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Fernanda F. Ferreira SANGRAMENTOS DA 1ª METADE DA GESTAÇÃO · ABORTAMENTO · DOENÇA TROFOBLÁSTICA · ECTÓPICA Abortamento - <20/22 sem ou <500g - Precoce 12semanas ou Tardio >12 semanas - Espontâneo X Provocado -- Legal: · Risco a vida materna – em qualquer momento pode ser feito – 2 médicos assinam o laudo · Anencefalia – tem que ser >12cm – 2 médicos assinam o laudo diag. Usg com 2 fotografias (sagital e transversal) · Estupro – deve ser feito < 20 sem - Esporádico X Habitual -- Causa mais habitual de esporádico: trissomias freq. 16 (incompatível com a vida extrauterina), sd. De turner -- Habitual é 3 ou mais perdas consecutivas · Incompetência istmocervical cada vez na hist. obstétrica da mulher que possui a idade gestacional vai ficando mais curta · Aborto tardio · Colo fica curto · Dilatação indolor · Feto vivo/ normal · Conduta circlagem enquanto o colo ainda está fechado e grosso, entre 12-16 semanas técnica de McDonald · Sd. Anticorpo Antifosfolipídeo · Abortamento de repetição - ocorrem com maior freq. no 1° tri · Óbito fetal · Pré-eclampsia · Trombose arterial e venosa · Assoc. com LES · Colo normal · Ac +: anticardiolipina, anticoag. Lúpico, anti beta 2 glicoproteína · Diag.: 1 clínico + 1 laboratorial Critérios clínicos: · Trombose arterial ou venosa Ou · Óbito fertal após 10 sem · Parto prematuro por PE <34 sem · 3 ou + abortamentos espontãneos <10 sem Critérios laboratoriais: anticardiolipina, anticoag. Lúpico, anti beta 2 glicoproteína · Conduta: Heparina profilática e AAS se com critérios obstétricos, se com outros eventos clínicos = heparina terapêutica + AAS Outras etiologias: · Desordens anatômicas: incompetência istmo cervical, malform. Uterinas, sinéquias · Dçs endócrinas: · Insuf. lútea por queda da progesterona, podendo ser tratada com reposição de progesterona · Doenças da tireoide – hipotireoidismo HAS, obesidade · DM · Infecções: rubéola, CMV, parvovirose, HIV, sífilis COLO ABERTO: · Incompleto - útero menor que a IG, betahCG – ou em queda · Inevitável – útero compatível com a IG, sinais de descolamento decidual com hematoma retrocorial, 70% com resolução espontânea em 72h · Infectado – cólica. Sangr., líq. Fético, leucocitose com desvio a E; betahCG - , USG com restos ovulares COLO ABERTO CLÍNICA CONDUTA INCOMPLETO Útero menor com restos esvaziamento, mas fazer imunoglobulina anti-Rh INEVITÁVEL Útero de acordo com a IG com embrião Esvaziamento, podendo aguardar 8 sem, mas fazer imunoglobulina anti-Rh INFECTADO Febre, odor fétido, leucocitose, útero amolecido e doloroso ATB (glinda + genta), esvaziamento e imunoglobulina anti-Rh Colo fechado: · Completo – endométrio <15mm, betahCG - ou em queda · Ameaça – feto vivo, 50% evolui para conclusão do aborto · Retido – feto morto pelo USG, betahCG – ou em queda, repetir o USG após 15d. para confirmação COLO FECHADO CLÍNICA CONDUTA COMPLETO Útero menor e vazio (endométrio <15mm) orientação AMEAÇA Útero de acordo com a IG com embrião vivo Repouso e analgésico (mas isso não muda prognóstico) RETIDO Embrião morto e útero menor Esvaziamento (acelerar ele), mas pode esperar no máx. até 4 sem para ser espontaneamente Ovo anembrionado: · Aus. De embrião em SG íntegro · USG: · SG >25mm sem embriçao · SG >20mm sem vesícula vitelínica · Conduta: esvaziamento uterino e é questionável fazer imunoglobulina anti-Rh Esvaziamento · 12 sem: AMIU – padrão ouro ou curetagem (mais perigosa) – porque ainda não tem muita form. óssea · > 12 sem: - sem feto: curetagem - com feto: tem que expelir ele primeiro misoprostol +- curetagem Espessura <15mm Incompetência istmo cervical falha do orifício interno em manter a gestação · Abortamento tardio, expulsão fetal após 16 sem · Perdas gestacionais indolores · Amniorrexe precoce · Feto morfologicamente normal Fatores predisponentes: · Amputação do colo · Dilatação do colo · Fatores congênitos – exposição medicamentosa intraútero · Partos laboriosos Diag. - Diag. Fora