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Trauma e sua consequências Robson Segundo Triagem: Distribuição trimodal: Segundos a minutos (50%): Apneia (TCE/TRM); Lesão cardíaca ou aorta. Prevenção. Minutos até 24h (30%): Potencial de cura. Se souber manejar, salva o paciente. ATLS. >24h (20%): O que leva ao óbito são as complicações que a lesão ou o atendimento ao paciente pode levar (não necessariamente a lesão). Sepse; TEP; Síndrome de disfunção múltiplas de órgãos e sistemas. Fazer uma boa medicina. Quanto melhor atender o paciente, menores são os riscos de complicação que o paciente pode apresentar. É conseguir avaliar o cenário de trauma e alocar os recursos necessários para atender o paciente (identificar o paciente que precisa de atendimento e qual o nível de atendimento). Número de vítimas < capacidade de atendimento: Avaliar os mais graves inicialmente. Número de vítimas > capacidade de atendimento: Avaliar inicialmente aquele com maior chance de sobrevida. Pois avalia de maneira mais rápida e não vai deixar passar nenhum diagnóstico. Índices de trauma: "Trauma Score" - TS: ECG, FR, esforço respiratório, PAS e enchimento capilar. "Revised Trauma Score" - RTS: ECG, FR, PAS - Score fisiológico; Tem a capacidade de avaliar a mortalidade precoce. Pois consegue avaliar os parâmetros no primeiro atendimento. "Injury Severity Score" - ISS: Baseado no AIS - Score anatômico; Gravidade das lesões: Exame físico, radiologia, cirurgia e autópsia. Avalia a mortalidade tardia. "Trauma and injury severity score" - TRISS: RTS + ISS + idade (<=54 anos) + mecanismo do trauma; Utilizado no Colégio Americano de Cirurgiões. Atendimento inicial: Garantir a sua segurança:1. A: Coluna cervical + via aérea: Estabilizar a coluna cervical: Estabiliza amais aquele paciente que tem risco de lesão. Colar + prancha + Coxins. Via aérea está pérvia? Fonação está preservada (paciente responde quando chamado - independente da forma como ele fale)? Sim: Oferecer O2 (10-12L/min). Não: Afastar corpo estranho. Se, mesmo após afastar corpo estranho, a via aérea ainda não está pérvia: Via aérea artificial. Indicações: Apneia; Proteção de via aérea; Incapacidade de manter oxigenação; TCE grave (Glasglow <=8). Tipos: Definitiva (protege a via aérea - balonete na traqueia: se insulfla, protege a via aérea do paciente); Intubação orotraqueal (mais utilizada); Intubação Nasotraqueal (tem que ter o paciente cooperativo / acordado); Cricotireoidostomia cirúrgica (apesar de ser relativamente simples, nem todo mundo sabe fazer); Traqueostomia (quase nunca faz em um primeiro atendimento). Temporária (não protege a via aérea - além de ser breve o seu uso). Cricotireoidosmia por punção; Máscara laríngea e Combitubo. Intubação orotraqueal (mais utilizada): Sequência rápida (ou intubação assistida por drogas): As drogas têm efeito de ação quase imediato e consegue- se ter uma depuração também quase imediata. Etomidato (0,3mg/kg); Succinilcolina (1mg/kg). Manobra de Sellick: Diminui o risco de broncoaspiração. Avaliação da posição do tubo; Visualização e exame físico; Capnografia e radiografia de tórax. Se não conseguir intubar: Máscara laríngea (ML): É via aérea temporária; Coloca sem precisar fazer laringoscopia. Quando coloca, oclui tanto a orofaringe, quanto o esôfago e o ar vai direto na traqueia. Combitubo (CT): Tem que tentar realizar um entubação esofágica; Insulfla, ocluindo o esôfago e o balão mais proximal insulfla a orofaringe. É temporária; Acesso às cegas. Se não tem ou não quer ML ou CT (porque quer via aérea definitiva): O "crico" eu faço? Cricotireoidostomia cirúrgica. Faz uma dissecção na membrana e coloca a cânula. Cirúgica; Não é todo mundo que sabe fazer. Definitiva. Cricotireoidostomia por punção: Criança <12 anos (pois não tem a estrutura óssea bem formada, pode evoluir com estenose, traqueomalácia) ou