Buscar

AULA neuropsicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Síndromes neuropsicológicas correspondentes 1
Prof. Fátima Uhr
AULAS 4 e 5
Estudar pessoas que têm danos ou doenças cerebrais tem sido de extrema importância para o progresso da psicologia. É uma abordagem semelhante à engenharia: estudamos como as coisas dão errado quando regiões particulares do cérebro são comprometidas para obter pistas úteis sobre como essas regiões contribuem normalmente para uma função mental saudável.
Como resultado, algumas condições neuropsicológicas como a afasia de Broca (com seus déficits de fala), a prosopagnosia (dificuldade de reconhecer faces, também conhecida pela equivocada expressão “cegueira de faces”) e a síndrome da mão alienígena (na qual um membro parece agir por vontade própria) tornaram-se bastante conhecidas — pelo menos nos círculos psicológicos — e amplamente estudadas. Entretanto, outras falhas cerebrais são virtualmente desconhecidas, apesar de sua importância para o nosso entendimento do cérebro.
O que são os Transtornos do Neurodesenvolvimento?
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições que surgem no início do período do desenvolvimento (na infância) e que se manifestam bem cedo, geralmente antes da criança ingressar na escola tem impacto importante no funcionamento social e cognitivo. Os transtornos de Neurodesenvolvimento têm uma alta herdabilidade, ou seja, fatores genéticos favorecem que eles ocorram. No entanto, suas origens podem estar relacionadas a alterações ou fatores de risco ambientais que acontecem nos períodos iniciais do desenvolvimento.
São fatores de risco durante a gestação: exposição ao estresse, a toxinas, a determinados medicamentos, prejuízos no período perinatal, baixo peso ao nascimento e prematuridade.
Os transtornos de Neurodesenvolvimento são mais frequentes em meninos, mas podem ocorrer também em meninas. O início dos sintomas ocorre nos primeiros anos de vida e persistem ao longo de todo o desenvolvimento.
O que caracteriza os Transtornos do Neurodesenvolvimento?
Os transtornos do neurodesenvolvimento são caracterizados por déficits no desenvolvimento que trazem prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico/pedagógico e, posteriormente, profissional. Como também nas habilidades de comunicação, bem como comportamento, interesses e atividades bizarros (Whitbourne & Halgin, 2015).
Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas (ex. planejamento e execução de atividades, incluindo iniciação de tarefas, memória de trabalho, atenção sustentada) até prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência.
É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento?
Sim, é frequente aparecer mais de um transtorno do neurodesenvolvimento na criança. Por exemplo, pessoas com Transtorno do Espectro Autista frequentemente apresentam deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual), e muitas crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) apresentam também um transtorno específico da aprendizagem. No caso de alguns transtornos, a apresentação clínica inclui sintomas tanto de excesso quanto de déficits e atrasos em atingir os marcos esperados.
Quais são os Transtornos do Neurodesenvolvimento?
Os Transtornos do Neurodesenvolvimento incluem as Deficiências Intelectuais, os Transtornos da Comunicação (Transtorno da Linguagem, Transtorno da Fala, Gagueira, Transtorno da Comunicação Social, Transtorno da Comunicação sem outras especificações), o Transtorno do Espectro Autista (TEA), O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH – Apresentação Combinada, Predominantemente Desatenta,, Predominantemente hiperativa/impulsiva ), 
Quais são os Transtornos do Neurodesenvolvimento?
o Transtorno Específico da Aprendizagem (com prejuízo na leitura, com prejuízo na escrita, com prejuízo na matemática), os Transtornos Motores (Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação e Transtorno do Movimento Estereotipado), os Transtornos de Tique (Transtorno de Tourette, Transtorno de Tique Motor ou Vocal Crônico e Transtorno de Tique Transitório) e Outros Transtornos do Neurodesenvolvimento, com e sem especificações.
Há níveis de gravidade dos Transtornos do Neurodesenvolvimento?
Sim. Os Transtornos do Neurodesenvolvimento podem ser leve, moderado, grave e profundo.
O nível de gravidade depende da frequência de comorbidades (outros quadros associados) existentes.
A que sinais as famílias precisam ficar atentas e que podem sinalizar a existência de um Transtorno do Neurodesenvolvimento?
