Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pr isc ila H ipó lito DOENÇAS Gene Tyrosinase gene TRP1 HPS gene CHSgene OA1gene P gene Tipos de albinismo OAC1 (OCA1A, OCA1B) OCA2 Gene OCA3 Hermandky-Pudlak-Syndrome Chediak Higashi Syndrome X-linked ocular albinism PH Introdução MonogênicasMonogênicasMonogênicas Mendel não viu alterações sobre expressividade, alteração gênica, codominãncia, dominância incompleta. Interação com homozigoto recessivo e homozigoto dominante sempre terá 100% de heterozigoto e com isso perde a característica do alelo recessivo (exceto em casos de dominância incompleta, no qual o alelo dominante deixa que o alelo recessivo se expresse de determinada forma). Quando cruza 2 heterozigotos tende a aparecer a característica recessiva novamente, Dominância incompleta, Ausência de dominância, Interação gênica, Pleiotropia, Penetrância e Expressividade. Doenças monogênicas também são chamadas de mendelianas, pois há apenas mudanças em um par de alelos, apenas. Doenças monogênicas RECESSIVARECESSIVA Albinismo, hemofilia, daltonismo, acromatopsia, fibrose cistica, microcefalia vera, hidrocefalia, fenilcetonúria Só se expressam em homozigose. Ou seja, os alelos tem que vim do pai e da mãe. DOMINANTEDOMINANTE acondroplasia, polidactilia, síndrome orofaciodigital, síndrome de marfan, ectrodactilia, hipofosfatemia, dentinogênese imperfeita, polipose múltipla de cólon, prognatismo mandibular Só se expressam em heterozigose. QUADRO DE PUNNETQUADRO DE PUNNET Albinismo Erro na enzima trosinase, que transformatrosina em Melanina (proteína responsável pela pigmentação normal da pele humana). Podem apresentar problemas oculares, cutâneos e oculocutâneos. Doença autossômica recessiva O fato de não apresentarem a proteção natural da pele (melanina) tendem a ter mais problemas de pele, como câncer. Tendem a ter fotossensibilidade e quando expostas a intensa radiação podem ter movimentos involuntários nos olhos. PH Pr isc ila H ipó lito O olho deles não é vermelho, vermelho é só o sangue que conseguimos ver. Os movimentos involuntários dos olhos podem levar esses indivíduos a ter estrabismo e outras doenças oculares. Doença que tem em ambos os sexos, sem diferença de probabilidade. É um caso de dominância completa, quando há o A ele não tem a doença. Apenas quem pode ter filhos afetados são os homozigotos (aa) e os heterozigotos (Aa). Ocorre alteração no cromossomo 11 (autossômico) Cromossomo autossômico, ou seja, não é ligado ao sexo HERANÇA AUTOSSÔMICAHERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVARECESSIVA A doença autossômica recessiva ocorre apenas em indivíduos com dois alelos mutados e nenhum alelo selvagem. Tais homozigotos devem herdar um alelo mutado de cada um dos genitores, sendo cada um deles (com raras exceções, que serão discutidas posteriormente) heterozigoto para aquele alelo. Quando um distúrbio apresenta herança autossômica recessiva, o alelo mutante responsável geralmente diminui ou abole a função do produto gênico, na chamada mutação de perda de função. Por exemplo, muitas doenças recessivas são causadas por mutações que comprometem ou abolem a função de uma enzima. A cópia normal remanescente do gene em um heterozigoto é capaz de compensar o alelo mutante e evitar que a doença ocorra. Porém, quando não há nenhum alelo normal presente, como no caso dos homozigotos e dos heterozigotos compostos, a doença se manifesta Três tipos de união podem resultar em uma prole homozigota afetada por uma doença autossômica recessiva. O tipo mais comum de união é, de longe, aquela entre dois heterozigotos não afetados, que são frequentemente chamados de portadores. Contudo, qualquer união na qual cada genitor tem ao menos um alelo recessivo pode produzir uma prole homozigota afetada. A transmissão de uma condição recessiva pode ser acompanhada se simbolizarmos o alelo recessivo mutado por r e