sufoco (apneia de maneira súbita); O ar só entra (a liberação de CO2 não é boa); É mais para o sufoco, enquanto organiza a via aérea duradoura. Temporária; 15L/min (40-50 PSI); 1:4seg; Tempo máximo: 30-45min (pois há risco de carbonarcose - já que o CO2 é difícil de sair). Traqueostomia: Fratura de laringe: Rouquidão, enfisema, palpação. Tenta IOT, caso não consiga, faz traqueostomia B: Respiração. Oferecer O2 (10-12L/min); Exame respiratório; Oxímetro de pulso. C: Circulação + controle da hemorragia. Trauma + hipotensão = choque hemorrágico e hipovolêmico. Tórax, abdome, fratura de pelve, de ossos longos ou exasnguinando. TCE não tem como ter choque hemorrágico e hipovolêmico. Acesso Venoso periférico (02 acessos); Caso não consiga periférico: Veia central, dissecção de safena, intra-ósseo. Cristaloide (SRL ou SF0,9%) aquecido; Até 01L e 20ml/kg na criança. Estimativa de perda volêmica (classe deperda volêmica ou classe de choque): Hipotensão permissiva (reanimação de controle de danos): Depois de estabilizado o paciente, não fica encharcando ele; Não faz em paciente vítima de TCE (principalmente TCE grave). PA mínima para garantir a perfusão. Transfusão maciça: >10Ui/24h ou >4Ui/1h; 1ConcHemácias:1Plasma:1CPlaquetas. Começa com O negativo até a tipagem sanguínea. Classe IV ou ABC>=2 pontos. Em suma, faz em paciente que foi feito 1L e não melhorou. Ácido tranexâmico (Transamim): Antifibrinolítico. Para quem tem hiperfibrinólise; Geralmente feito para paciente instável, que fará a transfusão maciça. 01ª dose (01g) deve ser feita nas primeiras 03 horas e dose (01g) de reforço em 08 horas. Diurese: Melhor maneira de avaliar se o paciente está perfundindo bem ou não. 0,5ml/kg/h; Criança: 01ml/kg/h. Sonda vesical. Classe I / Classe II Classe III / Classe IV PA Normal Hipotensão FC <100 / >100 >120 / >140 Sangue Não / Talvez Sim / Transfusão maciça Pneumotórax hipertensivo: Não sondar (afastar suspeita de lesão de uretra): Sangue no meato uretral; Retenção urinária (bexigoma); Hematoma perineal; Fratura de pelve. Uretrocistografia retrógrada. Controle da hemorragia: Nenhuma medida é tão eficaz do que essa. Comnprimir feridas sangrantes. D: Disfunção neurológica. Escala de Glasglow; Avaliação das pupilas e extremidades. E: Exposição + controle do ambiente. Expor todo o paciente + prevenir a hipotermia. Ar condicionado da sala de trauma é para estar desligado; Utilizar manta térmica; Hipotermia deflagra coagulopatia (se tem ela, o paciente não para de sangrar e o paciente evolui com acidose, evoluindo com a tríade letal). X-ABCDE: Realizado por paramédicos (PHTLS 09ª Ed.). Atendimento pré-hospitalar. Se exsanguinante: primeiro comprime. O trauma não é a única causa; A principal causa é uma lesão pleuropulmonar relacionado a uma ventilação mecânica (paciente que tem barotrauma, por exemplo). Clínica: Ventilatório: Murmúrio bem diminuído ou abolido; Hipertimpanismo. Hemodinâmico: Choque obstrutivo. Desvio da traqueia; Turgência jugular; Hipotensão. Pneumotórax aberto: Tórax instável: Diagnóstico: É clínico. Conduta: Imediata. Melhora a situação hemodinâmica do paciente. Toracocentese de alívio: 04º-05º EIC anterior à Linha axilar média (ATLS 10ª Ed.); 02º EIC na linha hemiclavicular (ainda permanece para crianças). Definitiva: Drenagem em selo d'água (toracostomia). 