Como os Transtornos do Neurodesenvolvimento surgem na infância, os familiares precisam ficar atentos aos Marcos do Desenvolvimento (quando a criança começou a falar, quando começou a andar, se engatinhou, como é o sono da criança, se é uma criança agitada ou quieta demais, se compreende bem o que lhe é dito, se se alimenta bem e adequadamente, se a criança brinca com outras da mesma idade, dentre outros).
Por que é importante observar o desenvolvimento da criança?
A observação do desenvolvimento da criança favorece a identificação precoce de quaisquer sinais que estejam abaixo do esperado para aquela faixa etária. A identificação precoce favorece tanto o diagnóstico quanto o tratamento (reabilitações) necessárias, a fim de minimizar os prejuízos ao desenvolvimento global da criança.
O que devemos fazer quando identificarmos algum atraso no desenvolvimento da criança?
Diante de qualquer atraso, mesmo que leve, no desenvolvimento se uma criança, procure um especialista (médico, psicólogo, fonoaudiólogo ou outro profissional da área de saúde), o mais rapidamente possível, a fim de que ele avalie a criança. A identificação precoce é a forma mais eficiente de favorecer o desenvolvimento infantil, mesmo nos casos mais graves, onde as reabilitações encontram maior dificuldade de ações, devido às limitações da própria criança.
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS 
As síndromes neurológicas são bem abrangentes, são doenças que podem afetar o sistema nervoso central, afetar o corpo, ou até mesmo a parte motora. A psicologia tem como objetivo ajudar o paciente que sofre com tais síndromes na sua recuperação psicológica.
Os principais sintomas neurológicos são dor de cabeça, desmaios, formigamentos, alterações visuais, alterações da fala, confusão mental, movimentos involuntários, entre outros.
Somente um médico ou psicólogo pode diagnosticar com precisão, por exemplo entender quando uma criança tem problemas de rendimento escolar devido as questões neurológicas, tais como: dislexia, transtorno do déficit de atenção, autismo, etc.
SÍNDROMES NEUROLOGICAS
Síndrome Fetal Alcoólica
A síndrome do alcoolismo fetal (SAF) diz respeito aos diversos problemas que um bebê pode apresentar nos primeiros meses de vida se a mãe tiver consumido álcool durante a gravidez. Embora não se tenha determinado qual é o consumo mínimo para provocar ou não problemas após o nascimento, foi comprovado que que consumir álcool afeta significativamente a saúde dos bebês também durante a gestação. 
Essa situação é conhecida como síndrome do alcoolismo fetal. Quando a mulher grávida consome bebidas alcoólicas, especialmente durante o primeiro trimestre de gravidez, essas substâncias chegam facilmente ao feto através da placenta.
As consequências negativas do consumo de álcool para os adultos não são nenhuma novidade. Entre outras consequências, o consumo dessa substância pode causar vários prejuízos, tais como: alteração da frequência cardíaca, descontrole dos níveis de açúcar, desidratação e problemas digestivos.
A maioria dos bebês que sofrem desse problema apresentam malformações no rosto. As característicasmarcantes desse transtorno são:
 • Rosto largo e achatado.
 • Perímetro pequeno do crânio.
 • Malformações nas orelhas.
 • Ponte nasal larga e muito baixa.
 • Olhos pequenos e dobras epicânticas.
 • Fendas palpebrais estreitas nos olhos.
Quando uma mulher está grávida, o consumo de álcool pode afetar seriamente a saúde do bebê por duas simples razões. Primeiro porque o organismo do bebê não é capaz de processar essa substância. Segundo porque também não possui a capacidade de eliminar todos seus resíduos. Ou seja, fica com os resíduos no organismo. 
Como se pode verificar a existência da síndrome do alcoolismo fetal? 
Os principais sintomas da síndrome do alcoolismo fetal são: 
• Deficiências visuais ou auditivas.
• Atraso no desenvolvimento.
• Baixo peso ao nascer e, inclusive, desnutrição.
 • Má coordenação de movimentos (percebido em longo prazo).
 • Crescimento inadequado (tanto antes quanto depois do nascimento). 
Síndrome de Williams
A Síndrome de Williams é uma desordem genética do cromossomo 7 que atinge crianças de ambos os sexos e que pode levar a problemas de desenvolvimento. Essa doença, que também é conhecida como síndrome de Williams Beuren, ganhou esse nome graças aos médicos que primeiro a descreveram: o neozelandês J.C.P. Williams (1961) e o alemão A. J. Beuren (1962). Sua taxa de incidência é de aproximadamente uma a cada 10 mil pessoas em todo o mundo. 