da gravidez: · Histerossalpingografia · Histeroscopia · Passagem da vela de Hegar - Diag. Na gravidez: · Dilatação do colo indolor · USG: encurtamento do colo, dilatação cervical Trat.: · Circlagem uterina: entre 12-16 semanas Outras causas: miomas, malform. Uterinas, sinéquias e distopias uterinas, doenças da tireoide, DM, insuf.lúeta (prod. Insuf. de progesterona pelo corpo lúteo), SOP e infecções. DOENÇA TROFOBLÁSTICA · Proliferação anormal do trofoblasto degeneração hidrópica · Benigna: Mola hidatiforme que pode ser completa ou parcial · Maligna: pode ser vir até de uma gestação normal · Mola invasora mais comum – sequwla da mola hidatiforme · Coriocarcinoma – 10-30%, pós mola, aborto, gestação a termo ou ectópica · Tumor trofoblástico do sítio placentário – raro, eleva hPL · USG: ecos amorfos Como formam as molas ? · Completa – 1 espermatozoide fecunda um óvulo vazio todo material genético é de origem paterna · Não há embrião · 20% de malignização · Diploide – só paterna 46XX/XY · Cisto tecaluteínicos são comuns · Parcial : 1 óvulo normal fecundado por 2 espermatozoides (falhou mecanismo de defesa) · Forma tecido fetal · 5% malignização · Triploide 69 XXY/XXX/XYY · Cisto tecaluteínicos são raros · USG: ecos dispersos + tecido fetal Fatores de risco: · Idade >40 anos · Mola hidatiforme anterior · Inseminação artificial · Tabagismo · Abortamentos prévios Quadro clínico: · Sangr. De repetição · Vesículas – patognomônico da forma hidatiforme completa em forma de cacho de uvas as vesículas · Hiperêmese · Hipertireoidismo – betahCG se liga na tireoide como se fosse TSH desencadeando o hiper · Aumento uterino maior que a IG · Útero amolecido – em sanfona · Pré- eclampsia preoce · Cistos tecaluteínas – forma-se ao betahCG muito elevadoc USG FLOCOS DE NEVE OU NEVASCA – são as vesículas Diag. Lab. beta-hCG >200000, gestação normal em seu pico chegaria a 100000 Trat.: · Esvaziamento uterino + histopatológico vacuoaspiração · Histerectomia prole definida e >40 anos, mas não gera risco de malignização Controle de cura beta-hCG dosagem semanal · Semanal até 3 negativos · Mensal até por 6 meses O que sugere malignização ? se preencher esses critérios QT · Aumento em 3 dosagem (dias 1,7,14) · 4 dosagens platô (dias 1,7,14,21) · 6 meses ainda + (questionável) · Metástases pulmão pedir raio-x de tórax · Anticoncepção Orientar contracepção exceto DIU Quando pensar em malignização ? - betahCG: · Elevação por 2 semanas · Estabilização dos níveis por 3 semanas · Aus. De negativação em 6m · Surgimento de metástases – vagina, pulmão · USG com imagem intramiometrial · RI e PI das aa. Uterinas baixo GESTAÇÃO ECTÓPICA · Implantação fora da cav. uterina · Local + mais comum: trompa (região ampular) Fatores de risco: · Cx. Prévia na trompa · Ectópica prévia · DIP · Endometriose · DIU · Tabagismo Quadro clínico: · Atraso menstrual · Dor abdominal · Sangr. · Rota: choque, sinal de Blumberg e Proust (abaulamento e dor no fundo de saco) · USG com útero vazio betaHCG >1500 Aguda: · 30% dos casos, região ístmica · Sinal de Laffon – dor no ombro pro irritação no nervo frênico · Sinal de Cullen – equimose periumbilical · Sinal de Blumberg · Sinal de Proust – muito sangue no fundo de saco de Douglas · Instabilidade hemodinâmica Diag. - limite discriminatório: · <1500 – repetir · 1500 – achar SG · USG: pseudossaco gestacional, anel tubário · Dopplerfluxometria · Culdocentese · Progesterona <10 · Curetagem uterina · Laparoscópica Trat.: · Expectante · ectópica íntegra e betahCG declinante seguimento: diminui semanalmente · Medicamentoso – mas tem critérios: · Obrigatório: íntegra · Condições ideais: sem BCF, massa <3,5cm e betahCG <5000 · METOTREXATE IM – múltiplas ou única dose deve cair 15% em 4,7 dias e pode tentar de novo reaval. Todos os critérios · Cx. Conservador – ectópica íntegra e desejo reprodutivo salpingostomia laparoscopia · Cx. Radical – ectópica rota salpingectomia laparoscopia se estável e laparotomia se instável5