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Andressa Marques – medicina UFR INSULINOTERAPIA →A insulina é o agente mais potente para reduzir a glicemia, todavia, tem como inconveniente maior o fato de ser injetável, causar mais hipoglicemia e ocasionar maior ganho de peso; →Seu uso, de acordo com a ADA, está indicado quando a meta desejada de HbA1c não foi alcançada com a combinação de 2 ou 3 antidiabéticos; →Também é indicada temporariamente durante a gravidez e em doenças agudas, como sepse, IAM, AVC ou complicações agudas hiperglicêmicas (estado hiperosmolar hiperglicêmico e CAD); →Também deve ser considerada no momento do diagnóstico para pacientes intensamente sintomáticos e com grande descontrole glicêmico (ex: glicemia > ou = a 300 mg/dl ou HbA1c > ou = a 10% segundo ADA). TIPOS DE INSULINA →A insulina NPH, de ação intermediária, foi a mais utilizada, em combinação com medicamentos de uso oral ou insulina Regular (INS-R); →Ao longo das últimas 2 décadas passamos a dispor dos análogos de insulina, obtidos por alteração na sequência de aminoácidos da insulina humana; Andressa Marques – medicina UFR →Entre os análogos de ação ultrarrápida (AAUR) estão as insulinas ASPARTE, LISPRO e GLULISINA; possuem início de ação mais rápido e tempo de ação mais curto em comparação à INS- R, o que possibilita melhor controle da glicemia pós-prandial e menor risco de hipoglicemia; podem ser aplicados 10 a 15 minutos antes das refeições; →Já a INS-R precisa ser aplicada 30 minutos antes das refeições; →Recentemente, passou-se a dispor da Fiasp, uma formulação da insulina Asparte, à qual foi adicionada nicotinamida (vitamina B3), resultando em absorção, início de ação e pico de ação mais rápidos; ela pode ser aplicada imediatamente antes das refeições ou até 20 minutos após; →Existem 4 análogos basais de ação prolongada: as insulinas GLARGINA, DETEMIR e DEGLUDECA, disponíveis na concentração de 100 unidades/ml (U 100), e a insulina Glargina U300 (Toujeo); GLARGINA →Tem boa estabilidade, absorção contínua, mais lenta e prolongada, sem picos nos níveis séricos do composto; →Aplicada por via SC, em dose única diária, propicia níveis basais de insulina por até 24 horas – quando aplicada ao café da manhã tem menor risco de causar hipoglicemia noturna; →No caso do paciente já estar em uso prévio de insulina NPH, em uma única aplicação diária, inicia- se a Glargina na mesma dose – no entanto, a dose deve ser 20 a 30% menor que a dose total de NPH se esta vinho sendo administrada 2 vezes/dia; Andressa Marques – medicina UFR DETEMIR →A sua duração vai depender da dose utilizada e varia de 16 a 23 horas, mais comumente necessitando de duas aplicações diárias, principalmente em pacientes com DM1; DEGLUDECA →É um análogo insulínico de ação ultralonga (meia-vida de ~25horas e duração de ação > 42 horas), com perfil hipoglicêmico plano (sem picos) e estável; →Tem menor risco de hipoglicemia noturna que a Glargina; →Aplicada uma vez ao dia com possibilidade de ajustes no horário de aplicação, sem comprometimento do controle glicêmico; INSULINAS PRÉ-MISTURADAS →Existem preparações com pré-misturas das insulinas NPH e Regular, na proporção de 70/30 (Humulin 70N/30R); →Tem também a insulina Lispro bifásica (Humalog Mix) – uma associação da Lispro com a Lispro protamina neutra, nas proporções de 25/75 e 50/50; e a insulina Asparte bifásica (NovoMix 30) – uma mistura de insulina Asparte (30%) com a Asparte protamina (70%); →Geralmente ambas as insulinas bifásicas são administradas em duas aplicações diárias um pouco antes do café da manhã e do jantar; QUAL INSULINA BASAL UTILIZAR? →Considerando o risco em causar hipoglicemia grave e noturna, os análogos mais recentes (Degludeca e Glargina U300) mostraram uma menor ocorrência quando comparados à Gla U100. ESQUEMA DE INSULINIZAÇÃO ESQUEMA BASAL – PARA DM2 →Adição de insulina basal (NPH ao deitar ou análogos) em dose única diária, com manutenção dos antidiabéticos orais; →É indicado para controle glicêmico inadequado com a combinação de medicamentos orais e agonistas do GLP-1RA injetáveis; →Também pode ser usado como terapia inicial de diabéticos tipo 2 muito sintomáticos, principalmente quando estiver com hiperglicemia intensa (GJ > ou= a 300mg/dl e ou A1c > ou = a 10); ESQUEMA BASAL “PLUS” →Mantem o esquema anterior e adiciona a insulina regular (INS-R) ou , preferencialmente, um análogo de ação ultrarrápida (Asparte, Lispro ou Glulisina) antes da principal refeição do dia; →É indicada em casos de hiperglicemia pós-prandial. ESQUEMA BASAL-BOLUS Andressa Marques – medicina UFR →Trata-se de um esquema de insulinoterapia mais intensivo →Administração da insulina basal (NPH ou Detemir 2 vezes/dia ou análogos de longa ação 1 vez/dia), associada a injeções pré-prandiais de INS-R ou, de preferência, de análogos de ação ultrarrápida. →Possibilita um controle glicêmico melhor – mas, é ruim por precisar de múltiplas injeções diárias e leva a um maior risco de hipoglicemia; →Outro esquema de insulinoterapia intensiva é a bomba de infusão contínua SC, cuja maior limitação é o custo muito elevado. ASSOCIAÇÕES FIXAS GLP-1RA + INSULINA BASAL →Há duas associações fixas de análogos do GLP-1 e insulina basal – lixisenatida + insulina Glargina (LixiLan – Soliqua) e a liraglutida + insulina Degludeca (IDegLira – Xultophy); →É de aplicação diária única, tem potente controle glicêmico, com menor ganho de peso e menos episódios de hipoglicemia; →Soliqua está disponível em canetas 10 a 40 (300 UI de Glargina + 150 mg de lixisenatida em 3 mℓ) indicadas para terapia inicial em pacientes em uso de medicações orais (dose inicial 10 UI) ou em insulinoterapia basal (dose inicial de 20 UI). As canetas 30-60 (30 UI de Glargina + 150 mg de lixisenatida em 3 mℓ) ficam reservadas para pacientes em uso de mais de 30 UI de insulina basal (dose inicial de 30 UI). →Xultophy tem uma única apresentação (Degludeca 100 UI/mℓ + liraglutida 3,6 mg/mℓ em canetas com 3 mℓ), sendo indicada a dose inicial de 16 UI (equivalente a 0,6 mg de liraglutida).
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