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Doenças Parasitárias TrYpanosoma evansi 1880- Foi o primeiro tripanosoma patogênico descoberto; No continente africano está historicamente associada a surtos de camelos; No Brasil os surtos começaram no início do século passado. Pode ser confundido com a raiva devido a sua relação com sinais neurológicos; Animais suscetíveis: equinos (prevalente), cães e bovinos. Histórico O tratamento é de alto custo, há um grande impacto nos índices zootécnicos dos animais e também alta mortalidade. Identificação Cinetoplasto vai estar ausente, movimentos lentos e circulares. Sinônimos: mal de cadeiras, surra, derrengada ou peste quebra-bunda Incubação: em equinos varia de 5- 60 dias Mortalidade: 2 semanas a 4 meses, há casos crônicos e poderá sobreviver por mais de 2 anos. Vai haver uma ampla distribuição geográfica e possui muitos hospedeiros animais. Acredita-se que o humano era refratário ao T. evansi, no entanto já foi relato Na Índia o primeiro caso em humanos. Transmissão O agente vai ser transmitido por meio do vetor mecânico ou por compartilhamento de materiais utilizados em animais infectados para sadios (agulha, luvas, seringas); Importante Animal crônico é persistentemente infectado, mantém a doença no rebanho. Podendo haver um período de latência e depois haver uma reinfecção. Carla Roberta Doenças Parasitárias TrYpanosoma evansi Esplenomegalia: aumento do fígado; Linfadenomegalia: aumento dos linfonodos; Hiperplasia dos folículos linfoides do baços dos linfonodos; Eritrofagocitose: destruição dos eritrócitos pelos macrófagos; Hemossiderose: acúmulo excessivo de ferro; Infiltrado inflamatório mononuclear no fígado (hepatite) Tabanideos e Muscideos; Amblyomma cajennense (ainda também há estudos para a comprovação da transmissão) Morcegos hematófagos (não pode ser considerado um vetor pois não é artrópodes ou moluscos) Sinais Patológicos Sinais macroscópicos Histologicamente Epidemiologia Transmissão mecânica: Região endêmicas: Pantanal Mato- grossense (favorece a proliferação dos vetores, devido o uso da matéria orgânica como criadouros) . Anemia do tipo hemolítica progressiva; Febre intermitente: febre intercalada, sendo mais comum no final do dia; Letargia, perda de apetite; Emagrecimento progressivo (apesar de apetite voraz) Caquexia; Lacrimejamento; Edema nos membros, hidrotórax e ascite; Aborto. Incoordenação motora; Atrofia de grande massas musculares dos membros pélvicos; Palidez das mucosas; Fraqueza muscular; Comprometimento renal Manifestação neurológica central: cegueira. Andar em círculos e e quedas. Sinais clínicos Casos Crônicos Obs: pode ocorrer hemorragia na câmara anterior do olho. Carla Roberta Doenças Parasitárias TrYpanosoma evansi Direto Método gota espessa Método da camada delgada Métodos do aspirado do linfonodo Técnica de Woo (capa leucocitária)- mais recomendada Vale a pena lembrar A sazonalidade estará envolvida com a proliferação dos vetores que aumentam na época de chuva. Reservatórios: capivaras, quatis, búfalo, pequenos marsupiais e tatus. Capivaras são as sentinelas, os seus surtos precedem os de equinos. Os animais imunocomprometidos ou malnutridos são mais susceptíveis; Diagnóstico Pesquisa de T. evansi no esfregaço sanguíneo Reação em cadeia da polimerase= PCR; Inoculação em camundongo; Imprint de fígado e baço quando ocorrer óbito; Sorológico (fenômeno de diferenciação antigênica). Hemograma (hematócito) e leucograma (linfocitose) Anemia infecciosa equina; Helmintoses; Babesiose; Raiva; Meningocefalite por protozoários (MEP) (Sarcocystis neurona) Inespecífico Devido sua patogenia há exames complementares. Indireto Diagnóstico diferencial Os sinais clínicos são muito parecidos com outras doenças, devendo ser realizado um diagnóstico diferencial para descartar. Doenças semelhantes: Doenças que apresentam sinais neurológicos; Carla Roberta Doenças Parasitárias TrYpanosoma evansi Encefamiolites virais dos equinos (Leste, Oeste e Venezuelana); Mielocenfalomielite por Herpesvírus equino tipo 1; Febre do Nilo Ocidental; Leuconcefalomalacia. Baixa eficácia para o T. evansi, os equinos são mais sensíveis podem se intoxicar. Pela toxidade, sugestão usar 3,5mg Kg em cães Tratamento A escolha do tratamento deve ser feita a partir do nível de acometimento dos animais. A tripanossomíase é uma doença endêmica de difícil controle. Aceturato de diminazene (7mg/kg) Suramim (NAGANOL) (1g/ 150kg p.v- EV) 21 dias 7/7 dias e 3 aplicações Inativo contra o T. Vivax Sulfato de quinapiramina ( Tripacide sulfato)3,0-5,0 mg/kg Muito difícil o controle Animais podem sofrer o ataque de até 348 tabanídeos por dia Desmatamento; Machos estéreis: por meio da radiação os machos são submetidos a uma condição de esterilidade para que haja uma menor proliferação; Pulverização de inseticidas nos animais e na vegetação; Armadilhas impregnadas com inseticidas; Uso de inseticidas pour pon;. Quimioprofilaxia ( melhor profilaxia) Profilaxia Se o controle não for feito por região não vai funcionar. Devido a capacidade da dispersão de até 6/8km em até cinco dias. Recomendações EMBRAPA: a distância de transferência de tabanídeos no pantanal foi de até 50 metros Sugestão de barreiras de até 200 metros; Tentativas de controle de vetor no continente africano Carla Roberta
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