o alelo dominante normal por R. Como visto na tabela, quando ambos os genitores de uma pessoa afetada são portadores, o risco de a criança receber um alelo recessivo é de 50% a partir de cada genitor. A chance de herdar dois alelos recessivos e ser, portanto, afetado é de ½ × ½ ou de um em quatro a cada gravidez. Essa chance de 25% para que dois heterozigotos tenham uma criança com um distúrbio autossômico recessivo independe de quantos filhos já tiveram e se os mesmos são afetados ou não. FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA O albinismo oculocutâneo (AOC) é um grupo de doenças hereditárias raras, nas quais um número normal de melanócitos está presente, mas a produção de melanina é diminuída ou ausente. O AOC ocorre em pessoas de todas as etnias em todo o mundo. Patologias cutâneas e oculares (envolvimento ocular) estão presentes. PH Pr isc ila H ipó lito Resultados do envolvimento ocular incluem desenvolvimento de anomalias do trato óptico manifestado por hipoplasia da fóvea com diminuição dos fotorreceptores e desvio das fibras do quiasma óptico. O albinismo ocular (AO) geralmente não afeta a pele. A maioria dos casos de AOC é autossômica recessiva; hereditariedade autossômica dominante é rara. Há 4 formas genéticas: O tipo I é causado pela ausência (AOC1A; 40% de todos os casos de AOC) ou redução (AOC1B) da atividade da tirosinase; a tirosinase catalisa diversas etapas na síntese da melanina. O tipo II (50% de todos os casos de AOC) é causado por mutações no gene P (“olho róseo”). A função da proteína P ainda não é conhecida, mas pode envolver a regulação do pH da organela e o acúmulo de glutationa vacuolar. A atividade da tirosinase está presente. O tipo III só ocorre em pessoas com pele negra (pele de Fitzpatrick tipos III a V; ver tabela Classificação do tipo de pele de Fitzpatrick). É causado por mutações no gene da proteína 1 relacionado com a tirosinase (tyrosinase-related protein 1), cujo produto é importante na síntese da eumelanina, o mais comum dos 3 tipos de melanina que dão à pele, aos cabelos e aos olhos sua cor. O tipo IV é uma forma extremamente rara na qual o defeito está em um gene (SLC45A2) que codifica uma proteína transportadora de membrana envolvida no processo de tirosinase e tráfego das proteínas até os melanossomos. Este tipo é a forma mais comum do AOC no Japão. 1. 2. 3. SINAIS E SINTOMASSINAIS E SINTOMAS Os pacientes com acometimento ocular têm diminuição da pigmentação da retina, levando à fotossensibilidade e evitação da luz. Além disso, nistagmo, estrabismo, diminuição da acuidade visual e perda da esteropsia binocular provavelmente resultam do defeito de desvio das fibras ópticas. A cor dos olhos é muito variável. 3.OCA tipo III, a pele é marrom, os cabelos são ruivos (avermelhados) e os olhos podem ser azuis ou castanhos. 4.OCA tipo IV o fenótipo é semelhante ao do tipo II. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Avaliação clínica O diagnóstico de todos os tipos de AOC e AO baseiam-se no exame da pele e dos olhos. Exames precoces dos olhos detectam íris translúcida, diminuição da pigmentação da retina, hipoplasia da fóvea, diminuição da acuidade visual, estrabismo e nistagmo. As diferentes formas genéticas do albinismo oculocutâneo têm uma variedade de fenótipos. OCA tipo I (AOC1A) é o clássico albinismo negativo para tirosinase; a pele e o cabelo são branco-leitosos e os olhos, cinza-azulados (diminuição da acuidade visual é a forma mais grave do albinismo oculocutâneo). A diluição pigmentar no AOC1B varia do óbvio ao sutil. OCA tipo II tem fenótipos com diluição pigmentar que varia de mínimo a moderado.Nevos pigmentados e lentigos podem se desenvolver na pele exposta ao sol; alguns lentigos se tornam grandes e escuros. 1. 