A síndrome de Williams é causada pela ausência de cerca de 21 genes do cromossomo 7, incluindo os genes responsáveis pela produção de elastina, uma proteína que forma as fibras elásticas – muito comuns em regiões como o pavilhão auditivo, a trompa de Eustáquio, a epiglote, a cartilagem da laringe e as artérias elásticas. Essa ausência não tem causas genéticas, de modo que os pesquisadores supõem que ocorra aleatoriamente. A falta desses genes leva a problemas cardiovasculares e renais, podendo causar também o desenvolvimento irregular do cérebro.
A síndrome de Williams afeta igualmente tanto pessoas do sexo masculino quanto do sexo feminino e, apesar de nem sempre ocorrer originalmente por uma transmissão hereditária, uma pessoa diagnosticada com a doença tem 50% de chance de transmiti-la para sua prole. Isso ocorre porque em algumas situações uma pessoa pode apresentar síndrome de Willians por um defeito na divisão celular que gera os espermatozoides ou os óvulos. Nessa divisão normalmente partes iguais de cada gene são distribuídas entre as células. No entanto, ocorre algum problema em que há ausência de alguns genes do cromossomo 7.
Sintomas de Síndrome de Williams
Os principais sinais e sintomas da síndrome de Williams incluem:
• Baixo peso ao nascer
• Dificuldade na alimentação durante a infância
• Irritabilidade
• Hipotonia (pouco tônus muscular)
• Problemas cardiovasculares (vasos sanguíneos estreitos)
• Cólicas, refluxo e vômitos nos primeiros meses de vida 
• Atrasos leves ou moderados no desenvolvimento cognitivo
• Personalidade extremamente sociável e dócil
 • Menor estatura do que o esperado para a idade
 • Baixo timbre de voz 
Sintomas de Síndrome de Williams
• Hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue)
• Hipersensibilidade auditiva e hiperacusia (sensibilidade a sons)
• Problemas dentários (como dentes espaçados)
• Tendência a problemas renais
• Déficit de atenção
• Clinodactilia (curvatura para dentro do dedo mindinho)
• Distúrbios e dificuldade de aprendizado
• Deficiência intelectual leve ou moderada 
• Peito escavado
• Presença de sulcos longos na pele que vão do nariz ao lábio superior
• Pregas epicânticas (olhos)
• Traços faciais característicos (ponte nasal achatada, estrabismo etc.)
Síndrome de Williams tem cura?
Cerca de 75% das crianças com síndrome de Williams têm algum tipo de deficiência intelectual. Geralmente, uma criança diagnosticada com este problema de saúde necessita de cuidados em tempo integral, além de acompanhamento médico especializado para monitorar possíveis complicações graves de saúde. 
Síndrome de X Frágil
Conhecida também como síndrome de Martin-Bell, a síndrome do X Frágil é uma condição genética que causa debilidades intelectuais, problemas de aprendizado e de comportamento, além de diversas características físicas peculiares. Ainda que ocorra em ambos os gêneros, afeta mais frequentemente os meninos e geralmente com grande severidade. 
A Síndrome do X Frágil é a forma herdável mais comum de deficiência intelectual moderado a grave, sendo a síndrome de Down a primeira entre todas as causas, porém a síndrome de Down não é herdada e sim uma fatalidade na maioria das vezes. Conhecida também como síndrome de Martin-Bell, a síndrome do X Frágil é uma condição genética que causa debilidades intelectuais, problemas de aprendizado e de comportamento, além de diversas características físicas peculiares. 
Causas
Mutações no gene FMR1 causam a síndrome do X Frágil. O gene FMR1 dá instruções para a produção da proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation). Esta proteína ajuda a regular a produção de outras proteínas que afetam o desenvolvimento das sinapses, que são as conexões especializadas entre as células nervosas e fundamentais para passar os impulsos nervosos. 
Causas
Praticamente todos os casos de síndrome do X Frágil são causados por uma mutação na qual um segmento de DNA, conhecido como repetição tríplice CGG, cresce no gene FMR1. Normalmente, este segmento de DNA é repetido de 5 a 40 vezes. Nas pessoas com a síndrome do X Frágil, no entanto, o segmento CGG repete-se mais de 200 vezes.
