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Posse - resumo 02

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Posse 
 
• A posse é disciplinada pelos Direito das Coisas por decorrer da propriedade; 
• Segundo Cristiano de Farias e Nelson Rosenvald não decorre de um vínculo formal e exclusivo 
sancionado pelos livros fundiários (p 62); 
• Justificativa: Poder físico sobre as coisas e a necessidade da pessoa humana de se apropriar de 
bens; 
• “Para ele, direito é o interesse juridicamente protegido. Admitida essa definição, não pode haver 
dúvida de que a posse seja um direito. Nela se reúnem os dois elementos substancial e formal que 
se exigem para a existência de um direito. O elemento substancial consiste no interesse A posse o 
corporifica, porque constituiu a condição para a utilização econômica da coisa Como simples relação 
de fato, oferece, pois, interesse. A esse elemento substancial, o Direito acrescenta, na posse, um 
elemento formal a proteção jurídica. Reveste, portanto, o caráter da relação jurídica, o que equivale 
a Direito” (2001 p 27, Orlando Gomes) 
Teoria Subjetiva - Clássica 
• É de baixa ou complexa aplicabilidade, visto que depende da análise subjetiva da vontade do 
possuidor de possuir a coisa como dono que é de difícil constatação. 
• Monografia de Savigny O Tratado da Posse “Em sua concepção, a posse seria o poder que a pessoa 
tem de dispor materialmente de uma coisa, com intenção de tê-la para si e defendê-la contra a 
intenção de outrem.” (Cristiano de Farias e Nelson Rosenvald 2015 p 62). 
• Dois elementos: 
- Corpus: é o elemento que traduz o controle material da pessoa sobre a coisa, dela pode 
mediatamente: se apoderar, servir e dispor. Opor se contra terceiros. 
- Animus: é o elemento volitivo/da vontade, intenção do possuidor de exercer o direito como se 
proprietário fosse. 
• “Grande Contribuição de Savigny: explicar que o uso dos bens adquire relevância jurídica fora 
da estrutura da propriedade privada e que a titularidade formal desse direito não encerra 
todas as possibilidades de amparo jurídico.” (Cristiano de Farias e Nelson Rosenvald 2015 p 
63); 
• É uma situação fática e direito nas consequências; 
• Necessidade de Proteção à pessoa, manutenção da paz social e estabilização das relações 
jurídicas; 
 
 
 
Teoria Objetiva 
• A posse é a exteriorização do domínio, sendo desnecessário o ânimo de dono, exige se apenas que o 
possuidor exerça alguns dos poderes próprios de/a proprietário/a. 
P = C + A C – A= Mera 
detenção 
• Todo/a proprietário/a é possuidor/a, mas, nem todo/a possuidor/a é proprietário. 
• Foi a adotada pelo Código Civil; 
• Anterioridade da posse em relação a propriedade = Superioridade da propriedade em relação a 
posse (Aplica a teoria da evolução); 
• “A tutela da posse não decorre da necessidade de evitar a violência, mas tem como único fundamento 
a defesa imediata da propriedade”. (Cristiano de Farias e Nelson Rosenvald 2015 p 64); 
• Poder de fato sobre a coisa; 
• Vontade do possuidor de se conduzir perante o bem como se conduziria o proprietário; 
• Modus operandi, objetivamente controlável, aferível, comportamento do sujeito perante a 
• Coisa; 
• Corpus é mais que mera apreensão física, é a destinação dada a coisa; 
• Grande Contribuição de Ihering Econômico e prático, pois, ao dispensar o animus domini amplia se o 
rol dos possuidores. 
 
 
 
