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Motivação Definição • Motivação é um estado interno que impele o indivíduo à ação (gera o comportamento) para a satisfação de necessidades (fisiológicas, sociais, de curiosidade e de crescimento) Teoria do Instinto (Perspectiva Etológica) Etologia • Estuda o comportamento humano em seu ambiente natural • Acredita que o comportamento humano é programado pela natureza através da seleção natural para adaptação ao ambiente (Teoria da Evolução de Darwin) e não desenvolvido pela aprendizagem Instinto • Instinto é um conceito utilizado para explicar o comportamento, principalmente de animais irracionais • Instinto é o padrão fixo de comportamento de cada espécie • São comportamentos inatos (herdados) e não adquiridos (aprendidos através da experiência), resultado da evolução das espécies (seleção natural) • Os instintos não são comportamentos intencionais, mas determinados por estímulos externos adequados Teoria do Instinto • A Teoria do Instinto não é capaz de explicar a motivação Humana Teoria do Impulso Perspectiva Behaviorista Behaviorismo • Para o behaviorismo todo comportamento humano é aprendido e determinado pelo ambiente Impulso • Impulso é uma força interna que impele o indivíduo à ação (comportamento) • É gerado por necessidades e incentivos • A necessidade cria um estado psicológica interno de excitação que impulsiona (motiva) o organismo a redução dessa necessidade com objetivo de manter a homeostase (equilíbrio interno do organismo) • O incentivo é um estímulo externo ao comportamento, positivo ou negativo, que atrai ou repele o indivíduo para a ação (comportamento) Teoria do Impulso • A Teoria do Impulso é aplicável apenas às necessidades fisiológicas (sobrevivência do indivíduo) e sociais (sobrevivência da espécie) Teoria de Lewin Perspectiva Gestáltica Gestalt • Nasceu na Alemanha como um protesto a psicologia experimental de Wundt, em especial ao elementarismo e ao associonsimo • idéia de que a combinação dos elementos sensoriais leva a uma nova configuração (o todo é diferente da soma das partes) • Fundada por Wertheimer, Köhler e Koffka em 1912 com a publicação da pesquisa sobre o fenômeno phi • fenômeno phi: movimento aparente, ilusão de movimento (percepção de movimento quando não há movimento; experimento com dois pontos de luz); não é possível explicar o movimento pelos seus elementos sensoriais • Objetivo: estudo dos processos cognitivos (percepção, aprendizagem, pensamento) Kurt Lewin 1890-1947) • Interesse não na percepção, aprendizagem, cognição e seus correlatos neurológicos, mas na emoção, na motivação, na personalidade e na influência das forças sociais no comportamento humano • Teoria de Campo: nome de sua teoria para explicação do comportamento humano com base na compreensão de todas as forças que atuam sobre ela em um determinado momento • Espaço Vital: campo psicológico de uma pessoa, constituído por todos os fatos que determinam o seu comportamento em determinado momento (fatores individuais e ambientais) • Precursor da abordagem cognitiva da motivação: todo comportamento é intencional e depende da percepção subjetiva (interpretação dos fenômenos), mas a percepção nem sempre reflete a realidade • Motivação humana: • necessidades: causam tensão, perturbações no espaço vital • comportamento: leva à satisfação da necessidade, ao alívio da tensão e ao re-estabelecimento do equilíbrio (impulso) • comportamento também é guiado pela valência dos objetos a serem alcançados (incentivo): que só tem valor quando são psicologicamente acessíveis Componente Fisiológico das Emoções Excitação Fisiológica Papel do Sistema Nervoso Central • Ação do Hipotálamo e do Sistema Límbico • controle das motivações e emoções • através da regulação do SNA Papel do Sistema Nervoso Autônomo • Ação do SNA Simpático • ativação das glândulas supra-renais, que liberam os hormônios de estresse (adrenalina e noradrenalina) • aumento da excitação fisiológica do organismo • preparação do organismo para ações de emergência Alterações Corporais provocadas pelo SNAS • aumento dos batimentos cardíacos • aumento da pressão sanguínea • aumento do ritmo respiratório • aumento da temperatura corporal e do suor • aumento do nível de glicose no sangue • aumento da capacidade de coagulação sanguínea • diminuição da salivação • diminuição da motilidade de trato gastrintestinal • dilatação das pupilas • eriçamento dos pêlos corporais Intensidade das Emoções • a excitação fisiológica contribui para a intensidade da experiência emocional • experimentos com pacientes com lesão na coluna • comprometimento da inervação do SNA Simpático • quanto mais alta a lesão, menor a resposta fisiológica e menor a intensidade da emoção sentida Diferenciação das Emoções • padrões diferentes da excitação fisiológica para cada emoção foram encontrado em algumas pesquisas, mas essa diferença é bastante sutil Medida dos Indicadores Fisiológico das Emoções • Polígrafo ou Detector de Mentiras • mensuração de variações da excitação