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@eu.lusantos | 1 MBD - @eu.lusantos A pneumonia é uma doença inflamatória aguda provocada por uma infecção pulmonar causada por bactéria, fungo ou vírus. Pneumonia comunitária (PAC)ou hospitalar (PAH): • PAC: adquirida na comunidade, manifesta-se em até 48h de internação. • PAH: adquirida no hospital, manifesta-se com mais de 48h de hospitalização ou em pacientes institucionalizados (residentes em asilos, oncológicos, diálise). Na PAH é mais comum bacilos gram -. Pneumonia típica e atípica Pneumonia típica: • Tosse produtiva (com catarro) 80% • Expectoração purulenta (amarelada) • Febre alta de início súbito e calafrios • Dor torácica (mais comum em pneumonias periféricas, ou seja, em contato com a pleura (pleurite – gera uma dor respiratória dependente, pode evolui para um derrame pleural, complicação da pneumonia)) • Exame físico: estertores crepitantes (80%), aumento da FR e da FC. Pneumonia atípica: • Instalação subaguda (mais lenta) leva cerca de 7-10 dias • Febre baixa • Tosse seca Patogenia A entrada do microrganismo geralmente ocorre pela via área posterior a partir da inalação por uma outra pessoa contaminada (aspiração ou inalação). Na própria via área superior há mecanismos de defesa, dependendo da sua resposta imunológica o patógeno desce para as vias aéreas inferiores e instala a doença. Vias menos comuns: • Hematogênica, o paciente pode ter uma endocardite e pode aquele microrganismo pode migrar para os pulmões através da circulação. • As Macrobroncoaspirações e as microbroncoaspirações podem desenvolver pneumonias, por isso é importante ficar atento aos pacientes com quadro neurológico comprometido ou acamados. Diagnóstico 1. Queixas: tosse, expectoração, dor toráxica, dispneia, febre, etc. 2. Exame físico respiratório alterado: taquipneia, crepitação, etc. 3. Exame complementar: RX de tórax, hemograma (leucograma e marcadores inflamatórios). RX de tórax: é importante para a detecção de complicações (derrame pleural), diagnóstico diferencial (tumor, abcesso ou tuberculose) e avaliar o grau de comprometimento. Pneumonia @eu.lusantos | 2 Atenção.: o RX não é obrigatório para iniciar o tratamento de pneumonia, a falta dele não pode atrasar o início do tratamento. Ultrassom: alta sensibilidade e especificidade, é mais realizado em pacientes instáveis (entubado, com uso de drogas vasopressoras) na UTI e em gestantes (para não expor a radiação). Além disso, é muito usado em pacientes com derrame pleural. Tomografia de tórax: Muito sensível para detectar pneumonia, principalmente em regiões posteriores. É indicada em casos de pneumonia fúngica, diagnósticos diferencias quando acredita- se que pode ser um tumor e pacientes críticos. Síndrome do derrame pleural: no espaço pleural há o liquido pleural em pequena quantidade (suficiente para deslizar a pleural), no paciente com pneumonia o processo inflamatório libera um exsudato que comprime o pulmão. Contras: alto custo, não está presente em todos os serviços e alto nível de radiação. Biomarcadores Alterações no exame de sangue: leucograma aumentado com predomínio dos neutrófilos (polimorfonucleares) ouvir novamente a aula aqui. Os biomarcadores são muito utilizados no acompanhamento, são eles: PCR (Ptn C reativa): secretada pelos hepatócitos em resposta ao processo inflamatório da alta de interleucinas 6, beta-1 e TNF-alfa. A redução da PCR indica melhora do quadro inflamatório. Procalcitonina: exame caro, utilizado apenas em casos de dúvida entre causa de pneumonia. Está presente apenas em infecção bacteriana, é um marcador diagnóstico e prognostico. Investigação etiológica Exame de cultura para identificar o germe causador não é muito utilizado na pratica, pois em pacientes sem sepse pulmonar, sabe-se quais são os germes mais habituais causadores de pneumonia. A escolha do antibiótico é baseada na epidemiologia. Quais pacientes precisam de investigação? Os pacientes graves que não apresentam resposta ao tratamento. A coleta é realizada pela fisioterapeuta através de um cateter especifico, em alguns casos é preciso fazer uma broncoscopia (para não contaminar com os germes da cavidade oral ou via área superior). Escore CURB-65: é um escore prognostico, a fim de avaliar a chance de um desfecho desfavorável. • O prognóstico depende da: doença (gravidade, microrganismos envolvidos), @eu.lusantos | 3 hospedeiro, resposta imunológica, existência de tratamento especifico ou de suporte, escolha do tratamento e a resposta do organismo. CURB-65 • O-1: mortalidade baixa 1,5% (antibiótico e enviar para casa com orientações). • 2: mortalidade intermediaria 9,2% (considerar internar o doente). • 3 ou +: mortalidade alta (internação e em casos de >4 avaliar internação em UTI). Escolha do tratamento • De início é preciso avaliar se é uma pneumonia comunitária ou hospitalar, após de é típica ou atípica e assim iniciar o tratamento empírico. • Na UTI o tratamento é associado (mais de uma medicação). Corticoideterapia • Indicado em caso de pneumonia comunitária grave na UTI, acompanhar a PCR. Vacinação • Os pacientes devem ser vacinados com vacina da gripe e antipneumocócica. • Vacina da influenza reduz riscos cardiovasculares. Anti-influenza: @eu.lusantos | 4 Antipneumocócica: PERGUNTAS: 1. Quais as classificações da pneumonia? 2. Qual o principal agente etiológico? 3. Qual o score mais utilizado para auxiliar na decisão de tratamento ambulatorial ou internação dessa doença? 4. Quais as principais manifestações clínicas? 5. Qual o tratamento para um paciente que apresenta sinais de PAC? Referências: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios- pulmonares/doen%C3%A7as-mediastinais-e-pleurais/derrame-pleural https://drpixel.fcm.unicamp.br/conteudo/ultrassonografia-na-complementacao- do-raio-x-de-torax-com-suspeita-de-derrame-pleural https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racional /modulo3/comunitarias7.htm https://sp.unifesp.br/epe/desm/noticias/dia-da-pneumonia
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