2. Acondroplasia Nanismo acentuado, sem deficiência mental,cabeça grande, testa saliente. Em homozigose é letal (Alelos letais). condro: cartilagem Ossificação endocondral proporciona o crescimento de ossos longos (fêmur, tíbia, rádio). O molde de cartilagem hialina é substituido por tecido ósseo. Ossificação intramembranar proporciona a formação de ossos mais curtos A ossificação endocondral desses indivíduos não funciona bem. Apresentam cabeça desproporcionalao corpo, cabeça grande, testa saliente. Em homozigose é uma condição letal. É autossômica dominante. Os dois genótipos possíveis seriam Aa e AA, mas AA é letal ao indivíduo, portanto só o Aa nasce. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/rea%C3%A7%C3%B5es-%C3%A0-luz-solar/efeitos-cr%C3%B4nicos-da-luz-solar#v37915883_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/avalia%C3%A7%C3%A3o-das-doen%C3%A7as-otol%C3%B3gicas#v942669_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/anomalias-e-disfun%C3%A7%C3%B5es-oculares-em-crian%C3%A7as/estrabismo PH Pr isc ila H ipó lito Aproximadamente 80% dos casos (a maioria) aparece como mutações espontâneas. A aparência característica do nanismo por acondroplasia é visível desde o nascimento. Baixa estatura, membros curtos (rizomelia); extremidade proximal (parte superior do braço e coxa), cabeça de aparência grande, pode estar associada a um pé torto e outras anormalidades esquelética dos membros. Doença autossômica dominante Mais de 97% dos pacientes com acondroplasia apresentam a mesma mutação, uma transição/substituição G à A no nucleotídeo 1138 do DNA (G1138A), levando à substituição de uma glicina por arginina no domínio transmembranar do receptor do fator decrescimento fibroblástico 3 (FGFR3). Ocorre alteração estrutural da proteína receptor e com isso o receptor deixa de recepcionar o fator de crescimento fibroblastico do tipo 3 . Ele não tem problema no fator de crescimento, e sim no seu receptor. A segunda mutação, vista em aproximadamente 2,5% dos casos, é uma transversão G à C na mesma posição 1138 (G1138C) levando à mesma substituição de aminoácidos (de glicina por arginina). Hipocondroplasia: Rizomelia causada pela mutação C1620A (Troca um C por A) também no gene FGFR3. É um quadro mais brando, não apresentam características que pessoas com a acodroplasia normal tem, podendo ser elas: o pé torto, escoliose, alterações em mãos e pés. 1. 2. 3. O cromossomo afetado pela acondroplasia é o cromossomo 4, que é afetado na região 16. O cromossomo 4 é afetado em seu braço curto. FGFR3 gene 4p16 MUTAÇÃO NO SENTIDOMUTAÇÃO NO SENTIDO TROCADOTROCADO Uma única substituição de nucleotídeo (ou mutação pontual) em uma sequência gênica, tal como a observada no exemplo de acondroplasia que acabamos de descrever, pode alterar o código em uma trinca de bases e causar a substituição não sinônima de um aminoácido por outro no produto gênico . Tais mutações são denominadas mutações de sentido trocado (missense) porque alteram o “sentido” da codificação do gene ao especificar um aminoácido diferente. Embora nem todas as mutações de sentido trocado conduzam a uma alteração observável na função proteica, a proteína resultante pode não funcionar adequadamente, pode tornar‑se instável e degradar‑ se rapidamente, ou pode falhar em localizar a sua posição intracelular correta. Heredograma mostrando a herança da acondroplasia, como um caráter dominante incompleto (ou semidominante). ETIOLOGIAETIOLOGIA A acondroplasia , a causa mais comum de nanismo humano, é um distúrbio autossômico dominante causado por mutações específicas no gene FGFR3, 2 mutações são responsáveis por mais de 99% dos casos de acondroplasia, e ambas resultam numa substituição Gly380Arg. A acondroplasia possui uma incidência de 1 em 15.000 até 1 em 40.000 nativivos, e afeta todos os grupos étnicos PATOGENIAPATOGENIA O FGFR3 é um receptor de tirosina quinase transmembrana que se liga a fatores de crescimento dos fibroblastos. A ligação desses fatores ao domínio extracelular de FGFR3 