Buscar

O que é trauma e quais suas consequências?

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trauma e sua consequências
 Robson Segundo
Triagem:
Distribuição trimodal:
Segundos a minutos (50%):
Apneia (TCE/TRM);
Lesão cardíaca ou aorta.
Prevenção.
Minutos até 24h (30%):
Potencial de cura.
Se souber manejar, salva o paciente.
ATLS.
>24h (20%):
O que leva ao óbito são as complicações que a lesão ou o 
atendimento ao paciente pode levar (não necessariamente a 
lesão).
Sepse;
TEP;
Síndrome de disfunção múltiplas de órgãos e sistemas.
Fazer uma boa medicina.
Quanto melhor atender o paciente, menores são os riscos de 
complicação que o paciente pode apresentar.
É conseguir avaliar o cenário de trauma e alocar os recursos necessários 
para atender o paciente (identificar o paciente que precisa de atendimento 
e qual o nível de atendimento).
Número de vítimas < capacidade de atendimento:
Avaliar os mais graves inicialmente.
Número de vítimas > capacidade de atendimento:
Avaliar inicialmente aquele com maior chance de sobrevida.
Pois avalia de maneira mais rápida e não vai deixar passar nenhum 
diagnóstico.
Índices de trauma:
"Trauma Score" - TS:
ECG, FR, esforço respiratório, PAS e enchimento capilar.
"Revised Trauma Score" - RTS:
ECG, FR, PAS - Score fisiológico;
Tem a capacidade de avaliar a mortalidade precoce.
Pois consegue avaliar os parâmetros no primeiro atendimento.
"Injury Severity Score" - ISS:
Baseado no AIS - Score anatômico;
Gravidade das lesões:
Exame físico, radiologia, cirurgia e autópsia.
Avalia a mortalidade tardia.
"Trauma and injury severity score" - TRISS:
RTS + ISS + idade (<=54 anos) + mecanismo do trauma;
Utilizado no Colégio Americano de Cirurgiões.
Atendimento inicial:
Garantir a sua segurança:1.
A:
Coluna cervical + via aérea:
Estabilizar a coluna cervical:
Estabiliza amais aquele paciente que tem risco de lesão.
Colar + prancha + Coxins.
Via aérea está pérvia?
Fonação está preservada (paciente responde quando 
chamado - independente da forma como ele fale)?
Sim:
Oferecer O2 (10-12L/min).
Não:
Afastar corpo estranho.
Se, mesmo após afastar corpo estranho, a via aérea ainda não 
está pérvia:
Via aérea artificial.
Indicações:
Apneia;
Proteção de via aérea;
Incapacidade de manter oxigenação;
TCE grave (Glasglow <=8).
Tipos:
Definitiva (protege a via aérea - balonete na 
traqueia: se insulfla, protege a via aérea do 
paciente);
Intubação orotraqueal (mais utilizada);
Intubação Nasotraqueal (tem que ter o 
paciente cooperativo / acordado);
Cricotireoidostomia cirúrgica (apesar de ser 
relativamente simples, nem todo mundo 
sabe fazer);
Traqueostomia (quase nunca faz em um 
primeiro atendimento).
Temporária (não protege a via aérea - além de 
ser breve o seu uso).
Cricotireoidosmia por punção;
Máscara laríngea e Combitubo.
Intubação orotraqueal (mais utilizada):
Sequência rápida (ou intubação assistida por drogas):
As drogas têm efeito de ação quase imediato e consegue-
se ter uma depuração também quase imediata.
Etomidato (0,3mg/kg);
Succinilcolina (1mg/kg).
Manobra de Sellick:
Diminui o risco de broncoaspiração.
Avaliação da posição do tubo;
Visualização e exame físico;
Capnografia e radiografia de tórax.
Se não conseguir intubar:
Máscara laríngea (ML):
É via aérea temporária;
Coloca sem precisar fazer laringoscopia.
Quando coloca, oclui tanto a orofaringe, quanto o 
esôfago e o ar vai direto na traqueia.
