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Imunologia do Transplante

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IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
IMUNOLOGIA DO 
Transplante
 
Introdução 
 A substituição de órgãos doentes por um 
transplante de tecido saudável tem sido um 
objetivo na medicina 
 A ideia original nasceu da compreensão 
de que era possível curar muitas doenças 
pela implantação de células, tecidos ou 
órgãos saudáveis de um indivíduo para 
outro. 
Conceito de Transplante 
 É um termo usado em imunologia que se 
refere a transferir células, tecidos ou 
órgãos de um local para o outro 
 
ORTOTÓPICO: Enxerto colocado em sua 
localização anatômica 
HETEROTRÓPICO: Enxerto colocado fora da 
sua localização anatômica 
 
 
Tipos de Enxerto 
AUTO-ENXERTO OU AUTÓLOGO 
 Transplante de um indivíduo para ele 
mesmo 
 Não se desenvolve reações 
 Exemplos 
 Ponte de safena/mamária 
 Enxerto de pele 
 Medula óssea 
ISOGÊNICO 
 Gêmeos Univitelínicos 
 Transplante de órgãos ou tecidos entre 
indivíduos geneticamente idênticos (gêmeos 
univitelinos) 
 Pode haver desenvolvimento de 
resposta 
 Singênico 
DOADOR ENXERTO RECEPTOR
 
IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
 
OBS.: A rejeição ao transplante pode 
ocorrer mesmo quando o MHC é 
totalmente compatível. Isso é explicado pois 
pode haver variabilidade proteica, mas a 
rejeição demora a acontecer. Ao longo da 
vida, cada indivíduo estará exposto a 
variações diferentes. 
 
ALOGÊNICO 
 Transplante realizado entre indivíduos 
da mesma espécie, geneticamente 
diferentes 
 Heterólogo 
 O enxerto é rejeitado 
 É a grande maioria dos enxertos 
 
OBS.: os enxertos sempre serão rejeitados, 
e necessitarão de uma terapia de 
imunossupressão. A compatibilidade deixa o 
processo de rejeição mais lento. 
↳ Em média, o enxerto dura de 10 a 15 anos 
↳ Transplante não é cura, é um 
tratamento/ terapia de substituição 
 
Exceção: no transporte de córnea, há a 
vantagem do tecido ser pouco 
vascularizado e sem ação de células 
imunológicas (mas ainda assim pode haver 
rejeição). 
XENOGÊNICO 
 Transplante entre indivíduos de espécies 
diferentes 
 Enxerto fortemente rejeitado 
 Suprimento de órgãos é muito menor 
que a demanda 
 Interesse em transplantar órgãos de 
outros mamíferos para seres humanos, 
não funcionais (exercem função física) 
 
OBS.: passam por um processo químico que 
bloqueiam os antígenos de superfície, 
criando uma camada protetora que 
dificulta o reconhecimento pelo sistema 
imunológico. 
↳ Será rejeitado após 10/15 anos, pois a 
pressão do sangue que passa na válvula 
acaba removendo a proteção que foi 
formada, expondo alguns antígenos, 
criando rejeição por calcificação (endurece 
por deposição de cálcio) 
 
Doadores 
TIPOS DE DOADORES 
 Doador vivo relacionado 
 Doador vivo não relacionado 
 Doador cadáver 
 
SELEÇÃO DOS DOADORES 
 Avaliação clínica do doador (presença de 
comorbidades) 
 Ausência de doenças crônicas 
 Tipagem ABO (antígenos sanguíneos nos 
vasos do órgão, evitando rejeição vascular 
imediata) 
 Tipagem HLA (sinônimo para MHC - 
determinar grau de compatibilidade) 
 Cross-match (“prova cruzada”) - 
funciona como um “transplante in vitro” 
 
 
IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
Obstáculos 
 
OBSTÁCULOS PARA O SUCESSO DOS 
TRANSPLANTES 
 
 No transporte do órgão, algumas células 
morrem por necrose 
 DAMPs: facilmente reconhecidos 
 O sistema imunológico do indivíduo 
receptor vai reconhecer os antígenos, 
dando início ao processo inflamatório 
OBS.: o gelo é utilizado com o objetivo de 
diminuir o metabolismo celular. 
 