ativa o domínio intracelular de tirosina quinase do receptor e inicia uma cascata de sinalização. No osso endocondral, a ativação do FGFR3 inibe a proliferação dos condrócitos na placa de crescimento e, assim, ajuda a coordenar o crescimento e a diferenciação dos condrócitos com o crescimento e a diferenciação das células progenitoras do osso. As mutações em FGFR3 associadas à acondroplasia são mutações de ganho de função que causam ativação do FGFR3 independente do ligante. Essa ligação constitutiva de FGFR3 inibe de forma inadequada a proliferação de condrócitos na placa de crescimento e, consequentemente, leva ao encurtamento dos ossos longos, bem como à diferenciação anormal dos outros ossos. FENÓTIPOFENÓTIPO Os pacientes com acondroplasia apresentam‑se ao nascimento com encurtamento rizomélico dos braços e pernas, tronco relativamente longo e estreito, configuração das mãos em tridente e macrocefalia com hiplopasia da face média e testa proeminente. PH Possuem um comprimento ao nascer que, em geral, é ligeiramente menor do que o normal, embora ocasionalmente situado no valor mínimo da faixa normal; seu comprimento ou peso caem progressivamente para muito abaixo da faixa normal à medida que crescem. Geralmente, os pacientes têm inteligência normal, embora a maioria tenha um desenvolvimento motor atrasado. Esse atraso resulta de uma combinação de hipotonia, articulações hiperextensíveis (embora os cotovelos possuam extensão e rotação limitadas), dificuldade mecânica de equilibrar suas cabeças grandes e, menos comumente, estenose do forame magno com compressão do tronco encefálico. A hiplopasia da face média causa aglomeração dentária, apneia obstrutiva e otite média. Acredita‑se que o estreitamento dos forames jugulares aumente a pressão venosa intracraniana e, consequentemente, cause hidrocefalia. HERANÇAHERANÇA Pr isc ila H ipó lito Para pais normais com um filho afetado por acondroplasia, o risco de recorrência para seus próximos filhos é baixo, mas provavelmente maior do que na população geral, pois o mosaicismo envolvendo a linhagem germinativa, embora extremamente raro na acondroplasia, já foi documentado. Para os relacionamentos, nos quais um parceiro é afetado pela acondroplasia, o risco de recorrência em cada filho é de 50%, pois a acondroplasia é um distúrbio autossômico dominante com penetrância completa. Para relacionamentos, nos quais ambos os parceiros são afetados, cada filho possui um risco de 50% de ter acondroplasia, um risco de 25% de ter a forma homozigota letal, e 25% de chance de ter uma estatura normal. O nascimento de um bebê de estatura normal de uma mãe acondroplásica requer cesariana. 12% 87% 5% 5% 5% Fibrose cística Distúrbio na secreção glandular (aumento na viscosidade da secreção) Doença autossômica recessiva Falta de produção de uma ´proteína importante para a nossa viscosidade. Eles podem ter problemas gastrointestinais, respiratórios. Nesse problema aumenta-se a viscosidade do muco levando a formação de biofilmes que são propícios para produção e proliferação de microorganismos. A fibrose cística é um distúrbio autossômico recessivo do transporte iônico epitelial causado por mutações no gene do regulador da condutância transmembrana CF (CFTR). Embora a FC tenha sido observada em todas as etnias, ela é uma doença predominantemente dos norte‑europeus. ETIOLOGIAETIOLOGIA PATOGENIAPATOGENIA O CFTR é um canal iônico que conduz cloreto e bicarbonato. Ele é regulado pelo ATP e pela fosforilação pela proteína quinase dependente de AMPc. O CFTR facilita a manutenção da hidratação das secreções das vias aéreas, através do transporte de cloreto e inibição da captação de sódio. A disfunção de CFTR pode afetar muitos órgãos diferentes, particularmente os que secretam muco, incluindo os tratos respiratórios superior e inferior, pâncreas, sistema biliar, genitália masculina, intestino e