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Farmacogenômic� � Farmacogenétic� Farmacogenômica: . A farmacogenômica trata da influência dos fatores genéticos sobre a resposta aos medicamentos . Um bom teste farmacogenômico é capaz de ajudar os médicos a obter um maior índice de sucesso terapêutico nos tratamentos prescritos, como por exemplo identificar qual o remédio para depressão e ansiedade mais apropriado. . A contribuição terapêutica da farmacogenômica é oferecer subsídios para a implementação da medicina personalizada, baseada nas características genéticas individuais . Por se tratar de características genéticas individuais, ocorrem variações farmacogenômicas individuais . Essas variações podem proporcionar uma falta de eficácia e efeitos adversos → Variações Farmacocinéticas: diferentes concentrações nos locais de ação do fármaco → Variações Farmacodinâmicas: diferentes respostas a mesma concentração do fármaco . Cada ser humano reage de uma forma específica aos medicamentos. A farmacogenômica tem por objetivo prever esse padrão individual, possibilitando aos médicos tomar decisões quanto a ajustes de dose ou até mesmo de substituições antes mesmo que os pacientes comprem ou consumam o remédio . Os principais objetivos do estudo da farmacogenômica são: ➔ Identificar a interferência da variação genética entre indivíduos na resposta farmacológica ➔ Promover o uso da informação genética para prever o perfil individual da segurança e eficácia dos medicamentos . Os estudos da farmacogenômica avaliam a correlação entre genótipos e fenótipos . Os desfechos clínicos são muitas vezes o resultado de variáveis complexas e sobrepostas, que podem ter diferentes causas genéticas e não genéticas. Como consequência, a correlação entre genótipo-fenótipo pode ser comprometida, e os resultados dos estudos podem ser difíceis de interpretar . O principal desafio da farmacogenômica é avaliar simultaneamente múltiplos genes e vias, incluindo variantes mais raras, e considerar os seus efeitos combinados sobre a eficácia do medicamento e sua toxicidade → Variações no Genoma Humano: são as principais causas de diferenças nas respostas aos fármacos Resumindo: A farmacogenômica envolve a aplicação de tecnologias como o sequenciamento de DNA, análise da expressão gênica e estatística em pesquisas e testes clínicos de drogas. Como muitas doenças podem resultar da alteração de uma rede de genes em diferentes vias, a farmacogenômica poderia identificar quais genes estariam envolvidos na determinação da resposta a determinada droga. Desse modo, a caracterização genética de populações de pacientes deverá ser parte integral do processo de descoberta e desenvolvimento de drogas. Provavelmente, a seleção de drogas terapêuticas deverá ser substituída por seleção de pacientes nos quais uma determinada droga seria eficaz Pontos Importantes sobre a Farmacogenômica: . A farmacogenética avalia a relação entre os poliformismos de um único gene e o comportamento farmacocinético e farmacodinâmico de um medicamento . Já a farmacogenômica utiliza modelos mais complexos de variabilidade genética, sendo usados para analisar como toda a composição genômica do indivíduo, avaliando de forma integrada como o fármaco é afetado . Além disso, a farmacogenômica também avalia a contribuição de múltiplos genes, bem como, interações gene-a-gene, e é teoricamente a abordagem mais promissora Principais Variações: ● Varfarina: os polimorfismos do gene VKORC1 e da enzima CYP2C9 podem provocar variações na Varfarina → Portadores do alelo 1173T/T do gene VKORC1 requerem cerca da metade da dose diária de Varfarina em comparação com pacientes com o alelo 1173C/C. Este gene codifica a enzima, subunidade 1 do complexo da redoxase da vitamina K1. Esse complexo proteico enzimático é responsável por reduzir o 2,3-epóxido vitamina K à sua forma ativa, o que é importante para a coagulação eficaz → Portadores do alelo CYP2C9*2 e CYP2C9*3 tem capacidade reduzida para metabolizar a Varfarina, provocando um aumento na concentração plasmática, com um risco de sobredosagem. Este pacientes têm um maior risco de desenvolvimento de efeitos colaterais do que os portadores do alelo CYP2C9*1 ● Acetilação de Fármacos Ionizada: a variação genética produz alteração qualitativa no padrão de toxicidade. Neuropatia periférica acaba sendo mais comum em acetiladores lentos. Já a hepatotoxicidade é produzida pelo metabólito acetilado, sendo mais comum em acetiladores rápidos, em algumas populações ● Suxametônio: é um bloqueador neuromuscular de ação curta, ele é hidrolisado pela pseudocolinesterase. Cerca de 1:3.000 indivíduos não hidrolisam rapidamente o Suxametônio, provocando um bloqueio neuromuscular e apneia. O efeito deste fármaco dura de 5min a 2hrs, 96% dos pacientes apresentam resposta normal e 4% apresentam respostas amplamente variadas (a duração do bloqueio neuromuscular varia de 10min, 90min até 3 dias) ● Tamoxifeno: é metabolizado à antagonista do estrogênio, o endoxifeno, pelo CYP2D6. Possui associação entre o genótipo CYP2D e eficácia ● Mutação m.1555A>G: possui uma maior suscetibilidade à ototoxicidade por aminoglicosídeos, além de possuir um gene mitocondrial. Aminoglicosídeos se ligam aos ribossomos bacterianos. A mutação m.1555A>G torna os ribossomos mitocondriais mais semelhantes aos homólogos bacterianos. Essa mutação também aumenta a afinidade do fármaco pelos ribossomos das células ciliares da cóclea por vários meses após o uso de uma única dose em indivíduos suscetíveis ● Primaquina: é um antimalárico. Pacientes com uma deficiência na enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase desenvolvem hemólise. Hemácias são mais suscetíveis a estresse oxidativos ● Abacavir e HLAB*5701: é um inibidor da transcriptase reversa. Utilizada como tratamento de infecção por HIV. Possui um rash cutâneo. HLAB*5701 do antígeno leucocitário humano ● Anticonvulsivantes e HLAB*1502: possui rashes graves. Pode provocar a síndrome de Stevens-Johnson, proporcionando uma necrólise epidérmica tóxica. Ela é associada a HLAB*1502, ocorrendo mais em pessoas com ancestrais chineses. Pode ocorrer com fenitoína também ● Clozapina: é um antipsicótico. Provoca agranulocitose em 1% dos pacientes. Está associado a HLA-DBQ*10201 Farmacogenética: . A farmacogenética diz respeito às variações na resposta a fármacos decorrentes da constituição genética . A atividade das enzimas metabolizadoras de fármacos, em geral, varia muito entre indivíduos sadios, tornando o metabolismo amplamente variável. Os índices de eliminação variam até 40 vezes. Os fatores genéticos e o envelhecimento parecem ser responsáveis pela maioria dessas variações . A variação farmacogenética pode ter consequências clínicas, por exemplo, pacientes que metabolizam determinados fármacos rapidamente podem exigir doses mais elevadas e mais frequentes para alcançar concentrações terapêuticas . A maioria das diferenças genéticas não pode ser prevista antes da administração do fármaco, porém, para um número crescente de fármacos, alterações de eficácias e risco de toxicidade estão especialmente associadas a determinadas variações genéticas . Além disso, muitos fatores ambientais e de desenvolvimento podem interagir entre si e com fatores genéticos afetando a resposta aos fármacos
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