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Vírus Influenza Classificação Genoma RNA de polaridade negativa (3’ ------ 5’) Fita simples (ssRNA) Genoma segmentado Tem 5 gêneros: → Influenza A – Infectam humanos → Influenza B – Infectam humanos (Victoria e Yamagata) → Influenza C – Infectam humanos → Thogotovírus (Dhori vírus e Thogoto vírus) – Forma isolados de carrapatos e são agentes infecciosos geralmente responsáveis por quadro de meningites e meningoencefalites em humanos → Isavírus A classificação dos subtipos do influenza Tipo A é baseada nas características de duas glicoproteínas virais a hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). → Existem 18 tipos de HÁ - 3 subtipos (H1, H2, H3) adquiriram a habilidade de serem transmitidos com eficiência entre humanos. - Os subtipos H5, H6, H7 e H9 ocasionalmente acometem humanos e são considerados possíveis ameaças para uma futura pandemia. → Existem 11 subtipos de NA OBS: HÁ+NA= subtipo (H1N1, H3N2) Nomenclatura Ordem: - Tipo de Vírus - Origem geográfica - Número da cepa - Ano de isolamento - Origem animal OBS: os vírus são sensíveis a calor, a PH ácido, a solventes lipídicos. Estrutura → Vírus envelopado de capsídeo helicoidal. Adquire esse envelope da membrana do hospedeiro → Três proteínas a hemaglutinina (estrutura trimérica) neuraminidase (estrutura tetramérica). A hemaglutinina e a neuraminidase são proteínas externas importantes para a ligação do vírus. - Proteína M2, funciona como poro faz com que o soluto entre na partícula acidificando. É uma proteína importante para a penetração e desnudamento do vírus. - Proteína de matriz M1. É uma estrutura que vai proteger o genoma - Core: Ribonucleoproteína (RNP) + proteínas acessórios (PB2, PB1, PA, HÁ, NP, NA, M, NS), essas proteínas fazem parte do complexo da polimerase. Replicação Viral Entrada do vírus – Importação dos RNPv para o núcleo celular – Transcrição e replicação do genoma – Exportação dos RNPv para o citoplasma – Montagem e liberação viral. Adsorção Receptor: ácido siálico OBS: Em humanas esse receptor está presente no trato respiratório superior Proteína: HA OBS: O grande problema da Influenza é a diversidade dos receptores. O vírus circula em diferentes espécies. Por exemplo, o receptor ácido siálico é presente em aves em seu intestino. Se o vírus infecta a ave e ele excreta fezes contaminada e essas fezes entram em contato com um suína. Vai ter a mistura de vírus de suína com o de ave. E são essas recombinações que podem gerar pandemias. Penetração → Endocitose mediada por clatrina OBS: Os influenza vírus são PH dependentes. Isso significa que ele vai até o final da maturação da via endocítica para chegar aos endossomos tardios. Para que consigam neste baixo PH fazer o processo de desnudamento. Desnudamento → Proteína M2 irá promover a entrada de solutos em um baixo PH e o capsídeo irá sofrer uma mudança de conformação, desintegrar essa estrutura. E assim terá a liberação das ribonucleoproteínas virais (RNPv) → HA0 – H1; H2 (essa hemaglutinina 2 irá fundir a membrana do vírus ao endossomo) Importação das RNPv para o núcleo celular: O RNAv tem uma sequência de sinalização que faz com que duas proteínas celulares (carioferina α e β) reconheçam as sequencia sinais e assim os oitos segmentos de RNA serão transportados após o desnudamento para o núcleo. Transcrição e replicação do genoma → Quando os genomas entram no núcleo eles serão transcritos: vRNA (-) → mRNA → O RNA mensageiro vai seguir o processo para ser traduzido. Ele é traduzido por conter o CAP. → Por ser um RNA de polaridade negativa ele irá produzir um RNA complementar (cRNA+) para empacotar. É uma fita molde. → A nucleoproteína (NP) tem a sua concentração aumentada a fim de gerar um feedback negativo para parar a tradução viral e fazer a replicação viral. Replicação Exportação dos RNPv para o citoplasma: As proteínas de matriz que formam a ribonucleoproteína elas vão ser traduzidas no citoplasma e voltam para o núcleo e se ligam ao vRNA e montam a partícula. A proteína M1 reconhece o vRNA. A proteína M1 e a NAP/NS2 (a NAP/NS2 vai interagir com receptor de exportação CRM1 e algumas nucleoporínas) sinaliza a saída da partícula do núcleo para o citoplasma para finalizar a montagem (inserir M2, HA, NA). Montagem e liberação viral OBS: As regiões de montagem do vírus são regiões chamadas de lipid raft ou jangada de lipídeos. São ricas em colesterol e os vírus escolhem essas regiões para a entrada e saída de suas partículas. Deriva antigênica: São pequenas mutações nas partículas e elas são pontuais, o que gera novos sorotipos, novas cepas. Trocas antigênicas: É uma troca de segmentos. E o HA e NA ocorre somente com vírus influenza A. Gera um novo subtipo. Patogênese Transmissão pessoas a pessoa através de aerossóis ou pelo contato com superfícies contaminantes – 1 dia antes do início dos sintomas e até 7 dias após o início dos sintomas. Fatores do Hospedeiro: Tem que ter receptor; tem que ter disponibilidade de enzimas na célula, ou seja, permissividade da células hospedeira; o individuo deve ser imunocompetente; seu sistema imune deve ter habilidade em controlar a infecção. O vírus vai... Replicar inicialmente nos linfonodos regionais – viremia + inflamação difusa da mucosa e edema. Através da viremia a infecção atinge o trato respiratório inferior, acometendo laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões. Pode evoluir para pneumonia grave. Resposta Imune Manifestações clínicas Síndrome gripal: Período de incubação (24-72h); Febre início súbito (38-40°C); Tosse ou dor de garganta; Mialgia; Astenia; Artralgia; Cefaléia. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Febre (mais de 72h); Tosse mialgia; Dispneia; Hipotensão; Desidratação; Sonolência; Cianose; Triagem intercostal; desidratação e inapetências (crianças). Terapia antiviral Ribavirina – Inibe a polimerase viral Zanamivir – É uma terapia não oral. Inibe a neuraminidase. Oseltamivir – É uma terapia oral de 48h e inibe a neuraminidase. Vacina Diagnóstico Por secreção da nasofaringe → Isolamento → Imunofluorescência → Sorologia → Teste rápido → RT-PCR
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