fisiológica do organismo: respiração, pulsação, pressão, transpiração • utilização de perguntas controle e perguntas críticas • problema: a excitação fisiológica provocada por diferentes emoções é parecida Teoria de Maslow Perspectiva Humanista Humanismo • Desenvolveu-se nos EUA na década de 1960 • Fundado por Maslow • Oposição ao Behaviorismo e à Psicanálise • Ênfase no poder humano: livre-arbítrio • Preocupação com o desenvolvimento normal da personalidade humana Abraham Maslow (1908-1970) • O ser humano é dotado de uma propensão inata para a autorealização • Auto-realização: estado mais elevado das necessidades humanas; desenvolvimento pleno das habilidades e realização do potencial humano • Pesquisas com base em análises biográficas para identificar características de pessoas com a necessidade de autorealização satisfeita • Pessoas com a necessidade de auto-realização satisfeita são psicologicamente saudáveis, não apresentam neuroses • Antes de satisfazer a necessidade de auto-realização, o ser humano precisa satisfazer necessidades inferiores: Hierarquia das Necessidades Necessidades de Crescimento Ligadas ao desenvolvimento pessoal Específico dos seres humanos Realização Necessidades de Crescimento Realização • Desejo de demonstrar competências e alcançar objetivos não relacionados com a satisfação de necessidades biológicas Baixa e Alta Motivação para Realização • Pessoas com baixa motivação de realização preferem tarefas muito fáceis ou muito difíceis, em que o fracasso é improvável ou não é embaraçoso • Pessoas com alta motivação de realização preferem tarefas moderadamente difíceis, em que o sucesso é viável e atribuível à sua competência e esforço • Pessoas com alta motivação de realização tendem a ser mais persistentes e a obterem mais sucesso Determinantes da Motivação para Realização • Emocionais: estímulo parental para a independência e utilização de recompensas para os sucessos levam a criança a associar realização com emoções positivas • Cognitivas: a criança aprende a atribuir suas realizações à própria competência e esforço Motivação para Realização Intrínseca e Extrínseca • Motivação Intrínseca: desejo de ser eficiente e de desempenhar um comportamento por si mesmo, relacionada com a busca de prazer, interesse, expressão pessoal ou desafio • Motivação Extrínseca: procura de recompensas externas e de evitação de punições • Pressões e incentivos externos em excesso podem prejudicar a motivação intrínseca (Ex: esporte), principalmente o uso da recompensa para controle do comportamento Necessidades Fisiológicas Ligadas à sobrevivência do indivíduo Comum a todos os animais Fome, Sede, Temperatura Fome • reação a impulsos internos • sinais corporais • baixos níveis de glicose: aumentam a fome, regulada pelo nível de insulina (aumento da insulina no sangue diminui a glicose no organismo) • baixos níveis deserotonina: aumentam a fome por alimentos doces ou ricos em carboidratos • regulação cerebral • o peso corporal é regulado pelo Hipotálamo, que controla a homeostase corporal e que é responsável pelos sentimentos de fome e saciedade Teoria do Ponto Fixo ou de Ajuste • regulação do peso corporal: ponto fixo • controle do consumo de alimentos • controle do dispêndio de energia (ritmo ou taxa metabólica – índice de dispêndio de energia do organismo em repouso) • organismos com peso abaixo do ponto fixo • aumento da fome • diminuição do dispêndio de energia • organismos com peso acima do ponto fixo • diminuição da fome • aumento do dispêndio de energia • mudanças lentas e mantidas no peso podem alterar o ponto fixo Fome como Comportamento Aprendido • reação adquirida a incentivos externos • incentivo externo pode aumentar o nível de insulina e, conseqüentemente, a fome • o paladar é afetado pelo condicionamento e pela cultura Distúrbios Alimentares • Obesidade • Fatores genéticos: variação da quantidade de células adiposas, do tamanho das células adiposas, do ritmo ou taxa metabólica (metabolismo baixo gasta menos calorias) • podem ser responsáveis pelo Ponto Fixo ou de Ajuste, mantido pela homeostase • Excesso alimentar: excitação emocional (aprendizagem precoce), suscetibilidade a sugestões externas • privação temporária de alimento: leva ao excesso alimentar subseqüente e abaixa o nível ou taxa metabólica • Anorexia Nervosa: percepção distorcida do corpo leva à redução da ingestão de alimentos, à purgação e ao excesso de exercícios • Bulimia Nervosa: episódios de hiperalimentação compulsiva leva ao jejum, à purgação e ao excesso de exercícios • predisposições genéticas, distúrbios fisiológicos e influência dos padrões culturais de beleza Componente Expressivo das Emoções Comunicação da Emoção Linguagem não-verbal Linguagem Não-verbal • o ser humano é muito eficiente para apreender o significado da linguagem não verbal • algumas pessoas são mais sensíveis do que outras na interpretação dessas dicas sobre os estados emocionais • os introvertidos são melhores para a detecção das emoções • a expressão dos extrovertidos é