Essa anormalidade ‘desliga’ o gene FMR1, o que o impede de produzir a proteína FMRP. A perda ou a deficiência desta proteína interrompe as funções do sistema nervoso e leva aos sinais e sintomas da síndrome do X Frágil
Sintomas de Síndrome do X frágil:
Os indivíduos afetados pela síndrome do X Frágil geralmente tem um atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem aos dois anos. 
A maioria dos homens com a síndrome do X frágil tem de ligeira a moderada deficiência intelectual, enquanto cerca de um terço das mulheres afetadas são intelectualmente deficientes.
Crianças com a síndrome do X Frágil podem também ter ansiedade e comportamento hiperativo, como inquietação e impulsividade. Podem sofrer ainda de Desordem do Déficit de Atenção (DDA), o que inclui não conseguir prestar atenção e dificuldade de concentração para tarefas específicas. Cerca de um terço dos indivíduos com a síndrome do X Frágil tem as características do autismo de amplo espectro, desordem que afeta a comunicação e a interação social. Convulsões ocorrem em cerca de 15% dos meninos e 5% das meninas afetadas com a síndrome do X Frágil.
Síndrome de Down
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas. 
É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança. As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. 
O mais importante é descobrir que ele pode alcançar um bom desenvolvimentode suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.
O que causa a Síndrome de Down?
A trissomia 21 é um acidente genético que ocorre no momento da concepção em 95% dos casos. Com o avanço da idade materna existe uma maior probabilidade de gestar um bebê com alterações cromossômicas como a Síndrome de Down, principalmente acima dos 35 anos de idade. Isso acontece pois os folículos que darão origem aos óvulos da mulher já nasce com elas, e células mais velhas tem maiores chances de terem erros durante seu processo de divisão, o que pode causar a presença de um cromossomo a mais ou a menos nos óvulos.
Sintomas de Síndrome de Down
Características da síndrome de Down:
• Olhos amendoados, devido às pregas nas pálpebras.
• Olhos menores em tamanho.
• Mãos com uma única prega na palma, em vez de duas.
• Membros mais curtos.
• Tônus muscular mais fraco.
• Língua protrusa, maior do que o normal. Problemas de saúde e de aprendizado podem ocorrer, mas estes variam de criança para criança. 
Cada pessoa com síndrome de Down é única, os sintomas e sinais podem ser de moderados a severos.
Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual)
Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual)
Deve satisfazer condições que se enquadrem em três conjuntos de critérios: 
Déficits nas habilidades intelectuais gerais; 
Prejuízos no funcionamento adaptativos, relativo à idade e ao grupo cultural;
Idade de início – o transtorno deve começar antes dos 18 anos.
Tratamento de deficiência intelectual
As pessoas com deficiência intelectual podem se beneficiar da intervenção precoce que visa fornecer treinamento em coordenação motora, uso da linguagem e habilidades sociais. Inclusão.
No DSM- 5, o termo deficiência intelectual substitui o termo retardo mental do DSM-IV (a próxima revisão do CID propõe, por sua vez, utilizar o termo “transtornos do desenvolvimento intelectual”). Os critérios para Deficiência Intelectual enfatizam que, além da avaliação cognitiva é fundamental avaliar a capacidade funcional adaptativa.
Principais alterações no diagnóstico de deficiência intelectual
Magnitude Lógica. Definição dos níveis de gravidade baseado no funcionamento adaptativo em vez do Moderado funcionamento adaptativo determina o nível de apoio necessário. Remoção da idade de início. Menor duração variável de período de desenvolvimento. O DSM-5 mantém os níveis de gravidade tradicionais — leve, moderada, severa e profunda.
Transtorno de Espectro Autista
Transtorno do neurodesenvolvimento que envolve prejuízos na esfera da comunicação social e o desempenho de comportamentos restritos e repetitivos (Whitbourne & Halgin, 2015).
Teorias e Tratamentos do Transtorno do Espectro Autista
Evidências apontam para padrões de herança familiar, apoiando a teoria de que o transtorno tenha causas biológicas. Tratamento: baseia-se nos princípios do comportamento operante. Os aspectos comportamentais da intervenção consistiam em ignorar os comportamentos agressivos e autoestimulantes das crianças, usando suspensões quando eram disruptivas, e dando-lhes atenção positiva apenas quando tinham comportamentos socialmente adequados, além de usar modelagem para aumentar o desempenho dos comportamentos-alvo. 
Teorias e Tratamentos do Transtorno do Espectro Autista
Como último recurso, quando as crianças apresentavam comportamento indesejado, recebiam um sonoro “não” ou um tapa na coxa.
