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Lesões tubulares e intersticiais Robson Segundo Síndromes compartimentais renais: Principal função tubulo-intersticial é reabsorção; Doenças tubulo-intersticiais: Distúrbio hidroeletrolítico e ácido-básico. Túbulo contorcido proximal: Reabsorve glicose, Bicarbonato. Alça de Henle: Fica em uma região mais interna do rim (medula renal). Concentra medula (pois reabsorve soluto) e é impermeável à água. É a função que permite que urinemos. Túbulo contorcido Distal: Reabsorve N+ OU Ca++. Coletor: A função do coletor do córtex é diferente da função da medula (apesar de serem ser reabsorção, ele reabsorve coisas diferentes em cada um). Aldostertona. Reabsorve Na+. Troca Na+ por H+ OU K+ (no córtex). ADH: Reabsorve água (concentra urina) - na medula. Nefrite intersticial Aguda (NIA): Principal causa: Alergia medicamentosa (Beta-lactâmico, sulfa, AINE, Rifampicina). Clínica: Insuficiência renal oligúrica (pois a urina não consegue descer) + dor lombar (por conta da distensão renal) + febre + rash cutâneo. O edema no interstício causa um a compressão tubular (obstrução extrínseca). Não existe obstrução interna; O ultrafiltrado começa a ficar no rim, pois não consegue descer. Laboratório (além de aumento de ureia e creatinina): Hemácia não-dismórfica; Proteína subnefrótica; Eosinofilia / aumento de IgE / Eosinofilúria (que é o aumento de leucócitos por eosinófilos). Padrão-ouro: Biópsia (em geral, não se faz). O quadro clínico é tão claro, que não se faz necessário realizar. Tratamento: Eliminar causa; Corticoide se necessário. Porém, a terapêutica padrão é suspender ou eliminar a etiologia (ou seja, suspender a medicação que causou). Necrose de papila: Quadro clínico: Dor lombar ("cálculo"); Hematúria; Febre. Diagnóstico diferencial: Nefrolitíase; Pielonefrite. Confirma com urografia excretora (sombras em anel - que são as falhas de enchimento). Causas (cai muito em PROVA): Pielonefrite; Hemoglobina S (anemia falciforme); Obstrução urinária; Uma pessoa com doença prostática, por exemplo. Diabetes; Analgésico. Parece provocar algum grau de vasoconstricção, alguma deficiência perfusional para a papila, promovendo uma isquemia (hipóxia) e posterior necrose. Tratamento: Afastar a causa. Doença vascular renal: Começou pril e piorou a função renal, tem que pensar nessa possibilidade. Causas: Aterosclerose (mais comum): >70-90% dos casos; Idosos; Proximal à aorta. Displasia fibromuscular: Menos comum; Mulheres jovens; Distal à aorta. Consequências: Hipofluxo; Atrapalha a filtração renal acontecer. Liberação de renina; O rim passa a se adapatar ao hipofluxo. Ativação do sistema RAA. Resumindo adaptação renal: Responsável: Angiotensina II. Hipertensão Renovascular; Vasoconstricção arteríola eferente. Diagnóstico: Exames iniciais (rastreio): Cintilografia renal (renograma) - muito pouco feito hoje em dia na prática; Faz com e sem pril. USG com doppler (assimetria e diminuição do fluxo) - mais recomendado. Confirmação: Exames que conseguem ver a anatomia vascular e confiar o diagnóstico. AgioTC; AngioRM. Dúvida / Intervenção: O ideal é que se estude o vaso da melhor forma possível. Arteriografia renal (padrão-ouro). Tratamento: Displasia fibromuscular: Angioplastia. Ela é feito sem a colocação do stent. Só se coloca stent nas lesões vasculares com altos índices de recidivas (justamente para evitá-la). Aterosclerose: O resultado é o mesmo se for com fármaco ou cirúrgico. IECA ou BRA-II (pril ou sartan). Impede a formação ou a ação da Angiotensina II. Não usar se: Estenose bilateral / estenose em rim único. Chamadas de nefropatia isquêmica. Não pode fazer IECA ou BRA-II e acabar com a adaptação desse rim. Revascularização (angioplastia (com stent - pois tem grande chance de recidiva) / cirurgia). Ateroembolismo: Principal causa: Procedimento vascular (ex.: aortografia). Não é restrito ao rim. Rim: Insuficiência renal. Achado na biópsia renal: Fissuras (ou fendas) biconvexas. Pele: Livedo reticular. Placas de colesterol na pele; O vaso da pele fica um pouco mais pálido (devido à obstrução vascular). A parte vizinha dilata, para compensar. Extremidades: Síndrome do dedo azul. Cianose de extremidades. Retina: Placas de Hollenhorst (patognomônico). Placas de colesterol na retina. Eosinofilia / eosinofilúria / Diminuição do complemento. Tratamento: Suporte (não existe medicamento para tratar). O próprio organismo vai resolvendo a complicação. Ex.: Se a falência renal for muito severa, dialisa o paciente (para dissolver as embolias que aconteceram, por exemplo). Distúrbios tubulares específicos: Túbulo contorcido proximal: Glicose: Glicosúria renal. Atenção: Sem hiperglicemia. Bicarbonato: Acidose tubular renal (tipo 2). Causa: Bicarbonatúria (não consegue reabsorver bicarbonato). Detalhe: Hipocalemia (perda de potássio). Para equilibar a bicarbonatúria. Falha generalizada (principal causa: mieloma múltiplo): Síndrome de Fanconi. Terá, ao mesmo tempo, glicosúria renal e acidose tubular renal (tipo 2). Alça de Henle: Concentra medula (quando o carreador Na-K-2CL para de funcionar). Marcas: Poliúria (não concentra medula: ADH não age); HipoK + Alcalose (aumento de oferta de Na: aumento da ação da Aldosterona). Causas: Síndrome de Bartter (mimetiza a ação da furosemida). Furosemida (Lasix). Túbulo contorcido distal: Reabsorve Na+ OU Ca++ Marcas: Hipocalciúria (não reabsorve Na+: reabsorve Ca++); HipoK + Alcalose (aumento de Na: aumento da ação da Aldosterona). Causas: Síndrome de Gitelman; Mimetiza a ação dos tiazídicos. Tiazídico. Túbulo coletor cortical: Aldosterona troca Na+ por H+ OU K+. Acidose tubular renal (tipo 1 - distal): Causa: Diminuição da secreção de H+. O H+ que seria trocado não está sendo trocado. Detalhe: Hipocalemia. Acidose tubular renal (tipo 4): Causa: Diminuição da Aldosterona (hipoaldosteronismo). A troca ainda acontece, mas em menor intensidade. Detalhe: Hipercalemia. Pois elimina muito pouco. É a única acidose tubular renal que cursa com hipercalemia. Túbulo coletor medular: ADH reabsorve água e concentra urina. Coletor resistente ao ADH (Diabetes Insipidus Nefrogênico). Oligúria, hipostenúria (urina diluída - cheia de água), polidipsia (bebe muita água, por ter muita sede). O ADH está funcionando, mas o ADH defeituoso não consegue sofrer ação do ADH.
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