05º EIC anterior à Linha Anterior Média. Drenou, mas não melhorou: Lesão de grande via aérea: Diagnóstico: Broncoscopia. Conduta imediata: IOT seletiva; 02º dreno. Conduta definitiva: Toracotomia. Lesão da caixa torácica >=2/3 da traqueia. Conduta: Imediata: Curativo em 03 pontas. Definitiva: Drenagem em selo d'água. 05º EIC anterior à Linha axilar Média. Pneumotórax simples: Não drenar. Drenagem se: Transporte aéreo; Ventilação mecânica. Fraturas em >= 02 arcos costais consecutivos em pelo menos 02 pontos em cada arco. Clínica: Dor; Hemotórax: É o que compromete a situação do paciente com tórax instável. Respiração paradoxal. Conduta: Suporte: Analgesia e O2. Contusão pulmonar.Geralmente, quando tem tórax instável, tem contusão; Não é obrigado ter tórax instável para ter contusão pulmonar; É também algo que compromete a situação do paciente; Parece uma consolidação (atelectasia). O diagnóstico diferencial é feito, pois atelectasia respeita a árvore pulmonar. Conduta: Suporte: Analgesia e O2; Oximetria e gasometria; IOT + Ventilação mecânica se hipoxemia (geralmente não precisa). Sat O2 <90% ou PaO2 <60mmHg. Lesão de vasos intercostais ou parênquima "auto-limitado" (quando o paciente procura atendimento, já parou de sangrar). Clínica: Tem que avaliar a percussão. Murmúrio diminuído; Macicez; Jugular colabada. Conduta: Drenagem em selo d'água. Facilita a reexpansão do parênquima pulmonar. O sangue parado pode ser um meio de cultura para infecção. Hemotórax maciço: Drenagem >1500ml de sangue (de maneira imediata); Débito (sangramento) constante >200-300ml, 2-4h. Indica que o paciente continua sangrando. Conduta: Toracotomia (de urgência). Para avaliar o local que está sangrando. Tamponamento cardíaco: Toracotomia de reanimação (faz onde estiver): Hemotórax maciço não se enquadra aqui (ele é de urgência); Geralmente é para trauma de tórax (aberto ou contuso - desde que evolua com PCR). PCR pós traumática + Trauma de tórax + Sinais de vida. Pois se o paciente não tiver mais sinais de vida, não tem por que realizar a toracotomia de reanimação. Pupilas reagentes, movimentos de extremidades, ECG com atividade organizada. Objetivos: Massagem direta; Acessar saco pericárdico; Controle de hemorragia (lesão torácica que está sangrando); Clampear aorta distal (reoxigena o cérebro - evita que o sangue vá para MMII); Embolia gasosa (não são todas as referências que a consideram). Líquido no espaço pericárdico (100-150ml) - inviabilizando a função do coração (não relaxa de forma adequada). Pode acontecer em outros contextos (não só no trauma). Clínica: Tríade de Beck (tendo ela, é tamponamento cardíaco): Turgência de jugular; Hipotensão; Hipofonese de bulhas. Devido ao líquido, não consegue ouvir direito as bulhas; Na ausculta pulmonar, não há alteração, nem tem lesão no tórax. Pulso paradoxal: Diminuição da PAs >10mmHg na inspiração. A tendência é a PAs aumentar e não diminuir, como ocorre. Sinal de Kussmaul: Agravamento da turgência jugular na inspiração. Lesão de aorta: Normalmente, quando inspira, ela melhora, o que não ocorre no tamponamento cardíaco. Diagnóstico: Clínica + FAST. Se tem líquido no saco pericárdico, confirma o tamponamento cardíaco. Tratamento: Toracotomia + reparo da lesão (ideal). Se tiver condições de realizá-la, já faz logo a toracotomia. Conduta temporária: Pericardiocentese (15-20ml). Caso não tenha uma equipe preparada ou não se sabe fazer a toracotomia. Geralmente é fatal (de segundos a minutos) em 80% (é o esperado), mas em 20% consegue-se tamponar. Ocorre ao nível do ligamento arterioso. Fixação fibrosa da aorta do paciente (a aorta fica presa ao ligamento arterioso, podendo ter um rasgo na aorta). Clínica: Pobre. Pulso MMSS normal e diminuído em MMII. Pois, o ligamento arterioso é depois da emergência da subclávia - ele vem depois, livrando o pulso do MMSS. Se história compatível, investigar: Achados na radiografia: Alargamento do mediastino (>08cm) (mais importante); Perda do contorno aórtico; Desvio para direita: TOT, traqueia. Eles normalmente estão para esquerda. Diagnóstico (para confirmar): Angio-TC (mais realizada habitualmente); Aortografia. Tratamento: Não repara a lesão no primeiro momento (pois, se o paciente conseguiu tamponar o sangramento, ele tem um hematoma relativamente estável). Tratar as outras lesões inicialmente; Trauma de abdome: Pois normalmente são pacientes vítimas de