Combitubo (CT):
Tem que tentar realizar um entubação esofágica;
Insulfla, ocluindo o esôfago e o balão mais proximal 
insulfla a orofaringe.
É temporária;
Acesso às cegas.
Se não tem ou não quer ML ou CT (porque quer via aérea 
definitiva):
O "crico" eu faço?
Cricotireoidostomia cirúrgica.
Faz uma dissecção na membrana e coloca a 
cânula.
Cirúgica;
Não é todo mundo que sabe fazer.
Definitiva.
Cricotireoidostomia por punção:
Criança <12 anos (pois não tem a estrutura óssea 
bem formada, pode evoluir com estenose, 
traqueomalácia) ou sufoco (apneia de maneira 
súbita);
O ar só entra (a liberação de CO2 não é boa);
É mais para o sufoco, enquanto organiza a via 
aérea duradoura.
Temporária;
15L/min (40-50 PSI);
1:4seg;
Tempo máximo: 30-45min (pois há risco de 
carbonarcose - já que o CO2 é difícil de sair).
Traqueostomia:
Fratura de laringe:
Rouquidão, enfisema, palpação.
Tenta IOT, caso não consiga, faz traqueostomia
B:
Respiração.
Oferecer O2 (10-12L/min);
Exame respiratório;
Oxímetro de pulso.
C:
Circulação + controle da hemorragia.
Trauma + hipotensão = choque hemorrágico e hipovolêmico.
Tórax, abdome, fratura de pelve, de ossos longos ou 
exasnguinando.
TCE não tem como ter choque hemorrágico e 
hipovolêmico.
Acesso Venoso periférico (02 acessos);
Caso não consiga periférico:
Veia central, dissecção de safena, intra-ósseo.
Cristaloide (SRL ou SF0,9%) aquecido;
Até 01L e 20ml/kg na criança.
Estimativa de perda volêmica (classe deperda volêmica ou classe 
de choque):
Hipotensão permissiva (reanimação de controle de danos):
Depois de estabilizado o paciente, não fica 
encharcando ele;
Não faz em paciente vítima de TCE (principalmente 
TCE grave).
PA mínima para garantir a perfusão.
Transfusão maciça:
>10Ui/24h ou >4Ui/1h;
1ConcHemácias:1Plasma:1CPlaquetas.
Começa com O negativo até a tipagem sanguínea.
Classe IV ou ABC>=2 pontos.
Em suma, faz em paciente que foi feito 1L e não 
melhorou.
Ácido tranexâmico (Transamim):
Antifibrinolítico.
Para quem tem hiperfibrinólise;
Geralmente feito para paciente instável, que fará a 
transfusão maciça.
01ª dose (01g) deve ser feita nas primeiras 03 horas e 
dose (01g) de reforço em 08 horas.
Diurese:
Melhor maneira de avaliar se o paciente está 
perfundindo bem ou não.
0,5ml/kg/h;
Criança: 01ml/kg/h.
Sonda vesical.
Classe I / Classe II Classe III / Classe IV
PA Normal Hipotensão
FC <100 / >100 >120 / >140
Sangue Não / Talvez Sim / Transfusão maciça
Pneumotórax hipertensivo:
Não sondar (afastar suspeita de lesão de uretra):
Sangue no meato uretral;
Retenção urinária (bexigoma);
Hematoma perineal;
Fratura de pelve.
Uretrocistografia retrógrada.
Controle da hemorragia:
Nenhuma medida é tão eficaz do que essa.
Comnprimir feridas sangrantes.
D:
Disfunção neurológica.
Escala de Glasglow;
Avaliação das pupilas e extremidades.
E:
Exposição + controle do ambiente.
Expor todo o paciente + prevenir a hipotermia.
Ar condicionado da sala de trauma é para estar desligado;
Utilizar manta térmica;
Hipotermia deflagra coagulopatia (se tem ela, o paciente não para 
de sangrar e o paciente evolui com acidose, evoluindo com a 
tríade letal).
X-ABCDE:
Realizado por paramédicos (PHTLS 09ª Ed.).
Atendimento pré-hospitalar.
Se exsanguinante: primeiro comprime.