mais fácil de ser apreendida • as mulheres são melhores para a detecção das emoções • a expressão de felicidade nas mulheres é mais fácil de ser detectada • a expressão de raiva nos homens é mais fácil de ser Detectada Tipos de linguagem não verbal • gesto (linguagem corporal) • tom de voz • expressão facial Gesto • a expressão das emoções através de gestos é influenciada pela cultura • a mesma emoção pode ser expressa de várias formas • ex: olhar frio ou evitação do contato visual podem significar hostilidade • gestos similares podem ter significado diferente • cruzar os braços pode significar irritação ou descontração Diferenças culturais • ex China: • mostrar a língua é sinal de surpresa • bater palmas é sinal de preocupação ou desapontamento • coçar as orelhas e bochechas é sinal de felicidade • arregalar os olhos é sinal de zanga Tom de Voz • a expressão das emoções através do tom de voz é explicitada através da variação no ritmo, no timbre e na ênfase • algumas dessas expressões são universais, seu reconhecimento está relacionado com regiões do hemisfério cerebral direito Expressão Facial • a expressão das emoções através das expressões faciais é universal, independente da cultura • experimento: fotos das emoções básicas (felicidade, raiva, tristeza, nojo, medo e surpresa) foram apresentadas a sujeitos de várias culturas • medo e raiva são apreendidos principalmente pela expressão dos olhos; a felicidade, pela expressão da boca • Darwin: as expressões faciais inatas têm valor de Sobrevivência • o reconhecimento das emoções está relacionado com regiões do lobo temporal do hemisfério cerebral direito • experimento: apresentação de fotos no campo visual esquerdo e direito • diferente da prosopagnosica (dificuldade de reconhecimento de faces), relacionado com regiões dos lobos parietal e occipital do hemisfério cerebral que mantém a capacidade de reconhecer as expressões faciais • a expressão facial das emoções está relacionada com músculos específicos da face, alguns difíceis de serem controlados voluntariamente • ex: levantar a parte interna das sobrancelhas revela Preocupação • expressões faciais não só comunicam a emoção, mas também influenciam a excitação fisiológica e a experiência subjetiva • experimento: caneta entre os dentes ou lábios enquanto os sujeitos classificavam a comicidade de estórias em quadrinho, as estórias forma identificadas como mais engraçadas quando a caneta estava entre os dentes de que entre os lábios Componente Cognitivo das Emoções Avaliação Cognitiva Avaliação Cognitiva • avaliação cognitiva é a interpretação que o indivíduo faz dos eventos que vivencia • a avaliação cognitiva tem como resultado o desenvolvimento de crenças positivas ou negativas sobre o evento • as crenças estão diretamente relacionadas com a personalidade e as experiências do indivíduo • apesar da percepção da excitação fisiológica do organismo ser uma das variáveis que desencadeia a experiência emocional subjetiva, a avaliação cognitiva é tão poderosa que pode influenciar a interpretação do indivíduo sobre a própria excitação fisiológica Intensidade das Emoções • a avaliação cognitiva exerce uma grande influência sobre a intensidade da experiência emocional Diferenciação das Emoções • ao contrário da percepção da excitação fisiológica, a avaliação cognitiva exerce uma grande influência sobre a diferenciação das emoções • essa influência é resultado das crenças criadas pelo indivíduo sobre os eventos vivenciados Emoções Básicas e Situações Específicas • cada emoção básica está relacionada com uma situação específica (ativadora) • as emoções básicas são encontradas em todas as culturas humanas e em todo o reino animal Dimensões dos Eventos que Determinam as Emoções • a combinação entre diferentes dimensões dos eventos leva a emoções específicas • dimensões: • a desejabilidade da situação • o esforço que o indivíduo espera exercer na situação • a certeza da situação • a atenção que o indivíduo deseja dedicar à situação • o controle que o indivíduo sente sobre a situação • o controle que o indivíduo atribui a forças não-humanas na Situação Emoções Pré-cognitivas • algumas experiências emocionais podem ocorrer sem a interferência da cognição • mas, nesses casos, as emoções restringem-se a sensações positivas ou negativas indiferenciadas • ocorrem frente a um evento que aparece de forma inesperada • conexões diretas do sistema sensorial com a amigdala, sem passar pelo córtex cerebral • pode-se explicar as fobias dessa forma (medo adquirido através do condicionamento clássico) Implicações Clínicas • são as crenças sobre os eventos é que qualificam as emoções • algumas vezes, o indivíduo não têm consciência de suas crenças e, conseqüentemente, não experiencia a emoção, mas a demonstra através de suas atitudes • a Psicanálise interpreta esse fenômeno como repressão • para a Terapia Cognitiva, os sintomas psicopatológicos estão diretamente ligados ao desenvolvimento de crenças irracionais
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