glândulas sudoríparas. As secreções desidratadas e viscosas nos pulmões dos pacientes com FC interferem com a depuração mucociliar, inibem a função dos peptídeos antimicrobianos que ocorrem naturalmente, proporcionam um meio de crescimento para organismos patogênicos e obstruem o fluxo de ar. PH Durante os primeiros meses de vida, essas secreções e as bactérias que nelas colonizam iniciam uma reação inflamatória. A liberação de citocinasinflamatórias, enzimas antibacterianas do hospedeiro e enzimas bacterianas prejudica os bronquíolos. Ciclos recorrentes de infecção, inflamação e destruição tecidual promovem a redução da quantidade de tecido pulmonar funcional e por fim levam à insuficiência respiratória. A perda do transporte de cloreto pelo CFTR no ducto pancreático prejudica a hidratação de secreções e leva à retenção de enzimas exócrinas no pâncreas. O dano provocado por essas enzimas retidas causa, por fim, a fibrose do pâncreas. O CFTR também regula a captação de sódio e de cloreto do suor à medida que se movimenta por todo o ducto sudoríparo. Na ausência de CFTR funcional, o suor apresenta um conteúdo de cloreto de sódio aumentado, e essa é a base histórica da “síndrome de bebê salgado” e do teste diagnóstico de cloreto no suor. Pr isc ila H ipó lito A FC clássica manifesta‑se no início da infância, embora aproximadamente 4% dos pacientes sejam diagnosticados na vida adulta; 15% a 20% dos pacientes apresentam íleo meconial ao nascimento, e os demais apresentam queixas respiratórias crônicas (rinite, sinusite, doença pulmonar obstrutiva) ou déficit de crescimento ou ambos, mais tarde na vida. O déficit de crescimento resulta de uma combinação de consumo aumentado de calorias devido a infecções pulmonares crônicas e subnutrição devido à insuficiência pancreática exócrina. Cinco a 15% dos pacientes com FC não desenvolvem insuficiência pancreática. Mais de 95% dos pacientes do sexo masculino com FC sofrem de azospermia devido à ausência bilateral congênita dos ductos deferentes. A progressão da doença pulmonar é o principal determinante de morbidade e mortalidade. A maioria dos pacientes morre de insuficiência respiratória e falência ventricular direita secundária à destruição do parênquima pulmonar e à alta resistência vascular pulmonar (cor pulmonale); a sobrevida média atual é de 38 anos na América do Norte e em várias outras regiões do mundo. FENÓTIPOFENÓTIPO Neurofibromatose tipo 1 Distúrbio na secreção glandular (aumento na viscosidade da secreção) Tumores benígnos por todo o corpo, preenchidos por colágeno e estimulados pela proteína HAS , que estimula a proliferação celular de fibroblastos, responsável pela produção de colageno no nosso tecido conjuntivo. Manchas café au lait sinais hiperpigmentados na pele Nódulos de lisch tumores benígnos na íris A expressão da doença de pede de muitas características do organismo da pessoa, etnia, etcs. A manifestação da doença não é variável, se da por mutação no gene NF1 que esta localizado no braço longo do cromossomo 17. Doença autossômica recessiva O gene NF1 codifica para uma proteína supressora tumoral que é a proteína neurofibromina, essa proteína controla a proteína HAS, proliferativa e indutora dos processos de mitose e crescimento celular Em condições normais a neurofibromina controla as ações da HAS, mas quando o gene NF1 sofre mutação a proteína sofre mutação e fica impedida de controlar HAS, o que leva a sua hiperproliferação. Com isso, muito fibroblasto fica depositando colageno e gerando os tumores benígnos no corpo do paciente. PH A proteína neurofibromina pode ser considerada supressora tumoral porque ela bloqueia a ação de uma proteína estimuladora mutagênica. ETIOLOGIAETIOLOGIA A neurofibromatose 1 é uma condição pan‑étnica autossômica dominante, com sintomas mais frequentemente expressos na pele, olhos, esqueleto e sistema nervoso. A NF1 resulta de