O trauma não é a única causa;
A principal causa é uma lesão pleuropulmonar relacionado a uma 
ventilação mecânica (paciente que tem barotrauma, por exemplo).
Clínica:
Ventilatório:
Murmúrio bem diminuído ou abolido;
Hipertimpanismo.
Hemodinâmico:
Choque obstrutivo.
Desvio da traqueia;
Turgência jugular;
Hipotensão.
Pneumotórax aberto:
Tórax instável:
Diagnóstico:
É clínico.
Conduta:
Imediata.
Melhora a situação hemodinâmica do paciente.
Toracocentese de alívio:
04º-05º EIC anterior à Linha axilar média (ATLS 10ª Ed.);
02º EIC na linha hemiclavicular (ainda permanece para crianças).
Definitiva:
Drenagem em selo d'água (toracostomia).
05º EIC anterior à Linha Anterior Média.
Drenou, mas não melhorou:
Lesão de grande via aérea:
Diagnóstico:
Broncoscopia.
Conduta imediata:
IOT seletiva;
02º dreno.
Conduta definitiva:
Toracotomia.
Lesão da caixa torácica >=2/3 da traqueia.
Conduta:
Imediata:
Curativo em 03 pontas.
Definitiva:
Drenagem em selo d'água.
05º EIC anterior à Linha axilar Média.
Pneumotórax simples:
Não drenar.
Drenagem se:
Transporte aéreo;
Ventilação mecânica.
Fraturas em >= 02 arcos costais consecutivos em pelo menos 02 pontos 
em cada arco.
Clínica:
Dor;
Hemotórax:
É o que compromete a situação do paciente com tórax instável.
Respiração paradoxal.
Conduta:
Suporte:
Analgesia e O2.
Contusão pulmonar.Geralmente, quando tem tórax instável, tem contusão;
Não é obrigado ter tórax instável para ter contusão pulmonar;
É também algo que compromete a situação do paciente;
Parece uma consolidação (atelectasia).
O diagnóstico diferencial é feito, pois atelectasia respeita a 
árvore pulmonar. 
Conduta:
Suporte:
Analgesia e O2;
Oximetria e gasometria;
IOT + Ventilação mecânica se hipoxemia (geralmente não 
precisa).
Sat O2 <90% ou PaO2 <60mmHg.
Lesão de vasos intercostais ou parênquima "auto-limitado" (quando o 
paciente procura atendimento, já parou de sangrar).
Clínica:
Tem que avaliar a percussão.
Murmúrio diminuído;
Macicez;
Jugular colabada.
Conduta:
Drenagem em selo d'água.
Facilita a reexpansão do parênquima pulmonar.
O sangue parado pode ser um meio de cultura para infecção.
Hemotórax maciço:
Drenagem >1500ml de sangue (de maneira imediata);
Débito (sangramento) constante >200-300ml, 2-4h.
Indica que o paciente continua sangrando.
Conduta:
Toracotomia (de urgência).
Para avaliar o local que está sangrando.
Tamponamento cardíaco:
Toracotomia de reanimação (faz onde estiver):
Hemotórax maciço não se enquadra aqui (ele é de 
urgência);
Geralmente é para trauma de tórax (aberto ou contuso - 
desde que evolua com PCR).
PCR pós traumática +
Trauma de tórax +
Sinais de vida.
Pois se o paciente não tiver mais sinais de vida, não 
tem por que realizar a toracotomia de reanimação.
Pupilas reagentes, movimentos de extremidades, ECG 
com atividade organizada.
Objetivos:
Massagem direta;
Acessar saco pericárdico;
Controle de hemorragia (lesão torácica que está 
sangrando);
Clampear aorta distal (reoxigena o cérebro - evita que o 
sangue vá para MMII);
Embolia gasosa (não são todas as referências que a 
consideram).
Líquido no espaço pericárdico (100-150ml) - inviabilizando a função 
do coração (não relaxa de forma adequada).
 Pode acontecer em outros contextos (não só no trauma).
Clínica:
Tríade de Beck (tendo ela, é tamponamento cardíaco):
Turgência de jugular;
Hipotensão;
Hipofonese de bulhas.
