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Redução de Danos Aluna: Flávia Helena da Silva Curso Medicina Cenário: CAPS O que é Redução de Danos? Uma política de saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo e no seu direito de consumir drogas. Estratégia que reconhece cada usuário em suas singularidades, traçando estratégias de tratamento e de construção de redes de atenção, implicando um conjunto de intervenções de saúde pública voltada para defesa de sua vida. Aplicação de métodos para minimizar os efeitos danosos ao individuo ao invés de simplesmente ignorá-los ou condená-los. Histórico da Redução de Danos (RD) 1986 – 1987 – Holanda e Inglaterra. Política na distribuição de agulhas e seringas para drogas injetáveis na tentativa de evitar a contaminação do vírus HIV. 1989 – Santos, SP Primeira vez como estratégia de saúde pública no Brasil. 1998 – São Paulo, SP. Rede Latino-Americana de Redução de Danos (RELARD) Histórico da Redução de Danos Lei nº 9.758, de 17 de setembro de 1997. Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo a distribuir seringas descartáveis aos usuários de drogas e encontra-se em vigor até hoje. Novembro 1997. Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) - I Fórum Nacional Antidrogas. Primeira vez no Brasil, as “Estratégias de Redução de Danos” como uma das políticas públicas voltadas para o enfrentamento da questão das drogas. Lei nº 10.216, de 2001 – Lei Paulo Delgado. Preferência de tratamentos de saúde mental, álcool e drogas em redes substitutivas aos manicômios, ou seja, CAPS. Histórico da Redução de Danos Portaria nº 3.088, 2011 – RAPS – Rede de Atenção Psicossocial. Lei 13.840, de 2019. Tratamento de pessoas que sofrem com uso de álcool e outras drogas deverá ser organizado em rede de atenção em saúde dando prioridade a tratamento ambulatoriais. Redução de Danos - RD Estratégias da Redução de Danos FONTE: Ministério da Saúde. Objetivo da Redução de danos ▪ Submetas para estimular a redução de danos causada pelo uso abusivo da substância (álcool ou droga), prejudiciais ao organismo do indivíduo (social, ambiental e orgânico). ▪ Possibilidade de participação ativa do paciente na elaboração do seu tratamento. ▪ Efetivar o modelo de cuidado em saúde através da RAPS ▪ Evitar casos de judicialização. ▪ Evitar internação compulsória (Já visto na literatura que não traz benefícios). - Incentivo a desmanicomialização. Como ocorre a judicialização? TCT TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Objetivo do familiar Internação compulsória Objetivo do município Redução de danos em prática Defensoria Pública O caso é acolhido na defensoria pública. Como funciona a redução de danos em Ponte Nova? Usuário ou familiar entrega o TCT no CAPS previamente assinado. Referência técnica em RD inicia articulação do trabalho em rede realizando a primeira visita. O caso é acolhido no CAPS Avaliação e conduta dos técnicos de referência Comunicar a conduta á referência técnica de RD para acompanhamento. Referência Técnica: Ludmila Venturini Almeida - Psicóloga Como funciona a redução de danos em Ponte Nova? O caso é acolhido no PSF, DP, ASSISTÊNCIA SOCIAL, CONSELHO TUTELAR. Se crise psiquiátrica Encaminhar ao acolhimento no CAPS para avaliação e conduta. Comunicar a conduta á referência técnica em RD para acompanhamen toSe não crise psiquiátrica Tomar as condutas necessárias e pertinentes a cada caso. Referência Técnica: Ludmila Venturini Almeida - Psicóloga Problema identificado no cenário → Desarticulação das redes de apoio assistência social, educação e saúde; → Desorganização da equipe multidisciplinar da rede nas unidades de saúde (ESF, NASF, CRAS, CREAS); → Falta de profissionais especializados para atendimento destes pacientes; → Dificuldade na colaboração dos familiares ao lidar com a situação do usuário; → Visão social como a internação compulsória única e melhor opção de tratamento; → Falta de conhecimento sobre o projeto de Redução de Danos; Proposta de solução para o problema → Realizar articulação da rede para maior eficácia do sistema; → Reorganizar a equipe multidisciplinar das unidades de saúde; → Disseminar informações sobre o projeto ofertado de Redução de Danos; → Realizar um envolvimento social com a família para reconstrução social e pessoal do usuário (Grupos dinâmicos, reuniões de círculos restaurativos, orientações etc.) →Realizar a manutenção do tratamento adequado de acordo com a patologia presente, quando necessário. Referências ▪ Niel, M; Silveira, D.X. Drogas e Redução de Danos: uma cartilha para profissionais de saúde. Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD) da Universidade Federal de São Paulo – São Paulo, 2008. OBRIGADA
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