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RESUMO - PRÉ OPERATÓRIO GERAL E ESPECÍFICO

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Helena Costa Franco 
PRÉ OPERATÓRIO GERAL E ESPECÍFICO 
→ CLASSIFICAÇÃO ASA 
• ASA 1: Paciente sadio sem outras doenças 
• ASA 2: Doença sistêmica leve → Exemplo: PA, DM controlados e leve, asma que usa bombinha de 
vez em quando, doença controlada leve → solicita exames de acordo com o que o paciente 
apresenta. 
• ASA 3: Doença grave, mas sem risco de morte constante → Exemplo: ICC controlada, HAS grave 
controlada, DM que usa mais de um medicamento, mas é controlado. 
• ASA 4: Doença sistêmica grave, incapacitante → evita-se cirurgia eletiva porque a resposta 
neuroendócrinometabólica pode matar. 
• ASA 5: Paciente moribundo que não sobrevive sem a intervenção cirúrgica → doença grave com 
risco evidente de morte; se não intervir morre. 
• ASA 6: Transplante – doador → é o paciente que já morreu e vai doar os órgãos. 
- A história clínica do paciente e exame físico são mais importantes do que a idade. 
- Se o paciente já tiver passado dos 40 anos tem que pedir exames, mesmo que ele seja ASA1 → parâmetro 
para o pós operatório. 
→ CLASSIFICAÇÃO GOLDMAN: Estratificação de risco cirúrgico 
• Classe I – 0-5 pontos → risco cardíaco de 0,9% 
• Classe II – 6-12 pontos → risco cardíaco 7,1% 
• Classe III – 13-25 pontos → risco cardíaco 15% 
• Classe IV – maior que 26 pontos → risco cardíaco 63,3% 
- Atribuição de pontos a características facilmente reprodutíveis. 
- Atenção para capacidade funcional do paciente. 
- Leva em consideração o tipo de cirurgia. 
PRÉ OPERATÓRIO 
- Exame clínico indispensável. 
- Exame deve ser o mais completo possível. 
- Exames subsidiários devem ser solicitados tendo em vista o exame clínico, sexo e idade. 
- Comunicação e boa relação com os familiares e pacientes. 
→ Avaliar: 
- História clínica: 
• Indicação da cirurgia 
• Pesquisar alergias e intolerância a medicações. 
- Problemas médicos conhecidos/ história de passado cirúrgico e doenças prévias: 
• Traumas 
• Medicações em uso atual 
- Planejamento anestésico: 
• Estado atual de doença existente 
• Avaliação cardíaca 
• Avaliação pulmonar 
• Avaliação da hemostasia (história familiar ou pessoal) 
• Possibilidade de anemia importante 
Helena Costa Franco 
• Possibilidade de gravidez 
• História prévia de problemas anestésicos 
• Uso de álcool e cigarro 
PRÉ OPERATÓRIO ESPECÍFICO 
- Exames: considerar fazer se: 
• Hemoglobina: paciente com anemia e história de perda sanguínea 
• Potássio: uso de diuréticos e digoxina 
• Coagulação: história 
• RX de tórax: paciente tem história ou sinais de doença cardiopulmonar 
• ECG: pacientes acima de 40 anos apesar de não ser preditivo. E história de diabetes, hipertensão, 
dor torácica, ICC, vasculopatias periféricas, sedentarismo, obesidade mórbida. 
PROBLEMAS CARDÍACOS 
→ HIPERTENSÃO 
1. Controle adequado da PA: não pode operar com a PA alta: o pico hipertensivo ou hipotensão altera 
a perfusão podendo levar a um AVC isquêmico ou infarto cerebral. Nesses casos, paciente pode 
retornar ao cardiologista para fazer um controle adequado 
2. Solicitação de exames: cirurgião vai solicitar, mas o resultado dos exames também deve ser visto 
pelo anestesiologista. 
3. Orientações: não suspender a medicação que já está em uso – tomar a medicação até o dia da 
cirurgia pela manhã. 
→ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
1. Tempo do infarto: evitar nos primeiros 6 meses pós IAM, se for cirurgia de urgência (quando tem 
que operar mesmo), tem que ir no cardiologista para ser melhor avaliado. 
