivação, todas 
devem ter o mesmo formato, visto que se todas 
estão saindo do nó sinusal, o trajeto será o mesmo, 
logo, devem ser iguais 
Exemplo: 
 
Nesse ECG, o ritmo NÃO é sinusal, visto que cada onda P 
possui uma morfologia diferente, sendo assim, conclui-se que 
cada estímulo nasceu de um ponto diferente do átrio → 
taquicardia atrial multifocal 
 
 
 
 
3ª OBRIGAÇÃO 
Os estímulos gerados pelo nó sinusal devem ser transmitidos 
para os ventrículos 
✓ Os estímulos gerados no nó sinusal (onda P) tem 
que ser conduzidos para os ventrículos, ou seja, 
gerar um complexo QRS 
✓ Para ser sinusal, toda onda P deve gerar um 
complexo QRS 
 
RESUMO PARA DEFINIR SE O RITMO É SINUSAL: 
Onda P: 
✓ +D1, +D2, -aVF e -aVR 
✓ Mesma morfologia na mesma derivação 
✓ Sempre precedida de QRS 
 
4º PASSO: DEFINIR A FC 
Lembrar: o ECG corre a uma velocidade constante de 
25mm/s, logo, em um minuto (60s), tem-se 1500mm, ou seja, 
1500 quadradinhos 
Para descobrir a FC: 
1. Contar quantos quadradinhos tem em um batimento: 
contar entre uma onda R e outra 
2. Dividir 1500 pelo número de quadradinhos de um 
batimento 
Exemplo: Se em um batimento tiver 24 quadradinhos, a FC 
será calculada dividindo 1500 por 24, logo será de 62bpm 
 
DICA! 4 quadrados maiores dentro de duas ondas R, aproxima-
se de 75bpm 
 
 
 
 
 
 
Se o ritmo for irregular deve-se analisar a derivação mais 
longa, que, normalmente, é a D2 
✓ D2 corresponde a 10s 
✓ Conta quantos batimentos tem dentro de 10s 
✓ Multiplica a quantidade de batimentos por 6 para dar 
1min (60s) 
✓ É uma media, visto que o ritmo é irregular 
5º PASSO: ESTUDO DA ONDA P 
Como os átrios são pequenos, a voltagem gerada por eles 
também é 
Normal: 
✓ Amplitude < 0,25 mV (2,5 mm) em qualquer 
derivação e ≤ 1,5 mm em V1 
✓ Duração ≤ 110 ms 
 
6º PASSO: AVALIAR O INTERVALO PR 
É o inicio da onda P até o início do complexo QRS 
Representa o tempo desde o início da despolarização atrial até 
o início da despolarização ventricular, incluindo o retardo de 
condução que ocorre no NAV. 
✓ Intervalo PR normal: 0,12 a 0,20 segundos (de 3 a 5 
mm) 
Pode ser: 
▪ Curto 
▪ Normal 
▪ Longo: 
o Mais de 5 quadradinhos (0,20ms) 
o Estimulo está demorando para sair do nó 
sinusal e chegar no ventrículo 
o Bloqueio atrioventricular de 1º grau 
 
7º PASSO: AVALIAR O SEGMENTO PR 
É o segmento que corresponde ao final da P até o inicio do 
complexo QRS 
Representa o tempo do final da despolarização atrial até o 
início da despolarização ventricular 
Avaliar se está: 
▪ Retificada: retilínea 
▪ Ascendente: superior 
▪ Descendente: inferior 
Geralmente, é horizontal e corre ao longo da mesma linha de 
base do início da onda P 
Patologia, como por exemplo a endocardite, faz com que esse 
segmento esteja alterado8º PASSO: ANALISAR O COMPLEXO QRS 
Procurar sempre o complexo QRS mais largo para análise 
Dentro desses passos, existem alguns passos: 
1. Encontrar o eixo 
2. Encontrar a onda Q septal 
 
▪ Onda Q → primeiro vetor que sai do septo alto: sai 
do ramo esquerdo para o lado direito 
▪ Onda Q pode ser normal ou patológica: 
✓ Onda Q patológica: área de cicatriz, paciente 
que já teve infarto 
✓ A presença ou não de onda Q não importa 
e, sim, a sua área 
✓ Problema: onda Q com mais de 1 
quadradinho de área → indicativo de uma 
cicatriz de infarto 
 
3. Avaliar o restante da ativação ventricular 
Analisar se o QRS é estreito ou largo: 
▪ Largo: bloqueio de ramo 
 
4. Intervalo QRS 
O intervalo QRS normal tem de 0,06 a 0,1s de duração e, 
aproximadamente, 2,5mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
9º PASSO: ANALISAR O PONTO J E O 
SEGMENTO ST 
 
Ponto J deve estar junto à linha de base 
Quando há desnivelamento do ponto J é perceptível 
▪ Ponto J Supradesnivelado: 
✓ Pode indicar infarto 
✓ Infarto com supra significa que o ponto J 
está supradesnivelado 
ATENÇÃO! Nem todo supradesnivelamento do ponto J 
significa infarto 
Para determinar se é infarto, analisa-se a morfologia do 
segmento ST 
Segmento ST em geral é horizontal ou levemente 
ascendente em todas as derivações 
Quando ST tem concavidade para cima, como se estivesse 
sorrindo, ou seja, tem-se um supra feliz, NÃO caracteriza IAM, 
sendo mais comum na pericardite 
✓ ST CÔNCAVO PARA CIMA: supra feliz → não é IAM 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No entanto, se houver supradesnivelamento do ponto J e o 
segmento ST apresentar concavidade para baixo, pode ser 
indicativo de IAM 
✓ ST CÔNCAVO PARA BAIXO: supra triste → IAM 
(emergência médica) 
 
 
LEMBRAR: 
 
10º PASSO: ANALISAR ONDA T E 
INTERVALO QT 
Onda T representa a repolarização ventricular 
No coração normal, a onda de repolarização geralmente 
começa na última área a ser despolarizada 
Portanto, é típico encontrar ondas T positivas nas 
mesmas derivações que têm ondas R altas 
✓ A amplitude da onda T normal é de 1 a 2 terços da 
onda R correspondente. 
 
O intervalo QT engloba o tempo de início da 
despolarização até o final da repolarização ventricular 
Desta forma, inclui todos os eventos elétricos que 
ocorrem nos ventrículos 
✓ A duração do intervalo QT é proporcional à 
frequência cardíaca

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