Transtornos do Espectro Autista (TEA) são uma nova categoria no DSM- 5 no entendimento de que três distúrbios anteriormente listados separados sob a rubrica Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID) no DSM-IV são mais bem conceituados como diferentes níveis de gravidade de uma condição única.
Assim, o DSM-5 introduziu aqui o conceito de espectro, reforçando a relevância da dimensionalidade. O TEA inclui o transtorno de autismo, a síndrome de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento não especificado. Transtorno de Rett e transtorno desintegrativo da infância foram removidos da seção.
Teorias e Tratamentos do Transtorno do Espectro Autista
Há várias razões por trás dessa mudança. A validade e a confiabilidade dos diferentes diagnósticos sob a rubrica TID têm sido questionadas, em especial, a distinção entre a síndrome de Asperger e do chamado autismo de alto funcionamento (Howlin, 2003; Mayeset al, 2001).O grupo de trabalho do DSM-V concluiu que as distinções anteriores entre estas condições foram o resultado do agrupamento artificial de apresentações de diferentes níveis de gravidade da mesma doença que de fato existem como um continuum. Os novos critérios são potencialmente mais capazes de diferenciar TEA do desenvolvimento normal e de outros transtornos psiquiátricos.
Transtorno do Espectro Autista
Os critérios de diagnóstico para o TEA foram reduzidos de três para dois domínios de sintomas centrais:
• Déficits de comunicação social e interação social e;
• Comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos.
Há uma enorme variabilidade em termos de comportamento (gravidade dos sintomas), cognição e mecanismos biológicos, construindo-se a ideia de que o TEA é um grupo heterogêneo, com etiologias distintas, eles se beneficiam de avaliação individualizada para propor a melhor composição de acompanhamento para o caso. 
Aproximadamente 60-70% têm algum nível de deficiência intelectual, enquanto que os indivíduos com autismo leve, apresentam faixa normal de inteligência e cerca de 10 % dos indivíduos com autismo têm excelentes habilidades intelectuais para a sua idade (Brentani, et al. 2013).
Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
a. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.
 Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento; 
c. Interesses restritos, fixos e intensos.
3. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.
Principais alterações nos transtornos invasivos do desenvolvimento no DSM-5
Mudança Magnitude Análise Racional Fusão dos três antigos diagnósticos de transtorno do desenvolvimento em um único.
 Maior: Um espectro único descreve melhor a apresentação dos sintomas, evolução e resposta ao tratamento. Define dois domínios principais da síndrome em vez de três .
Moderada: Dois domínios anteriores (prejuízo na interação social e na comunicação) foram considerados sobreposição. Remoção de Síndrome de Rett .
Principais alterações nos transtornos invasivos do desenvolvimento no DSM-5
Menor: Comportamentos TEA estão presentes apenas por um breve período durante o desenvolvimento em pacientes com síndrome de Rett - eles ainda podem ser diagnosticados com TEA. 
Remoção de transtorno desintegrativo da infância Pacientes com transtorno desintegrativo da infância apresentam sintomas físicos específicos e experimentam um padrão distinto de regressão do desenvolvimento.
Síndromede Asperger
Termo usado anteriormente para descrever indivíduos com transtorno do espectro autista de alto funcionamento. Indivíduos tendem a ter prejuízos menos graves e mais focalizados. No DSM-5, o diagnóstico de transtorno de Asperger foi removido, e os indivíduos com esses sintomas são diagnosticados com transtorno do espectro autista.
Síndrome de Rett
Uma condição na qual a criança se desenvolve normalmente até os 4 anos de idade e, então, começa a apresentar prejuízos neurológicos e cognitivos, incluindo desaceleração do crescimento da cabeça e alguns dos sintomas de transtorno do espectro autista.
Transtornos da aprendizagem e da comunicação
Transtorno específico da aprendizagem: atraso ou déficit em uma habilidade acadêmica que é evidente quando a realização e as habilidades de um indivíduo estão substancialmente abaixo do que seria esperado para outros de idade, educação e nível de inteligência comparáveis.
Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na matemática: transtorno da aprendizagem no qual o indivíduo tem dificuldade com tarefas e conceitos matemáticos. Discalculia: padrão de dificuldades no sentido numérico, na capacidade de aprender fatos matemáticos e de realizar cálculos corretos.
Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na expressão escrita: (disgrafia/disortografia) transtorno da aprendizagem na qual a escrita do indivíduo é caracterizada por soletração pobre, erros gramaticais e de pontuação e desorganização de parágrafos. Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na leitura (dislexia): transtorno da aprendizagem no qual o indivíduo omite, distorce ou substitui palavras quando lê e o faz de uma forma lenta e hesitante.
Os transtornos da comunicação incluem déficits na linguagem, na fala e na comunicação. Fala é a produção expressiva de sons e inclui a articulação, a fluência, a voz e a qualidade da ressonância de um indivíduo.
Linguagem inclui a forma, a função e o uso de um sistema convencional de símbolos (i.e., palavras faladas, linguagem de sinais, palavras escritas, figuras), com um conjunto de regras para a comunicação.
Comunicação inclui todo comportamento verbal e não verbal (intencional ou não) que influencia o comportamento, as ideias ou as atitudes de outro indivíduo. A investigação das capacidades de fala, linguagem e comunicação deve levar em consideração o contexto cultural e linguístico do indivíduo, em especial para aqueles que crescem em ambientes bilíngues. As medidas padronizadas de desenvolvimento da linguagem e da capacidade intelectual não verbal devem ser relevantes para o grupo cultural e linguístico (i.e., testes desenvolvidos e padronizados para um grupo podem não oferecer normas apropriadas para outro). 
A categoria diagnóstica dos transtornos da comunicação inclui o seguinte: transtorno da linguagem, transtorno da fala, transtorno da fluência com início na infância (gagueira),transtorno da comunicação social (pragmática) e outro transtorno da comunicação especificado e não especificado.
Critérios Diagnósticos  (F80.2): A Dificuldades persistentes na aquisição e no uso da linguagem em suas diversas modalidades (i.e., falada, escrita, linguagem de sinais ou outra) devido a déficits na compreensão ou na produção, inclusive:  
Vocabulário reduzido (conhecimento e uso de palavras).     
 Estrutura limitada de frases (capacidade de unir palavras e terminações de palavras de modo a formar frases, com base nas regras gramaticais e morfológicas).     
3 . A - Prejuízos no discurso (capacidade de usar vocabulário e unir frases para explicar ou descrever um tópico ou uma série de eventos, ou ter uma conversa).
 B. As capacidades linguísticas estão, de forma substancial e quantificável, abaixo do esperado para a idade, resultando em limitações funcionais na comunicação efetiva, na participação social, no sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em qualquer combinação. 
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.
 D. As dificuldades não são atribuíveis a deficiência auditiva ou outro prejuízo sensorial, a disfunção motora ou a outra condição médica ou neurológica, não sendo mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento.
Distúrbio da Linguagem
As características diagnósticas centrais do transtorno da linguagem incluem dificuldades na aquisição e no uso da linguagem por déficits na compreensão ou na produção de vocabulário, na estrutura das frases e no discurso. Esses déficits linguísticos ficam evidentes na comunicação falada, escrita ou na linguagem de sinais. A aprendizagem e o uso da linguagem dependem de habilidades receptivas e expressivas. Capacidade expressiva refere-se à produção de sinais vocálicos, gestuais ou verbais, enquanto capacidade receptiva refere-se ao processo de receber e compreender mensagens linguísticas.
As habilidades linguísticas precisam ser investigadas nas modalidades expressiva e receptiva, uma vez que podem diferir quanto à gravidade. Por exemplo, a linguagem expressiva de um indivíduo pode estar gravemente prejudicada, ao passo que a receptiva pode não apresentar nenhum prejuízo.
O transtorno da linguagem costuma afetar vocabulário e gramática, e esses efeitos passam a limitar a capacidade para o discurso. As primeiras palavras e expressões da criança possivelmente surgem com atraso; o tamanho do vocabulário é menor e menos variado do que o esperado, e as frases são mais curtas e menos complexas, com erros gramaticais, em especial as que descrevem o passado.
Distúrbio da Linguagem
Déficits na compreensão da linguagem costumam ser subestimados, uma vez que as crianças podem se sair bem em utilizar contexto para inferir sentido. Pode haver problemas para encontrar palavras, definições verbais pobres ou compreensão insatisfatória de sinônimos, múltiplos significados ou jogo de palavras apropriado à idade e à cultura. 