2. Controle da medicação 
3. Avaliação funcional 
4. Prevenção de complicações 
DIABETES MELITUS 
1. Controle da glicemia: glicemia deve estar no mínimo abaixo de 200 
2. DM Tipo 2 em uso de hipoglicemiante oral: suspender medicação → hipoglicemiante oral 
geralmente tem 24 horas de duração, então tem que suspender para evitar hipoglicemia. (Conferir 
sempre o tempo de duração de cada medicamento) 
3. DM Tipo 1: Suspender NPH (pois tem duração de 8-12 horas – risco de hipoglicemia durante cirurgia) 
e controle pós cirúrgico rigoroso (dar NPH caso glicemia acima de 180, porém, caso a glicemia esteja 
acima de 250 pode ser cetoacidose, o que merece cuidado mais rigoroso). 
4. Prevenção de complicações: esse paciente tem maior risco de infeção DEVE RECEBER ATB 
PROFILÁTICO. 
PNEUMOPATIA 
- Deve ser avaliado pelo pneumologista 
1. Prevenir complicações 
2. Exames: RX de tórax, ECG, espirometria, gasometria arterial 
3. Suspensão de cigarro: no mínimo 15 dias antes da cirurgia, devido ao maior risco de isquemia 
perioperatória. 
PACIENTES REUMATOLÓGICOS, COM LÚPUS, ARTRITE REUMATÓIDE 
- O que é mais comum: uso de corticoide crônico → atrofia da adrenal → não faz RNEM adequada (ACTH 
é liberado e estimula a adrenal a liberar cortisol, mas como está atrófica isso não acontece). 
Helena Costa Franco 
1. Não suspender corticoide para cirurgia 
2. Administrar corticoide endovenoso na hora da cirurgia 
Observação: corticoide na hora da cirurgia também deve ser administrado caso paciente tenha usado 
corticoide nos últimos 6 meses). 
- Corticoide é imunossupressor → aumenta a chance de infecção + diminui a capacidade de síntese (ou 
seja, a cicatrização vai ser pior pois a resposta inflamatória está diminuída). 
DESNUTRIÇÃO 
- Desnutrido ou desnutrido com câncer: 
1. Avaliação nutricional 
2. Redução da proteína visceral: trasnferrina abaixo de 150mg/dl e albumina <3gr/dl → trasnferrina e 
albumina reduzidas = maior chance de complicação. 
3. Controle das complicações 
4. Nutrição pré-operatória: se o paciente estiver com câncer não faz (nutrir paciente = também nutrir 
câncer). 
- Albumina menor que 3,5g/dl 
- Linfócitos <1500/mm³ 
- Mau prognóstico 
- Transferrina sérica (normal > 250mg/%) também é importante, pois tem meia vida inferior à da albumina e 
retrata de modo precoce os índices nutricionais. 
DOENÇAS TIREOIDIANAS 
1. Avaliação laboratorial: TSH, T3 
- Hipertireoidismo: dar PTU para tratar e depois que tiver controlado opera. 
- Hipotireoidismo: TSH alto, aumenta a dose até normalizar. 
- Urgência: corre o risco, porque não há medicamento tireoidiano venoso. 
2. Obesidade 
3. Outras doenças associadas 
RENAL CRÔNICO 
1. Função renal 
2. Exames: 
- Potássio: lembrar que o potássio aumenta na cirurgia por 4 mecanismos. No pós-operatório corrigir 
potássio caso o mesmo estiver alto. 
- Lembrar que sempre que der insulina e posteriormente for dosar a glicemia, deve-se dosar também o 
potássio, pois ele entra para dentro da célula junto com a glicose. 
3. ECG, RX de tórax 
4. Outras doenças associadas 
5. Paciente dialítico: melhor momento para operar é depois da diálise. 
6. Avaliar quando ATB dar, de acordo com o estágio da insuficiência renal. 
HEPATOPATA 
1. Avaliação laboratorial: hemograma, coagulograma (TP, PTTa), albumina. 
ICTÉRICO 
- Pedir TGO, TGP e bilirrubina – só quando icterícia. 
Helena Costa Franco 
1. Coagulação 
2. Função renal: necessário pois a bilirrubina pode impactar nos glomérulos renais. 
3. Hidratação 
4. Infecção 
DOENÇAS NEUROLÓGICAS 
- Continuar usando a medicação após a cirurgia: Exemplo: anticonvulsivantes 
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS 
1. Hemograma 
2. Função renal 
3. Coagulação 
→ CASCATA DA COAGULAÇÃO 
- Via intrínseca: o fígado produz sem precisar de nada de “fora” 
• Dosa PTTa 
• Uso de heparinas: suspende no dia anterior à cirurgia, pois com 6-8h o PTTa normaliza e é possível 
realizar a operação. 