Devido ao líquido, não consegue ouvir direito as bulhas;
Na ausculta pulmonar, não há alteração, nem tem lesão no tórax.
Pulso paradoxal:
Diminuição da PAs >10mmHg na inspiração.
A tendência é a PAs aumentar e não diminuir, como ocorre.
Sinal de Kussmaul:
Agravamento da turgência jugular na inspiração.
Lesão de aorta:
Normalmente, quando inspira, ela melhora, o que não ocorre no 
tamponamento cardíaco.
Diagnóstico:
Clínica + FAST.
Se tem líquido no saco pericárdico, confirma o tamponamento 
cardíaco.
Tratamento:
Toracotomia + reparo da lesão (ideal).
Se tiver condições de realizá-la, já faz logo a toracotomia.
Conduta temporária:
Pericardiocentese (15-20ml).
Caso não tenha uma equipe preparada ou não se sabe fazer a 
toracotomia.
Geralmente é fatal (de segundos a minutos) em 80% (é o esperado), 
mas em 20% consegue-se tamponar.
Ocorre ao nível do ligamento arterioso.
Fixação fibrosa da aorta do paciente (a aorta fica presa ao ligamento 
arterioso, podendo ter um rasgo na aorta).
Clínica:
Pobre.
Pulso MMSS normal e diminuído em MMII.
Pois, o ligamento arterioso é depois da emergência da subclávia - 
ele vem depois, livrando o pulso do MMSS.
Se história compatível, investigar:
Achados na radiografia:
Alargamento do mediastino (>08cm) (mais importante);
Perda do contorno aórtico;
Desvio para direita: TOT, traqueia.
Eles normalmente estão para esquerda.
Diagnóstico (para confirmar):
Angio-TC (mais realizada habitualmente);
Aortografia.
Tratamento:
Não repara a lesão no primeiro momento (pois, se o paciente 
conseguiu tamponar o sangramento, ele tem um hematoma 
relativamente estável).
Tratar as outras lesões inicialmente;
Trauma de abdome:
Pois normalmente são pacientes vítimas de politrauma.
Manter FC (<80) e PAM (60-70mmHg);
Toracotomia (cirurgia aberta) ou reparo endovascular (depois que tratar as 
outras lesões).
O reparo endovascular tem sido cada vez mais realizado.
Lesões mais comuns:
Contuso:
Baço.
Penetrante:
PAF:
Delgado.
Arma Branca:
Fígado.
Sinal do cinto de segurança:
Lesão do intestino delgado ou mesentério.
Exames para avaliação:
Tomografia computadorizada:
Avalia as lesões específicas e o retroperitônio.
Consegue avaliar o grau da lesão e consequentemente o tipo de 
abordagem que será feita (conservador ou cirúrgico).
Tem que existir estabilidade hemodinâmica.
Pois, se fizer no paciente instável, o paciente morre durante o 
exame.
Não é ideal para:
Vísceras ocas;
Não consegue visualizar com clareza.
Diafragma;
Se tem lesão no diafragma, não consegue avaliar de 
maneira correta (e toda lesão do diafragma tem que 
ser reparada idealmente).
Se houver herniação de conteúdo para o tórax, a 
tomografia consegue visualizar, mas a lesão específica no 
diafragma ela não consegue visualizar.
Paciente instável:
Lavado peritoneal diagnóstico - LPD:
Mais sensível para identificar sangue.
Local de incisão: infraumbilical (pode-se fazer o kit de 
Seldguin).
Gestante ou paciente com suspeita de fratura de pelve:
Faz-se supraumbilical.
Na gestante é porque tem o crescimento gravídico 
do útero;
No paciente com suspeita de fratura de pelve, é 
porque se fizer infraumbilical, pode puncionar o 
sangramento da pelve.
Positivo:
Aspirado inicial:
Quando no aspirado inicial voltar sangue ou 
conteúdo do TGI.
O problema é quando o aspirado inicial dá negativo 
(porque terá que realizar todo o lavado).