Problemas para recordar palavras e frases novas ficam evidentes por dificuldades em seguir instruções com mais palavras, dificuldades para ensaiar encadeamentos de informações verbais (p. ex., recordar um número de telefone ou uma lista de compras) e dificuldades para lembrar sequências sonoras novas, uma habilidade que pode ser importante para o aprendizado de palavras novas. As dificuldades com o discurso são evidenciadas pela redução da capacidade de fornecer informações adequadas sobre eventos importantes e de narrar uma história coerente.
Distúrbio da Linguagem
A dificuldade na linguagem fica clara por capacidades que de forma substancial e quantificável estão aquém do esperado para a idade, interferindo, de forma significativa, no sucesso acadêmico, no desempenho profissional, na comunicação eficaz ou na socialização (Critério B). Um diagnóstico de transtorno da linguagem pode ser feito com base na síntese da história do indivíduo, na observação clínica direta em contextos variados (i.e., casa, escola ou trabalho) e em escores de testes padronizados de capacidade linguística, que podem ser empregados para orientar estimativas da gravidade.
 O transtorno da linguagem surge durante o início do período do desenvolvimento; há, porém, variação considerável no início da aquisição vocabular e no início das combinações de palavras, e as diferenças individuais não são, como indicadores únicos, muito preditivos de resultados posteriores. Por volta dos 4 anos de idade, as diferenças individuais na capacidade linguística ficam mais estáveis, com melhor precisão na mensuração, sendo muito preditivas em relação a resultados posteriores. 
Um transtorno da linguagem diagnosticado a partir de 4 anos de idade pode ficar estável com o tempo, tipicamentepersistindo na vida adulta, ainda que o perfil particular dos pontos fortes e fracos em termos linguísticos possivelmente mude ao longo do desenvolvimento.
Diagnóstico Diferencial
Variações normais na linguagem. O transtorno da linguagem deve ser diferenciado das variações normais do desenvolvimento, distinção esta que pode ser difícil antes dos 4 anos de idade. Variações regionais, sociais ou culturais/étnicas da linguagem (p. ex., dialetos) devem ser consideradas quando a pessoa está sendo avaliada para prejuízo da linguagem. Deficiência auditiva ou outra deficiência sensorial. Deficiência auditiva deve ser excluída como a principal causa das dificuldades linguísticas. 
Diagnóstico Diferencial
Os déficits de linguagem podem estar associados a deficiência auditiva, a outro déficit sensorial ou a déficit motor da fala. Quando as deficiências linguísticas excedem as habitualmente associadas a esses problemas, um diagnóstico de transtorno da linguagem pode ser feito.
Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual). Atraso na linguagem costuma ser a forma como se apresenta uma deficiência intelectual, e o diagnóstico definitivo só pode ser dado quando a criança puder realizar avaliações padronizadas. Um diagnóstico separado só é dado quando os déficits linguísticos claramente excedem as limitações intelectuais. Distúrbios neurológicos. Transtorno da linguagem pode ser adquirido associado a doenças neurológicas, inclusive epilepsia (p. ex., afasia adquirida, ou síndrome de Landau-Kleffner). Regressão da linguagem. 
Perda da fala e da linguagem em criança com menos de 3 anos de idade pode sinalizar transtorno do espectro autista (com regressão do desenvolvimento) ou uma condição neurológica específica, como a síndrome de Landau-Kleffner. Entre crianças com mais de 3 anos, a perda da linguagem pode ser sintoma de convulsões, havendo necessidade de avaliação diagnóstica que exclua presença de epilepsia (p. ex., eletroencefalograma de rotina e em sono).
Transtorno da Linguagem
Transtorno da comunicação caracterizado por ter um vocabulário limitado e deficiente, falar em sentenças curtas com estruturas gramaticais simplificadas, omitir palavras ou frases fundamentais ou juntar palavras em ordem peculiar.
Transtorno do som da fala
Transtorno da comunicação no qual o indivíduo articula mal, substitui ou omite sons da fala.
Transtorno da fluência de início na infância
Transtorno da comunicação também conhecido como tartamudez, ou gagueira, que envolve um distúrbio na fluência e padronização normal da fala. É caracterizado por verbalizações como repetições ou prolongamentos de sons, palavras quebradas, bloqueios de sons, substituições de palavras para evitar termos problemáticos ou palavras expressas com excesso de tensão.
Transtorno da comunicação social (pragmática)
Transtorno envolvendo déficits no uso social de comunicação verbal e não verbal.
Distúrbio da Fala
Dificuldade persistente para produção da fala que interfere na inteligibilidade da fala ou impede a comunicação verbal de mensagens.