mutações no gene da neurofibromina (NF1). A doença tem incidência de 1 em cada 3.500 indivíduos, o que torna uma das condições genéticas autossômicas dominantes mais comuns. Aproximadamente metade dos pacientes possui mutações de novo; a taxa de mutação do gene NF1 é uma das mais altas dentre todos os genes humanos conhecidos, de 1 mutação a cada 10.000 nativivos. PATOGENIAPATOGENIA Pr isc ila H ipó lito O NF1 é um gene grande que codifica a neurofibromina, uma proteína expressa em quase todos os tecidos, porém mais abundante no cérebro, medula espinal e sistema nervoso periférico. Acredita‑se que a neurofibromina regule diversos processos intracelulares, incluindo a ativação da Ras GTPase, controlando, portanto, a proliferação celular e atuando como supressor de tumor. Já foram identificadas mais de 500 mutações no gene NF1, sendo a maioria única de cada família. As manifestações clínicas resultam de uma perda de função do produto gênico; 80% das mutações geram uma proteína truncada. Uma mutação causadora de doença pode ser identificada em mais de 95% dos indivíduos com NF1. A NF1 é caracterizada por extrema variabilidade clínica, tanto intrafamiliar quanto interfamiliar. Essa variabilidade é provavelmente causada por uma combinação de fatores genéticos, não genéticos e estocásticos. Não foi reconhecida nenhuma correlação clara entre genótipo e fenótipo, apesar de deleções longas serem mais comuns em pacientes com NF1 que apresentam dificuldades no desenvolvimento neurológico FENÓTIPOFENÓTIPO A NF1 é um distúrbio multissitêmico, com anomalias neurológicas, musculoesqueléticas, oftalmológicas e dermatológicas, e uma predisposição a neoplasia. Um diagnóstico de NF1 pode ser feito se um indivíduo preenche dois ou mais dos seguintes critérios: Seis ou mais manchas café com leite medindo pelo menos 5 mm de diâmetro (no caso pré‑puberal) ou 15 mm (no caso pós‑puberal); Dois ou mais neurofibromas de qualquer tipo, ou um neurofibroma plexiforme; Sardas axilares ou inguinais; Glioma óptico; Dois ou mais nódulos de Lisch; Um fenótipo ósseo distinto (displasia esfenoide e afinamento do córtex de ossos longos, com ou sem pseudo‑artrose) Um parente de primeiro grau com NF1 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Iris mostrando numerosos módulos de Lisch (um nódulo típico é indicado pela seta) Manifestações cutâ- neas da NF1, incluindo centenas de pequenos a médios neurofibro- mas papulares aver- melhados e duas grandes manchas café com leite (setas) Quase todos os indivíduos com NF1, mas sem história familiar, terão atingido os critérios até os oito anos de idade. Crianças que herdaram a NF1 podem ser identificadas clinicamente durante o primeiro ano de vida, quando é necessária que apenas uma das características da doença esteja presente. Apesar de a penetrância ser essencialmente completa, as manifestações são extremamente variáveis. Múltiplas manchas café com leite estão presentes em quase todos os indivíduos, e sardas são vistas em 90% dos casos. Muitos indivíduos com NF1 apresentam apenas uma manifestação cutânea da doença e nódulos de Lisch na íris. Numerosos neurofibromas estão normalmente presentes em adultos Indivíduos com NF1 possuem um risco de 50% de ter uma criança afetada pela NF1, apesar das características da doença poderem ser diferentes na criança afetada. PH Penetrância e expressividade Pr isc ila H ipó lito Penetrância: Percentagem de indivíduos de uma população com um determinado genótipo e que exibem um fenótipo associado. Completa: Quando o gene produz o fenótipo correspondente sempre que estiver presente em condições de se expressar. O fenótipo = genótipo. Incompleta: Quando apenas uma parcela dos indivíduos com o mesmo genótipo expressa o fenótipo correspondente. Um determinado genótipo pode não expressar o fenótipo correspondente devido à genes epistáticos (são genes inibitório) ou ao efeito