>=10ml de sangue;
Não precisou nem fazer o lavado e já foi visto que 
retornou sangue.
Conteúdo do trato gastrointestinal (ex.: bile, fibras 
alimentares).
Pós lavado:
Leva-se o soro da cavidade abdominal para análise 
laboratorial.
Gram +;
Hemácias >100.000/mm³;
Leucócitos >500/mm³;
Fibras alimentares ou bile.
FAST - Focused Assessment Sonography in Trauma:
Identifica líquido livre (não visualiza sangue) na cavidade 
abdominal (não procura líquido na pelve).
É feito a beira do leito (ou seja, é feito de maneira muito 
rápida).
Onde procurar:
Saco pericárdico;
Se tiver lâmina anecoica (escura), fala-se que tem líquido 
dentro.
Espaço hepatorrenal;
Pois acumula-se líquido nas regiões mais laterais.
Espaço esplenorrenal;
Pois acumula-se líquido nas regiões mais laterais.
Supra púbica (hipogastro).
Pois acumula-se líquido na região inferior também.
O ideal é o paciente estar com a bexiga cheia (consegue 
visualizar líquidos por trás da bexiga de maneira mais 
fácil).
FAST estendido - "E-FAST":
Avalia também o tórax (para investigar pneumotórax ou 
hemotórax).
Videolaparoscopia:
Videotoracoscopia também serve, mas a 
videolaparoscopia é mais comum no dia a dia.
Hoje em dia, realiza quando se tem dúvida no 
diagnóstico.
Transição toracoabdominal e lesão do diafragma.
Exige estabilidade hemodinâmica.
Quando indicar a laparotomia:
Toda vez que o paciente apresentar abdome cirúrgico.
Se achar algum indício dele, realiza a laparotomia;
Será abdome cirúrgico, toda vez que o paciente apresentar uma 
lesão óbvia.
Penetrante:
Choque;
Peritonite;
Evisceração.
Contuso:
Peritonite;
Retro/pneumoperitonite.
Trauma penetrante não cirúrgico:
Não tem lesão óbvia (choque, peritonite ou evisceração).
Arma de fogo (na parede anterior do abdome):
Laparotomia (a tendência é realizá-la - 90/95%).
A intensidade é tão elevada, que a probabilidade de lesão 
intraabdominal é altíssima.
Flanco ou dorso:
Faz TC se o paciente estiver estável.
Pois há chance de não ter penetrado intrabdominal (apesar 
de ter entrado).
"Lesão em sedenho" (entra, mas não penetra).
Descola o subcutâneo e sai em outra região.
Arma branca:
O abdome é cirúrgico? Tem lesão óbvia (choque, peritonite, 
evisceração).
Sim:
Laparotomia.
Não:
Não se sabe se a facada entrou dentro da cavidade 
abdominal (pode ter só aberto a pele e ficado só até o 
subcutâneo).
Exploração digital da ferida:
Negativa:
Não violou o peritônio (sente uma 
aponeurose/peritônio íntegro).
O paciente só tem uma lesão de pele (realiza 
uma sutura, se for indicado, e dá alta).
Positiva ou duvidosa (não pode afirmarque é abdome 
cirúrgico):
 Duvidosa (paciente obeso, por exemplo).
Observar 24h com exame físico seriado e colhendo 
hemoglobina (pode ser hemograma) de 08/08h.
Alteração:
Não: Reiniciar dieta + dieta.
Abdome"cirúrgico" ou choque: laparotomia.
Leucocitose OU diminuição de Hb >3g/dL 
(ainda não é cirúrgico): considerar 
TC/FAST/Lavado peritoneal difuso.
Trauma contuso não cirúrgico:
Não tem peritonite ou retro/pneumoperitônio.
Ou seja, não tem lesão óbvia.
Avaliar a estabilidade hemodinâmica:
Estável:
TC para avaliar o grau das lesões (independente do que possa 
acontecer) - PROVA: se o paciente é estável, sempre realiza TC
 (independente se FAST positivo ou negativo).
Pois nem sempre, se tiver lesão, realizar-se-á cirurgia 
(hoje em dia, prioriza-se mais tratamento conservador).
