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MICROBIOLOGIA - Hepatite A e Febre reumática 3ª SI

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MICROBIOLOGIA 
HEPATITE A – 3ª SEMANA INTEGRADORA 
Níveis de icterícia 
 Discreta; 
 Moderada; 
 Acentuada. 
Tipos de vírus nas hepatites virais 
 São cinco tipos de vírus: 
 HAV: vírus da hepatite A. 
 HBV: vírus da hepatite B. 
 HCV: vírus da hepatite C. 
 HDV: vírus da hepatite D. 
 HEV: vírus da hepatite E 
(morfologicamente semelhante ao vírus da 
hepatite A). 
 
Hepatite A 
 O vírus possui forma icosaédrica, possui um 
capsídeo – envoltório do genoma, o qual é constituído de 
RNA de fita simples. Esse vírus é do tipo picomavírus. 
 
 Obs: na taxonomia viral, o que mais se vê são os 
vírus constituídos por RNA. 
 A família do vírus HAV é denominada de 
Picornaviridae, cujo gênero é o Hepatovírus – ou seja, vírus 
que realizam a infecção do fígado. 
 Seu genoma é constituído de RNA de fita única. 
 Existem vírus que são envelopados, ou seja, 
possuem o material genético envolvido com uma estrutura 
denominada de capsídeo e o que envolve esse capsídeo é 
chamado de envelope (é uma estrutura externa). No entanto, 
existem vírus não envelopados, os quais possuem somente o 
material genético e o capsídeo, que é o envoltório do 
material genético, como é o caso do vírus HAV. 
 
 A transmissão é por via fecal-oral, portanto, a 
disseminação pode ser feita por água e alimentos 
contaminados, falta de higiene das mãos e saneamento básico. 
 A inativação é realizada por fervura (20 minutos). 
 Não ocorre cronicidade da doença (99% de chances 
de cura). 
 Não há predisposição para hepatocarcinoma celular, 
como a hepatite B e C. 
 O período de incubação do vírus é de 3 a 4 semanas 
e os sintomas regridem de 1 a 2 meses, sendo, portanto, uma 
doença curta. 
 Cerca de 70% das infecções em crianças até 6 anos 
são assintomáticas (cerca de 90% são anictéricas) e mais de 
70% das infecções nos adultos são sintomáticas (80% 
apresentam icterícia). 
Patogenia 
 Após a transmissão fecal-oral, o vírus chega ao 
intestino, disseminam-se pelo sangue e partem para o seu 
destino final, os hepatócitos. Local onde iniciam a resposta 
imunológica citotóxica, na qual células NK e linfócitos 
TCD8+ destroem os hepatócitos por citotoxicidade. 
 
 Os HAV permanecem nas fezes por cerca de um 
mês e meio a dois meses, já a viremia (presença de vírus no 
sangue) tem a tendência a diminuir a partir de um mês e 
meio, mais ou menos. 
 Os sinais e sintomas devem desaparecer, em média, 
até dois meses e a icterícia um pouco antes. Quando a 
icterícia está aparente, as aminotransferases (TGO e TGP) 
encontram-se elevadas, no entanto, conforme a icterícia 
desaparece e diminuem os sinais e sintomas, elas também 
sofrem uma queda. 
 Quanto a sorologia, a IgM tende a sumir até quatro 
meses, mas, na maioria das pessoas, some em torno de um a 
dois meses. Já a IgG apresentam uma alta até os três meses, 
continua subindo após esse período, mas em concentrações 
menos e a partir de 12 meses sofre uma queda, atingindo os 
índices normais e indicando imunidade. 
Prevenção 
 Vacinação e imunoprofilxia. Há vários tipos de 
vacinas, mas a que induz melhor a imunidade é a de vírus 
inativado. 
 A imunoprofilaxia consiste na administração de 
imunoglobulinas, ou seja, anticorpos prontos no paciente 
(quando necessário). 
FEBRE REUMÁTICA 
 Doença autoimune causada por frequentes 
amigdalites e a escarlatina (caso disparador). O Streptococcus 
pyogenes (agente etiológico das duas infecções; coccus Gram-
positivos em cadeia) pode levar a esse quadro, que é 
caracterizado por dores articulares. Obs: a única doença 
imune que se conhece a causa é a febre reumática. 
 Pacientes com amigdalites, até após um ano do 
quadro, podem desenvolver a doença na supurativa – febre 
reumática de fundo autoimune. Esse mecanismo é norteado 
pela hipersensibilidade tipo III, devido ao depósito de 
imunocomplexos, levando a dores articulares. 
 O diagnóstico da febre reumática é sorológico. 
 O mecanismo imunopatológico de lesão da febre 
reumática acontece quando imunocomplexos de tamanho 
pequeno, que não são fagocitados, ficam circulantes no 
sangue pelos vasos sanguíneos, depositando-se neles. Quando 
se depositam, de pequenos, eles se tornam grandes (já que 
considera-se que eles estão ligados as tecidos – e os 
neutrófilos, atraídos pelo C3a e C5a devido a ativação do 
complemento que os imunocomplexos proporcionaram, 
dirigem-se ao local, mas são muito pequenos par ao tamanho 
do alvo. Assim, as células degranulam, lançando substâncias 
tóxicas ao organismo, causando a lesão tecidual - que na 
febre reumática ocorre nas articulações, inflamando-as sem a 
presença do microrganismo.

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