do ambiente (fenótipo = genótipo + meio), por exemplo. Penetrância é a probabilidade de um ou mais alelos mutantes apresentarem qualquer expressão fenotípica. Quando a frequência da expressão do fenótipo é menor do que 100% — isto é, quando alguns dos que têm um genótipo relevante falham completamente em expressá‑lo – o distúrbio é dito como tendo penetrância incompleta ou reduzida. A penetrância é um conceito “tudo ou nada”. É o percentual de pessoas em uma determinada idade, com um genótipo de predisposição, que se mostram afetadas, independentemente da gravidade. Em alguns distúrbios, a penetrância é dependente da idade, ou seja, pode acontecer em qualquer momento, desde o desenvolvimentointrauterino precoce até os anos pós‑reprodutivos. PENETRÂNCIAPENETRÂNCIA = 100% <100% Na linha 2 a penetrância é <100%, pois há indivíduos (circulados de rosa) que tem genótipo azul e fenótipo preto. Quando há penetrância é incompleta o genótipo não expressa o fenótipo sobre 2 circunstâncias: (1) Ação de genes inibitórios/espistáticos ou (2) Ação do meio. EXPRESSIVIDADEEXPRESSIVIDADE Expressividade: Corresponde ao modo de expressão do alelo, que pode ser uniforme ou variável. Uniforme: Ocorre quando um alelo expressa sempre um único tipo de fenótipo, de fácil reconhecimento. Variável: Quando a expressão do alelo resulta no aparecimento de vários padrões de fenótipos ou vários níveis de expressão. Podemos analisar que na 1° linha todos tem a mesma tonalidade de azul, e na terceira, tonalidades variáveis. Em contraste com a penetrância, expressividade não se refere à presença ou à ausência de um fenótipo, mas à gravidade da expressão do fenótipo entre os indivíduos que têm o mesmo genótipo deletério. Quando a gravidade da doença difere em pessoas que possuem exatamente o mesmo genótipo, o fenótipo é dito como tendo expressividade variável. Ainda que dentro da mesma família, dois indivíduos portadores dos mesmos genes mutantes podem ter alguns sinais e sintomas em comum, enquanto outras manifestações da doença podem ser bem diferentes, dependendo do tecido ou do órgão afetado. POLIDACTILIAPOLIDACTILIA Polidactlia (6 dedos): Dominante sobre número normal de dedos (5 dedos): penetrância incompleta (60%): Nem todos os indivíduos que apresentam o genótipo favorável manifestam o fenótipo correspondente (no caso em questão, apenas 60% o manifestam); expressividade variável: Alguns indivíduos possuem dedos extras nas mãos e nos pés;outros, apenas nas mãos ou apenas nos pés;outros ainda, apenas em uma das mãos ou em um dos pés. Nesse caso a penetrância não é completa, é de apenas 60%, haja vista 40% não expressarão. Dos 60% que expressam percebe-se que dentro desse grupo a expressividade não é uniforme, alguns apresentam um dedo a mais nos pés, outros nas mãos, outros um pedaço de dedo a mais um uma das mãos, ou nas mãos e nos ´pés. OSTEOGÊNESE IMPERFEITAOSTEOGÊNESE IMPERFEITA Também chamada de doença dos ossos de vidro Os indivíduos tem dificuldade de produção de colágeno a nível ósseo. Como já é sabido, nosso osso tem muito colágeno, responsável por dar resistência ao osso. Quando ocorre essa patologia os ossos são amais frágeis e o indivíduo tem dificuldade de crescimento. PH Pr isc ila H ipó lito O indivíduo circulado de vermelho foi o indivíduo X que procurou a unidade básica de saúde e a partir dai foi feito o seu mapeamento genético. Com isso percebemos uma expressividade variável da osteogêneses imperfeita. Pessoas com a mesma doença apresentam diferentes sintomas a ela. Um exemplo é a irmã do indivíduo, que apresenta baixa estatura, fratura na infância e perda prematura da audição. Alguns indivíduos não apresentaram a osteogênese imperfeita, o que representa uma penetrância também variável. Pleiotropia Do grego = Várias voltas. Condição onde se altera um gene especificamente,, mas acaba modificando e gerando efeitos em várias