Pode ou não fazer FAST antes da TC.
Ele é tão rápido de realizar, que consegue avaliar inicialmente 
o paciente (chama-se de "FAST de segurança").
Pois muitos pacientes estáveis instabilizam durante a TC.
Se não visualizar líquido livre no FAST, pode realizar a 
TC tranquilamente;
Se visualizar líquido livre, avisa a quem vai realizar a 
TC da possibilidade do paciente instabilizar.
Instável:
Não politrauma (só uma pancada na barriga, por exemplo):
Laparotomia.
Pois sabe-se de onde vem o sangue.
Politrauma (o sangue pode ser de outro lugar e não do abdome):
FAST OU Lavado Peritoneal Difuso (LPD) - um ou outro e só.
Porque tem que provas que o sangue veio da 
cavidade abdominal.
Se positivo, faz laparotomia.
Quando indicar o tratamento conservador:
É a tendência atualmente.
Abdome não é cirúrgico;
Estabilidade hemodinâmica;
Condições de observação: CTI;
Intervenção imediata.
Tem que ter suporte para isso.
Equipe de cirurgia a postos;
Angioembolização.
Cada vez mais controla-se o sangramento por ela.
Cirurgia para controle de danos:
Pode-se adotar para pacientes com trauma de abdome complexo.
O problema é que duram horas a cirurgia de tratamento e o 
paciente tinha uma mortalidade elevada, por conta da tríade 
letal.
Evitar a tríade letal (mortalidade elevada):
Hipotermia + coagulopatia + acidose.
Cirurgia inicial breve:
Controle da hemorragia e lesões grosseiras + perineostomia.
Reanimação em UTI (para melhorar o paciente):
Controle da hipotermia, DHE e distúrbios hemorrágicos.
24-72h.
Cirurgia definitiva:
Reparo definitivo.
Síndrome compartimental abdominal (SCA):
Pressão intrabdominal (PIA) normal:
5-7mmHg.
Hipertensão intrabdominal:
PIA >12mmHg.
Classificação:
Grau I:
12-15mmHg;
Grau II:
16-20mmHg.
Grau III (importante):
21-25mmHg.
Grau IV (importante):
>25mmHg.
SCA = PIA >=21mmHg + consequências (algum grau de insuficência).
Insuficiência Respiratória Pulmonar aguda, IRA, hipotensão, HIC.
Tratamento:
PIA 21-25mmHg (III):
Conservador.
Posição supina;
Reposição com cautela;
drenagem de coleções;
Analgesia;
Sedação.
Descompressão se refratário.
PIA >=25mmHg (IV):
Medidas conservadoras + descompressão.
Fratura de pelve:
Entra no diagnóstico diferencial de trauma de abdome em relação 
ao sangramento.
É causa de instabilidade hemodinâmica:
Discrepância dos MMII;
Rotação lateral dos MMII;
Escala de coma de Glasglow:
Hematoma em região perineal;
Uretrorragia;
Dor;
Através de leve palpação.
Creptação.
Através de leve palpação.
Fratura em livro aberto "Open book" (cai mais em PROVA).
É ela que geralmente cursa com instabilidade hemodinâmica.
Sangramento venoso.
Há disjunção do anel pélvico (há laceração do plexo venoso da 
pelve o paciente pode sangrar).
Tratamento:
Amarrar a pelve;
Ao nível do trocanter maior do fêmur.
Se fizer mais em cima, aumenta a pressão intrabdominal.
Fixação externa.
Pode ficar por até 06-12 semanas.
Para quem tem treinamento, faz-se de maneira rápida, ainda na 
sala de trauma (atendimento inicial).
Se não parou de sangrar:
Possa ser que seja um sangramento arterial.
Angioembolização;
Vê o vaso da pelve que está sangrando e emboliza esse 
sangramento (resolve o sangramento).
Packing pré-peritoneal.
Faz acesso pré-peritoneal e coloca compressa dentro para 
tamponar.
Sempre avalia a melhor resposta;
Vai de 03 a 15;
Não existe Glasglow 0.