 A perturbação causa limitações na comunicação eficaz, que interferem na participação social, no sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em qualquer combinação.
Distúrbio da Fala
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.
 D. As dificuldades não são atribuíveis a condições congênitas ou adquiridas, como paralisia cerebral, fenda palatina, surdez ou perda auditiva, lesão cerebral traumática ou outras condições médicas ou neurológicas.
Distúrbio da Fala
A produção da fala descreve a articulação clara de fonemas (i.e., sons individuais), que, combinados, formam as palavras faladas. Essa produção exige tanto o conhecimento fonológico dos sons da fala quanto a capacidade de coordenar os movimentos dos articuladores (i.e., mandíbula, língua e lábios) com a respiração e a vocalização para a fala. 
Distúrbio da Fala
Crianças com dificuldades para produzir a fala podem apresentar dificuldade no reconhecimento fonológico dos sons da fala ou na capacidade de coordenar os movimentos para falar, nos mais variados graus. O transtorno da fala é, desse modo, heterogêneo em seus mecanismos subjacentes, incluindo transtorno fonológico e transtorno da articulação.
Distúrbio da Fala
Um transtorno da fala é diagnosticado quando a produção da fala não ocorre como esperado, de acordo com a idade e o estágio de desenvolvimento da criança, e quando as deficiências não são consequências de prejuízo físico, estrutural, neurológico ou auditivo. Entre crianças com desenvolvimento típico, aos 4 anos de idade a fala geral deve ser inteligível; aos 2 anos, somente 50% pode ser passível de compreensão.
Aprender a produzir sons da fala de maneira clara e precisa e aprender a produzir fala fluente conectada são habilidades do desenvolvimento. A articulação da fala segue um padrão ao longo do desenvolvimento, o qual se reflete nas normas etárias dos testes padronizados. A maior parte dos sons da fala deve ser produzida de maneira clara, e a maioria das palavras, pronunciada com precisão, conforme a idade e as normas da comunidade, por volta dos 7 anos de idade. 
Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH)
Transtorno do neurodesenvolvimento envolvendo um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. 
O TDAH se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção a prevalência do TDAH gira em torno de 3 a 5% da população infantil do Brasil e de vários países do mundo onde o transtorno já foi pesquisado. Nos adultos estima-se prevalência em aproximadamente 4%. Segundo o DSM-5, levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria das culturas em cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos.
Critérios diagnósticos para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Critério A
Critérios diagnósticos para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Critério A
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção (duração mínima de 6 meses):
a) Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
b) com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
c) com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
d) com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais;
e) com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
f) com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental constante;
g) com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
h) é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
i) com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.
Critérios diagnósticos para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - Critério A
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade (duração mínima de 6 meses):
Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
b) frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
c) frequentemente corre ou escala em demasia em situações nas quais isto é inapropriado;
d) com frequência tem dificuldadepara brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
e) está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age com se estivesse "a todo vapor";
f) frequentemente fala em demasia. Impulsividade (duração mínima de 6 meses)
g) Frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
h) com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez;
i) frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros.
Critério B: Alguns sintomas de hiperatividade – impulsividade ou desatenção que causam prejuízo devem estar presentes antes dos 12 anos de idade.
Critério C: Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (escola, trabalho e em casa, por exemplo).
Critério D: Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
Critério E: Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são melhores explicados por outro transtorno mental.
TDAH
O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no mundo, entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).
Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo (manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da questão, com múltiplas causas e fatores de risco. Assim, ainda continua difícil precisar a influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do transtorno, havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.
TDAH
Em geral, para cada critério ser preenchido, crianças precisam apresentar seis ou mais sintomas, enquanto adultos e adolescentes com mais de 17 anos podem apresentar até cinco para serem classificados dessa forma. Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:
Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou professional.
Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes.
Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.
Transtornos Motores
Transtornos do desenvolvimento da coordenação: transtorno motor caracterizado por prejuízo marcante no desenvolvimento da coordenação motora.
 Transtorno de tique: movimento ou vocalização involuntários recorrentes e rápidos.
Transtorno de Tourette: transtorno envolvendo uma combinação de movimentos e tiques vocais crônicos.
 Transtorno do movimento estereotipado: transtorno no qual o indivíduo repete voluntariamente comportamentos não funcionais, tais como se balançar ou bater a cabeça, que podem ser prejudiciais a seu bem-estar físico.

Continue navegando