politrauma. Manter FC (<80) e PAM (60-70mmHg); Toracotomia (cirurgia aberta) ou reparo endovascular (depois que tratar as outras lesões). O reparo endovascular tem sido cada vez mais realizado. Lesões mais comuns: Contuso: Baço. Penetrante: PAF: Delgado. Arma Branca: Fígado. Sinal do cinto de segurança: Lesão do intestino delgado ou mesentério. Exames para avaliação: Tomografia computadorizada: Avalia as lesões específicas e o retroperitônio. Consegue avaliar o grau da lesão e consequentemente o tipo de abordagem que será feita (conservador ou cirúrgico). Tem que existir estabilidade hemodinâmica. Pois, se fizer no paciente instável, o paciente morre durante o exame. Não é ideal para: Vísceras ocas; Não consegue visualizar com clareza. Diafragma; Se tem lesão no diafragma, não consegue avaliar de maneira correta (e toda lesão do diafragma tem que ser reparada idealmente). Se houver herniação de conteúdo para o tórax, a tomografia consegue visualizar, mas a lesão específica no diafragma ela não consegue visualizar. Paciente instável: Lavado peritoneal diagnóstico - LPD: Mais sensível para identificar sangue. Local de incisão: infraumbilical (pode-se fazer o kit de Seldguin). Gestante ou paciente com suspeita de fratura de pelve: Faz-se supraumbilical. Na gestante é porque tem o crescimento gravídico do útero; No paciente com suspeita de fratura de pelve, é porque se fizer infraumbilical, pode puncionar o sangramento da pelve. Positivo: Aspirado inicial: Quando no aspirado inicial voltar sangue ou conteúdo do TGI. O problema é quando o aspirado inicial dá negativo (porque terá que realizar todo o lavado). >=10ml de sangue; Não precisou nem fazer o lavado e já foi visto que retornou sangue. Conteúdo do trato gastrointestinal (ex.: bile, fibras alimentares). Pós lavado: Leva-se o soro da cavidade abdominal para análise laboratorial. Gram +; Hemácias >100.000/mm³; Leucócitos >500/mm³; Fibras alimentares ou bile. FAST - Focused Assessment Sonography in Trauma: Identifica líquido livre (não visualiza sangue) na cavidade abdominal (não procura líquido na pelve). É feito a beira do leito (ou seja, é feito de maneira muito rápida). Onde procurar: Saco pericárdico; Se tiver lâmina anecoica (escura), fala-se que tem líquido dentro. Espaço hepatorrenal; Pois acumula-se líquido nas regiões mais laterais. Espaço esplenorrenal; Pois acumula-se líquido nas regiões mais laterais. Supra púbica (hipogastro). Pois acumula-se líquido na região inferior também. O ideal é o paciente estar com a bexiga cheia (consegue visualizar líquidos por trás da bexiga de maneira mais fácil). FAST estendido - "E-FAST": Avalia também o tórax (para investigar pneumotórax ou hemotórax). Videolaparoscopia: Videotoracoscopia também serve, mas a videolaparoscopia é mais comum no dia a dia. Hoje em dia, realiza quando se tem dúvida no diagnóstico. Transição toracoabdominal e lesão do diafragma. Exige estabilidade hemodinâmica. Quando indicar a laparotomia: Toda vez que o paciente apresentar abdome cirúrgico. Se achar algum indício dele, realiza a laparotomia; Será abdome cirúrgico, toda vez que o paciente apresentar uma lesão óbvia. Penetrante: Choque; Peritonite; Evisceração. Contuso: Peritonite; Retro/pneumoperitonite. Trauma penetrante não cirúrgico: Não tem lesão óbvia (choque, peritonite ou evisceração). Arma de fogo (na parede anterior do abdome): Laparotomia (a tendência é realizá-la - 90/95%). A intensidade é tão elevada, que a probabilidade de lesão intraabdominal é altíssima. Flanco ou dorso: Faz TC se o paciente estiver estável. Pois há chance de não ter penetrado intrabdominal (apesar de ter entrado). "Lesão em sedenho" (entra, mas não penetra). Descola o subcutâneo e sai em outra região. Arma branca: O abdome é cirúrgico? Tem lesão óbvia (choque, peritonite, evisceração). Sim: Laparotomia. Não: Não se sabe se a facada