características do indivíduo. Alteração em um gene que altera várias características no indivíduo. Um defeito congênito resultante de um único agente causador subjacente pode provocar anormalidades em mais de um sistema orgânico em diferentes partes do embrião ou em múltiplas estruturas originadas em momentos diferentes durante a vida intrauterina, um fenômeno referido como pleiotropia. O agente responsável pela malformação pode ser um gene mutante ou um teratógeno. Os defeitos congênitos pleiotrópicos se manifestam de dois modos diferentes, dependendo do mecanismo pelo qual o agente causal produz seu efeito. Quando o agente causal provoca múltiplas anormalidades em paralelo, a coleção de anormalidades é chamada de síndrome. Contudo, se um gene mutante ou um teratógeno afetar apenas um único órgão em um ponto no tempo, e a perturbação daquele sistema orgânico causar o resto da constelação de defeitos pleiotrópicos como defeitos secundários, a malformação é referida como uma sequência. SÍNDROME DE MARFANSÍNDROME DE MARFAN Síndrome onde os indivíduos vão apresentar defeito/mutação no gene da fibrilina. Fibrilina é uma proteína que é uma fibra do nosso tecido conjuntivo. Proteína de ampla distribuição. O indivíduo que apresente problema/mutação nessa proteína vai desenvolver a síndrome de Marfan, apresentando em vários sistemas e órgãos problemas, como: dificuldade na visão, tórax afundado em funil, ancas largas e saídas para frente, dedos, braços e pernas longas. Normalmente seus tratamentos são cirúrgicos, quando os problemas são graves. Mas o problema de base, genético,a ainda não é possível de ser corrigido. A síndrome de Marfan é um distúrbio do tecido conjuntivo, pan‑étnico, autossômico dominante, que resulta de mutação no gene da fibrilina 1. A síndrome de Marfan tem uma incidência de cerca de 1 em 5.000. Aproximadamente 25% a 35% dos pacientes possuem mutações de novo. As mutações que levam à síndrome de Marfan estão espalhadas ao longo do gene, e cada uma é normalmente única em uma família Pr isc ila H ipó lito Doença que por conta do defeito em um gene específico acaba gerando efeitos múltiplos, sistêmicos no indivíduo, problemas oftalmológicos, hepáticos, cardiovasculares, respiratórios. A anemia falciforme é um distúrbio autossômico recessivo da hemoglobina, no qual os genes da subunidade β têm uma mutação missense que substitui o ácido glutâmico por valina no aminoácido 6. A doença se deve mais comumente à homozigose para a mutação falcêmica, embora a heterozigose composta para o alelo falcêmico e a hemoglobina C ou o alelo da β‑talassemia possam também causar anemia falciforme. A prevalência da anemia falciforme varia muito entre as populações em proporção à exposição passada e presente à malária. A mutação falcêmica parece conferir certa resistência à malária e, portanto, uma vantagem para a sobrevivência de indivíduos heterozigotos para a mutação. A hemoglobina é composta por quatro subunidades. Duas subunidades α, codificadas por HBA no cromossomo 16 e duas subunidades β codificadas pelo gene HBB no cromossomo 11. A mutação Glu6Val na β‑globina diminui a solubilidade da hemoglobina desoxigenada e a leva a formar uma rede gelatinosa de polímeros fibrosos espessos que distorcem a hemácia conferindo‑lhe uma aparência de foice. Esses eritrócitos falciformes ocluem capilares causando infartos. Inicialmente, a oxigenação leva à solubilização desses polímeros e o eritrócito recupera sua forma normal; entretanto, o afoiçamento e o retorno ao normal, repetidas vezes, levam a células irreversivelmente falcêmicas que são removidas da circulação pelo baço. A taxa de remoção dos eritrócitos da circulação é maior que a capacidade de produção da medula óssea, o que causa a anemia hemolítica PH ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORME Referência: Genética ThompsonReferência: Genética Thompson
Compartilhar