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Neufeld-DefiningPositivism

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Defining Positivism - Neufeld 
 
Introduction 
O autor mostra a necessidade de se saber o significado da abordagem 
positivista nas ciências sociais. E para tal, primeiramente mostra como sua 
argumentação NÃO se desenvolverá. O positivismo não pode ser entendido com uma 
concepção amoral e quantitativa. Não será argumentado também que o positivismo 
corresponde aos autores se classificam como representantes de tal. Também não se 
definirá o positivismo em termos de características metodológicas específicas. 
 
Comtean and Logical Positivism 
 No início do século XIX, Comte identificou 3 tipos de conhecimento, o teológico, 
o metafísico e o positivo, correspondentes aos três estágios do conhecimento humano, 
o primitivo, o intermediário e o científico(identificado com as sociedades industriais). 
De acordo com Comte, esta perspectiva positivista resultaria numa concepção de 
ciência com uma metodologia unificada que alcançaria a verdade, conhecimento 
objetivo na forma de leis causais dos fenômenos, advindas da observação. E disto 
resultam 3 aspectos: O conhecimento positivo seria verdade por corresponder à 
experiência empírica (fatos); O conhecimento positivo seria objetivo, por se ver livre 
das ideologias teológicas e metafísicas; A abordagem positivista seria 
metodologicamente unificada, o que permite que os estudos das ciências sociais se 
dêem nos moldes das naturais. 
 As imprecisões e contradições do pensamento de Comte deram origem, 
aproximadamente um século depois, ao positivismo lógico, que busca remover os 
últimos vestígios de metafísica do positivismo. A ênfase da sua lógica recai sobre três 
aspectos: A teoria referencial do significado, o método dedutivo-nomológico de 
explanação e o modelo hipotético-dedutivo de justificação e, por fim, a visão 
axiomática das teorias. 
 Os positivistas lógicos associaram muitos problemas e incerteza das ciências ao 
uso obscuro da linguagem, a linguagem cientifica deveria ser governada por regras 
estritas de significado. O princípio da verificabilidade estabelecia que o significado uma 
frase era o conjunto de condições que mostrariam que ela estava correta. Mas os 
positivista lógicos objetivavam algo para além dos critérios de significado, eles 
buscavam explicar os eventos do domínio empírico para prever sua ocorrência futura, 
para eles estes eventos eram governados por instancias de regularidades observáveis. 
Estas regularidades poderiam ser explicadas por leis causais, com variáveis ( se x 
acontece, y acontecerá). Estas variáveis devem ter uma relação invariável, uma deve 
preceder ou pelo menos ser simultânea a outra, e a variavel independente deve gerar 
a dependente, com a recíproca INVERDADEIRA. Estas leis são descobertas pelo 
método Hipotético-dedutivo, onde se põe uma hipótese sob teste para que seja 
confirmada ou refutada. O positivismo não se preocupa com a origem da formulação 
da hipótese, mas com seu contexto de justificação. Outra característica do positivismo 
lógico é a identificação de um núcleo duro de onde os axiomas podem ser derivados. 
 
The Positivistic logic of investigation: tenets and assumptions 
Primeiro princípio: Verdade como correspondência – De acordo com este 
princípio, o conhecimento positivo é confiável pois corresponde diretamente ao 
observável, ao domínio empírico e esta correspondência é o que garante seu caráter 
verdadeiro. Por trás desta assunção, temos a separação do sujeito e do objeto, da 
existência de um “mundo real” independente da construção teórica do cientista 
[social]. 
Segundo princípio: A unidade metodológica da ciência – De acordo com este 
princípio, a metodologia desenvolvida (e bem-sucedida) para o estudo do mundo 
natural pode ser transposta para o estudo das ciências sociais. Por trás disto há a 
assunção do naturalismo, que não há diferença entre o mundo natural e o social 
grande o suficiente que exija uma postura científica diferente. Sendo assim, 
regularidades comportamentais seriam independentes de tempo e lugar, e isto 
concorda com a possibilidade de separação do sujeito e do objeto. 
Terceiro princípio: A natureza “não-valorativa” do conhecimento científico – 
Este princípio é composto de duas partes, a primeira afirma que o conhecimento 
produzido pelo positivismo se restringe ao domínio do mundo objetivo, empírico. A 
segunda parte afirma que o conhecimento produzido pelo positivismo não é afetado 
pelas considerações valorativas dos pesquisadores. A assunção deste princípio é a 
separação do fato e valor, do factual e do normativo, separação esta que caracteriza o 
coração da diligência positivista. O pesquisador pode estar imbuído por valores, mas 
suas conclusões, diante do método positivo, não estarão necessariamente 
embebedadas de tais valores. Em suma, esta característica insiste que o propósito da 
realidade é a análise da realidade objetiva, do que é, e não do que deve ser. 
 
Conclusion 
 Com todo este background é possível entender como o predomínio do 
positivismo nas teorias de RI inibiu o desenvolvimento da Teoria Crítica no campo, e se 
a teoria de RI estiver sendo reestruturada sob uma perspectiva mais crítica, então, o 
positivismo será desafiado. 
 
Resumo feito por Matheus Ramalho 
IRiscool 2011.2

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