entrou dentro da cavidade abdominal (pode ter só aberto a pele e ficado só até o subcutâneo). Exploração digital da ferida: Negativa: Não violou o peritônio (sente uma aponeurose/peritônio íntegro). O paciente só tem uma lesão de pele (realiza uma sutura, se for indicado, e dá alta). Positiva ou duvidosa (não pode afirmarque é abdome cirúrgico): Duvidosa (paciente obeso, por exemplo). Observar 24h com exame físico seriado e colhendo hemoglobina (pode ser hemograma) de 08/08h. Alteração: Não: Reiniciar dieta + dieta. Abdome"cirúrgico" ou choque: laparotomia. Leucocitose OU diminuição de Hb >3g/dL (ainda não é cirúrgico): considerar TC/FAST/Lavado peritoneal difuso. Trauma contuso não cirúrgico: Não tem peritonite ou retro/pneumoperitônio. Ou seja, não tem lesão óbvia. Avaliar a estabilidade hemodinâmica: Estável: TC para avaliar o grau das lesões (independente do que possa acontecer) - PROVA: se o paciente é estável, sempre realiza TC (independente se FAST positivo ou negativo). Pois nem sempre, se tiver lesão, realizar-se-á cirurgia (hoje em dia, prioriza-se mais tratamento conservador). Pode ou não fazer FAST antes da TC. Ele é tão rápido de realizar, que consegue avaliar inicialmente o paciente (chama-se de "FAST de segurança"). Pois muitos pacientes estáveis instabilizam durante a TC. Se não visualizar líquido livre no FAST, pode realizar a TC tranquilamente; Se visualizar líquido livre, avisa a quem vai realizar a TC da possibilidade do paciente instabilizar. Instável: Não politrauma (só uma pancada na barriga, por exemplo): Laparotomia. Pois sabe-se de onde vem o sangue. Politrauma (o sangue pode ser de outro lugar e não do abdome): FAST OU Lavado Peritoneal Difuso (LPD) - um ou outro e só. Porque tem que provas que o sangue veio da cavidade abdominal. Se positivo, faz laparotomia. Quando indicar o tratamento conservador: É a tendência atualmente. Abdome não é cirúrgico; Estabilidade hemodinâmica; Condições de observação: CTI; Intervenção imediata. Tem que ter suporte para isso. Equipe de cirurgia a postos; Angioembolização. Cada vez mais controla-se o sangramento por ela. Cirurgia para controle de danos: Pode-se adotar para pacientes com trauma de abdome complexo. O problema é que duram horas a cirurgia de tratamento e o paciente tinha uma mortalidade elevada, por conta da tríade letal. Evitar a tríade letal (mortalidade elevada): Hipotermia + coagulopatia + acidose. Cirurgia inicial breve: Controle da hemorragia e lesões grosseiras + perineostomia. Reanimação em UTI (para melhorar o paciente): Controle da hipotermia, DHE e distúrbios hemorrágicos. 24-72h. Cirurgia definitiva: Reparo definitivo. Síndrome compartimental abdominal (SCA): Pressão intrabdominal (PIA) normal: 5-7mmHg. Hipertensão intrabdominal: PIA >12mmHg. Classificação: Grau I: 12-15mmHg; Grau II: 16-20mmHg. Grau III (importante): 21-25mmHg. Grau IV (importante): >25mmHg. SCA = PIA >=21mmHg + consequências (algum grau de insuficência). Insuficiência Respiratória Pulmonar aguda, IRA, hipotensão, HIC. Tratamento: PIA 21-25mmHg (III): Conservador. Posição supina; Reposição com cautela; drenagem de coleções; Analgesia; Sedação. Descompressão se refratário. PIA >=25mmHg (IV): Medidas conservadoras + descompressão. Fratura de pelve: Entra no diagnóstico diferencial de trauma de abdome em relação ao sangramento. É causa de instabilidade hemodinâmica: Discrepância dos MMII; Rotação lateral dos MMII; Escala de coma de Glasglow: Hematoma em região perineal; Uretrorragia; Dor; Através de leve palpação. Creptação. Através de leve palpação. Fratura em livro aberto "Open book" (cai mais em PROVA). É ela que geralmente cursa com instabilidade hemodinâmica. Sangramento venoso. Há disjunção do anel pélvico (há laceração do plexo venoso da pelve o paciente pode sangrar). Tratamento: Amarrar a pelve; Ao nível do trocanter maior do