Flexão anormal é a espasmódica (de decorticação).
Avaliar o TCE:
Leve:
13-15.
Moderado:
09-12.
Grave:
Traumatismo Cranioencefálico - TCE:
<=8.
Glasglow-P:
Além do Glasglow, avaliar a resposta pupilar do paciente;
Avalia a resposta pupilar do paciente e subtrai da escala de coma de 
Glasglow;
Glasglow-P é mais para o paciente que está no limite inferior de TCE 
para se tornar grave (pois a Escala de Coma de Glasglow-P é mais 
sensível).
Glasglow-P = ECG - RP.
ECG-P: 1-15 pontos.
Ambas pupilas reagem = 0;
Uma pupila reage = 1;
Nenhuma reação = 2.
Lesão cerebral difusa:
Concussão.
"Nocaute";
Na maioria das vezes, consegue retornar de maneira rápida;
Há lesão por desaceleração.
Perda súbita da consciência que melhora.
A perda súbita da consciência, na grande maioria dura <06h.
Conduta:
Observação.
Lesão axional difusa:
Perda súbita e duradoura da consciência;
Há lesão por desaceleração com rotação;
É pior, porque o tronco não consegue acompanhar o córtex e 
acaba tendo lesão por cisalhamento do axônio.
Glasglow baixo + TC inocente;
Conduta:
Suporte.
Para evitar lesão secundária (que é o que se faz no TCE grave).
Lesão cerebral focal:
Hematoma:
Extra ou epidural;
Subdural.
Subdural Epidural
Condutas no TCE:
TCE leve (ECG: 13-15):
Geralmente terá uma boa evolução.
Indicações de TC:
Risco elevado de intervenção neurcirúrgica;
ECG<15 pontos após duas horas de trauma;
Suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento;
Sinais de fratura de base de crânio;
Se tem essa suspeita, não pode passar nada pelo nariz do 
paciente (sonda nasogástrica, nem intubação 
nasotraqueal se faz).
Vômitos (>02 episódios), >65 anos, uso de anticoagulantes.
Risco moderado de intervenção neurocirúrgica:
Perda de consciência prolongada;
Amnésia retrógrada;
Mecanismo perigoso de trauma:
Ejeção do veículo;
Atropelamento;
Queda de altura superior a 05 degraus de uma escada ou 
0,9 metros.
TCE moderado (ECG: 9-12):
Sempre TC e avalaiação neurocirúrgica;
Local Espaço Subdural Espaço Epidural
Vaso lesado Veia Ponte Artéria Meníngea
Frequência / Fator de 
risco
Mais comum;
Atrofia cortical;
Idoso, alcoólatra
Mais rato;
Trauma intenso (ex.: 
concussão);
Osso temporal
Clínica Progressiva Intervalo lúcido (perde 
a consciência, retoma a 
consciência e depois 
perde a consciência de 
novo).
Imagem Crescente Biconvexa
Reavaliação seriada;
Não dá alta automaticamente (tem que ficar pelo menos 24h).
Nova TC em 24h se piora ou alteração na TC inicial.
TCE grave (ECG: <=8):
O que se quer é evitar lesões secundárias (que pode ter por 
hipoxemia ou redução do fluxo cerebral).
Via aérea artificial;
Cateter de PIC (quem passa é o neurocirurgião);
Controle da PPC >70mmHg (PPC = PAM - PIC);
Cabeceira 30-45°;
PAS >=100mmHg (50-69 anos) ou >=110mmHg (15-49 ou >=70 
anos);
Drenagem liquórica;
Osmoterapia com manitol (Salina hipertônica);
Hiperventilação leve e transitória (em refratários, ou seja, não é para 
sair fazendo de cara hiperventilação em TCE);
Deve ser feita de maneira momentânea (só até conseguir outra 
alternativa).
Corticoides não melhoram o prognóstico;
Hipotermia diminui a PIC e faz neuroproteção.
Há muitos risco em se fazer, que se evita ao máximo e para fazer 
tem que ter o consentimento da família.
Não melhora prognóstico no TCE grave.

Continue navegando