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PATOLOGIA DA TROMBOSE E DA EMBOLIA

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PATOLOGIA II 
PATOLOGIA DA TROMBOSE E DA 
EMBOLIA – 2ª S.I. 
 A tromboflebite, também chamada flebotrombose 
ou simplesmente flebite, consiste na oclusão de um segmento 
ou da totalidade de uma veia decorrente da formação de um 
coágulo (trombo). Assim, o indivíduo apresenta uma 
inflamação seguida de um coágulo, ocorrendo, 
principalmente nos membros inferiores (panturrilha – vv. 
Poplítea, femoral e ilíaca. 
 Varizes são dilatações dos vasos, nos quais o sangue 
passa com mais dificuldade, tendo o seu fluxo local 
lentificado. 
 A trombofletibe é a formação de trombos 
secundários a um processo inflamatório adjacente, tal como 
otites e erisipelas (resumindo: inflamação → formação do 
trombo). 
 Já flebotrombose, seria secundária a um processo 
vascular, tal qual estase, aumento da coagulação e outras 
doenças vasculares. É um processo vascular secundário a 
estase sanguínea (diminuição da velocidade do fluxo). 
 A formação do trombo ocorre em função da tríade 
de Virchow, que estabelece a condição na formação do 
trombo devido: 
1. Lesão da parede do vaso. 
2. Lentificação do fluxo sanguíneo – ex. 
varizes, hormônios (anticoncepcionais) que 
podem alterar a composição sanguínea. 
3. Dificuldade da circulação sanguínea de 
forma eficaz. 
 A trombose venosa profunda ocorre pela formação 
de um trombo (massa formada pelos constituintes do próprio 
sangue – fibrinas, hemácias em grandes quantidades, 
plaquetas, leucócitos), que dificulta a passagem do sangue 
para o interior dos vasos sanguíneos. Atinge com maior 
frequência os membros inferiores, no retorno venoso, o qual 
já apresenta dificuldade de chegar ao coração devido ao efeito 
da gravidade. Dessa forma, quanto mais complicações 
ocorrer, seja por dilatações ou por outras situações, irá 
favorecer a formação do trombo. 
 
 Trombose venosa profunda é uma doença 
potencialmente grave causada pela formação de coágulos 
(trombos) no interior das veias profundas. Na maior parte 
das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da 
perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, 
ocasionalmente, nos membros superiores. Obs: é mais 
comum se observar a trombose venosa profunda em homens. 
Além disso, não é só a formação de trombos que pode causar 
essa complicação no paciente, pode-se haver também 
coágulos que se formam nessa região, que posteriormente 
pode se transformar em um êmbolo, ex. ocorre em casos de 
cirurgias de membros inferiores. 
 
Obs: muitas vezes, a massa que se forma fica aderida a parede 
do vaso.1Nessa imagem, observamos que a luz do vazo não 
foi completamente obliterada. A medida que o sangue vai 
passando por esse pequeno espaço, fragmentos do trombo 
podem se soltar e seguir o trajeto junto ao sangue. Se esse 
fragmento de trombo for oriundo do membro inferior, ele se 
deslocará pela corrente sanguínea até chegar ao lado direito 
do coração pela veia cava inferior. Do ventrículo direito, o 
sangue segue para o pulmão, onde causará complicações mais 
sérias. 
 2Nessa mesma imagem, pode-se observar a esquerda 
a artéria femoral com trombo antigo canalizado, que significa 
que o trombo permaneceu no local, ou seja, não foi 
removido cirurgicamente, e seguiu sofrendo um processo de 
evolução. No trombo, a evolução se dá pela mudança de 
características, dessa forma, ocorre nele a deposição de 
tecido conjuntivo fibroso, formando, assim, uma fibrose. 
Durante esse processo de fibrose, o local adquire “novas 
luzes”, ou seja, novos “ductos” são formados para a passagem 
do fluxo sanguíneo, esse processo é chamado de recanilização 
ou área de trombo canalizado. 
Trajeto dos êmbolos 
 O trombo, ao chegar ao pulmão (tendo realizado o 
percurso membro inferior, veia cava inferior, átrio direito, 
ventrículo direito, artéria pulmonar, pulmão), ele adentra as 
artérias pulmonares de menor calibre, muitas vezes não 
passando desse local. Assim, resulta na embolia pulmonar, 
que ocorre pela obstrução de pequenos vasos pelo êmbolo 
que se deslocou dos membros inferiores, chegando ao 
pulmão, obstruindo uma de suas áreas. Se os êmbolos forem 
muito grandes, causarão embolia de grande porte; se for 
menor, causará uma embolia de médio porte; se for um 
embolo muito pequeno, causará uma embolia pulmonar 
menor na porção periférica do pulmão. 
 Dessa forma, quando se tem êmbolos no setor 
venoso, a tendência deles é seguir o seu trajeto para a região 
de átrio e ventrículo direito, chegando até o pulmão, 
causando embolias pulmonares. 
 Na embolia pulmonar, ocorre, em áreas de 
obstrução, infarto, pois, ao obliterar a luz do vaso, o êmbolo 
pode causar necrose do tecido do órgão, devido ao 
impedimento da circulação, causando, no pulmão, o infarto 
vermelho. 
 Há também a possibilidade de ocorrer a embolia 
arterial. Sendo mais comum os trombos se formarem do lado 
esquerdo do coração (átrio ou ventrículo) em pacientes que 
sofreram infarto agudo do miocárdio – processo de 
cicatrização da parte interna do ventrículo. Nessa área de 
cicatrização, devido ao sangue estar formando um turbilhão 
dentro do ventrículo, formar áreas de coagulo sanguíneo 
intraventricular. Fragmentos desse coágulo escapam e 
seguem pela artéria aorta, seguindo para toda a circulação. 
Dessa forma, parte desses êmbolos seguem para os membros 
inferiores, outros vão para o cérebro, para a região do 
abdômen e para a região de membro superior, ou seja, os 
trombos são distribuídos ao acaso.

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