fêmur. Se fizer mais em cima, aumenta a pressão intrabdominal. Fixação externa. Pode ficar por até 06-12 semanas. Para quem tem treinamento, faz-se de maneira rápida, ainda na sala de trauma (atendimento inicial). Se não parou de sangrar: Possa ser que seja um sangramento arterial. Angioembolização; Vê o vaso da pelve que está sangrando e emboliza esse sangramento (resolve o sangramento). Packing pré-peritoneal. Faz acesso pré-peritoneal e coloca compressa dentro para tamponar. Sempre avalia a melhor resposta; Vai de 03 a 15; Não existe Glasglow 0. Flexão anormal é a espasmódica (de decorticação). Avaliar o TCE: Leve: 13-15. Moderado: 09-12. Grave: Traumatismo Cranioencefálico - TCE: <=8. Glasglow-P: Além do Glasglow, avaliar a resposta pupilar do paciente; Avalia a resposta pupilar do paciente e subtrai da escala de coma de Glasglow; Glasglow-P é mais para o paciente que está no limite inferior de TCE para se tornar grave (pois a Escala de Coma de Glasglow-P é mais sensível). Glasglow-P = ECG - RP. ECG-P: 1-15 pontos. Ambas pupilas reagem = 0; Uma pupila reage = 1; Nenhuma reação = 2. Lesão cerebral difusa: Concussão. "Nocaute"; Na maioria das vezes, consegue retornar de maneira rápida; Há lesão por desaceleração. Perda súbita da consciência que melhora. A perda súbita da consciência, na grande maioria dura <06h. Conduta: Observação. Lesão axional difusa: Perda súbita e duradoura da consciência; Há lesão por desaceleração com rotação; É pior, porque o tronco não consegue acompanhar o córtex e acaba tendo lesão por cisalhamento do axônio. Glasglow baixo + TC inocente; Conduta: Suporte. Para evitar lesão secundária (que é o que se faz no TCE grave). Lesão cerebral focal: Hematoma: Extra ou epidural; Subdural. Subdural Epidural Condutas no TCE: TCE leve (ECG: 13-15): Geralmente terá uma boa evolução. Indicações de TC: Risco elevado de intervenção neurcirúrgica; ECG<15 pontos após duas horas de trauma; Suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento; Sinais de fratura de base de crânio; Se tem essa suspeita, não pode passar nada pelo nariz do paciente (sonda nasogástrica, nem intubação nasotraqueal se faz). Vômitos (>02 episódios), >65 anos, uso de anticoagulantes. Risco moderado de intervenção neurocirúrgica: Perda de consciência prolongada; Amnésia retrógrada; Mecanismo perigoso de trauma: Ejeção do veículo; Atropelamento; Queda de altura superior a 05 degraus de uma escada ou 0,9 metros. TCE moderado (ECG: 9-12): Sempre TC e avalaiação neurocirúrgica; Local Espaço Subdural Espaço Epidural Vaso lesado Veia Ponte Artéria Meníngea Frequência / Fator de risco Mais comum; Atrofia cortical; Idoso, alcoólatra Mais rato; Trauma intenso (ex.: concussão); Osso temporal Clínica Progressiva Intervalo lúcido (perde a consciência, retoma a consciência e depois perde a consciência de novo). Imagem Crescente Biconvexa Reavaliação seriada; Não dá alta automaticamente (tem que ficar pelo menos 24h). Nova TC em 24h se piora ou alteração na TC inicial. TCE grave (ECG: <=8): O que se quer é evitar lesões secundárias (que pode ter por hipoxemia ou redução do fluxo cerebral). Via aérea artificial; Cateter de PIC (quem passa é o neurocirurgião); Controle da PPC >70mmHg (PPC = PAM - PIC); Cabeceira 30-45°; PAS >=100mmHg (50-69 anos) ou >=110mmHg (15-49 ou >=70 anos); Drenagem liquórica; Osmoterapia com manitol (Salina hipertônica); Hiperventilação leve e transitória (em refratários, ou seja, não é para sair fazendo de cara hiperventilação em TCE); Deve ser feita de maneira momentânea (só até conseguir outra alternativa). Corticoides não melhoram o prognóstico; Hipotermia diminui a PIC e faz neuroproteção. Há muitos risco em se fazer, que se evita ao máximo e para fazer tem que ter o consentimento da família. Não melhora prognóstico no TCE grave.
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