- Via extrínseca: o fígado não produz se não vier de fora → vitamina K 
• Dosa TP com RNI 
• Uso de dicumarínicos (EX:Marevan): afetam a vitamina K, impedindo sua absorção, mas demora 
7 dias para fazer efeito. Pacientes em uso desse medicamento tem RNI (2,5 – 3X acima do normal). 
Devem ser suspensos 7 dias antes da cirurgia e substituídos por heparina até o dia anterior da 
cirurgia, quando também é suspenso. 
• Uso de outros medicamentos (EX: Apicabamas): suspensos 48h antes da cirurgia. 
 
- Em casos de urgência: faz a dosagemdas duas vias (PTTa e TP com RNI), porém deve ser dado 
plasma fresco (tem fatores de coagulação). 
ANTIBIOTICOPROFILAXIA 
- Feita não para tratar, mas para evitar infecção no sítio cirúrgico. 
- Maior fonte de infecção é o próprio paciente 
- Cuidados no pré operatório 
- Escolha de antibiótico de acordo com o sítio da cirurgia 
- Lembrar sempre de pesquisar sobre alergias do paciente 
- Via e momento da administração: 
• Quando: antes de começar a cirurgia para que na hora da cirurgia já tenha um nível sanguíneo de 
ATB bom para evitar. 
• Ideal de 1 a 2h antes da cirurgia. 
Helena Costa Franco 
• Sempre baixo espectro de acordo com o sítio da cirurgia. 
→ CIRURGIAS LIMPAS 
- São aquelas realizadas geralmente de forma eletiva, na ausência de processo infecciosos local, em tecidos 
estéreis ou de fácil descontaminação. 
- Cirurgias realizadas na pele, tela subcutânea, coração e vasos, baço, fígado, pâncreas, estômago (exceto 
em casos de acloridria, obstrução e hemorragia), ossos, articulações, glândulas endócrinas, sistema 
nervoso, aparelho renal, ovário, trompas e glândulas mamárias. 
- Menos de 5< 
- Como são apenas bactérias da própria pele e elas saem com a antissepsia adequada, NÃO É 
NECESSÁRIO ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO. 
• EXCESSÃO: cirurgias cardíacas, neurocirurgias e implante de próteses → NESSES CASOS O ATB 
É NECESSÁRIO 
→ CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS 
- NECESSITAM DE ATB PROFILÁTICO 
- São aquelas realizadas na ausência de supuração, em tecidos que albergam uma microbiota própria, pouco 
numerosa, de difícil descontaminação. Incluem cirurgias realizadas na conjuntiva ocular, ouvido externo, 
esôfago, estômago e duodeno (nos casos de acloridria, sangramento ou obstrução), vesícula biliar, uretra, 
útero e próstata. 
- São de 8 a 15% 
→ CIRURGIAS CONTAMINADAS 
- NECESSITAM DE ATB PROFILÁTICO 
- Englobam as cirurgias realizadas em tecidos inflamados ou com microbiota própria, abundante, de difícil 
descontaminação. Incluem cirurgias realizadas no trato respiratório alto e cavidade bucal. No íleo, cólon, 
reto e ânus. Na vulva e vagina. Compreendem também feridas traumáticas ocorridas 4 a 6h antes da 
cirurgia. 
- São de 15 a 20% 
→ CIRURGIAS INFECTADAS 
- São realizadas em qualquer tecido que apresente supuração local, bem como as feridas traumáticas 
ocorridas há mais de 6 horas do atendimento; as feridas traumáticas grosseiramente contaminadas com 
sujeira ambiental ou fezes, as fraturas expostas e as perfurações de vísceras ocas no abdome. 
- USO TERAPÊUTICO DE ATB – já tem infecção 
- De forma geral: 
• Boca esôfago até duodeno → gram positivo 
• Duodeno para baixo → gram negativo e anaeróbios 
• Colo → gram negativo e anaeróbio 
PREVENÇÃO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 
- Avaliação de risco: o risco junto com outros fatores, permitem que a modalidade adequada seja 
selecionada. 
- Medidas de prevenção: 
• Prevenção de imobilidade 
• Anticoagulação: 
Helena Costa Franco 
- HBPM: heparina de baixo peso molecular – mantém de 7 a 10 dias. 
• Compressão pneumática intermitente – é um colchão específico 
• Filtro na veia cava inferior: 
→ TABELA DE RISCO

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