Simplificando – Teorias 
 
 
Teoria Subjetiva 
 
Teoria Objetiva 
 
Savigny 
 
Ihering 
 
Corpus + Animus Domini = Posse 
 
Corpus 
 
Teoria Social 
• Em seu projeto de modificação do Código Civil (Projeto 6 960 02 o deputado Ricardo Fiúza propõe 
a seguinte redação para o art. 1 196 do Código Civil): 
• Considera se possuidor todo aquele que tem poder fático de ingerência sócio econômica absoluto ou 
relativo, direto ou indireto, sobre determinado bem da vida, que se manifesta através do exercício 
ou possibilidade de exercício inerente a propriedade ou outro direito real suscetível de posse. 
• O Projeto de Lei se coaduna com a premissa da função social da posse, de Saleilles para quem para 
configurar posse além do exercício de poder fático é necessário que seja com finalidade sócio 
econômica. 
A Função Social da Posse e o Direito de Moradia 
• Teorias sociológicas da posse; 
• A oponibilidade erga omnes, não deriva da condição de direito real patrimonial, mas 
P = C 
• do atributo extrapatrimonial da proteção da moradia (personalidade, dignidade da pessoa humana 
Art. 6 º CF/ 88). 
• Antônio Hernandez Gil Posse é o direito que mais se aproxima da realidade social, por servir o uso 
e o trabalho para a satisfação das necessidades básicas. 
• Enunciado 492 CJF: A posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve se 
expressar o aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e 
sociais, merecedores de tutela. 
• Conflito entre o direito de propriedade sob imóveis abandonados e a posse exercidas 
• por despossuídos. 
• O acesso a posse como instrumento de redução da desigualdade social e justiça distributiva. 
• Conceito: 
- É o exercício pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes à propriedade. 
- Posse para Caio Mário da Silva Pereira (p 14) “Uma situação de fato, em que uma pessoa, que pode 
ou não ser a proprietária, exerce sobre uma coisa atos e poderes ostensivos, conservando a e 
defendendo-a”. 
- Base Legal Artigo 1.196 do Código Civil: 
“Considera se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade.” 
Importância Jurídica de proteger a posse 
• 1º Evitar conflitos sociais; 
• 2º Proteger a propriedade; 
• 3º Possibilidade da aquisição da propriedade; 
Localização tópica da posse 
• O Código Civil não arrola a posse como direito real no art. 1 225, no título do Direito Reais, mas, lhe 
reserva um Título Próprio, demonstrando ser o que Tartuce (p. 30) chama de Direito com Natureza 
Jurídica Especial. 
Natureza Jurídica da posse 
• Direito subjetivo dotado de natureza peculiar, que nasce e morre com o fato. 
Dimensão da posse 
• A) Posse Real - Propriedade e Direito Real sobre coisa alheia; 
• B) Posse Obrigacional - Direito Obrigacional (Ex. Locação); 
• C) Posse Fática - Natural; 
Objeto da posse 
• Coisas corpóreas; 
Desdobramento da posse 
• Ocorre quando o proprietário, através de uma relação jurídica negocial com terceiro, transfere o 
poder sobre a coisa, quem recebe a posse fica na apreensão da coisa, posse direta, enquanto o 
proprietário se mantém na posse indireta. 
• Proprietário Possuidor Indireto. 
• Terceiro - Possuidor Direito - Derivada, subordinada; 
Composse 
• Conceito: É a situação fática na qual há pluralidade de posses sobre uma mesma coisa. Todos que 
detêm a posse estão no mesmo patamar jurídico e fático. 
• Pressupostos: 
A) Pluralidade de Sujeitos; 
B) Coisa indivisa ou em estado de indivisão; 
Art. 1.199 CC: Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela 
atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores 
• Classificação de composse quanto ao Estado: 
- Pró indiviso ou indivisível: “não é possível determinar, no plano fático e corpóreo, qual a parte de 
cada um”. (Tartuce, 2017). 
 Ex.: Vasto grupo de pessoas que ocupam um imóvel abandonado. Casarão da novela Segundo Sol. 
- Pró diviso ou divisível: “nesta situação, cada compossuidor sabe qual a sua parte, que é 
determinável no plano fático e corpóreo, havendo uma fração real da posse. (Tartuce, 2017) 
• Classificação da composse quanto à origem: 
- Entre Vivos: Decorre do Contrato, casamento; 
- Morte: Decorre da Herança; 
• Reflexo em relação a terceiros: “[...] como se fosse um único sujeito, qualquer dos possuidores 
poderá usar os remédios possessórios que se fizerem necessários, tal como acontece no condomínio.” 
(TATURCE, 2018, p. 100); 
• Observações: Composse é diferente de desdobramento da posse. Posse pode ser qualificada em 
direta e indireta, refere se a qualidade, já a compossetodos estão no mesmo plano, e o quantum da 
coisa possuída é que difere. 
• Fim da Composse: Quando ocorrer a divisão consensual ou judicial da coisa em porção 
perfeitamente identificadas; ou em caso de concentração dos atos possessórios em apenas um dos 
compossuidores; 
Detenção 
Art. 1.198: Considera se detentor aquele que, achando se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de 
ordens ou instruções suas. 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar se do modo como prescreve este 
artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume se detentor, até que prove o 
contrário. 
• Fâmulo da Posse: São os gestores da posse. (Diniz, 2002, p.39). 
Não configura posse 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como 
não autorizam a sua aquisição os atos violentos ou clandestinos senão depois de 
cessar a violência ou a clandestinidade.

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