Alorreconhecimento 
 É a capacidade de um organismo 
individual para distinguir os seus próprios 
tecidos dos tecido de outros organismos 
 Ela manifesta-se no reconhecimento de 
antígenos expressos na superfície 
 
 
COMPATIBILIDADE HLA (MHC) 
 
 Classe I = Células Nucleadas 
 Apresentam peptídeos (Ag 
intracelular) aos linfócitos T 
citotóxicos CD8+ 
 
 Classe II = APC 
 Apresentam peptídeos (Ag 
extracelular) aos linfócitos T 
auxiliares CD4+ 
 
 
 
 
 
MHC 
 Poligênicos 
 Polimórficos 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
ALORRECONHECIMENTO DIRETO 
 Utiliza células apresentadoras de 
antígenos do doador 
 Interação das células T do receptor 
através do com complexos de MHC 
apresentados por células 
apresentadoras de antígeno, 
derivadas do doador, incluindo 
células dendríticas. 
 
ALORRECONHECIMENTO INDIRETO: 
 Usa o APC do receptor 
 
Sensibilização 
 Quando há apresentação do antígeno 
 
Rejeição 
 Migração para o órgão transportado 
 
 
 
 
Linfócitos TCD4+ 
 Produção de anticorpos contra o 
enxerto 
 Aciona vias diferentes de defesa 
imunológica. Ex: via clássica do sistema 
complemento 
 Citotoxicidade mediada por anticorpo: 
algumas células reconhecem os anticorpos 
ligados a alguma membrana, e mata a 
célula 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
Rejeição Hiperaguda 
 Anticorpos pré-formados contra o 
enxerto 
 Resposta muito rápida 
 Necrose em células vasculares 
Ex: xenotransplantes 
 
OBS.: então não podemos transportar 
pacientes com Cross-match positivo 
 
Rejeição Aguda 
 
 Rejeição celular e humoral (3 a 5 meses): 
 Vários mecanismos imunológicos 
envolvidos: 
1. LT CD8 + - MHC I estranhas das 
células do enxerto ativam LT 
citotóxicos – lise e apoptose das 
células do enxerto 
2. LT CD4+ - HLA II das células 
endoteliais do enxerto são 
apresentados aos LT CD4+ – ativam 
LB – plasmócito – imunoglobulinas – 
processo inflamatório – isquemia e 
necrose progressiva do enxerto 
3. Hipersensibilidade tipo II – 
produção exacerbada de anticorpos 
contra células do enxerto 
intermediando lise destas pelos 
neutrófilos, monócitos, macrófagos, 
linfócitos T, células NK, MAC 
 
Rejeição Crônica 
 Crônica – dependente de linfócito Th1, LT 
citotóxico e macrófagos (6 meses a anos) 
 MHC II das células endoteliais ativam LTh 
1 – lise do enxerto 
 MHC I das células nucleadas do enxerto 
ativam LT citotóxicos – perforinas, lise e 
apoptose 
 Agressão recorrente - fibrogênese da 
íntima vascular 
 Comum formação de fibrose 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA DO TRANSPLANTE @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
Doença do Enxerto Vs. Hospedeiro 
(Gvhd) 
 
 Grave doença inflamatória 
caracterizada por febre, anemia, 
emagrecimento, exantemas, diarréia e 
doença hepática. 
 Pode ser fatal 
 Se desenvolve pelas células tronco ou 
células T maduras 
 LT maduros – resposta rápida e 
grave. Remoção prévia das células T 
minimiza efeitos 
 Células tronco – resposta mais 
tardias, brandas e transitórias. LT 
maturam no timo do hospedeiro, 
sofrem educação tímica e podem se 
tornar tolerantes, mas também 
reativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia Imunossupressora 
 Tem como objetivo prevenir a rejeição do 
órgão transplantado 
 Essa terapia é realizada com 
medicamentos que podem comprometer o 
funcionamento do sistema imunológico, 
reduzindo a resposta imunológica 
 Pessoas que fazem uso dessa terapia se 
tornam imunocomprometidos

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